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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FELIZ 2012


           É muito gratificante encerrar um ano, sabendo que mais de 5.000 pessoas dedicaram algum tempo para lerem o que escrevi. Sei que poderia ter postado mais, mas acabei me envolvendo com várias atividades profissionais que absorveram o meu tempo.
          Desejo para todos que me seguem ou acessam esse blog, que o ano de 2012 seja de muita saúde, paz, realizações e sucesso.
           Voltarei a postar a partir do dia 3 de janeiro.
           Obrigada a todos que visitaram o meu blog e até o próximo ano, se Deus quiser.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL

                
             Que esse Natal seja um Natal diferente em sua vida, que a paz, o amor, a alegria seja os ingredientes principais de sua ceia. Que você não se esqueça de saudar, a meia-noite, o aniversariante, pois nos últimos tempos Ele tem sido esquecido e trocado por inúmeros presentes.
            Desejo para aqueles que acreditam em Cristo, que Ele se faça presente em suas vidas. Que convidem para que Ele habite o coração de cada um, proporcionando a alegria de viver.
            Para os que não são cristãos, desejo um Natal de paz. Que possam viver com alegria essa data.
            Feliz Natal a todos que são meus seguidores ou que visitaram o meu blog nesse ano.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

ESPERA-SE QUE...

        
             As pessoas não estourem seus orçamentos, se endividando e passando o ano de 2012 no sufoco, por não ter planejado seus gastos. Compre aquilo que for necessário e que couber no seu orçamento. Evite comprar a crédito, procure iniciar o ano sem dívidas.
                Nesse final de ano as pessoas estejam mais conscientes e que deixem seus carros em casa, ao saírem para as festas de confraternização com amigos e parentes. Que a imprensa não precise noticiar um alto índice de acidentes e de mortes nas estradas. Planeje sua viagem, saia com tempo, não tenha pressa de chegar, o importante é chegar com vida no seu local de destino.
                Ao queimarem os fogos de artifício, façam com segurança e com cuidado, lembrando que isso não é uma tarefa para criança, mesma que ela queira. O adulto não deve mexer em fogos de artifício, se já estiver sobre efeito do álcool, pois a percepção e os reflexos ficam alterados.
                Se tiver ingerido álcool, não vá banhar-se no mar. O álcool em algumas pessoas dá a sensação de liberdade, fazendo com que perca a noção de perigo.
                Lembre-se que podemos comemorar o Natal e o Ano Novo, sem fazer exageros. As pessoas podem se divertir de “cara limpa”, sem precisar ingerir qualquer tipo de droga (licita ou ilícita). Pode beber, mas de forma moderada, evitando o excesso. Está certo que às vezes é necessário extravasar, mas não é necessário colocar sua vida em risco. O importante é poder brindar vários finais de ano e não apenas esse.
                Viva intensamente as festas de final de ano, mas de forma consciente e responsável.

domingo, 18 de dezembro de 2011

TER FILHOS DE FORMA CONSCIENTES

          
A maternidade ainda é algo que algumas mulheres precisam para se sentirem plenas enquanto mulher. Outras, em pleno século XXI, ainda acreditam que por meio da gravidez conseguirão manter o seu casamento. Enquanto que existem aquelas, que engravidam por descuido, não usam nenhum método anticonceptivo, só que ao saberem que estão grávidas, se desesperam e acabam por rejeitar a criança durante o período gestacional, não pensando na representação que isso terá na vida psíquica desse ser.
Esquecem que a maternidade não é algo tão simples como parece, pois filho é para toda vida. Portanto, até para engravidar ou adotar uma criança é necessário um planejamento, não apenas financeiro, pois a chegada de uma criança onera o orçamento familiar, mas principalmente um planejamento emocional. O casal precisa desejar o filho, estar estruturado emocionalmente, viver uma relação equilibrada e ter consciência da responsabilidade que vai ter com aquele ser que irá gerar ou adotar.
            Infelizmente o ideal nem sempre acontece, basta andarmos pelas ruas que vemos cenas de pais com filhos que nos assustam. Isso sem falar naqueles pais que deixam seus filhos perambulando nas ruas, que são negligentes ou que os agridem  física e/ou psicologicamente.
            Muitas vezes, os filhos são responsabilizados pelo insucesso do casamento dos pais, sendo isso verbalizado a eles. Os pais não se dão conta da maldade que estão cometendo com esses, pois projetam para eles toda a frustração que vivem por uma relação que não está dando ou não deu certo. É óbvio que a chegada de um filho vai mudar toda a rotina do casal, que num primeiro momento a mulher se volta mais para a criança, deixando por vezes o marido de lado.
            Filho exige do casal equilíbrio, doação, paciência, tolerância, saber lidar com a frustração, compaixão, saber dar limites, dizer não quando necessário, passar valores, educar, entre tantas outras coisas. Daí a necessidade de pensar bem antes de a mulher engravidar, de verificar se estão preparados para serem pais, se estão dispostos a abrir mão de algumas coisas que lhes dava prazer, em prol de seu (a) filho (a).
            É triste vermos crianças precisarem estar freqüentando nossos consultórios, porque os pais não estão preparados para lidar com elas. E o mais grave, é que os pais geralmente se percebem isentos da responsabilidade do sofrimento psíquico dos filhos. Pais bem centrados, com um bom equilíbrio emocional, que desejaram os filhos, que transmitem a eles o amor que sentem, dificilmente precisam levá-los para nos visitar.             O casal não precisa de um filho para se afirmar como homem e mulher. O que precisam é se conhecerem e saber o que realmente desejam para suas vidas.
A maternidade precisa ser consciente, por isso a importância de a mulher pensar antes de ter um filho de produção independente. O pai desenvolve um papel importante na vida do filho. Por mais que os tempos evoluam, continuamos sabendo e sustentando que pai e mãe são duas figuras primordiais na vida de qualquer ser. Portanto, avalie bem se você tem condições de ter um filho, se é o momento ou se o quer apenas para satisfazer um desejo. Lembre-se que filho não é aquele brinquedo que você desejava muito, mas que depois que ganhava, com o tempo começava a se desinteressar e acabava por deixar de lado. Uma criança exige no mínimo, amor, cuidado, respeito, carinho, atenção, tempo, disponibilidade, dedicação, educação, por isso não saia fazendo filho por aí, sem ter a certeza que é isso o que você quer. Assim, talvez não teremos tantas crianças e adolescentes problemáticos, como temos hoje.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

LIMPEZA D'ALMA

            Falta apenas duas semanas para encerrar o ano, momento de começarmos a colocar fora todas aquelas coisas que nos incomodaram e que não queremos que nos acompanhe em 2012. Momento de revermos nossos valores, nossos conceitos, nossa postura frente à vida. Rever as tristezas e mágoas que acumulamos no decorrer do ano, de pensarmos sobre as nossas intransigências, de avaliarmos o nosso comportamento, as nossas atitudes e de verificarmos o que realmente queremos manter e o que precisamos mudar ou eliminar de nossas vidas, pois às vezes, insistimos em nos prendermos em coisas que não nos fazem bem, nos deixando desconfortáveis.

