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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

MOACYR SCLIAR

         Hoje ás 11h será enterrado o escritor e médico gaúcho Moacyr Scliar. Scliar faleceu aos 73 anos, de falência múltipla de órgãos devido às consequências de um acidente vascular cerebral (AVC).

       Ele é considerado um dos maiores expoentes da literatura brasileira. Com mais de 70 livros escritos e vários traduzidos em diversas línguas. Scliar tinha um jeito muito peculiar de escrever. Seus temas eram simples, mas ele os enriquecia com os símbolos e as alegorias que acabavam por torná-los intrincados.

      Scliar ocupava a cadeira de número 31 da ABL, fundada pelo escritor João Ribeiro, que teve como ocupantes os escritores Paulo Setúbal, Cassiano Ricardo, José Cândido de Carvalho e Geraldo França de Lima, a quem Scliar sucedeu, desde 2003.

      Todos os que o conheciam só tem elogios a lhe fazer. Referem se tratar de uma pessoa bem humorada, um trabalhador literário incansável, uma pessoa generosa e um admirável ser humano.

       Agora, só nos resta a agradecer ao Scliar pelas inúmeras obras que deixou e nos deleitarmos ao lê-las.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

FELICIDADE

        Hoje sai para caminhar e acabei encontrando uma amiga que fazia muito tempo que não a via. Ficamos batendo um longo “papo”, mas o que mais me chamou a atenção é que a cada cinco palavras que dizia, afirmava que temos que ser felizes. Lá pela quarta ou quinta vez que disse, resolvi começar a prestar atenção, pois queria saber quantas vezes ainda iria repetir essa afirmação. E acabei por perder as contas, pois foram muitas.

        Sai dali pensando, se ela realmente acredita nisso ou se estava fazendo algum exercício de pensamento positivo, que precisa ficar repetindo para que a coisa se concretize. Talvez esteja tentando se convencer de que tem que ser feliz ou realmente sente-se feliz. Poderia também ser um vício de linguagem. Isso não importa, afinal o que interessa, é saber o que as pessoas entendem como felicidade.

        Percebo que o desejo de ser feliz não é algo apenas dessa minha amiga, mas do ser humano. Que a cada dia busca mais e mais encontrar a felicidade, só que como não tem claro a sua definição de felicidade, busca na maioria das vezes, de forma distorcida.

        Se pararmos para analisar o que é felicidade, veremos que pode ser compreendida de várias formas. Para os hedonistas, ser feliz é sentir-se feliz. Eles privilegiam o lado sensitivo e percebem a felicidade como algo continuado. Se voltarmos um pouco no tempo, veremos que os hedonistas gregos acreditavam que poderia se fazer qualquer coisa, desde que gerasse o maior prazer possível para a pessoa.

        Platão, Aristóteles e os escolásticos estabeleciam uma diferença entre felicidade e prazer. Acreditavam que a felicidade se encontrava na realização do bem. Para eles, a realização do bem é uma das potencialidades do homem. Defendiam que o homem seria perfeito se tivessem consciência das virtudes morais universais; coragem, integridade, boa vontade, moderação, humildade, tolerância, paciência, respeito, generosidade, etc. Todos nós carregamos esse potencial conosco, no entanto, alguns optam por permitir que ele se manifeste ou não. Sócrates, Platão e Aristóteles acreditavam que o homem conjetura o bem por meio da racionalidade. Dessa forma, encontram a felicidade.

        Já os escolásticos defendem a idéia de que o bem é revelado ao homem, através da fé que deposita em Deus. Para eles ser feliz, é saber-se feliz e não sentir-se feliz. Eles priorizam a cognição e não a dimensão sensitiva.

        Sócrates afirmava que o homem que conhece o bem, sempre escolherá o bem. Referia que o homem que escolhe o mal é por ignorância, desconhecimento de si e do mundo. O que concordo plenamente, pois as pessoas por não se conhecerem, andam nessa corrida maluca atrás da felicidade. Quanto mais correm na tentativa de encontrá-la, mais se distanciam.

        Na visão de Santo Agostinho, a virtude é o bem maior, mas a forma para chegar até ela, não é mais a racionalidade e sim a fé. O virtuoso é iluminado pela revelação divina e não pela razão. Sabe-se hoje, que as questões espirituais, a fé, têm uma grande influência na vida das pessoas. Pesquisas mostram que aquele que crê, apresenta um melhor prognóstico, no caso de ser acometido por alguma doença.

         Após fazer essa rápida caminhada por algumas correntes filosóficas, creio que o ser humano conseguirá ser feliz, a partir do momento que realmente se conhecer, entender e aceitar a sua forma de funcionar. No momento que conseguir olhar para o mundo e entendê-lo, sem tentar engessá-lo dentro dos seus valores, que julga serem corretos. Que aceitar as pessoas como elas são, sem julgá-las. Importante lembrar, que julgamos como correto, bom, certo, sempre tendo como princípio os nossos valores. Portanto, não são verdades absolutas, os valores dos outros também podem ser corretos.

         Ser feliz ou não depende do significado e da dimensão que damos para as coisas, para a vida, para as pessoas com quem convivemos. Tudo pode ser muito bom, mas também pode ser muito ruim, vai depender como estou olhando para a situação. Vivemos num mundo de opostos, por isso, ao mesmo tempo, que algo pode me fazer feliz, poderá me fazer infeliz.

