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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O CÚMULO DO PRECONCEITO COM OS OBESOS


         Não tenho como não comentar sobre  esta pesquisa realizada recentemente, onde foi identificado que as pessoas obesas sofrem discriminação pelas empresas, no processo de seleção. Isso me gera um desconforto, pois mostra o quanto os nossos gestores e empresários estão cada vez mais vazios, preocupando-se  apenas com a estética. Talvez, este seja o motivo pelo qual os serviços prestados estão deixando muito a desejar. Podendo, até quem sabe, explicar a falta de comprometimento das pessoas com o trabalho e com a incompetência que vemos no dia-a-dia, de algumas empresas. Não admitir ou demitir alguém, porque é obeso, não passa de um tremendo preconceito, pois desde quando o potencial de uma pessoa pode ser avaliado pelo peso que esta tem.

          Provavelmente, daqui uns tempos, os requisitos principais do currículo de uma pessoa não será  mais a sua formação acadêmica e experiência profissional, mas sim, uso de butox, barriga tanquinho, silicone, mente vazia. Isso para os empresários e gestores será muito bom, pois terão funcionários com ótimos visuais, que tem como preocupação a estética, que sabem de todas as técnicas para mantê-la em forma, até porque vivem pesquisando sobre isso. Estas pessoas, consequentemente não questionam nada sobre os assuntos da empresa e das tarefas que lhe são dadas, até porque não querem desagradar seus chefes que são os alimentadores de seu narcisismo.  Portanto, não geram polêmicas, não são formadores de opinião, não lhes dão trabalho, pois são excelentes como mão de obra, executam tudo o que mando, até mesmo os maiores absurdos.

         Penso que ao invés de demitir o funcionário pela sua obesidade, seria mais interessante encaminhá-lo para um tratamento, pois mostrariam o quanto a empresa está preocupada com a saúde do seu trabalhador. Será que este meu pensamento é muito utópico?

       O meu desconforto não é porque sou obesa, muito pelo contrário, sou uma pessoa magra. O que me incomoda na realidade, são essas injustiças que fazem com as pessoas, pois essa pesquisa revela que o cuidado, o respeito pelo ser humano não existe. O que existe realmente é uma inversão de valores. Não é por meio da discriminação, da represália que estaremos ajudando as pessoas a se conscientizarem da necessidade de emagrecer, de cuidarem da sua sua saúde. Muito pelo contrário, estarão gerando um sentimento de ansiedade e estimulando para que comam mais.

       Obesidade é uma doença e como toda doença deve ser tratada. Os obesos precisam de um acompanhamento multidisciplinar para que o seu tratamento apresente um bom resultado. Esta pesquisa, ao meu ver, só retrata a ignorância e a mediocridade do nosso povo.

      Os meus seguidores e leitores me desculpem se fui agressiva, mas tem coisas que não dá para calar.

      Segue abaixo, na íntegra, pesquisa realizada pela Catho.

     Obesos que estão à procura de empregos se deparam com o preconceito contra o excesso de peso.

    O mercado de trabalho está ficando cada vez mais exigente. Ser fluente em diversas línguas, ter noções de informática, fazer cursos importantes na sua área, ter um bom relacionamento para trabalhos em grupo são apenas alguns dos pré-requisitos exigidos, hoje, de um candidato que quer concorrer a uma boa vaga no mercado de trabalho. Não obstante a tantas exigências, agora, é preciso também ser magro.

       Pelo menos, é o que indica a última pesquisa do Grupo Catho “A Contratação, A Demissão e a Carreira dos Executivos Brasileiros”, realizada entre os meses de maio e julho de 2005, com presidentes e diretores de grandes organizações. Os resultados revelam que 65% dos 31 mil entrevistados têm alguma restrição na contratação de pessoas obesas e que a aparência é um fator muito importante na contratação de executivos, pois é a primeira coisa observada.

      Segundo a pesquisa da Catho, a discriminação em relação aos obesos é real e o excesso de peso influencia no salário dos funcionários. “Nosso estudo contou com um sofisticado modelo de regressão múltipla e, também, conseguiu mostrar que as pessoas magras ganham mais. Cada ponto a mais no IMC – Índice de Massa Corporal - significa, para um gerente, ganhar R$ 92,00/mês a menos”, aponta o documento.

     Para o Dr. Durval Ribas Filho, presidente da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia – a discriminação contra o obeso é uma atitude inaceitável. “A obesidade é uma doença e precisa ser tratada. A pesquisa revela que a sociedade condena o obeso, facilitando o surgimento de sentimentos de rejeição. Rotular o excesso de peso como um desvio social, gerado pela falta de autocontrole, é um comportamento inadmissível. Não podemos ser coniventes com esta atitude, permitindo que a ditadura da beleza instale-se, também, no ambiente de trabalho”, enfatiza o médico nutrólogo.

        Dados da OMS - Organização Mundial de Saúde - indicam que mais de um bilhão de pessoas no mundo têm excesso de peso e seu número poderá chegar a 1,5 bilhão, antes de 2015. O tratamento da obesidade é uma das áreas de atuação da Nutrologia, especialidade médica, uma vez que esta doença está se tornando um dos maiores vilões da saúde no mundo inteiro. Durante muito tempo, considerados problemas de países ricos, o excesso de peso e a obesidade se alastram, também, nos países pobres, aponta a OMS. A evolução da doença está vinculada ao aumento de consumo de calorias por dia e à maior ingestão de sal, gordura e açúcar, aliados à diminuição das atividades físicas causada por tarefas profissionais sedentárias e por meios de transporte motorizados.

     “O emagrecimento deve estar atrelado à qualidade de vida. Uma maneira saudável de fazer isso é adotando um programa adequado que combine exercícios físicos à reeducação dos hábitos alimentares, aprendendo o quê, como e quanto comer”, defende o presidente da ABRAN, Dr. Durval Ribas Filho. O médico nutrólogo ainda ressalta que quem necessita perder peso precisa fazer isso com consciência, visando a manutenção da saúde, do bem-estar e não apenas o lado estético.

     Fonte: ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia







quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

COMPROMETIMENTO

        Ultimamente os meios de comunicação e os empresários estão falando muito da falta de comprometimento das pessoas, no que tange as suas atividades profissionais. Realmente, eles tem razão de falar, pois as pessoas parecem que estão totalmente descomprometidas, não só com o trabalho, mas com a vida também.

        Ninguém mais se responsabiliza por nada, tudo é feito de forma mecanicista. Pensar é algo do passado, afinal para que? Qualquer coisa que queira saber, basta entrar no google. Isso escutei há pouco tempo atrás, quando estava com dúvida na tradução de uma palavra do grego para o português. Uma pessoa, já com uma formação acadêmica e cursando outra faculdade me disse isso, quando comentei que teria que ir até a biblioteca da faculdade, para consultar um dicionário. Com esse tipo de pensamento, como poderá ter uma boa formação acadêmica e ser um bom profissional?