            Talvez seja o momento de aprendermos a dizer não para as coisas que não queremos, e, que temos dificuldade de expressar a nossa insatisfação, pois vivemos presos no que o outro pensa a nosso respeito ou tentando agradá-lo. Esquecemos que para isso, antes precisamos nos agradar e que jamais conseguiremos adivinhar pensamentos. O pensar é livre, portanto, o que quiserem pensar sobre a nossa pessoa, não teremos como evitar. O importante é não esquentar a cabeça com isso.
            Não podemos virar o ano e continuarmos perdendo tempo com coisas pequenas que não nos somam nada na vida. É o momento de aprendermos a valorizar não apenas o nosso tempo, mas também as coisas que queremos, as pessoas que nos cercam, seja família, amigos, colegas, funcionários, vizinhos, clientes, pois querendo ou não, eles são a razão de vivermos. Se o outro não existir, também não existiremos.
            Quem sabe agora não é à hora de nos libertarmos das máscaras que muitas vezes usamos, para mostrarmos aos outros que estamos bem, quando na realidade estamos com a nossa alma destruída. Talvez seja o momento de assumirmos quem realmente somos, libertando-nos do eu idealizado que criamos.
            Convido-os para nesse momento pararmos, a fim de  ouvirmos as coisas que o nosso verdadeiro eu tem a dizer, liberando tudo aquilo que faz a nossa alma sofrer, para que possamos nos permitir começar o novo ano com a certeza de que poderemos fazer a diferença, não apenas na nossa vida, mas na  vida do outro. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CONVITE À PENSAR

          Os que se dedicam à crítica das ações humanas jamais se sentem tão embaraçados como quando procuram agrupar e harmonizar sob uma mesma luz todos os atos dos homens, pois estes se contradizem comumente a tal ponto que não me parecem provir de um mesmo indivíduo. (...) Somos todos constituídos de peças e pedaços juntados de maneira casual e diversa, e cada peça funciona independentemente das demais. Daí ser tão grande a diferença entre nós e nós mesmos quanto entre nós e outrem: "Crede-me, não é coisa fácil conduzir-se como um só homem"(Sêneca)

                                                                                                           Montaigne

domingo, 11 de dezembro de 2011

STRESS DE FINAL DE ANO

            Quando o mês de dezembro chega, com ele vêm as queixas de stress. Tudo o que não foi feito ou resolvido nos onze meses do ano, parece que nesse mês tem que ser feito. As pessoas acreditam que precisam dar conta de todos os convites que surgem, mesmo que não estejam a fim ou que a sua agenda não permita. Isso sem falar das compras que precisam fazer, das viagens que têm que programar, da festa que precisa ser preparada.

Andam com listas enormes para não esquecerem nada do que precisam fazer, reclamam do tempo que passa muito rápido, chegando, por vezes, a se desesperarem. As lojas cheias, o trânsito engarrafado, ruas lotadas com pessoas abarrotadas de sacolas e pacotes, indivíduos impacientes e apressados nas filas dos bancos ilustram o cenário dessa época do ano.
Nada disso seria necessário se as pessoas se programassem durante o ano, procurando não deixar pendências para o mês de dezembro, organizando-se financeiramente para o período de férias, comprando antecipadamente algum presente que queira dar, sem exageros. Combinando com as pessoas, que irá confraternizar o que vão fazer para ceia, evitando o stress da festa. Só que pouca gente age dessa forma, a maioria deixa tudo para a última hora.
Não tem necessidade de o stress ser o protagonista das festas de final de ano, porque Natal não é essa troca desenfreada de presentes, que muitas pessoas fazem. Natal é reflexão, é comemorar o nascimento de Cristo, é o momento de deixá-Lo nascer em nossos corações, para que tenhamos uma vida de mais amor, de mais tolerância, de mais compaixão, de mais solidariedade.
As confraternizações podem ser feitas sem orgias alimentares, sem abusos de bebidas alcoólicas, pois esse não pode ser o propósito dessas festas. A festa de réveillon é o momento de brindarmos o ano que termina, agradecendo a vida e a todas as coisas que conquistamos no decorrer do ano. É hora de confraternizarmos com os familiares e amigos o novo ano que chega, renovando as nossas esperanças.
Portanto, o stress é algo totalmente desnecessário, basta que as pessoas reflitam sobre o comportamento que adotam nesse período do ano, pois são os excessos que as elas fazem que acabam por se traduzirem em sintomas que atingem o físico, o emocional e o comportamental. Pode-se viver intensamente esse período, mas não existe a necessidade do stress.

sábado, 10 de dezembro de 2011

RABUGICES

               Independente da idade, todos nós temos as nossas rabugices e perdemos um monte de tempo e de amigos, por causa delas. Reclamamos de coisas desnecessárias, ficamos brabos por bobagens, supervalorizamos algumas situações, implicamos com coisas que não nos pertencem e na maioria das vezes ao relatarmos os fatos, nos colocamos na condição de vítima. Isso é uma tendência do ser humano, projetar para o externo as coisas que são suas, dessa forma isenta-se da responsabilidade.

                Reclamar, achar que as coisas não estão boas, não concordar, não ter perspectivas, faz parte da rotina de algumas pessoas. Acreditam que tudo poderia ser melhor, se fosse diferente, porém não fazem nada para mudar. Passam uma vida toda resmungando, se revoltando, agindo de forma agressiva, sem questionar o motivo que as levam ser assim. Depositam a causa de suas rabugices nos outros, que não fazem as coisas como elas querem. Sentem-se preteridas quando as pessoas frustram suas expectativas, esquecendo que a expectativa é sua, que, portanto, ninguém tem obrigação de atendê-la.
                Esse tipo de pessoa sofre muito, pois é vitima de si mesma. Ninguém quer sentar a mesa de um fracassado ou de alguém que está sempre reclamando da vida, pois sabe que só ouvirá lamúrias. São pessoas que geralmente reclamam e fazem sempre as mesmas coisas, vivem em circulo, não saindo do mesmo lugar, ao invés de procurar levar a vida em forma de espiral ascendente. Com isso, afastam as pessoas de perto de si, passando a viverem isoladas, o que reforça essa forma negativa de funcionarem.
                Rabugice é a qualidade do rabugento, do impertinente, do mau humorado, daquela pessoa que está sempre procurando alguma coisa para reclamar, para implicar, para tirar o outro do sério, podendo isso se dar em função do seu descontentamento consigo ou com as escolhas que fez em sua vida. Em alguns casos, o mau humor pode ser sintoma de alguma patologia.
                O importante é que a pessoa saiba que é rabugenta e tente melhorar, procurando pensar antes de reclamar, de implicar, avaliando se realmente é motivo para isso. Uma das formas de mudar esse comportamento é estar atento aos seus pensamentos, analisar as suas atitudes, pedir um feedback aos amigos em relação a sua maneira de ser, solicitar que alguém lhe sinalize quando começar com as suas rabugices. Só assim, conseguirá mudar a sua maneira de viver, procurando manter relações saudáveis e  tendo uma vida mais prazerosa.
               
               
               

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

CUIDAR DO TODO

                Fazendo uma breve reflexão sobre o pensamento de Platão, que postei anteriormente, percebe-se a importância de o humano manter um equilíbrio entre a mente, o corpo e o espírito. Nada adianta cuidar do corpo, principalmente da estética, se a mente e o espírito não estão bem, e vice-versa.