        O que importa, é que cada pessoa busque encontrar a sua felicidade, a partir do seu autoconhecimento, dos seus valores, dos seus princípios éticos e morais, sem se preocupar com que os outros vão pensar ou dizer. Somos seres singulares, por isso, não precisamos fazer, acreditar e agir como todo mundo.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

AS BARBÁRIES DO HUMANO

       Numa época em que o humano se orgulha dos avanços científicos e tecnológicos que cria a todo o momento, em que já falamos na nanotecnologia, no pós-humano, é lamentável que o comportamento desenvolvido por algumas pessoas, ainda sejam muito primitivo.

       Hoje ao ler e escutar as notícias, fiquei perplexa com o comportamento do cidadão que atropelou mais de 20 ciclistas, na cidade baixa, aqui em Porto Alegre. Eles faziam um movimento, para que as pessoas utilizem a bicicleta como meio de locomoção, diminuindo o número de carros nas ruas. Os mesmos estavam se dirigindo para inauguração de um espaço cultural “Cidade das bicicletas”, quando foram envolvidos por um ato de um homem de quarenta e poucos anos, que resolveu dar vazão a sua deliquência.

       É lamentável, que um grupo de pessoas que cultivam um hábito saudável e que tem o propósito de divulgá-lo, para outras pessoas, seja agredido, só porque ele ficou incomodado por não poder passar. Isso demonstra que esse cidadão não tem condições de ser portador de uma carteira de habilitação e muito menos de dirigir, até mesmo uma bicicleta, porque não consegue controlar seus impulsos, sua agressividade, irritabilidade, em suma, suas emoções.

      Nada justifica um ato selvagem e covarde, como este. O interessante é que esse tipo de gente se mostra muito macho, como o gaúcho gosta de dizer, para tomar atitudes como esta, mas não é macho o suficiente para assumir os seus atos. Depois que atropelou, que não deu assistência, fugiu e abandonou o carro em uma rua, sem se quer se apresentar em uma delegacia e dizer: “fui eu que cometi essa barbárie”. Claro que eu estou querendo demais, de um sujeito desses. Afinal, estou querendo que ele saia da sua sandice e tenha um momento de lucidez.

        Provavelmente, o motivo desse ato deve ser explicado, pelo uso de álcool, droga ou um surto psicótico. Espera-se que seja isso, porque se não será bem mais grave. Esse sujeito deve estar em casa, já tendo contratado um advogado para preparar a sua defesa, aguardando ser intimado, pois não sei se terá a hombridade de se apresentar para o delegado que está acompanhando o caso.

      Atitudes como estas é que mostra o quanto o ser humano está involuindo, mas nega, por acreditar que está no ápice de sua evolução. As pessoas perderam totalmente a noção de valores, de ética, de moral, da crítica. Vergonha, constrangimento são palavras que não fazem mais parte do seu vocabulário.

     Hoje recebi uma ligação, de uma pessoa que não conheço e que me apresentou o problema de sua namorada, que ele foi quem criou, querendo que eu o ajudasse. Já tendo percebido o que ele queria, mas ainda acreditando que eu estava sendo maldosa, o levei a verbalizar como achava que eu poderia ajudá-lo. Fiquei pasma ao ouvi-lo, pois sem nenhum constrangimento, sem na realidade saber quem eu era, pois só haviam passado o meu telefone e o meu nome, me pediu para eu dar ou vender um atestado para justificar as faltas de sua namorada ao trabalho.

       Todo mundo sabe, porque ainda há poucos dias, o Fantástico mostrou um médico psiquiatra, não lembro a cidade, que vendia atestado falso para policiais. Mostrou também que isso , além de ser antiético, é crime. Ao desligar o telefone, fiquei pensando se este rapaz é ingênuo, ignaro, egocêntrico, infantil, a ponto de não se dar conta do que estava fazendo ou se tem algum problema em nível de caráter.

      As pessoas não estão preocupadas se vão violar a outra pessoa com os seus gestos, com a sua fala, o que querem é resolver as suas angústias. O que mostra o quanto o humano se tornou um ser vazio, egocêntrico e narcísico. Acreditam que são os “caras”, mas na realidade o humano está se tornando um bárbaro. O pior é que não tem consciência disso, o que é preocupante e triste.

    É preciso urgente que as pessoas parem e vejam o que estão fazendo não só com as suas vidas, mas com as das outras pessoas. Que sejam responsabilizados ao cometerem um ato como deste cidadão que machucou várias pessoas nesse atropelamento em massa. Que alguém diga a esse jovem, que ele está propondo algo extremamente grave a um profissional. Se tivesse alguém para orientá-lo, teria me poupado de dizer-lhe, que a sua proposta era indecorosa.





quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MOTIVAÇÃO

        Como estou lendo sobre este assunto para dar uma palestra amanhã, para um grupo de educadores, resolvi escrever um pouco sobre este tema. Afinal, está chegando a hora, para muitas pessoas, de retomarem suas atividades e nada melhor, para fazer isso, do que uma boa dose de motivação.


       Sabemos que a vida de um profissional é sempre recheada de muitas surpresas. Existem momentos em que tudo corre super bem. E outros, em que as dificuldades se apresentam. Hoje dentro das empresas, os desafios e as pressões para que os funcionários atinjam as metas estipuladas, que na maioria das vezes, são bastante elevadas, é uma constante.