         As pessoas justificam que não se comprometem com suas atividades, porque seus salários são baixos. E aí questiono, quando aceitam a proposta de emprego não ficam sabendo o valor do salário? Se isso lhe é informado e aceito, não cabe reclamar depois, pois aí pode se pensar num problema de caráter. A mesma coisa, quando vemos um mau  atendimento na saúde pública, porque os profissionais não tem uma remuneração de acordo com a sua formação. No entanto, quando fizeram o concurso, o valor do salário estava no edital, então não justifica o mau atendimento. Ele está lá por esolha própria,  não cabendo ao povo, pagar por isso.

         Penso que está mais do que na hora de começarmos a reclamar quando não tivermos um atendimento descente. Talvez aí, essas pessoas que não tem comprometimento com as suas atividades se "liguem" e comecem a se interessar mais pelo que estão fazendo e até cresçam dentro da empresa. Lembre-se, sempre que se você está num lugar que não gosta, o único responsável por isso é você mesmo, mais ninguém. Por isso, faça as coisas da melhor forma possível, seja comprometido com as suas tarefas e faça desse local, um trampulim para outro melhor.

          Mas o comprometimento não se refere só as questões de trabalho, mas com as pessoas, com os colegas, com os vizinhos, com os  amigos, com os credores, com a vida pessoal e consigo mesmo. Aliás, o comprometimento consigo mesmo é fundamental, pois é a partir dele que desenvolvemos os demais. Ele contribui para o desenvolvimento da personalidade, do caráter, da moral, da ética, que são os "ingredientes" básicos para viver com dignidade.


        

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A FALTA DE LIMITES ATRAPALHA A SUA VIDA

        Pegando o gancho que ontem escrevi sobre limites, aproveito para lembrar que a falta destes é um dos fatores que contribui para o consumismo exagerado que vemos em nossa sociedade.

        Na cultura que impera atualmente em nossa sociedade, as pessoas podem tudo. São os verdadeiros donos do mundo, não podem esperar, pois as coisas tem que acontecerem aqui e agora, para não correrem o risco de ficarem traumatizados. Não importa os meios que utilizarão, para atingirem seus objetivos. Isso vem aumentando a cada ano que passa e está passando de geração para geração. Não vai faltar alguém, para daqui um pouco, dizer que isso é genético.

        No entanto, o que vemos, são pessoas que perderam a noção do que pode ou não fazer e ter. Nesta época do ano, aqui no sul, parece que todo mundo está com a sua vida financeira muito tranquila, que o Estado está muito bem, pois nada acontece. Tem gente que pede demissão para ir "curtir" a praia. Tem outros que não fazem nada o ano inteiro, mas nesta época tiram férias. O pior, é que não ficam nem vermelhos ao dizerem isso.  Agem com a maior naturalidade e se questionados, desfiam um rosário de justificativas.

         Terminado o verão, as pessoas voltam e aí não adianta fugir, elas precisam enfrentar a realidade. O acumulo de coisas que tem para fazer, de contas que tem para pagar, o dinheiro que acabou, faz com que entrem num processo de histeria coletiva.  Correm para os bancos para pegarem dinheiro emprestado, vão ao agiota, vende alguma coisa, sofrem e terminam dizendo a famosa frase clássica: "nunca mais vou fazer isso, foi a última vez", mas no próximo ano, o filme se repete como os mesmos artistas.

         As vezes fico pensando, o que está acontecendo com as pessoas. Será que este comportamento é normal ? Mas se fosse normal, porque elas  pedem ajuda? Por que sofrem, perdem noites de sono?

          Penso que todos tem o direito de fazer o que querem, mas parem e pensem o que estão fazendo com suas vidas. Por que preciso entrar nesta ciranda de querer tudo e de achar que sou merecedor de tudo e depois acabo adoecendo por causa disso? Será que o preço que a pessoa paga por essa falta de limite vale a pena?  Não seria mais fácil e interessante entender o que este comportamento está querendo mostrar? Deixo estes questionamentos para quem quiser refletir.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A QUESTÃO DOS LIMITES

        Hoje, mais uma vez fui convidada a participar de um programa de televisão para falar sobre limites. E aí me dei conta, que as pessoas sempre que falam de limite, associam a criança e adolescente. Olha o peso que a criança e o adolescente tem que carregar. Por que não associamos ao adulto? Afinal ele é que deve ensinar limites para as crianças e adolescentes. No entanto, fazemos exatamente ao inverso, como se fosse a criança que tivesse que dizer para o adulto o que é limite.

          Quando falamos em limite, as pessoas logo nos vêem como repressores, por associarem erroneamente a uma conotação negativa. Porém, limite significa uma linha de marcação, uma fronteira que diz até aonde a pessoa pode ir. Só que nos últimos tempos, parece que isso ficou esquecido. Não por culpa das crianças, mas de seus progenitores, que a partir da década de 70 se tornaram totalmente permisivos, por acreditarem que tiveram uma infância/adolescência muito reprimida, passando a deixar seus filhos fazerem tudo o que não fizeram.

           Só que com isso, esqueceram ou não sabem que os pais são os primeiros modelos de identificação da criança e que são percebidos por elas, como verdadeiros heróis, ou seja, tudo o que dizem ou fazem, tem um peso muito grande. Portanto, se os pais não tem limite, não tem regras, não são um modelo de identificação positivo, como exigir das crianças e adolescentes que tenham limites. Parece-me algo um tanto cruel, mas  revela o funcionamento do adulto de hoje, que tudo projeta para os outros, isentando-se da sua responsabilidade.

            A terceirização da educação é algo bastante comum, pois os pais alegam não ter tempo para educar seus filhos. Afinal, precisam trabalhar muito, para dar um bom padrão de vida ao filho. Mas será que é isso que realmente o filho almeja? Para quem será o bom padrão devida, para os filhos ou para eles? 

            Infelizmente, as pessoas desconhecem que o limite tem um papel importante no desenvolvimento do pensar da criança/adolescente. Toda a vez que dizemos um não, geramos a frustração. A frustração leva a  pensar, os motivos que desencadearam o não. Dessa forma, os pais estarão ensinando a seus filhos tolerar a frustração e preparando-os para que lidem melhor com os problemas da vida adulta.  Dar limites não é bater, mas ensinar que os direitos de todas as pessoas são iguais, que o mundo não gira em torno de si, que existem outras pessoas no mundo, para que não se tornem adultos egocêntricos. É dizer sim quando for possível e não quando for necessário, é ensinar a diferenciar necessidade de desejo. É lembrar que a todo direito corresponde um dever.

              Dar limites é um ato de amor, de acolhimento, de compreensão. Sentimentos que precisão ser passados para os filhos, a fim de que consigam estabelecer relações saudáveis, não só com a família, mas com a sociedade.

domingo, 23 de janeiro de 2011

PENSE SOBRE O SEU AGIR

       Hoje vou convidá-los a refletir sobre um texto que recebi,  que conta a história de um urso. Ao terminar de ler, fiquei pensando quantas foram as vezes que agi como esse urso. Posso garantir que não foram poucas,  talvez  até hoje, em alguns momentos, continuo fazendo a mesma coisa. Não posso informar o autor deste texto "O urso e a panela" pois desconheço, mas se alguém souber me dizer quem escreveu, ficarei agradecida.

       Um grande urso, vagando pela floresta, percebeu que um acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina...

       Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.

      Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.

       Moral: Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos.

      Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir. Tenha a coragem e a visão que o urso não teve. Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder. Solte a panela!

    Conidero esse último parágrafo muito importante, não fique se agredindo, sofrendo com coisas que só lhe geram sofrimento. Aproveite que estamos no início do ano e faça uma faxina em sua vida e jogue fora todas as "panelas" que estão lhe incomodando. Boa sorte !
















 


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

NÃO CAIA NAS ARMADILHAS DOS LOJISTAS

       Como tenho trabalhado muito com pessoas que se encontram em dificuldades financeiras, acabo ficando muito atenta a forma como as pessoas funcionam. É incrível, existem pessoas que só de saberem que vão receber uma gratificação, um bônus ou qualquer valor a mais, começam a gastar antes mesmo de receber  Os planos são os mais variados possíveis, só não existe o plano de investimentos.


       Percebe-se, que essas pessoas não conseguem reconhecer as armadilhas que os lojistas utilizam, para despertar o interesse do consumidor. Hoje, já existem pesquisas, mostrando que os empresários estudam quais os efeitos que a sua marca, sua publicidade fazem no cérebro do consumidor, por meio do neuromarketing.

       Um exemplo bem simples, nessa época de calor; quando passamos em frente algumas lojas, sentimos aquela temperatura “agradável”. Automaticamente, entramos para amenizar um pouco o calor que estamos sentido e consequentemente, acabamos achando alguma coisa para comprar. Essa é uma das muitas artimanhas usadas pelos lojistas.

        Tem pessoas que passam na frente de uma vitrine e parece que nesta existe um imã que as puxam para dentro da loja. Conseguem comprar coisas que nunca irão usar, mas sempre acham que em algum momento aquilo lhe terá uma utilidade. Como sempre, justificativas para gastar não faltam.

        Sabemos que o exame de ressonância magnética é utilizado para mostrar aos empreendedores os fenômenos que acontecem no cérebro humano frente a determinadas marcas, frente a vitrines, publicidade. Porque, então, não usamos este conhecimento para nos policiarmos e não entrarmos nas armadilhas que eles utilizam? E a resposta é simples, porque infelizmente as pessoas tentam resolver os seus endividamentos emocionais por meio do consumo.

        Sempre que você for tomado pelo desejo de adquirir algo, faça rapidamente algumas perguntinhas: Preciso comprar isso agora? Qual a utilidade que isto terá para mim? Cabe no meu orçamento? Respondida estas perguntas, você terá condições de tomar uma decisão acertada. Com isso, você evitará sofrimentos futuros, estresse, depressões, ansiedades e conseguirá viver com uma boa qualidade de vida.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

OS TRES TIPOS DE ENDIVIDAMENTO

        Outro dia, em um dos meus textos, mencionei que existem três tipos de endividamento e hoje vou falar de forma sucinta, sobre cada um deles.

       Endividamento financeiro: Este é o mais conhecido de todos. A pessoa é considerada endividada a partir do momento que não consegue honrar seus compromissos financeiros, atrasando os pagamentos. Este atraso pode variar de um a três meses. Geralmente, quando se trata do endividamento pessoal, este é dividido em: ativo e passivo.

      Mas o que é um endividamento passivo? Sempre que o endividamento estiver atrelado a uma efemeridade da vida, contrariando á vontade da pessoa, como: desemprego, morte, doença, acidente, separação. Já o endividamento ativo, se dá por escolhas erradas feitas pela pessoa devido à falta de um gerenciamento financeiro adequado. São pessoas que mesmo estando endividadas, continuam comprando, sem ter a crítica de que devem parar. É aquele que considera tudo como um imprevisto e justifica o seu endividamento por meio destes “imprevistos”.

     Endividamento emocional: Este na maioria das vezes é negado pelas pessoas, podendo ser explicado pelo falta de conhecimento que elas têm, sobre si mesmas. Não se dão conta que a pessoa quando está endividada, na realidade encontra-se limitada, não tendo autonomia para realizar muitas coisas, provocando a frustração e fazendo com que a pessoa perca a tranqüilidade, auto-estima, a segurança e a paz.

       As pessoas endividadas normalmente acreditam que a única maneira que tem de pagar suas contas é com o dinheiro, esquecendo que também vão pagar com o afeto. O endividamento financeiro e o endividamento pessoal estão diretamente relacionados. Sendo assim, para que você consiga se livrar do endividamento financeiro, não precisará apenas de um consultor financeiro, mas de um profissional que trate o lado psíquico.

      Endividamento Simbólico: Deste, todos nós somos devedores, quem já não disse para um amigo ou conhecido: “te devo essa”. No entanto, tem pessoas que passam a vida inteira, endividados com os seus amigos, parentes ou conhecidos. Com isso, acabam desenvolvendo um comportamento que poderá torná-lo um endividado financeiro, por acreditar que precisa estar sempre fazendo um agrado ao seu “credor”, oferecendo-lhe algum “mimo”. Sem falar, que algumas pessoas acabam se tornando submissas aos seus credores, atendendo todas as suas exigências, mesmo que isto lhe agrida, para que não se sintam culpados.

   É importante também dar uma atenção para este tipo de endividamento, pois este causa sérios prejuízos emocionais.



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

SÍNDROME DO TEMPO

        Não são poucas as pessoas que atualmente sofrem da "Síndrome do Tempo", mas que não sabem da existência desta patologia. Os sintomas que caracterizam esta síndrome são: falta de tempo, medo de perder tempo e o excesso de tempo.

        No mundo moderno, as pessoas têm que produzirem cada vez mais, pois as empresas querem ver resultados. Se o indivíduo não atende as expectativas do mercado, a própria empresa o projeta para o mercado de trabalho. Com isso, cada vez mais aumenta o número de horas que as pessoas precisão para atender a demanda de trabalho, diminuindo o número de horas que tem para si. Isso colabora para o surgimento dos sintomas de angústia, ansiedade, fadiga, estresse, depressão, pânico. Algumas pessoas chegam a dizer que o dia precisaria ter mais de 24 horas, pois assim, conseguiria realizar tudo o que tem para fazer. Doce ilusão, pois com certeza, aumentaria o número de compromissos a cumprir. As pessoas passam a se justificar através da falta de tempo, mas na realidade estão é justificando o sentimento de culpa que carregam consigo por não terem tempo para fazerem tudo o que gostariam.

       É interessante observar aquelas pessoas que se queixam da falta de tempo, mas que estão sempre procurando alguma atividade para fazer, pois teme perder tempo. Muitas chegam a verbalizar que querem recuperar o tempo perdido e por isso tem que fazer tudo agora. Na realidade, trata-se de pessoas que não conseguem conviver com o tempo livre, pois não sabem o que fazer. Culpam-se por não fazer nada, sendo este sentimento desencadeado por um superego rígido que lhe cobra o tempo parado. Também são pessoas que apresentam um nível de ansiedade elevado e que precisam se ocupar, pois assim, conseguem fugir de uma realidade, que às vezes, lhes é dolorosa.

        Agora, existem aquelas pessoas que não sabem o que fazer com o tempo e acabam por se dedicar a matar o tempo. São pessoas que não tem objetivos, que fazem alguma coisa só para se ocupar, mas não encontram nenhum significado naquilo que estão fazendo. Não encontram um sentido para vida, na realidade está esperando o tempo passar. No entanto, esquecem que tempo é vida e que esta deve ser vivida da melhor forma possível.