                Cuidar do corpo é bem mais fácil do que cuidar da mente e do espírito, pois basta ir periodicamente ao médico e fazer um check-up para ter um controle de sua saúde ou se manifestar um sintoma, investigar e tratar. Entretanto, quando se refere à mente e ao espírito isso complica, porque as pessoas têm dificuldade de identificar os sintomas ocasionados pelos transtornos mentais, em função do preconceito que existe em relação a estes. Precisamos ter cuidados ao falar em transtornos mentais, pois logo as pessoas associam a loucura, por não saberem que depressão e ansiedade, com todos os seus espectros, fazem parte dos transtornos mentais.
                Muitas vezes não precisa nem existir a presença de um transtorno, basta a pessoa não se conhecer o suficiente, não ter crítica em relação a si, não perceber a sua forma de funcionar, já é motivo suficiente para que haja uma desarmonia não sua mente. Se a parte da saúde mental já é complicada, principalmente no mundo atual, em função dos falsos selfs que circulam em nossa sociedade, imaginem a parte espiritual.
                A vida espiritual para muitas pessoas parece ter sido totalmente esquecida, sendo lembrada, apenas, quando surge uma dificuldade. Outras circulam por várias religiões na ânsia de encontrar respostas rápidas para seus conflitos, quando não encontram, acabam se afastando. Alguns se dizem espiritualistas, apesar de terem dificuldade, às vezes, para explicarem o que é ser espiritualista. A espiritualidade é uma palavra da moda e que muitas pessoas exercitam sem estar vinculada a alguma religião, criando o seu conceito próprio para defini-la. No entanto, sabe-se que a vida espiritual precisa ser tratada e alimentada, a fim de ser o sustentáculo que o humano precisa para enfrentar as intempéries da vida.
                Sendo assim, fica evidenciado o quanto é importante as pessoas cuidarem de si no seu todo, não apenas da aparência física, que hoje está muito em voga, mas do seu interno (mente e espírito), pois são esses que fazem o “ser”, o físico é apenas o revestimento do eu. Não adianta ter uma aparência exemplar, se o eu é feio e sofrido.
               

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PARA REFLETIR


    Para iniciar o dia refletindo, os brindo com esse pensamento de Platão.

    "Da mesma forma que não se pode curar os olhos sem a cabeça ou a cabeça sem o corpo,
    também não se deve curar o corpo sem alma.
    Pois a parte nunca pode ficar boa se o todo não estiver bem".
                                                                                          

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

PENSANDO O MUNDO MODERNO

              Ao conversar com pessoas de diferentes segmentos e de diferentes faixas etária e social, tenho observado o quanto criticam as programações apresentadas nos meios de comunicação, a exposição que as pessoas fazem de suas vidas nas redes sociais, da forma egoísta como as pessoas se relacionam, das conversas vazias que se estabelecem em variados locais.  Percebe-se o descontentamento que isso vem provocando, no entanto, não consigo vislumbrar em suas falas, nenhum movimento para modificar essa situação.

                Vivemos no mundo da tecnologia, da neurociência, que hoje explica todo o funcionamento do humano, da nanotecnologia, do ter, do status. As relações não se estabelecem mais por afinidades, mas pela imagem do “dar-a-ver”. A aparência é o que conta, por isso, as pessoas, cada vez mais, valorizam a estética e esquecem-se da ética.
                A base dos relacionamentos tem sido o interesse. As pessoas se relacionam com as demais, visando obter algo. O ego inflado, o sentimento de onipotência, o narcisismo exagerado, a empáfia, a intolerância, o preconceito, contribuem para que as relações interpessoais sejam superficiais, onde o outro não tem valor nenhum.
                A felicidade está em ter um corpo super malhado ou lipoaspirado, um rosto jovial, mesmo que para isso, precisem esgotar todos os recursos que os cirurgiões plásticos têm. Dessa forma acreditam estar isentos da velhice e da finitude.
                Consumir é o verbo da moda, não importa se a sua situação financeira permite ou não. O que interessa é o que as pessoas pensarão ao seu respeito, por meio da sua aparência. O que é valorizado não é o seu eu, mas aquilo que você mostra ser.
                Infelizmente estamos vivendo numa época de pessoas vazias, tornando-se difícil, por vezes, estabelecer um diálogo, porque os assuntos não evoluem, faltam-lhes argumentos para dar sustentabilidade ao mesmo. Na realidade, essas pessoas não estão interessadas em falar de assuntos mais aprofundados, pois julgam não lhes levar a lugar nenhum. E aí fico a questionar; da forma como estão vivendo, em que lugar pretende chegar?
                Ao refletir sobre esse comportamento que vem se observando na sociedade, lembro-me de uma das colocações de Paulo Freire ao falar da sociedade moderna: “o sujeito se torna um expectador passivo de um mundo de aparências que se impõe como evidência de sua superficialidade social”. E até quando precisaremos assumir esse papel de expectador? Será que iremos esperar a total degradação do humano, para tomarmos uma atitude?
                O mudar, o fazer diferente, depende de cada um.  Aquele que realmente deseja assumir o papel de protagonista de sua vida, não precisa esperar pelos outros, até porque, trata-se de uma mudança interna. Para que isso aconteça, é fundamental que a pessoa olhe para o seu interior, a fim de ver quem realmente é.

domingo, 4 de dezembro de 2011

CAUTELA

          Nesse período do ano é preciso ter muita cautela, quando o assunto é dinheiro. Algumas pessoas se empolgam com as promoções que as lojas fazem e a facilidade de crédito que oferecem. Por outro lado, o governo Federal anuncia a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de eletrodomésticos da chamada linha branca, incentivando que as pessoas aproveitem o décimo terceiro salário, para comprar alguns produtos que desejam adquirir.

            Isso sem falar naqueles que adoram comprar presentes para todos, tornando-se um verdadeiro “Papai Noel”, só esquecem que depois essa satisfação pode se tornar uma dor de cabeça, quando começarem chegar às faturas do cartão de crédito ou começar a entrar em sua conta, os cheques pré-datados.
            É importante lembrar que janeiro chega e não chega sozinho, trás consigo os impostos (IPVA, Imposto Predial), matrículas, material escolar, pagamento das anuidades dos diversos Conselhos Profissionais, etc. Também é um período de férias, em que as pessoas querem viajar, ir para praia, fazer coisas diferentes e para tudo isso é necessário ter um capital a parte no seu orçamento. Caso contrário, correrá o risco de ter problemas financeiros no decorrer do ano, por isso quando se fala em dinheiro, não dá para esquecer a palavra planejamento.
            Daí a importância de antes de fazer compras, de pensar em viajar, de sair gastando descontroladamente, verificar o seu orçamento. Criar uma planilha com todos os seus gastos do mês de janeiro e ver o quanto precisará reservar para as despesas extras que terá nesse mês. Depois de feito isso, veja o que poderá fazer com o dinheiro que sobrou.
            Dar presentes é algo muito gostoso, dá muita satisfação, faz com que nos sintamos bem, importantes. Entretanto, devemos lembrar que não precisamos ficar tristes, deprimidos, nos sentirmos infelizes se o nosso orçamento não nos permitir fazer isso. Afinal, o importante do Natal é a confraternização, é o espírito cristão, que por sinal, anda muito esquecido.
            Vemos que para as crianças, o Natal se resume na festa do “Papai Noel” e isso vem acontecendo para os adultos também. As pessoas esqueceram o verdadeiro significado de Natal. Esse pode ser o motivo, pelo qual nesse período, o índice de depressão e suicídio aumente. Penso que cada vez mais é importante refletirmos sobre o que é o Natal para cada um de nós, e como vivemos esse momento que é tão importante para quem é cristão. Com isso, a pessoa que acredita em Cristo, não necessita entrar nesse processo de correria, de compras, de endividamento, de frustrações e até mesmo de histeria como muitos entram, pois sabem que o Natal é muito mais do que isso.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CRISE DE ONIPOTÊNCIA

                Hoje enquanto almoçava, em um restaurante, me deparei com uma cena que me chamou atenção e que até merece ser comentada. Cena essa, que denominei de  “crise de onipotência”.