       Para dar conta de tudo isso, sem se deixar abater pela pressão psicológica que os gestores fazem, é necessário uma boa dose de motivação diária. Daí a necessidade de se viver um dia de cada vez, transformando aquelas grandes metas, numa meta menor, ou seja, dividindo-a pelos dias úteis que terá para conquistá-la. Essa é uma das formas que temos de manter a nossa capacidade de nos auto-motivarmos, independente das cobranças que existem em nossa volta.

      Aquele que não tem uma chefia para estipular metas, como no meu caso, que sou profissional liberal, faz-se necessário que tenha objetivos bem definidos, a serem atingidos. Caso contrário, ficará perdido. O profissional liberal, precisa ter um plano de ações que o permita a desenvolver suas atividades, sem correr o risco de cair no esquecimento,no seu mercado de trabalho.

        Os “ingredientes” necessários que contribuem para mantermos uma boa motivação são:

        - não deixar o nosso estado de espírito se abalar. Ter serenidade para lidar com as dificuldades que se apresentam. Até mesmo, com aquelas pessoas que às vezes tentam nos tirar do eixo;

      - cuidar do ambiente em que vivemos. Isso serve para nossa vida pessoal e profissional. O ambiente deve ser tranqüilo, organizado, sem nos preocuparmos com a vida dos outros, com o que o outro tem. Fazer comparações é algo que só serve para nos colocar para baixo;

     - existem coisas que fogem ao nosso controle, são os acontecimentos externos. Quando isso acontecer, procure ver sempre os dois lados do que está acontecendo. Procure ver a serviço de que isso está se apresentando nesse momento em sua vida.

    - outro ponto importante é a nossa postura. Devemos procurar não deixar que as dificuldades influenciem nosso visual, em nosso astral. É importante fazermos as coisas com entusiasmo, com alegria. Manter uma atitude positiva, isso faz com que as pessoas  não só fiquem com uma visão positiva de você, mas também gera credibilidade.

   - dentro da sua empresa, mostre que você faz parte do time. Pegue junto, não se exclua num canto se sentindo melhor do que os outros ou o diferente. Esse sentimento é apenas uma defesa que está usando para justificar a sua atitude de não ir à luta.

   O importante é que tenhamos sempre claro aonde queremos chegar, qual o caminho que queremos percorrer, pois este é que nos levará ao sucesso profissional, pessoal, afetivo e financeiro.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O QUE FAZ UM TOMBO

         Hoje completa oito dias que fui derrubada por uma senhora, na rua, o que me causou uma luxação no cotovelo direito, sem falar nos hematomas. Uma coisa boba, mas que está me impossibilitando de fazer algumas atividades, inclusive digitar, devido precisar ficar com o braço na tipóia. Na realidade, eu deveria estar com o braço engessado, segundo orientação médica, mas como sou uma paciente rebelde, não permiti que esse procedimento fosse feito.


        O que mais me preocupa em tudo isso, não é tanto o braço, porque daqui uns dias ele estará bom. Agora, fico a me questionar se o ser humano ainda tem recuperação. A pessoa que literalmente me atropelou, não teve a mínima sensibilidade de perguntar se eu estava bem ou se precisava de alguma coisa. Obviamente, que não iria querer nada, a não ser um gesto de solidariedade, e, quem sabe, dizer-lhe para ter mais atenção. No entanto, nem isso pude fazer, pois a pessoa sumiu, quando alguém lhe disse, que eu havia caído por causa dela.

       A leitura que consigo fazer, do comportamento de uma pessoa dessas, deixando de lado a emoção, é de falta de caráter, de egoísmo, de desrespeito para com o outro, de onipotência, pois transita por uma calçada, como se a rua fosse apenas para ela. O outro não existe, pois a única coisa que consegue enxergar é o seu próprio umbigo. Só que por trás dessa onipotência, verifica-se uma atitude covarde, que não lhe permite assumir qualquer responsabilidade.

        Assim como essa senhora, existem muitas outras pessoas transitando pelas ruas ou até mesmo dentro de nossas casas, agindo dessa mesma forma. O pior de tudo isso, que quem criou esses “monstrinhos”, fomos nós, os humanos. Não lhes dando limites, não ensinando que vivemos em uma sociedade, onde precisamos compartilhar o espaço e as coisas com as outras pessoas. Que precisamos do outro. Que só existimos, porque o outro existe.

       É através do outro que nos reconhecemos como pessoa. Portanto, não podemos ignorá-lo, prejudicá-lo, discriminá-lo, fazendo de conta, que não fomos o causador, da dor que sente.

      Confesso que me assusto hoje com o ser humano, apesar de ainda investir nas pessoas, dando-lhes sempre um voto de confiança. Penso, que no dia em que não poder mais fazer isso, precisarei abandonar minha profissão e quem sabe, viver num lugar isolado, pois assim, não precisarei conviver com a doença da desumanização, que parece estar tomando conta das pessoas.

    Parafraseando Freud; "um tombo, é,  às vezes, apenas um tombo", mas faz com que reflitamos sobre um monte de coisas.







sábado, 19 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

       Como ainda continuo imposibilitada de ficar digitando muito, vou utilizar um material que recebi da  WebMaster com notícias da InfoMoney, que tem como foco explicar o que é educação financeira sustentável. Segue a transcrição literal do material que me foi enviado.

       SÃO PAULO - Qual é o objetivo da educação financeira? Ensinar como gastar dentro do orçamento, para que sobre dinheiro no final do mês e não sobre mês no final do salário. Além disso, ser educado financeiramente significa saber usar o dinheiro que sobra, pagando dívidas, investindo e formando um patrimônio.