       Saber administrar o tempo é saber viver. É saber o sentido da vida, é saber aonde quer chegar e quais os caminhos que precisará trilhar para atingir seus objetivos. Para tanto, a pessoa precisa criar alguns hábitos como: reflexão, planejamento e cuidado com o presente.

       A reflexão é fundamental na vida de qualquer pessoa, pois é a chave do autoconhecimento. O planejamento é uma ferramenta utilizada para organização pessoal, que ajudará a atender os compromissos pessoais e com os outros. E o cuidado com o presente é importante por ser o momento que está vivendo, portanto, precisa vivê-lo com qualidade e responsabilidade.


FAÇA MAIS E RECLAME MENOS

        Como já escrevi outro dia, cada vez mais as pessoas estão reclamando de tudo. Então, quando se refere a trabalho e relacionamento, parece que a coisa piora. O pior que o responsável pela situação estar ruim é sempre o outro. Este outro pode ser o chefe que exige demais, o colega que não faz nada, só quer levar vantagem, o ambiente que não é bom. Também pode ser o marido, a esposa, o namorado(a), o amigo (a), o vizinho(a) que não é compreensivo, que é intolerante, que reclama quando as coisas estão fora do lugar e por aí vai. Agora, a pessoa que está reclamando nunca para e pensa se o problema não está com ela.

       O tempo que a pessoa gasta reclamando,  poderia estar fazendo algo para mudar a situação que lhe incomoda e que pode estar lhe gerando um sofrimento psíquico. Reclamar não resolve, pois ninguém poderá fazer nada pela pessoa, a não ser ela mesma, pois é uma questão comportamental. No entanto, é preciso entender, que ás vezes, as pessoas tem um ganho secundário em reclamar, não conseguindo, portanto, fazer algo para mudar. Se tomar uma atitude em relação à situação que incomoda, do que irá reclamar depois? Isso poderá acarretar um vazio em sua vida, já que o reclamar é o que lhe sustenta.

     Quanto mais a pessoa reclama, pior fica a situação. Os pontos percebidos como negativos começam a ficarem muito fortes e o nível de insatisfação aumenta  Chegando ao ponto, que ir ao trabalho ou ter que conviver com o cônjuge se torna algo aversivo.

         A solução para isso é simples, basta à pessoa realmente querer resolver o problema. O primeiro passo é assumir que não está satisfeito com a situação, que precisa mudar e que para tanto, é necessário tomar uma atitude, saindo da sua zona de conforto. Acreditar que o outro poderá mudar e que aí tudo ficará melhor, isso é um tanto pueril. O necessário é que a pessoa assuma uma posição frente a sua vida, que se conscientize que ela é a única responsável pelas coisas boas e ruins que lhe acontecem. Que pare um pouco de reclamar e reflita sobre as coisas que estão lhe incomodando. Analisando o seu comportamento, vendo o que precisa mudar. Percebendo que o reclamar não está lhe levando a lugar nenhum.

       É necessário parar de depositar no outro as suas frustrações, os seus desconfortos, os seus sentimentos de menos valia, de coitado. Lembre-se que o outro é apenas um reflexo do que você é. Ele é o seu espelho, por isso, examine tudo aquilo que lhe desagrada no outro e use para aprimorar o seu autoconhecimento.





segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O QUE A PSICOLOGIA TEM A VER COM FINANÇAS E ENDIVIDAMENTO?

         Como tenho recebido vários emails me questionando o motivo que tem me levado a escrever sobre as questões financeiras, resolvi responder no blog, pois assim economizo tempo e posso produzir mais.

        Nos últimos três anos tenho observado em meu consultório, que está aumentando o número de pacientes que buscam a terapia por causa dos problemas financeiros. Isso é identificado, muitas vezes, na primeira sessão. Inicialmente falam dos sintomas que os levaram a buscar ajuda. Estes normalmente estão associados a um quadro de depressão, estresse, ansiedade entre outros. No decorrer da conversa, começam a falar das dificuldades financeiras que estão vivendo. Pode-se, então, identificar que esta é a causa, na maioria das vezes, da sintomatologia apresentada.

      Como são pessoas que precisam de um resultado rápido, pois se encontram em situações bastante delicadas, sem muito tempo e sem muitas condições financeiras para investir num tratamento de médio a longo prazo, opto por trabalhar com a técnica cognitiva-comportamental em uma psicoterapia breve. A técnica cognitiva-comportamental é conhecida pela sua eficiência em várias áreas, mostrando bons resultados, desde que haja um comprometimento do profissional e do paciente, por se tratar de uma técnica bastante trabalhosa. O psicoterapeuta não pode ir para uma sessão de terapia cognitiva-comportamental, sem antes planejá-la e o paciente tem que ter claro que vai precisar de um tempo para fazer o seu "tema de casa".

       Outro ponto que me ajuda bastante a trabalhar com as questões financeiras é a especialização que fiz na área de marketing de serviços. Esse curso ampliou os meus horizontes, dando-me uma maior visibilidade na área de negócios, de planejamento e hoje quando trabalho as questões financeiras, me utilizo de muitas estratégias que aprendi no marketing. Como é um tema que me chama atenção, estou sempre lendo sobre o assunto, especulando o que tem de novo nesta área de marketing e de finanças, quais os melhores investimentos que tem para o pequeno e médio investidor, como as pessoas podem negociar suas dívidas para saírem mais rápido do vermelho. Agora é importante lembrar que como psicóloga, não me cabe dizer qual a estratégia que a pessoa deve seguir. Cabe ajudá-lo a pensar nas estratégias que poderá lançar mão, mas a decisão e a responsabilidade de escolha são sempre do paciente.

     Por estar sempre lendo, estudando e pesquisando sobre o assunto, comecei a ser indicada, inicialmente, por alguns pacientes para fazer palestras, para dar consultoria nesta área financeira. Esses convites começaram a surgir com mais frequência nos últimos tempos, obrigando-me há dedicar um tempo para ampliar o conhecimento e escrever sobre o assunto. O que me surpreende às vezes é o questionamento que as pessoas fazem: o que a psicologia tem a ver com finanças, com endividamento? A psicologia tem tudo a ver, pois quando falamos de endividamento não falamos apenas do endividamento financeiro, mas do endividamento emocional e simbólico, mas isso é assunto para depois.

   As pessoas precisam se dar conta, que hoje vivemos num mundo em que tudo está interligado, que o profissional não pode se limitar aos assuntos da sua área, pois o mercado exige muito mais. O profissional que ficar preso apenas a sua área, com certeza, estará fora do mercado logo, logo.





domingo, 16 de janeiro de 2011

POR QUE PRECISO ECONOMIZAR?

         Lembro que os mais antigos sempre tiveram a preocupação de economizar, pois temiam precisar gastar com uma doença ou ter uma reserva para qualquer outra fatalidade, que a vida lhes oferecesse. No entanto, hoje sabe-se que para atingir os objetivos traçados em suas vidas, as pessoas precisam economizar, se não quiserem fazer parte do rol dos endividados.