                Quando entrei no restaurante, percebi que tinha um senhor, com mais de 50 anos, conversando com a caixa. Logo saiu e não demorou muito retornou. Parou na porta e chamou a funcionária que havia lhe atendido, dizendo que ele não só tinha conseguido as moedas de R$ 1,00 para pagar o paquímetro, como tinha conhecido outro restaurante. Complementou dizendo, que iria mandar um email para o seu chefe. A moça que havia lhe atendido olhava para ele com uma expressão de quem não estava acreditando no que ouvia.
                Quando ele saiu, suas colegas perguntaram o que havia acontecido e ela explicou que ele tinha pedido para trocar R$ 20,00, sendo que teria que ser R$ 5,00 em moedas, porque precisava pagar o paquímetro. Como ela disse que não tinha troco, chegando a lhe mostrar o caixa, ele ficou furioso.
                Enquanto almoçava, analisava o caso. Esse senhor tinha um problema, ou seja, pagar o paquímetro, como não tinha moedas, tentou consegui-las, mas tendo sua tentativa frustrada, ficou muito incomodado, dando vazão a um comportamento primitivo de ataque. Na realidade, ele estava transferindo um problema que era dele, para a caixa do restaurante, que provavelmente não tem carro e paquímetro não lhe é problema, como não é para mim.
                Não conseguindo suportar os sentimentos aflorados, resolveu voltar ao restaurante para jogar sua raiva na pessoa que lhe atendeu, dando a entender que ela não tinha lhe atendido bem, por não ter competência.  Afinal, ela não conseguiu perceber que deus estava ali, e, que provavelmente, deveria ter abandonado o caixa, saindo a procura de troco para ele.  Não bastando, ainda tentou inibi-la, dizendo que iria mandar um email para o seu chefe.
                Sua onipotência era tanta, que não conseguiu perceber que estava se expondo. Sua atitude demonstrou a sua total falta de crítica, o seu descontrole, a sua dificuldade de lidar com um problema, pois quem tem carro é que deve ter as moedas para pagar o paquímetro, a sua falta de habilidade para lidar com a frustração, a sua incoerência, o seu ego inflado, o seu egoísmo, a sua arrogância, a sua falta de humildade, a sua intolerância  e por aí vai.
                Esse tipo de atitude demonstra o adoecimento do ser humano. Hoje se percebe que algumas pessoas têm uma visão totalmente distorcida ao seu respeito, acreditando que os outros estão no mundo para servi-las, que tudo tem que girar em torno delas e quando isso não acontece se julgam no direito de humilhar, quem não atendeu sua expectativa.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

MOMENTO DE REFLEXÃO


            O final do ano está chegando e com ele o momento de nos tornarmos mais reflexivos, a fim de avaliarmos como foi o nosso desempenho, se estamos encerrando o ano com saldo positivo ou negativo, vermos o que precisaremos mudar para o próximo ano. Também é a hora de começarmos a pensar nas nossas metas para 2012 e as estratégias que usaremos para alcançá-las.
            É o momento de averiguarmos se conseguimos fazer tudo aquilo que nos propusemos no início do ano. Se a resposta for sim, estamos de parabéns, mas se a resposta for não, aí precisamos parar e verificar o que nos impediu de realizar nossos objetivos. Esse momento é difícil, porque temos que ser muito honesto, para assumirmos, que na maioria das vezes, somos os únicos responsáveis pela não realização, apesar de tentarmos projetar para o externo esse não fazer.
Geralmente é nessa hora da verdade, que brota os sentimentos de frustração, de menos valia, de incompetência, de irresponsabilidade, de incapacidade, levando as pessoas a se deprimirem. Cobram-se pelas coisas que não fizeram, chegando a supervalorizá-las, esquecendo quantas coisas positivas aconteceram e realizaram. Não é necessário nos punirmos pelas coisas que não realizamos, precisamos entender o motivo que nos impediu de realizá-las, pois só assim, conseguiremos avaliar se realmente era ou não importante torná-las reais.
Muitas pessoas não gostam de fazer esse exercício de reflexão, preferem não pensar, pois acreditam que assim não sofrerão. Enganam-se, porque continuarão cometendo os mesmos erros dos anos anteriores. Mesmo que seja dolorido nos confrontarmos, precisamos ter esse encontro do eu verdadeiro com o eu idealizado, para poder ter uma melhor compreensão do nosso funcionamento.
O exercício de autoconhecimento pode ser um processo difícil, dolorido, mas é essencial para o crescimento do ser humano. Mesmo que não consigamos em um primeiro momento, é importante tentarmos, pois os benefícios serão de grande valia.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O OUTRO

              É interessante observar e pensar como o outro ocupa um lugar importante em nossa vida. Primeiramente, porque é por meio dele que nos reconhecemos como pessoa. Depois, ele carrega grande parte da culpa de tudo que nos acontece, porque temos a tendência de lhe projetar a responsabilidade dos nossos fracassos.

            Por vezes, ele ocupa o lugar do amigo, da pessoa que nos escuta nos momentos de crise, que nos apóia frente as nossas dores, que brinca e ri nas horas de descontração.
            O outro serve como nosso parâmetro para muitas coisas, na maioria das vezes, sem saber. Ele é o responsável pelos nossos sentimentos de inveja, de ciúmes, até mesmo, da raiva que sentimos em alguns momentos, pela sua existência.
            Algumas pessoas conseguem estabelecer um diálogo com alguém, só porque existe o outro, pois passam grande parte do seu tempo falando da vida dele, por não conseguirem falar da sua. Quando isso acontece, percebe-se que a pessoa tem dificuldade de se ver, de se reconhecer ou tem uma vida muito pobre, que não tem nada para contar.  Consequentemente precisa pegar o outro como seu ponto de referência, seja para criticá-lo ou elogiá-lo.
            Não temos como negar a importância do outro para nós, mas precisamos antes de depositarmos grande parte do nosso tempo em função dele, aproveitar esses momentos para pensar sobre a nossa pessoa, a nossa vida. Assim, ao invés de vermos o outro, muitas vezes, como nosso rival, possamos vê-lo como nosso irmão, amigo ou parceiro. Aquele que vai nos agregar valores, conhecimentos, princípios para que possamos melhorar enquanto pessoa.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ÁLCOOL E DIREÇÃO


Todos nós sabemos que álcool e direção não combinam, mas diariamente a mídia noticia novos acidentes de trânsito, tendo como causa o uso de álcool, o que nos demonstra a falta de conscientização das pessoas e até quem sabe, a falta de amor que essas têm pela sua própria vida e pela de seus familiares.
                Ao agir dessa maneira, além de o indivíduo mostrar seu egocentrismo, pois parece estar preocupado apenas em satisfazer um desejo que lhe gera prazer, mostra-nos ainda, o seu sentimento de menos valia, a falta de amor pela sua própria vida, a desconsideração com a vida do outro, o sentimento de onipotência. Esse por sinal, muito presente no mundo atual, pois o humano se julga capaz de tudo, se percebendo como o senhor(a) da verdade, se vendo como herói , quando não, como deus, negando a existência do verdadeiro Deus.