     No entanto, uma outra definição do termo vem aparecendo, focando, além da segurança financeira, a qualidade de vida: Educação Financeira Sustentável!

     O que significa?

     De acordo com Aron Belinky, secretário-executivo da Ecopress - agência de notícias ambientais -o principal objetivo da educação financeira sustentável é proporcionar qualidade de vida, garantindo que tenhamos - hoje e no futuro - a segurança material e as condições para uma vida feliz, com realização pessoal e profissional.

      "O objetivo é mudar o pensamento de acumular cada vez mais dinheiro para a idéia de viver cada vez melhor", afirma Belinky.

       Para ele, a grande confusão está em ver o dinheiro como objetivo ao invés de vê-lo como instrumento. "O importante é que a pessoa priorize a satisfação ao consumo. Viver bem não significa comprar mais um celular ou outro carro, e sim aproveitar a vida", ensina.

       Princípios da educação financeira sustentável

       Segundo Belinky, o planejamento financeiro é essencial para garantir um futuro, ser previdente e evitar situações de riscos e carência. "No entanto, ter mais dinheiro não significa ser mais feliz ou ter mais qualidade de vida. O importante é planejar-se para ter o suficiente, sem consumir com exagero e desperdício".

      O especialista enumera três princípios básicos para ser educado financeiramente e de uma forma sustentável:

       Leve em conta a real satisfação que tem com cada coisa que faz com o dinheiro;

       Respeite o tempo que você trabalhou para ganhar e avalie a necessidade de gastar;

      Evite o desperdício e acúmulo desnecessário.

       Na prática

      Para Belinky, o pensamento sustentável deve ir além do discurso. Segundo ele, grande parte das pessoas ainda está um passo atrás nesta questão. "Eles perceberam o problema, mas ainda não tomaram atitudes para mudar".

      Para garantir o futuro das próximas gerações, Aron Belinky explica que é necessário ensinar pelo exemplo. "Não adianta falar que é importante se não praticar".

      Segundo ele, uma forma de exercitar o raciocínio sustentável é sempre pensar antes de comprar: "O que esse gasto vai produzir de bom?"

    Se a conclusão for que a compra seria apenas um capricho, e não uma necessidade, por que não investir esse dinheiro de forma sustentável?

  


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O PAÍS DOS ABSURDOS

        Devido a minha dificuldade de digitar, vou colocar uma informação que talvez muitos não saibam. Ao ler fiquei chocada e me questionando se vale a pena estudar tanto, num país em que os valores estão totalmente invertidos. O governo não tem condições de dar um reajuste descente para o salário mínimo, mas para pagar o salário de R$810,18 para o filho do presidiário ele tem, porque na realidade sai do nosso bolso. Estudamos, trabalhamos, pagamos um monte de imposto, para sustentar os filhos daqueles que muitas vezes agem contra a nossa vida. Isso é Brasil !

        O VALOR DO SALARIO FAMILIA PRESIDIARIO PASSOU A SER DE R$810,18.

       E TEM MAIS. . .

      NO CASO DE MORTE DO "POBRE PRESIDIÁRIO", A REFERIDA QUANTIA DO AUXÍLIO- RECLUSÃO PASSA   A  SER       "PENSÃO POR MORTE".

   O GRANDE LANCE É ROUBAR OU MATAR PARA SER PRESO E ASSIM SUSTENTAR CONDIGNAMENTE A SUA    PROLE.

      Você sabe o que é o AUXÍLIO RECLUSÃO?

     Todo presidiário com filhos tem direito a uma bolsa que, a partir de 1/1/2010 é de R$798,30 por filho para sustentar a família, já que    o coitadinho não pode trabalhar para sustentar os filhos por estar preso. Mais que um salário mínimo que muita gente por aí rala pra conseguir e manter uma família inteira.

    Ou seja, (falando agora no popular pra ser entendido)

    Bandido com 5 filhos, além de comandar o crime de dentro das prisões, comer e beber nas costas de quem trabalha e/ou paga impostos, ainda tem direito a receber auxílio reclusão de R$3.991,50 da Previdência Social.

   Qual pai de família com 5 filhos recebe um salário suado igual ou mesmo um aposentado que trabalhou e contribuiu a vida inteira e ainda tem que se submeter ao fator previdenciário?

     Mesmo que seja um auxílio temporário, prisão não é colônia de férias. Isto é um incentivo a criminalidade. Que politicos e que governo é esse?????

     Não acredita?
  
   Confira no site da Previdência Social.

      Portaria nº 48, de 12/2/2009, do INSS

      Pergunto-lhes:

1. Vale a pena estudar e ter uma profissão?

2. Trabalhar 30 dias para receber salário mínimo de R$545,00, fazer malabarismo com orçamento pra manter a família?

3. Viver endividado com prestações da TV, do celular ou do carro que você não pode ostentar pra não ser assaltado?

4. Viver recluso atrás das grades de sua casa?

5. Por acaso os filhos do sujeito que foi morto pelo coitadinho que está preso, recebe uma bolsa de R$798,30 para seu sustento?

6. Já viu algum defensor dos direitos humanos defendendo esta bolsa para os filhos das vítimas?


    MOSTRE A TODOS O QUE OCORRE NESSE PAÍS!!! DIVULGUEM !!!!