         Aqueles que costumam estipular metas em suas vidas, geralmente trabalham com um planejamento financeiro, evitando desviar o foco. Sabem que precisam organizar suas finanças para poder comprar o seu imóvel, o seu carro, fazer uma viagem, comprar sua lancha ou aquilo que desejarem. Acumular dinheiro só por acumular ou para quando adoecer não é o mais indicado. O dinheiro precisa circular em nossa vida.

        O que as pessoas precisam ter é um bom plano de saúde, para quando adoecerem terem a assistência necessária, que lhes dará uma certa tranquilidade para enfrentar o problema. É importante que as pessoas reformulem a forma de pensar quando se fala em plano de saúde, em seguro de vida, em previdência privada. Não se trata de mais uma conta para pagar no final do mês, mas de um investimento. Afinal, quem não precisa consultar um médico no decorrer do ano, fazer um check-up? Se for realizar todos os exames particular, verá que o custo dos mesmos são bastante elevados. Se optar por utilizar o serviço do SUS, terá que ter uma boa dose de paciência, pois a marcação de exames são demoradas, devido a grande demanda que eles atendem.

       Os seguros de vida, de incapacidade temporária, de casa, de carro são importantíssimos, pois nunca sabemos quando ocorrerá um sinistro. O profissional liberal precisa ter um seguro de incapacidade temporária, pois não conseguirá se manter apenas com o benefício do INSS, caso precise ficar afastado de suas atividades, se adoecer. Ter carro e não ter seguro é irresponsabilidade. Cada vez mais, circulam pelas ruas e estradas um número maior de carros importados, onde qualquer conserto vai um monte de dinheiro. E o seguro de casa é necessário, pois não estamos livres de um curto circuito ou de um arrombamento. É importante que lembremos que isso não acontece só na casa dos outros, atinge a nossa também. Falo por experiência própria, já tive o meu apartamento arrombado duas vezes e quando poderia imaginar que morando no quinto andar de um prédio, isso iria acontecer?

      O valor investido em nossa segurança além de nos dar tranquilidade e evitar dores de cabeça futuras, permite que possamos ter uma reserva para investirmos na realização de nossos sonhos. Economizar é uma questão de maturidade, de equilíbrio e prudência. Algo que parece estar escasso em nossa sociedade, pois cada vez mais cresce o número de pessoas endividadas. E o pior de tudo, é que as estatísticas apontam que os jovens entre 21 e 30 anos são os que lideram os cadastros de inadimplência. Isso só serve para demonstrar a falta de limites, a permissividade, o sentimento de onipotência, a impulsividade, a intolerância à frustração que o jovem de hoje desenvolveu no decorrer de sua formação, tornando-se imediatista e não medindo as consequências de seus atos impulsivos.



sábado, 15 de janeiro de 2011

EMOÇÕES X CONSUMISMO

         Será que o desejo de sair e fazer compras tem alguma coisa a ver com o nosso emocional? Nos casos dos compradores compulsivos, a resposta será sim. E por que isso acontece? Porque as pessoas sentem a necessidade de preencher um vazio interno ou é a forma que encontram para aliviar a sensação de angústia. É comum no consultório as pessoas apresentarem a queixa de um vazio que não sabem explicar, que acaba gerando-lhes uma dor no peito, falta de ar, o que caracteriza um quadro de angústia. Na tentativa de aliviar o desconforto sentido e incentivados pela cultura que hoje impera na sociedade, que é o consumismo, resolvem sair às compras.

         Este é um momento bastante perigoso, pois enquanto estão comprando, tem a sensação de alívio, de prazer. Isso ocorre em função da liberação de endorfina, que é o hormônio que está relacionado a área do prazer, da sensação, das emoções. Entretanto, muitas pessoas no dia seguinte, ou ás vezes, até no mesmo dia, se dão conta das dívidas que contrairam e acabam por ficarem preocupadas ou se deprimem.

         Na cultura da sociedade atual, o ter ocupou o espaço do ser,  com isso, as pessoas tentam melhorar o sentimento de menos valia, aliviar o complexo de inferioridade, alimentar o seu funcionamento narcísico por meio de um consumismo desenfreado, já que acreditam que são valorizadas pelo seu pseudo-status. Dessa forma, vão construindo falsos selfs que passam a ser vividos como o seu verdadeiro eu. Porém, quando se dão conta do estrago que fizeram em suas vidas, acabam se deprimindo chegando  a ter idéias suicídas. Alguns conseguem buscar ajuda, para entender o que os levam a funcionar desta maneira e conseguem reverter a situação e não mais repeti-la. Agora, existe aqueles que são os consumistas ativos, que mesmo endividados, continuam consumindo, sem terem interesse nenhum de compreender o que está por trás do comprar.

          Tem pessoas que ao se sentirem tristes, a primeira coisa que fazem é irem para o shopping, ao invés de refletirem sobre a sua tristeza. Claro que é muito mais fácil, pois se  sentem confortados ao verem que existem muitas pessoas que agem dessa forma. Assim, esquecem a tristeza, não precisam pensar, agem pelo inconsciente coletivo e vão levando suas vidas. Mas até quando?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ATENÇÃO ! É HORA DE COMPRAR MATERIAL ESCOLAR

         Parece que foi ontem que estávamos desejando um feliz ano novo e já estamos quase na metade do mês de janeiro, faltando portanto menos de 60 dias para o início das aulas. Com isso, os pais já precisam começar a comprar o material escolar. Portanto, está na  hora de ficar atento aos preços, de não se empolgar na primeira loja e comprar tudo. Deixe o comodismo de lado e vá em busca do melhor valor para o seu bolso.

           Verifique a lista fornecida pela escola, veja se realmente é necessário todo o material solicitado. Se ficar em dúvida, questione junto a escola. Após verificar a necessidade do material, faça uma pesquisa de preço, no mínimo em três lojas. Sugiro que faça uma tabela com o nome de cada loja, o material e o valor, pois fica mais fácil para comparar. Tendo feito a comparação, trace o roteiro a ser seguido e vá em busca dos melhores preços.

            Não se incomode se você tiver que comprar um pouco em cada loja. Lembre-se que você estará fazendo um bem para o seu bolso. Economizar não é vergonhoso, pelo contrário, você demonstra que é uma pessoa inteligente, preocupado com as suas economias e que valoriza o seu dinheiro.

             Se possível, compre à vista, evite contas, mas se não der, faça no menor número de parcelas. É importante se organizar durante o ano, fazendo uma poupança, para que nesta época você possa ir às compras tranquilo.

            

             

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

SERÁ UM FENÔMENO?

        Me chamou atenção nos últimos dias, que algumas pessoas estavam ansiosas para o início do "Big Brother". Fiquei surpresa, pois nunca pensei que poderia existir pessoas que gostassem tanto desse programa. Com isso, fiquei a me questionar, o que pode levar as pessoas se prenderem a um programa que não soma nada no conhecimento. Me dei conta, que as pessoas não estão preocupadas com o conhecimento, com a cultura. Programa para ter Ibope, tem que atender os interesses do grande público.  Parece que o interesse das pessoas está naquilo que ajuda a sustentar a suas fantasias.