                Uns anos atrás se atribuíam aos jovens, esse ato de irresponsabilidade de dirigir após ingerir álcool, entretanto, hoje, isso se tornou uma prática comum entre os adultos maduros. Esses que deveriam ser o exemplo para os filhos, sobrinhos e netos.

                Pode ser que isso melhore, com a aprovação do Projeto de Lei, pelo Senado, que determina que os condutores tenham tolerância zero na relação bebida alcoólica e direção. Esse projeto propõe que o condutor não tenha nenhuma percentagem de álcool em seu sangue, pois qualquer dosagem representará uma infração que poderá ser considerada crime. Já se ouve pessoas dizendo que é mais um projeto para não ser cumprido, pois já existe a Lei seca que não é respeitada, porque as pessoas procuram caminhos alternativos, a fim de fugir da fiscalização. Pessoas essas que se julgam muito espertas e que acham graça por acreditarem que estão ludibriando os agentes de trânsito e autoridades que fazem a fiscalização. Não se dando conta, que os únicos prejudicados são eles mesmos. Alguns conseguem ter essa consciência, quando estão numa cama de hospital todo fraturado ou quando se olha no espelho e vê as seqüelas que terá que carregar para o resto de sua vida, onde o único responsável, é ele mesmo.

                Esse projeto de tolerância zero de álcool no sangue para os motoristas, ainda passará por uma nova votação no Senado e, se aprovado, seguirá para a Câmera dos Deputados para votação. Espera-se que seja aprovado antes do final do ano e do período de férias, pois pode ser que assim não tenhamos tantas mortes nesse período.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

MEDICAÇÃO: A FÓRMULA MÁGICA DE RESOLVER OS PROBLEMAS


               Vivemos numa sociedade em que as respostas precisam ser muito rápidas, quase imediatas, com isso, as pessoas desaprenderam a conviver com qualquer desconforto, principalmente quando esse é ocasionado pela dor da alma.
                O remédio passou a ser visto como a solução mágica para resolver qualquer conflito, por levar, muitas vezes, a pessoa sentir uma alegria, um bem-estar que nunca teve. A grande vantagem que as pessoas vêm no remédio, esta no fato de não precisarem pensar. Muitos resistem o tratamento psicoterápico, pelo medo de se defrontar com o seu verdadeiro eu.

                Em alguns casos o uso de medicação se faz necessário, porém é importante que as pessoas tenham claro que o remédio só alivia o sintoma, a causa verdadeira do sofrimento psíquico só é tratada por meio de psicoterapia.
                Hoje é bastante comum se verificar em escolas, que um grande número de alunos está fazendo uso de medicação para o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Entretanto, pesquisas nos apontam que o índice de depressão na infância e na adolescência é superior ao de TDAH, consequentemente, dependendo da medicação que a criança está usando, não haverá a resposta esperada.

                Refletir sobre as coisas que lhe incomoda, entender a sua maneira de funcionar, pensar sobre as suas atitudes em relação aos outros e ao meio em que está inserido, procurar fazer o processo de mudança, buscando o seu crescimento enquanto pessoa é uma das melhores formas de resolver o sofrimento psíquico. Claro que isso demanda tempo, sofrimento, comprometimento, mas não produz nenhum efeito colateral e não causa dependência.
                A partir do momento que as pessoas se conscientizarem da importância de se conhecerem e entenderem que são mente, corpo e espírito e que essas três instâncias precisam viver de forma harmônica, conseguirão se livrar da medicação, que às vezes é usada como um amuleto.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

DESCULPAS

Peço desculpas, mas ficarei alguns dias sem postar, devido o acumulo de atividades profissionais. Em breve retornarei.

sábado, 12 de novembro de 2011

DISTORÇÕES COGNITIVAS

               Percebe-se na maioria das vezes, que a causa do sofrimento e dos problemas que as pessoas apresentam, tem origem na sua cabeça. Ficam horas pensando e imaginando coisas que na realidade não aconteceram e talvez nem aconteça. Perdem muito tempo estabelecendo diálogos que talvez nunca se concretizem. Acreditam que são capazes de saber o que irá lhe acontecer, como se tivesse o poder de prever o futuro, isso quando não referem saber o que o outro está pensando, como se fosse capaz de ler os pensamentos.

                Em função disso, muitos são os sentimentos que surgem, desencadeando diversos tipos de emoções, que podem ir desde a raiva até o mais intenso amor. Ficam decepcionadas, quando se dão conta, que nada daquilo que imaginaram e sentiram se realizou. Sofrem com isso, se deprimem, ficam frustradas, mas mesmo assim, continuam repetido todo esse processo. Isso acontece em função das suas distorções cognitivas, ou seja, a maneira distorcida como pensam. Por exemplo:
                Leitura mental: imagina que sabe o que a outra pessoa está pensando, sem ter nada que evidencie que isso seja verdadeiro;
                Adivinhação do futuro: prevê o que vai acontecer, geralmente de forma negativa;
                Rotulação: atribui rótulos negativos sobre a sua pessoa e a dos outros;
                Desqualificação dos aspectos positivos: esses geralmente não têm valor, por serem coisas simples, comuns;
                Supergeneralização: baseado num fato negativo engloba todos os demais;
                Personalização: sente-se culpado por todos os acontecimentos negativos, não conseguindo perceber que alguns acontecimentos podem ser provocados por terceiros;
                Catastrofização: supervaloriza o que aconteceu ou vai acontecer, crendo que será algo horrível;
                Afirmações do tipo “deveria, e se...”: interpreta os fatos como deveria ser, mas não como são. Costuma fazer uma série de perguntas do tipo “e se...”, nunca se satisfazendo com as respostas;
                Foco no julgamento: aquela pessoa que se avalia, avalia os outros e os acontecimentos de forma certo/errado, bom/ruim.
               Essas distorções cognitivas, muitas vezes, são as causas dos conflitos que permeiam as relações interpessoais, causando-lhes desconforto e estragos desnecessários. Faz com que a pessoa acabe se isolando, consequentemente, esses pensamentos disfuncionais aumentam. É importante dizer que as distorções cognitivas não se limitam apenas nessas, existem várias outras, apenas dei uma pincelada das mais comuns
             Agora que você conhece alguns pensamentos disfuncionais ou distorções cognitivas, como queira chamar, ao se identificar com alguma delas, procure desfazê-las. Questione se aquilo que está pensando é verdadeiro ou não. Claro que não se trata de um processo tão simples e rápido de mudar, visto que essas distorções cognitivas estão presas a algumas crenças que carrega com você. Para identificar essas crenças, provavelmente precisará buscar ajuda de um profissional da linha cognitva-comportamental.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PASSOS PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS

           No mundo atual, as pessoas estão se tornando um experto em solucionar problemas. Para tanto, não basta identificar o problema, precisa-se de algo mais como a habilidade, destreza e sensibilidade para o indivíduo encontrar soluções potenciais, capazes de antecipar as possíveis consequências das várias ações que precisará tomar.