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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

DESCULPAS

         Aos seguidores e visitantes deste blog, minhas desculpas, não poderei postar nos próximos dias por ter sofrido um pequeno acidente, que está me dificultando para digitar. Logo voltarei, se Deus quiser.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

CYBERBULLYING

         Aproveitando que ontem falava sobre a forma abusiva como os aparelhos tecnológicos vêm sendo usados, tornando-se, em muitos casos, uma dependência para algumas pessoas. Hoje vou falar sobre a utilidade que estes aparelhos estão tendo para alguns jovens. Fico pensando, como certas pessoas viviam até a poucos anos atrás, quando não existia o celular, o note e o netbook, o smartphone, etc.

         No entanto, muitos desses aparelhos estão sendo usados de forma crescente, por jovens e/ou grupo de jovens, para enviar mensagens, fotos digitais, sites pessoais difamatórios, ações difamatórias online, como forma de causar danos a outros. Sendo esta a nova forma que encontram para exercitar o bullying.

         O bullying é definido como atos que se caracterizam por agressões intencionais, físicas ou verbais, de forma repetitiva, por um ou mais jovens, geralmente na escola, contra um ou mais colegas. A etiologia deste termo vem do inglês, da palavra bully, que significa valentão, brigão. Como não foi encontrada uma denominação no português, que defina o bullying, compreende-se, então, como uma ameaça, uma tirania, uma opressão, uma intimidação, uma humilhação.

         Normalmente, esses atos agressivos estão relacionados à questão do poder, onde aquele que tem mais poder agride o que tem menos poder. A questão do poder está associada à questão de idade, força física, desenvolvimento emocional. É mais fácil se identificar o bullying nos meninos do que nas meninas. Não que estas estejam isentas de cometer esse tipo de violência. Elas apenas são mais sutis, isolam a colega, difamam, esconde objetos, inventam histórias, o que nos permite identificar, facilmente, um funcionamento perverso.

       Geralmente essas agressões não ocorrem na frente de adultos, mas o importante é que quando uma criança ou adolescente trouxer esse tipo de queixa, que os pais não desvalorizem. Pelo contrário, devem ir até a escola e verificar junto à professora, direção, coordenação de ensino o que realmente está acontecendo.

        A vítima do bullying tem uma estrutura de ego bastante fragilizada, precisando contar com o apoio de seus cuidadores. Esses atos, que até bem pouco tempo eram percebidos como “brincadeiras inofensivas”, podem causar sérios prejuízos no desenvolvimento psíquico da criança/adolescente, indo desde a diminuição da auto-estima até o suicídio, nos casos mais extremos.

      Por isso, a importância de os pais ou cuidadores estarem sempre atentos, não só as falas de seus filhos, mas também, com quem ele tecla na internet, que tipo de sites visita, que mensagens recebem. Isso não pode ser interpretado como uma invasão de privacidade, como alguns pais referem, mas sim como um gesto de amor, de cuidado, de proteção.

      Entretanto, não podemos direcionar nosso olhar apenas para a vítima do bullying, precisamos estendê-lo ao agressor, porque, ao mesmo tempo, que é autor, também é vítima. Uma pessoa que encontra o prazer, a satisfação, por meio do sofrimento do outro, está nos revelando que algo não está funcionando bem na sua vida psíquica.

      Apesar, que nos tempos modernos, a falta de olhar para o outro, o desprezo, a desvalorização,  está muito mais presente do que podemos imaginar dentro das famílias, que preferem viver só em torno de seus interesses e problemas. Não são poucas às vezes que vejo pessoas no meu consultório, se deleitando com a “desgraça” do outro. Quando questionadas o porquê de tanta satisfação, se colocam na condição de vítima, referindo que a pessoa a fez sofrer muito. Mesmo sabendo que se trata de sintoma, fico desconfortável, por ver quanto o ser humano está adoecido. Tenta mascarar o sintoma, utilizando-se de defesas como a racionalização, a intelectualização, a negação, para justificar a sua maldade.

     A violência produzida pelas crianças e adolescentes, na maioria das vezes, reflete o funcionamento familiar. É o reflexo da desintegração familiar, da falta de olhar dos pais para os filhos, dos limites, da permissividade.

     A única forma que existe para se combater o bullying é a participação dos pais na vida de seus filhos, orientá-los, mostrar que o respeito e a consideração com o outro, tem que ser uma constante em nossas vidas. Explicar que o cyberbulling é o bullying, só que feito por meio de aparelhos eletrônicos, o que não diminui a gravidade. É participar junto à comunidade escolar, desenvolvendo projetos que possam auxiliar no combate a essa violência que se instalou nas escolas. Mas acima de tudo, os adultos devem fazer uma análise, a fim de verificar se eles não estão servindo de exemplos para os filhos, ou seja, se eles também não são agressores ou vítimas do bullying.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

BOM SENSO AO USAR A TECNOLOGIA

       Tenho percebido nos últimos tempos, o quanto as pessoas estão com dificuldade de se desligar dos aparelhos tecnológicos. Se vamos a um restaurante, a um café, a uma reunião de negócios, a uma palestra, encontramos várias pessoas ligadas na tela do note ou netbook, no smartphone, no celular e outros gadgets. Concordo que nem sempre, poderemos nos manter afastados da tecnologia, até mesmo porque ela existe para nos ajudar. Cabe as pessoas terem o bom senso de ver se é o momento de usá-los ou não.