          Saber da vida do outro, hoje em dia, é algo comum. Afinal, as pessoas ficam horas no facebook, no orkut, assumindo o papel de voyer, pois vasculham a vida do outro, sem terem o mínimo constrangimento. Este tempo, em  que estão preocupados em saber o que o outro está fazendo, com quem está saindo, por onde anda indo, poderiam aproveitar para refletirem sobre suas vidas, como estão conduzindo-a, quem realmente são, o que precisa mudar, entre tantas outras coisas. No entanto, o outro, parece que passou a ser muito mais importante. Por que? Será que estão com medo de enfrentarem as suas realidades?

         O Big Brother é uma das forma que as pessoas  encontram de alimentar suas fantasias, os seus sonho. Muitos, até acreditam, que no  próximo ano estarão na tela, com chance de ficarem milionários, sem ter que fazer muito esforço, desfrutando de toda uma mordomia, que muitas vezes não tem em sua casa. Quem não gostaria de ficar milionário, sem muito esforço?

       Este tipo de programa serve para alimentar o funcionamento de nossa sociedade nos dias atuais, onde as pessoas vivem muitas vezes, uma vida de aparência, em busca de um status, de conquistar um espaço no mercado de trabalho, na sociedade. Dessa forma, acreditam que serão reconhecidos, valorizados e aceitos. Chegam, ás vezes, a quererem viver a vida do outro, pois julgam que ela é boa. Esquecem, que o ser humano é um ser singular, que vive, nasce e morre sozinho. Nem mesmo os gêmeos nascem juntos. Que não é possível pegar carona na vida de ninguém, que cada pessoa só pode viver a sua vida, mas para que isso aconteça, é necessário que se conheça e se aceite.

       As pessoas ao se inscreverem para participar desse tipo de programa, talvez não percebam que estão expondo a sua vida para o mundo todo, ou quem sabe, este é o objetivo. Afinal, vivemos hoje numa sociedade de egos inflados, narcisicos, querendo um  brilhar mais do que o outro. Um programa como o Big Brother, só reforça o funcionamento do nosso povo.       

        Agora, o que mais me chama a atenção é que as pessoas, independente da faixa etária, do nível cultural, do nível sócio-econômico, se interessam por esse tipo de programa, chegando a pagar para vê-lo 24horas. Será esse programa um fenômeno ou as pessoas o percebem como tal?        

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

NADA É POR UM ACASO

        Ontem á noite sai da casa de uma amiga pensando que tinha que escrever o texto para postar hoje, mas antes resolvi dar uma olhada nos meus emails e encontrei em um deles,  esse texto que segue abaixo, de autor desconhecido e cujo o título é: "Só depende de mim", talvez vocês já conheçam, pois deve rodar na internet. Ao ler, lembrei-me dos últimos textos que escrevi e resolvi explorá-lo um pouco, já que nada na vida acontece por um acaso.

        "Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.

         Minha função é escolher que tipo de dia que vou ter hoje.

         Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a rua.

        Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

        Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.

        Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.

        Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
    
        Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto que abrigue minha família e meus pertences.

        Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade fazer novas amizades.

        Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.

        O dia está à minha frente, esperando para ser o que eu quiser.

        E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma ao meu dia e ao mundo.

        Tudo depende só de mim".

        A segunda frase do texto é de profunda importância, pois nós somos os responsáveis por nossas escolhas e somos o resultado destas. Só que isso não é claro para muita gente, observo, principalmente no consultório, que as pessoas sempre responsabilizam terceiros pelos seus sofrimentos  ou por suas escolha. Quando não encontram ninguém para responsabilizar,  justificam, dizendo, que o culpado é o inconsciente. Mas pergunto: quem é o dono do inconsciente? E muito sem graça, respondem: "sou eu". Portanto, não tem escapatória, mesmo que as escolhas tenham sido feitas pelo inconsciente, somos responsáveis por elas.

        Realmente,  o homem é o escultor de sua vida. Ele poderá ser bem sucedido ou não, dependendo da forma que escolheu para viver. Se fez a opção de viver uma vida guiada pelo seu ideal de ego, talvez encontre algumas dificuldades no caminho, pois nem sempre somos o que realmente desejamos ser. Precisamos entender que entre o que eu sou e o que eu gostaria de ser, existe uma lacuna. Não é impossível, se aproximar do seu ideal de ego, mas para tanto, é necessário que reconheça o distanciamento que tem entre o que é e o que gostaria de ser e esteja disposto a fazer o processo de mudança.

         Agora, às vezes as pessoas preferem ficar se lamentando, assumindo o papel de vítima, pois não querem sair da sua zona de conforto. Claro, que essas pessoas têm um ganho secundário e não podem sair da posição em que se encontram. Cada um tem o direito de viver como quer, mas precisa lembrar que não tem o direito de ficar reclamando da vida e das escolhas que fez, para os familiares e amigos. Por outro lado, encontramos aqueles que preferiram desenvolver um falso self, que por sinal, é bastante comum encontrarmos falsos selfs passeando pelas ruas, acreditando que estão convencendo as pessoas que realmente são aquilo que demonstram ser. Na realidade, são pessoas adoecidas, com um sentimento de menos valia muito forte e que precisam se enganarem, acreditando que estão enganado os outros.

            O poder de decidir se você quer ser feliz, rico, bem sucedido, só cabe a você, mas lembre-se, talvez você precise mexer e mudar algumas coisas em sua vida. Se este for o caso, aproveite que estamos inciando um novo ano e começe a replanejar sua vida e seja feliz. Só não esqueça, anrtes de definir o que é felicidade para você, pois se não, cairá no senso comum.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A IMPORTÂNCIA DO EQUILÍBRIO NA VIDA FINANCEIRA

       O imediatismo é a palavra do momento. As  pessoas quando querem alguma coisa, tem que ser para agora. Não querem saber se podem adquirir ou fazer o que desejam. Só tem a preocupação de satisfazer o seu desejo, demonstrando que a instância psíquica predominante em seu funcionamento é o id. Essa instância psíquica é movida pelo princípio do prazer,  com isso, esquecem que precisa haver um equilíbrio entre o hoje e o amanhã, pois só assim, conseguirão realizar seus objetivos. Para que estes se realizem, é necessário estar consciente, de que nem todas as suas necessidades do momento poderão ser satisfeitas. Precisará, às vezes, conviver com algumas frustrações, para que mais adiante consiga atingir o seu  objetivo.

       É preciso que tenha calma, que haja com prudência, que saiba o que quer da vida. Dessa forma, conseguirá  realizar tudo o que deseja.

      O planejamento, o bom senso, a paciência  são  o segredo para realização de seus sonhos. Se você deseja comprar um carro, por exemplo, planeje. Esse sonho pode ser alcançado, sem você ter que se endividar, perder noites de sono pensando como vai pagar. Basta agir de forma equilibrada. O primeiro passo é definir qual o carro que você quer,  modelo, ano, valor total e valor das parcelas. Ver o quanto você tem de dinheiro para dar de entrada. Esta história de comprar carro totalmente finaciado é a pior coisa que você pode fazer. O segundo passo é ver qual o valor da prestração que cabe no seu orçamento. Talvez tenha que abrir mão de algumas coisas, para poder colocar o financiamento do carro no seu orçamento. Lembre-se que você está contraindo uma dívida de médio prazo. Após ter feito tudo isso, você pode realizar a compra. Agora lembre-se, que se você contraiu uma dívida de R$ 1.000,00 por mês para pagar o carro, na realidade essa dívida é de R$ 2.000,00, pois tem o IPVA, o seguro, o combustível, o estacionamento e a manutenção do carro. Isso deverá estar no seu planejamento.