            Para obter-se uma solução eficaz do problema, faz-se necessário a integração de cinco processos, que são:
            - orientação para o problema: trata-se de um conjunto de respostas, que representam as reações cognitiva, afetiva e comportamental inesperada de uma pessoa, quando se depara pela primeira vez com uma situação de problema. Considero importante escrever o problema minuciosamente, com riquezas de detalhes, analisando o que é relevante ou não.
            - definição e formulação de problemas: clarificar e compreender a origem específica do problema, aproveitando para fazer uma reavaliação da situação.
            - levantamento de alternativas: elencar o maior número de soluções, a fim de elevar ao máximo a possibilidade de a melhor estar entre elas. Após relacioná-las e ler com atenção, você deve iniciar o processo de hierarquização, classificando-as em ordem numérica da mais provável a menos provável.    
            - tomadas de decisões: aqui você vai avaliar quais são as melhores opções que encontrou, selecionando-as para aplicar na situação problema. Essa fase exige não só ação, mas atenção nos resultados que está obtendo.
            - prática de soluções e verificação: nessa fase você deverá ficar atento aos resultados da solução, avaliando a probabilidade de a opção selecionada dar ou não certo. Caso observe que a estratégia usada não está dando o resultado esperado, veja o que poderá melhorar, a fim de solucionar o problema.
            Na percepção de algumas pessoas, esse processo é muito chato de ser desenvolvido, por dar trabalho, mas a probabilidade de as soluções tomadas serem eficazes é bem maior. Afinal, você parou, pensou sobre o problema, analisou, viu todas as alternativas possíveis para solucioná-lo, colocou na ordem de prioridades, agiu e observou se a estratégia utilizada está ou não apresentando um resultado eficaz.
            O tempo que a pessoa levará para desenvolver esse processo,será proporcional ao tamanho do problema e da agilidade do indivíduo que está buscando a solução.

domingo, 6 de novembro de 2011

PROBLEMAS

            Está me chamando a atenção, que cada vez mais as pessoas encontram-se envolvidas em problemas, e, por vezes, graves. Em alguns momentos,  chego a ter a sensação que não saberiam viver sem a presença desses em suas vidas, pois parece ser a forma que utilizam para se comunicar.

É interessante observar, basta dar um pouco de atenção e a pessoa não demora muito para começar a falar de seus problemas. Fala dos problemas com os filhos, com a chefia e os colegas de trabalho, com o marido, dos problemas financeiros, sem se dar conta que todos esses foram criados por ela própria. Geralmente, os responsáveis pelo seu sofrimento e suas preocupações são os outros, nada parte dela.
Esse tipo de atitude é muito comum, pois a tendência do humano é projetar para o externo, aquilo que é de sua responsabilidade,  assim sente-se aliviado. Aceitar que foi a própria pessoa que fez suas escolhas é algo bastante difícil. E o mais difícil ainda é fazer o processo de mudança.
Tem pessoas que passam a vida toda se queixando do cônjuge, mas não conseguem se separar. Outros reclamam do emprego, dos colegas, da chefia, mas não buscam outra oportunidade no mercado de trabalho. Falam da forma como os filhos levam a vida, esquecendo que esses foram criados por elas. Sofrem por isso, mas não conseguem fazer o movimento de mudança.
Algumas pessoas, por suas questões internas, na conseguem reagir frente a essas situações. Outras aprenderam a se queixar, acreditando ser essa  a única maneira de ter atenção dos outros. E tem aquelas  pessoas que precisam dizer que não estão bem, com medo que lhe botem “olho grande”.
Por vezes, tenho a sensação de que ter problemas é status, para algumas pessoas. Parece que quanto mais problemas têm, melhor. Por isso, até aquilo que não é para ser problema, acaba por se tornar um. Só que ás vezes, as pessoas se enrolam tanto em seus problemas, que depois não conseguem sair e acabam adoecendo por causa disso.
Problemas sempre vão existir. Agora, como cada pessoa encara e lida com eles, é que fará a diferença. Aqueles que têm maior dificuldade para resolvê-los,  devido suas crenças e pensamentos disfuncionais, devem procurar utilizar-se da “resolução de problemas” de forma assertiva.

sábado, 5 de novembro de 2011

ENFRENTAR A REALIDADE


          Enfrentar a realidade não é uma tarefa fácil para algumas pessoas, por terem que aceitar as coisas como realmente são e não como gostariam que fosse. A palavra aceitar literalmente significa “receber” o que está no presente, vendo a realidade como se apresenta, sem olhar com lentes distorcidas, já que estas poderão agravá-la.
         Aceitar algo não quer dizer que a pessoa está de acordo com aquilo, mas mostra que está ciente de que as coisas são como se apresentam. Ajuda a perceber, que em alguns casos, não adianta se revoltar, ficar brabo, esbravejar, se tornar agressivo, chorar, gritar, brigar, pois não mudará o cenário. Resta apenas, aprender a lidar com a realidade, aceitando-a como ela é, ao invés, de negá-la. Negar é uma defesa muito utilizada pelas pessoas, por não saberem como administrar os sentimentos de frustração, medo, insegurança, dor, raiva que a realidade desencadeia.
        Por vezes, algumas pessoas chegam a verbalizar que não aceitam a situação e não conseguem viver com ela. Momento em que fazem uma série de questionamentos, quando não buscam responsabilizar alguém por aquele momento. Se ao invés de valerem-se desses mecanismos de defesa, aceitassem de forma radical a realidade que se apresenta, conseguiriam amenizar o sofrimento.
       Quando se fala que a pessoa tem que lidar com a realidade, significa que ela terá que colocar ação e não ficar parado pensando ou sofrendo por causa dela. Têm pessoas que preferem ficar pensando como seria se ela se apresentasse de forma diferente, esquecendo que isso não vai acontecer. Outras ficam inertes, esperando uma solução mágica, enquanto algumas, ficam procurando prever como será o futuro, fugindo do “aqui e agora”.  Isso ocorre porque não estão acostumadas a trabalhar com soluções de problemas. Sempre que esses surgem, não sabem como lidar. Frente  a eles, não adianta ficar parado pensando, precisa-se colocar ação. Pensar é importante, mas nesses casos, sem ação,  não adianta nada.
        No entanto, nos defrontamos com pessoas que mesmo frente a uma realidade boa, conseguem algo para sofrer, se preocupar, criar problemas. Isso ocorre em função de suas crenças e de seus pensamentos disfuncionais que não as deixam aproveitar as coisas boas da vida, por não se verem merecedoras. Nesses casos, buscar ajuda é necessário.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

AUTO-BULLYNG

           
           Outro dia, ouvindo algum noticiário tomei conhecimento da nova patologia que está surgindo, o “auto-bullyng”. Todos nós já ouvimos falar sobre o bullyng que é uma forma de agredir o outro, causando-lhe constrangimento e que é muito praticado nas escolas, nas empresas e até mesmo, em roda de amigos.