     Não existe algo mais desagradável do que estarmos numa reunião, numa palestra, num cinema, num teatro ou até mesmo num restaurante com alguém, e a pessoa não conseguir parar de responder os torpedos, os emails que chegam. Sem falar, que às vezes, recebem uma ligação e esquecem que você está na sua frente, ficando um bom tempo no telefone. Um princípio básico de educação é informar quem está ligando, que depois ligará, por estar naquele momento ocupado.

      Eu, particularmente, quando vou realizar uma palestra ou coordenar algum trabalho em grupo, peço que as pessoas façam a gentileza de desligar o telefone ou coloquem no silencioso. Sempre pensei que assim, estaria evitando situações desagradáveis e garantindo que não seria interrompida por uma chamada inesperada. Doce ilusão, pois tem pessoas que ao verem que o telefone está vibrando, não conseguem esperar um pouco para atender, levantam-se como se estivessem em casa e interrompem com a famosa frase: “dá licença, mas preciso atender”, ao invés de sair discretamente.

     Quando isso acontece, fico com a sensação que os avanços tecnológicos, estão cada vez mais, contribuindo para que as pessoas se tornem egocêntricas. Passam a viver apenas em função de si, das informações que lhes chegam por esses aparelhos, protegendo-os, permitindo que selecionem aquilo que lhes interessa, evitando ter que contatar com o outro. Esse outro, que muitas vezes, é percebido como seu concorrente,  acionando-lhe os  sentimentos de inferioridade, insegurança, medo, baixa auto-estima, inveja, ciúme, etc.

     Porém, quando não consegue fugir das situações em que se obriga a estar em contato com outro, não perde a oportunidade de lhe mostrar sutilmente, que ele não é importante, por isso, não  tira o olho de todos os aparelhos tecnológicos que o acompanha.

      As pessoas não se dão conta disso, porque se trata de um processo inconsciente e como não estão acostumadas a entrar em contato com o inconsciente, acreditam que não tem nenhum problema. Só que se esquecem de perguntar para o outro como ele se sente, quando é interrompido a todo o momento por informações ou ligações que não param de chegar. Quem recebe tem a sensação de se sentir muito importante, prestigiado, lembrado, valorizado. Agora, a outra pessoa, sente-se desrespeitada, desvalorizada, ficando com a sensação muitas vezes, de que não está agradando.

    Sem sombra de dúvida, a tecnologia é muito importante, desde que seja utilizada com bom senso e de forma adequada. Que as pessoas ao utilizarem, não ultrapassem os limites da boa educação, que não sejam inconvenientes, indelicados com as pessoas que estão na sua volta.





sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)

        Hoje vou continuar falando sobre as patologias infantis. Porém, saliento que não devemos interpretar qualquer agitação da criança como algo patológico. A criança precisa correr, brincar, pular, rir, gritar, cair, não podendo isso, ser visto como sintomas de um transtorno, mas sim como atos saudáveis. Claro, que se a criança não conseguir para quieta nunca, aí pode se pensar que existe algo, mas temos que tomar o cuidado para não sairmos dando diagnóstico, sem antes fazer uma boa avaliação médica. Assusto-me com a quantidade de criança que está tomando Ritalina, medicação prescrita para tratar os casos de TDAH. É uma medicação eficaz, mas como toda medicação, tem seus efeitos colaterais. Às vezes, questiono se existem tantas crianças com este transtorno, pois lembro, que a hiperatividade, a distração, também se fazem presentes, como critérios, em outras patologias infantis.

      A hiperatividade e déficit de atenção geralmente são identificados em crianças, não que o adulto não possa ter, caracterizando-se pelos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum, que tem dificuldade de ficar quieta). Para que se possa fechar o diagnóstico de TDAH, é necessário que estes sintomas interfiram na vida e no desenvolvimento da criança ou do adulto.

     Normalmente, o TDAH é identificado quando a criança inicia suas atividades escolares, por ter dificuldade de se ajustar ao contexto escolar. As estatísticas apontam que de 3 a 6% das crianças na faixa etária de 6 a 12 anos, apresentam hiperatividade e/ou déficit de atenção. Dificilmente se faz diagnóstico antes dos seis anos, pois o comportamento da criança nessa fase é muito variado. Estima-se que 60% das pessoas que receberam o diagnóstico de TDAH na infância, permanecem com sintomas na idade adulta, porém, em menor grau. Na medida em que os anos vão passando, a tendência da hiperatividade é diminuir, mas a desatenção continua bem freqüente.

     É bastante comum quando os pais recebem o diagnóstico do filho, tentar encontrar um “culpado” para o problema deste, o que de nada adianta, só contribui para que a criança se agite mais, pois se percebe como responsável pelo conflito que se estabeleceu entre eles.

    Estudos apontam que 75% das chances da criança desenvolver ou não o TDAH são herdados dos pais. Porém, existem fatores externos que podem influenciar, como: o fumo, o uso de álcool e/ou outras drogas (maconha, cocaína, crack...) durante o período gestacional. Existem fatores orgânicos, que também contribuem para o aparecimento dos sintomas, tais como: atraso no amadurecimento de determinadas áreas cerebrais e alterações em alguns de seus circuitos. Dentro dos fatores psicológicos, as situações estressantes, o desequilíbrio familiar, as situações ansiogênicas podem contribuir para o desenvolvimento do sintoma.