      Se você controlar sua impulsividade, se planejar, se organizar financeiramente, conseguirá realizar tudo aquilo que deseja. Talvez demore um pouco, mas realizará. Daí a importância, do que disse outro dia, coloque prazo no seu plano de ações. Mas geralmente o que vemos, é exatamente o contrário. As pessoas contraem dívidas e depois pensam como vão pagar, justificando seus atos, como sendo  esta  a única forma que tem,  para adquirirem o que desejam. Isso só demonstra a sua falta de maturidade e a necessidade que tem de viver uma vida tumultuada, com uma série de privações e preocupações.

     Esse tipo de comportamento, nos leva a pensar sobre a necessidade que essas pessoas tem de assumir um papel de coitadas, demonstrando o quanto não conseguem viver de uma forma independente.  Precisam sempre, que os outros se sensibilizem com a sua situação. Se independizar financeiramente é poder se independizar afetivamente. É poder estabelecer relações mais saudáveis, é ter melhor qualidade de vida, é realmente viver a vida de forma harmônica. Para isso, não precisa muito, basta você se permitir viver de forma equilibrada, comedida, planejando e organizando sua vida, para que seus sonhos se concretizam e você não precise mais ficar se lamentando e sofrendo por não conseguir as coisas.   

domingo, 9 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

       Existe um projeto que prevê para a partir de 2012 a inclusão da disciplina Educação Financeira nos currículos das escolas públicas. Esta disciplina abordará o orçamento doméstico, poupança, aposentadoria, seguros e financiamentos. Essa medida trata-se de uma das várias iniciativas pedagógicas voltadas às escolas e a adultos que visa erradicar o analfabetismo financeiro no país. Sabe-se que o brasileiro não é nada educado em termos financeiros, sendo alvo de comentário no exterior, pelo seu consumismo exagerado.

      A educação financeira é importante devido a sua complexibilidade e também pela diversificação de produtos financeiros que existem no mercado. As pessoas precisam entender que não é uma atitude inteligente gastar toda sua receita, ou pior, gastar além do que sua receita permite. Isso demonstra uma falta de maturidade, responsabilidade, imediatismo, entre outras coisas. O consumismo está relacionado não só as questões emocionais, afetivas, mas também pode ser explicado por meio do neuromarketing. O neuromarketing é uma ferramenta que permite por meio de exames de neuroimagem - ressonância magnética - rastrear o cérebro humano, explicando a lógica do consumismo.

      A expansão e a popularização do crédito abriu espaço para o endividamento, as pessoas acreditam que estão fazendo grandes negócios quando fazem uma compra e parcelam por vários meses, por não ter juro. Não sabem, ou esquecem, que aquela mercadoria está super faturada. O lojista não está para beneficiar o comprador, mas para ganhar dinheiro. Por isso, procure comprar á vista, pedir desconto ou parcele o menos possível.

      Penso que esta medida do governo brasileiro de incluir no currículo escolar a Educação Financeira, demonstra a preocupação que o governo tem com o endividamento das pessoas, que acaba por refletir na economia do país. Pesquisas apontam que 3 a 10% da população vive no isolamento financeiro, ou seja, não possui conta bancária. Em 2008, foi realizada uma pesquisa de âmbito nacional, que tinha como objetivo mensurar o grau de educação financeira do brasileiro. O resultado não foi de todo negativo. Houve aspectos positivos, como por exemplo, 69% das pessoas pesquisadas referiram fazer planilha para controlar os gastos da família e 66% referiram guardar os comprovantes das compras. Por outro lado, a pesquisa apontou aspectos preocupantes, como, três a cada dez disse pagar o valor mínimo do cartão de crédito quando  a situação aperta e 25% tem restrições cadastrais, o que confirma que o nível da educação financeira é muito baixo.

       Considero importante que a educação financeira inicie na infância, pois talvez assim consiga-se mudar a cultura do consumismo. Que as crianças aprendam a importância de economizar, de investir seu dinheiro e não gastar tudo, levando isso para sua vida adulta, desenvolvendo uma compreensão consciente no que tange à administração de seus recursos.

        Quando vejo as pessoas fazendo filas em frente as lojas nessa época de liquidação ou nas compras de final de ano, fico pensando qual a relação que estas pessoas estabelecem com o seu dinheiro. Tenho a impressão que elas vêem o dinheiro como seu inimigo e que logo tem que se livrar dele, mas ao mesmo tempo, estão sempre correndo atrás dele. Isso demonstra a ambivalência das pessoas no que se refere ao dinheiro. Cabe a cada um pensar porque dessa necessidade de consumir até quando não tem necessidade ou não tem condições.
     

sábado, 8 de janeiro de 2011

COMO ENTENDER

        As vezes fico pensando como entender as pessoas, afinal elas nunca estão satisfeitas com o que tem. Nos últimos dias, aonde se chega, as pessoas reclamam do calor. Até mesmo, quando o contato é feito por email, a reclamação vem. Realmente está quente, estamos no verão. Quando é frio, reclamam porque é frio e quando chove, o problema é a chuva. Percebe-se  que as pessoas criaram o hábito de reclamar, o que  pode ser compreendido como a maneira de extravasar o seu desconforto interno.

        Existem pessoas que reclamam sempre, nada está bom, tudo incomoda. Responsabilizam os outros por tudo que lhes acontecem e só encontram defeitos nas outras pessoas. Fico pensando como conseguem viver assim. Afinal, a vida é tão simples, nós que a complicamos. Se aprendermos a valorizar as coisas que a natureza tem para nos oferecer, a aceitar as pessoas como elas são, soubermos lidar com as diferenças e entender que tudo que temos na vida é passageiro, talvez não existisse pessoas tão amarguradas.


       Essa necessidade que as pessoas têm de estar sempre correndo, competindo, brigando muitas vezes para conquistar seu espaço,  ostentando  um padrão de vida que não condiz com a sua realidade, é responsável por gerar um nível elevado de stress, de ansiedade, de depressão, fazendo com que as pessoas se sintam infelizes. Seria tão mais fácil, se ao invés de reclamar do calor ou de qualquer outra coisa, curtissem o bom tempo, as coisas que a vida está lhe oferecendo. Não ficassem nessa neurose de acreditar que os seus valores estão no que aparentam, esquecendo que o seu valor é reconhecido por meio de sua postura ética, de seus valores morais, pela sua forma de ser.

        Nada melhor do que poder viver sua vida com autenticidade, de forma saudável, sem ter que ficar alimentando um falso self , na tentativa de agradar e ser aceito pelos outros.  Assim, talvez, as pessoas não precisassem reclamar tanto e conseguissem viver de uma forma mais feliz, se permitindo escutar o que o seu verdadeiro eu tem a lhes dizer.