            No entanto, agora se começa a falar no auto-bullyng e não vai demorar muito, para as pessoas estarem se diagnosticando. Sem falar, que logo estarão indo atrás de medicações, para amenizarem os sintomas que essa patologia apresenta.

            A forma mais adequada para tratar o auto- bullyng é a psicoterapia, porque a pessoa precisa aprender a lidar com os seus inimigos internos, que desencadeiam os conflitos psíquicos, os medos, as inseguranças, as culpas. Também são responsáveis pelos sentimentos de menos valia, pelos boicotes, por não se ver merecedor, por não se sentir capaz.

            Essa é o tipo de patologia que não precisa, a priori, de medicação, mas exige que o paciente olhe para dentro de si, a fim de se conhecer. Prática que tem se tornado muito difícil, porque na maioria das vezes, as pessoas chegam ao consultório, querendo respostas prontas para os seus questionamentos.  Quando percebem que não obterão, acabam por abandonar o tratamento. Em alguns casos, as pessoas acabam abandonando a psicoterapia por não suportarem conviver com a dor que essa causa, ao mostrar que ela é a única responsável pela situação em que se encontra.

            A única forma de vencer o auto-bullyng é pelo processo de autoconhecimento, prestando atenção no comportamento que desenvolve, questionando-o, vendo quantas vezes repete esse comportamento que lhe prejudica, as diversas maneiras que ele se apresenta, pensando sobre os seus sentimentos, aceitando-os e também os questionando.

           

domingo, 30 de outubro de 2011

OS MEDOS INFANTIS

          Os medos são comuns em crianças e pode ser compreendido como uma resposta normal frente a uma ameaça ativa ou imaginada. Geralmente, durante a infância a criança desenvolve algum tipo de medo e esses podem ser transitórios, leves ou até mesmo normais.

        Entretanto, quando a criança deixa de viver uma vida normal, devido a um temor constante de lugares e objetos, atrapalhando sua vida escolar, relações familiares, amizades e vida social, o medo passa a ser um problema em sua vida. A ansiedade é considerada uma emoção normal, que toda a pessoa precisa ter, por ajudar a manejar as situações difíceis e perigosas, mas a partir do momento que ela passa a assumir o controle da vida da pessoa, torna-se um problema.

         A criança tem dificuldade de nomear o que sente, por isso, a importância de não desprezar a queixa que apresenta. Ás vezes, relata que tem algum medo, que poderá ter sua origem na fala de um adulto, que, por exemplo, a ameaçava com o homem do saco. Entretanto esse medo poderá ter como pano de fundo um quadro de ansiedade. É bastante comum, vermos os pais desvalorizarem a fala da criança, quando essa diz que tem medo, por vezes, até ridicularizam, não entendendo que isso poderá causar problemas maiores na vida de seu filho.

       É comum a criança ficar ansiosa na escola no período de provas e acabar esquecendo o conteúdo estudado. A partir dessa situação, passa a  acreditar que tem dificuldade de assimilar a matéria, não se percebe suficientemente inteligente, crê que os seus colegas não apresentam esse problema e sofre com isso. Poderá até desenvolver alguns sintomas como: aperto no peito, náusea, tontura, palpitação, dor de cabeça ou no pescoço, vontade de ir ao banheiro, frio na barriga, sudorese, etc.

       O importante que a criança ao se defrontar com a ansiedade e o medo, independente do tipo que for, não se deixe vencer por ele. Se tiver medo de andar de roda gigante ou montanha russa, vá acompanhado de um dos seus pais, desde que esse não tenha problemas de fobia. Quanto mais evitar a situação, mais reforçará o medo.

       Em alguns casos, faz-se necessário que os pais busquem um profissional para ajudar a criança vencer as dificuldades que está enfrentando, aprendendo a lidar com essas situações. A tendência é que a crianças com transtorno de ansiedade pense de forma negativa e ruim, supervalorize as coisas que não deram certo, subestime a sua dificuldade de lidar com as dificuldades, desenvolva vários tipos de medos. Quanto mais cedo tratar esses sintomas, melhor serão os resultados.



sábado, 29 de outubro de 2011

PREOCUPAÇÃO

      Têm pessoas que passam a vida inteira preocupadas com coisas que imaginam que poderão acontecer, acabam sofrendo por antecipação, porque acreditam que algo de ruim acontecerá. Crêem que os seus pensamentos se concretizarão com certeza, mas com o passar do tempo, percebem que se preocuparam desnecessariamente. Quando questionadas, sempre tem uma explicação, dizendo “e se” acontecer. Parecem ser portadores da síndrome do “e se”.

      A preocupação é uma estratégia que a pessoa utiliza para se adequar a uma realidade, que percebe como incerta, perigosa, fora do seu controle e que lhe acarretará uma série de problemas. A pessoa preocupada vê o mundo como um centro repleto de rejeições e malogros e tem a certeza de que suas previsões não falharão. Não conseguem verificar se a sua preocupação é produtiva ou improdutiva. A preocupação será produtiva quando se defrontar com problema que poderá resolvê-lo imediatamente, exemplo, precisa fazer um exame médico, basta pegar a lista do convênio e verificar qual a clínica que faz. Já a preocupação improdutiva é aquela que está atrelada ao “e se...”, exemplo, e se eu for dar a palestra e as pessoas forem embora?

      A pessoa preocupada sofre porque não consegue ver nada de bom, em tudo colocará “um se não”. Isso faz com que seu nível de ansiedade aumente, desencadeado uma preocupação maior.

      No entanto, o que muitos não sabem, é que essa sua maneira de funcionar esta relacionada a traumas vivenciados na infância; a pais preocupados e superprotetores; a pais invertidos, ou seja, pais que compartilham os problemas com os filhos e esperam que esses lhes tranquilizem; a vínculos inseguros; a pais que não valorizaram as emoções dos filhos.

       Os preocupados funcionam, muitas vezes, como um radar, estão sempre “ligados” a informações ameaçadoras, pois essas alimentam sua ansiedade. Geralmente eles não percebem que estão ansiosos, devido à tensão em que se encontram. Acreditam que por meio da preocupação conseguem amenizar a ansiedade.

       Ao invés de ficar alimentando sua preocupação, aprenda a contestá-la. Lembre-se que você não faz previsão do futuro e muito menos lê pensamentos. Não fique preso aos seus pensamentos disfuncionais, como se fossem verdades absolutas. Ao invés de se preocupar, dê espaço para que suas emoções se manifestem.Na realidade, a preocupação é o meio que a pessoa utiliza para evitar emoções desconfortáveis.

       Algumas pessoas relacionam a preocupação com a responsabilidade. Não percebem que só estão tentando prever os resultados ruins do que poderá acontecer, buscando informações que possam reforçar sua crença ou evitando-as.