       Se os pais forem encaminhados pela escola para fazerem uma avaliação da criança, a fim de investigar se ela apresenta ou não, um quadro de TDAH, é importante que procure  um neurologista para fazer uma avaliação. Se os resultados dos exames diagnosticarem o transtorno, é fundamental que os pais façam o tratamento adequado (medicação e psicoterapia). Assim, estarão evitando que o seu filho acabe sendo estigmatizado na escola pelos colegas e até mesmo pelos professores, que passam a ver a criança como o “terror da turma”, o “preguiçoso ou o vagabundo”. É incrível, o quanto as crianças com TDAH sofrem discriminações, apesar de ser bem divulgado que a criança não é agitada e desatenta porque ela quer.

    O tratamento evitará que a criança fique repetindo o ano, causando-lhe prejuízo não só na escola, mas também na sua vida social. Além disso, ajuda a evitar que a criança possa vir a buscar o mundo das drogas, como forma de amenizar os seus sintomas.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

DEPRESSÃO INFANTIL

         Com a proximidade do início das aulas, temos que ficar atentos às crianças. Confesso que me preocupo quando chega este período, pois nos primeiros meses de aula, os pais começam a querer agendar horário para seus filhos, pois foram informados pela escola que o aluno é hiperativo.

        Temos que ter cuidado, hoje tudo é hiperatividade. Penso que isso acontece, porque ainda não descobriram que o índice de depressão infantil e de adolescentes é maior. Segundo estudos realizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 20% das crianças/adolescentes sofrem de depressão. Este índice trazido para a realidade brasileira fica em 10%.

       A criança lida com os sintomas da depressão naturalmente, por acreditar que estes fazem parte da sua maneira de funcionar. Também não sabe que existem maneiras de se livrar do desconforto que a depressão produz.

      Geralmente a criança deprimida se isola mais, tem dificuldade de concentrar a atenção, tendo prejuízos no rendimento escolar, mostra-se irritada, agressiva, chora com facilidade, pode apresentar uma agitação psicomotora. Alguns vão buscar na droga, o perfume e o colorido para sua vida.

       Os pais têm dificuldade de ver esses sintomas no filho e não conseguem identificar que ele precisa de ajuda. Resistem aceitar que seu filho possa estar deprimido, pois não encontram motivo para isso. No entanto, é importante ficar atento, pois é na adolescência que muitas vezes se instala a Distimia e o transtorno de Humor Bipolar.

        A depressão infantil, como toda depressão, precisa ser tratada de forma adequada, visto ser uma doença grave e que pode levar o indivíduo a óbito.

       Agora, o mais importante de tudo isso, é que os pais não só fiquem atentos ao comportamento de seu filho, mas não aceitem diagnósticos de pessoas que não tem capacitação para avaliar o comportamento da criança. Evita-se firmar um diagnóstico para criança, pois é um rótulo que ela carregará para o resto da vida. A criança ao apresentar um quadro depressivo, pode estar mostrando que alguma coisa não está funcionando muito bem no seio familiar. Essa, talvez seja a maneira que encontra de pedir ajuda, por isso, não podemos ignorar os sintomas.

    Lembro que a depressão infantil é um quadro muito presente nas crianças vítimas de violência doméstica e abuso sexual.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O QUE PODE ESTAR POR TRÁS DOS ACIDENTES

       Todos os anos, quando chega este período de férias, a imprensa anuncia os inúmeros casos de mortes ocasionadas por acidentes de trânsito ou afogamentos, mostrando-nos a despreocupação das pessoas com a vida. Isto nos convida a refletir sobre o comportamento do homem, no mundo moderno, pois parece que o bem maior, que é a vida, esse não tem mais valor. Será que a busca incessante pelo ter, está contribuindo para que as pessoas se tornem suicidas em potencial?

      A ingestão abusiva de álcool, de droga, o dirigir em alta velocidade e/ou alcoolizado, a imprudência no mar, leva-nos a pensar no desejo inconsciente que essas pessoas têm de se destruírem. No entanto, este desejo está mascarado pelos sentimentos de onipotência, de narcisismo, de egocentrismo, que tomam conta do homem moderno. Estes têm a função de preencher um vazio interno, assim como, negar os sentimentos de menos valia, de incompetência, de baixa auto-estima, que importunam muitas pessoas, gerando-lhes sofrimento.

      Vivemos numa época em que o humano se cobra e se exige muito. Vive numa eterna corrida, para vencer a competição, que a sociedade moderna impõe. Com isso, busca desenvolver a imagem de um “super-herói”, pois talvez desta forma, consiga atingir o seu objetivo, ou seja, ir para o pódio da vida, arrancando aplausos de muitos e nutrindo o seu lado narcísico. Fixado em ser o vencedor, passa a agir como um ser insuperável, percebendo-se muitas vezes, como um deus, não precisando, portanto, respeitar as regras. Estas são compreendidas como desafios a serem enfrentados. Julga-se capaz de vencer qualquer limite, até mesmo, o da finitude. Nada teme, não mede as consequências de seus atos, pois o seu único foco é ser reconhecido como um “super-herói. Nessa ânsia do reconhecimento, é que o “super-herói” acaba destruindo a sua vida e a de outras pessoas, que talvez apostassem na sua vitória.

    E aí, fica um questionamento; quantos “super-heróis” precisarão morrer, para que as pessoas passem aceitar a sua condição de humano, ou seja, de um ser que tem limitações, que é frágil, sensível, finito, mas que pode viver por muito tempo, desde que saiba conviver com elas.



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

DEPRESSÃO PÓS FÉRIAS

        Pesquisa divulgada em janeiro, pelo Instituto de Pesquisa, Prevenção e Tratamento de Stress - Isma aponta que 23% dos brasileiros sofrem de depressão pós férias.
       