  

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

HORA DE PLANEJAR

        Bem, a primeira semana do ano já está acabando e será que você já traçou suas metas para esse ano? É importante destacar quando se fala em meta, que não precisamos encher uma folha com coisas que queremos fazer, e, que acabamos esquecendo antes de terminar o primeiro mês do ano. Você pode traçar apenas uma meta, desde que siga até o fim. Para tanto, sempre que colocamos um objetivo em nossa vida, precisamos também elaborar o plano de ações.

       Encontramos pessoas que acham desnecessário traçar metas para o seu ano e levam a vida do jeito que dá, quando chega no final do ano tem uma lista de coisas que gostaria de ter feito, mas que não fez. Aí vem a frustração, a depressão, porque se percebe como um coitado, que nunca consegue nada. Às vezes, até surge o sentimento de inveja e ciúme, pois os outros tudo podem e ele não, mas afinal o que queria conseguir? Será que sabe?

      Imagine uma empresa que não tem o seu planejamento estratégico definido. Onde os dirigentes não sabem qual a missão, a visão, valores e objetivos da empresa. A falta deste planejamento é que leva muitas empresas a fecharem, principalmente os pequenos empreendedores, que não tem visão de negócios. O mesmo se dá com a nossa vida, se não tivermos um objetivo a seguir, estaremos como diz a música do Zeca Pagodinho "...deixa a vida me levar"...Só que a vida nos leva para o lado que ela quer, mas não podemos esquecer que nós somos os únicos responsáveis por tudo o que acontece de bom e de ruim em nossa vida. Portanto, devemos saber para onde estamos caminhando e aonde queremos chegar, caso contrário, seremos verdadeiros andarilhos, perdidos no tempo.

       Não basta ter claro o queremos, precisamos definir o plano de ação que teremos que adotar para atingir o objetivo proposto. Neste plano deve constar o que fazer, como fazer e a data limite para cada ação. Na medida que vamos vencendo cada etapa e que começamos a nos dar conta que é possível atingir o objetivo traçado, nos entusiasmamos para dar continuidade. Claro que existirão algumas dificuldades que precisarão ser vencidas, frustrações que teremos que conviver, mas o importante é não desistir, nem mesmo quando o desânimo tomar conta, lembre-se que você tem um foco e não desvie dele. Faça isso e depois que tiver atingido sua meta, me conte.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A IMPORTÂNCIA DE BRINCAR

        Sempre que falamos em brincar, pensamos em crianças.  Só que hoje as brincadeiras das crianças não são mais como antigamente, em que corriam na rua, brincavam de pegar, de esconder, criavam seus brinquedos. Hoje elas desde muito cedo, jogam no computador, no videogame, brincam com jogos de mesa, onde as regras já são pré-estabelecidas. Esses jogos tem a função de ensinar regras, dar limites. No entanto, precisamos lembrar que as brincadeiras livres são de tamanha importância para a adaptação social, controle de stress e na construção de habilidades cognitivas.

        É por meio do brincar, que as crianças aprendem a ser sociáveis. Os jogos com regras são divertidos e ajuda a criança a desenvolver habilidades para conviver em grupo, enquanto que a brincadeira livre, por não ter regras iniciais, proporciona respostas mais criativas, desafiando não só o desenvolvimento do cérebro, como do próprio ir e vir do pensamento. Inventar jogos, o faz de conta, construir brinquedos, criar personagens para suas histórias favorece o desenvolvimento da área cognitiva. É dessa forma, que a criança aprende a lidar com situações ansiogênicas, pois brincar é correr risco, é enfrentar o novo de forma protegida.

        Porém, a grande novidade é que estudos apontam que o brincar não é recomendável só para crianças, mas para o adulto também.  O adulto também precisa ter um tempo para se divertir, pois cabe lembrar que dentro de cada adulto existe uma criança que precisa ser alimentada, nutrida e a forma de se fazer isso, é se permitir brincar, falar bobagem, rir, jogar conversa fora. No entanto, algumas pessoas não se permitem a isso, por terem um superego muito rígido, gerando-lhe sofrimento.

      

   

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SÍNDROME PÓS-NATALINA

        O psicanalista Christian Ingo Lenz Dunker, professor do Instituto de psicologia da USP (SP), explica que a síndrome pós-natalina, como toda síndrome, reune um conjunto de sintomas, que se apresentam de forma regular, não sendo necessário a presença de todos. Segundo ele, esta síndrome acomete geralmente pessoas de meia-idade, não ocorrendo quase em crianças e tendo a tendência de diminuir após os 60 anos. Salienta que a reincidência, num período de longo prazo, poderá gerar uma imunidade..

       É fácil identificar os sintomas característicos desta síndrome, que são: irritabilidade, reatividade, explosões alternadas de ternura e violência, agitação psicomotora e uma sensação de asfixia psíquica, podendo esta se manifestar por meio de sentimentos persecutórios, como por exemplo, ter a sensação de que todo mundo está lhe olhando, comparações e julgamentos vindos de terceiros ou de si mesmo. Esta síndrome normalmente apresenta-se em duas fases: no Natal comparamos o que somos com o que deveríamos ser; no Ano-Novo comparamos o que queremos ser com o que somos . Daí a importância de passarmos o Natal com a família, pois esta nos ajuda a lembrar o que somos, nos dá o nosso referencial  e no Ano-Novo, viajamos a fim de esquecermos quem somos.

       O psicanalista coloca que esta síndrome se desencadeia devido a corrida das pessoas aos bancos do narcisismo, na tentativa de encontrar seus ideais, expectativas e lembranças depositados. Ao mesmo tempo em que há uma desvalorização, há uma supervalorização no "mercado" do bem estar e da infelicidade, a saber, a economia da crença. A troca de presentes, que hoje é muito comum, nada mais é que a crença no papai-noel, que alimenta a crença das crianças.

       Ao montarmos uma árvore, pendurar bolas, acender velas, montar o presépio, comer peru, trocar presentes, são indícios de que se acredita em papai-noel. O mesmo ocorre quando se come lentilha, se pula sete ondas, abre-se  espumante, demonstra-se que acredita-se num ano-novo. O ano-novo desperta em muitos, a esperança de que tudo será diferente, mas para que isso aconteça  é necessário que a pessoa esteja disposta  a mudar, caso contrário, continuará reafirmando que acredita em papai-noel.  Se você tem estes rituais, mesmo que diga que faz para agradar os outros, você se enquadra na síndrome pós-natalina.

      Já que agora você conhece um pouco dessa síndrome, pense como poderá fazer para livrar-se dela. Agora, se você preferir continuar acreditando em papai-noel, ao menos tenha a clareza que ele só existe no mundo infantil, mas que você tem o direito de fazer essa opção.

domingo, 2 de janeiro de 2011

FOTOS DE BELÉM


FORTE


MANGAL DAS GARÇAS


ESTAÇÃO DAS DOCAS




PRAÇA EM FRENTE A CASA DAS 11 JANELAS




PRIMEIRA RUA DE BELÉM


VENDEDOR DE AMENDOIM



PRAÇA EM FRENTE A IGREJA DA SÉ



                                                                                     TOMANDO TACACÁ


POLO JOALHEIRO



                                                                                       
                                                                                  NA CIDADE DE VIGIA