      Se ao invés de usarem a preocupação como uma forma de controlar os pensamentos e sentimentos, deixando-os fluir naturalmente, sem precisar controlá-los, com certeza terão uma qualidade de vida bem melhor.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O DISTANCIAMENTO DOS PAIS EM RELAÇÃO AOS FILHOS

        Serei breve em minhas colocações, apesar desse assunto ser bastante amplo. Percebe-se na fala das crianças e adolescentes o desconforto causado pelo distanciamento de seus pais. Sentem-se preteridos, por não se interessarem por suas coisas.

        A queixa é que os pais não sentam para conversar, saber o que fizeram, não perguntam com quem andam, quando lhe contam alguma coisa, eles acabam por tornarem pública, não respeitando a privacidade do filho. Isso faz com que se afastem de seus pais e aí passam a ser percebidos como seres que se isolam no seu quarto, que não compartilham do convívio familiar, ou seja, se tornam o problema da família. Alguns pais atribuem esse comportamento no caso dos adolescentes, como algo normal da idade, mas não se dão contam do seu comportamento em relação ao filho.

       Algumas crianças ou adolescentes tentam chamar atenção dos seus progenitores, não tendo um bom desempenho na escola. Quando isso acontece, os pais são os primeiros a reclamarem. Outros buscam o mundo da droga lícita ou ilícita sem se dar conta, do problema que estão buscando para si. Tem ainda aqueles que apresentam problemas de conduta na escola, para que seus pais sejam convidados a comparecer, porque muitas vezes, não vão nem para pegar o resultado de avaliações. Tudo isso justificado pela falta de tempo.
 
      É importante que alguns pais se dêem conta de que o filho preciso de carinho, de atenção, de amor, de limite, de orientação e que isso pode ser demonstrado por meio do interesse que mostra pelas coisas que seu filho faz, perguntando-lhe como foi o dia, olhando os cadernos dos filhos, sabendo com quem ele anda, recebendo seus amigos em casa, levando-os as festas e buscando-os, perguntando como foi à festa. Respeitando a privacidade do filho, escutando e não comentando o que o filho falou, não traçando comparações entre os irmãos, pois são singulares, não fazendo diferenças entre os filhos. Geralmente os pais afirmam que não fazem diferença, no entanto, percebe-se nitidamente que ela existe, mas que os pais não se dão conta disso, por ser algo inconsciente.

   Se os pais forem mais presentes na vida de seus filhos, teremos menos crianças e adolescentes frequentando nossos consultórios.





domingo, 23 de outubro de 2011

CONSCIÊNCIA EMOCIONAL

       A maioria de nós não tem consciência da intensidade das nossas emoções e nem mesmo o que as faz deflagrar, por não termos o hábito de prestarmos atenção no que estamos sentindo.

      Agimos de forma automática, onde o pensar, o questionar passa a ser supérfluo, sendo justificado, muitas vezes, pela falta de tempo e até mesmo por ser considerado, por muitos, como uma bobagem. Entretanto, se não tivermos claro quais são as emoções que temos frente às situações que vivenciamos no nosso dia-a-dia, torna-se difícil de interagir com as pessoas e até mesmo de nos tornarmos empáticos.

      Hoje se fala muito na educação emocional e a consciência emocional está inserida nela. Educação emocional pode ser compreendida como a capacidade que cada pessoa tem de entender as próprias emoções, ao passo que a consciência emocional é saber o que está sentindo, o que os outros estão sentindo, questionando as causas que despertaram esses sentimentos e procurar perceber o que o nosso sentimento desperta no outro. Não é uma tarefa fácil, pois precisamos ser honesto em relação aos nossos sentimentos.

      Muitas pessoas não aceitam quando mostramos que o sentimento que está presente é o de inveja, de raiva, de ódio, de ciúme. Ficam extremamente ofendidas, negando-os por acharem que esses sentimentos não condizem com a sua pessoa. Procuram projetá-los para os outros, pois é muito sofrido assumir que são seus. No entanto, esquecem que são sentimentos presentes na vida de qualquer humano. Esse tipo de reação pode se dar em função de uma emoção forte, fazendo com que a pessoa não consiga perceber o que realmente está sentindo, tornando-se insensível. Outras pessoas jogam para o corpo suas emoções, que acabam por se apresentar por meio de sintomas físicos. São os pacientes psicossomáticos.

       A pessoa que tem consciência emocional administra melhor sua vida, por saber identificar seus sentimentos, podendo controlar suas reações. A consciência emocional se desenvolve a partir do momento que prestarmos atenção em nossos sentimentos e reações, questionando-os. Isso contribui para que nos conheçamos melhor.

sábado, 22 de outubro de 2011

POSICIONAR-SE



Fico impressionada, com a dificuldade que algumas pessoas têm de se posicionar frente a determinadas situações. Parecem que temem expressar o seu ponto de vista, por acharem que poderão criticá-lo.

Algumas pessoas, não expõem suas ideias, devido à timidez. Outras porque não tem sustentabilidade para defender o seu ponto de vista. Existem aqueles que são conhecidos como “em cima do muro”, ou seja, vão para o lado que lhe convém, também encontramos aquelas pessoas que não conseguem ter uma opinião formada sobre nada e ainda os que mudam de ideia a todo o momento.

O não se posicionar pode estar relacionado a uma questão de auto-estima baixa, de um complexo de inferioridade, de um sentimento de menos valia, da dificuldade de lidar com a crítica, do se deixar anular pelos outros, da dificuldade de pensar sobre os assuntos, por não querer se comprometer, entre tantos outros aspectos que poderiam ser elencados. A falta de sustentabilidade pode ocorrer pela falta de leitura. Hoje em dia, muitas pessoas perderam o hábito de ler, enquanto, outras, nunca adquiriram esse hábito.

Expressar o seu ponto de vista é importante, mas é necessário ter claro que ele não será aceito por todos, isso não significa que esteja errado. Até mesmo porque, certo e errado é algo extremamente subjetivo. Agora o que não pode acontecer, e que muitas vezes vemos, é querer impor a sua opinião para as demais pessoas como se ela fosse uma verdade absoluta. Até pode ser uma verdade, mas para quem a defende.

O não se julgar capaz de dar uma contribuição frente a determinados assuntos, pode ser uma forma de defesa que a pessoa encontra, para não se comprometer. Só que tem pessoas que vivem dessa forma, prefere pegar carona na opinião dos outros, porque qualquer coisa que aconteça, não foi ela que falou. Isso demonstra a total falta de comprometimento e de responsabilidade não apenas para com os outros, mas para consigo.

Algumas pessoas vão no decorrer da vida se anulando, por não lhe darem espaço para falar ou quando dão, acabam criticando ou desvalorizando sua fala. Isso contribui para que a pessoa se recolha e não construa a sua opinião, por não julgar-se capaz. Nesses casos, a pessoa não pode se deixar contaminar pela crítica do outro, só precisa ter claro, que existem pessoas que têm a necessidade de desqualificar o outro, pois é a forma que encontra para se sentir importante.

O que importa na realidade é que as pessoas não deixem de expressar sua opinião, de se posicionarem, porque isso contribui para auto-estima, para o humor e faz com que se sintam reconhecidas e valorizadas. Sentimentos esses que são fundamentais na vida de qualquer pessoa.