       É normal que algumas pessoas ao terem que retornar as suas atividades laborais sintam um desânimo, fiquem tristes, sintam-se angustiadas e até um pouco irritadas, pois terão que abrir mão daquela liberdade que as férias lhes proporcionam. Na medida em que começam a engrenar no ritimo do trabalho, a tendência desses sintomas é desaparecer. Caso isso não ocorra, deve investigar se está ou não desenvolvendo um quadro de depressão.

      Tem pessoas que ao verem que o final das férias está se aproximando, começam a se angustiar porque terão que voltar a trabalhar. Trabalhar é o normal da vida, férias é que são transitórias. Portanto, não justifica este sentimento. Essa angústia pode estar associada a algum desconforto no local de trabalho. Nesses casos, é interessante a pessoa avaliar se está ou não contente com a sua atividade profissional, com o local de trabalho, com as relações que estabelece com seus colegas. Se após fazer esse balanço o saldo for negativo, não espere, comece a buscar outras alternativas. Não fique esperando que a sua chefia o projete para o mercado de trabalho, mas você mesmo pode se projetar. Caso contrário, passará mais um ano reclamando, sofrendo e pagando o preço de não ter a coragem de virar á mesa.

      Existem, também, aquelas pessoas que ao retornarem das férias, referem que não conseguiram descansar. No entanto, esquecem de contar que haviam preparado uma lista de coisas para realizar neste período. Não lembram ou não sabem, que o período de férias é para curtir a família, os amigos, ou até mesmo, a vida, sozinhos. Não precisa ficar totalmente na inércia, mas precisa quebrar a rotina. Fazer  coisas que não teve tempo de fazer o ano inteiro. Desligar os telefones, não entrar nos emails, evitar de escutar noticiários, distanciar-se daquelas pessoas que só contam desgraças. Aproveitar este período para se conhecer, para se mimar, para se fazer feliz.

     É importante que ao retornar de férias, você valorize seus finais de semana, fazendo coisas que lhe dão prazer. Faça uma atividade física, exercício respiratório para baixar o índice de ansiedade, utilize-se de técnicas de relaxamento para diminuir a tensão. Inicie um curso, faça novos projetos, comece um trabalho voluntário, saia da rotina. Mude aquilo que não gosta e evite as coisas que lhe desagradam. Assim, você estará evitando desenvolver um quadro de stress.









segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

FAXINA NA ALMA


        Hoje recebi de uma das minhas irmãs do coração este poema "Faxina na Alma" do Carlos Drummond de Andrade, que já conhecia, mas sempre que leio, fico a refletir sobre ele. Por isso, resolvi dividir com aqueles que são meus seguidores, leitores ou que apenas visitam o meu blog,  já que este poema nos mostra que sempre é tempo de recomeçar. 

        Convido-os a exercitar o pensar e abstrair o que está nas entrelinhas deste poema de Drummond.

       "Não importa onde você parou...Em que momento da vida você cansou...


         Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...

         É renovar as esperanças na vida e o mais importante...

        Acreditar em você de novo.

        Sofreu muito neste período? Foi aprendizado...

        Chorou muito? Foi limpeza da alma...

        Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia...

       Sentiu-se só por muitas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos...

      Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora...

       Pois é...agora é hora de reiniciar...de pensar na luz...

        De encontrar prazer nas coisas simples de novo.

       Um corte de cabelo arrojado...Diferente? Um novo curso...

       Ou aquele velho desejo de aprender a pintar...de desenhar...dominar o computador...

       Ou qualquer outra coisa...

       Olha quantos desafios...Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.

       Tá se sentindo sozinho? Besteira...

      Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento"...
    
      Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de você.

       Ficamos horríveis...o mau humor vai comendo o nosso fígado...

      Até a boca ficar amarga...RECOMEÇAR...

       Hoje é um dia bom para começar novos desafios. Onde você quer chegar??

       Ir alto...Sonhe alto...Queira o melhor do melhor...Queira coisas boas para a vida...

      Pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos...

      Pensa-se pequeno...Coisas pequenas terão...

     Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor...

     O melhor vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental...

     Joga fora tudo que te prende ao passado...Ao mundinho das coisas tristes...

     Fotos, peças de roupas, papel de bala...Ingressos de cinema, bilhetes de viagens...

    E toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados...

    Jogue tudo fora..Mas principalmente...

    Esvazie seu coração... Fique pronto para a vida...Para um novo amor....

    ("amor incondicional: de pai, de mãe, de homem e mulher, de filhos...')

     Lembre-se somos apaixonáveis...

    Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes....

    Porque somos do tamanho daquilo que vemos e não do tamanho de nossa altura...."













domingo, 6 de fevereiro de 2011

REFLETINDO A PARTIR DO MUNDIAL DE ATLESTISMO IPC 2011

        Tem coisas na vida que nos levam a pensar. Ouço tanta gente reclamando da vida, criando problema onde não tem, vendo dificuldade e criando empecilhos para fazer qualquer coisa. Geralmente são pessoas saudáveis, sem limitações físicas e mentais. As únicas limitações que têm, são as que eles mesmos criam para si. No entanto, vemos pessoas que talvez tivessem motivo para estar reclamando, mas que estão dispostos a enfrentar desafios e que são imensamente gratos pela vida que tem e pelas oportunidades que lhes são dadas.

        Identificamos isso, no Mundial de Atletismo IPC 2011, que aconteceu no período de 21 a 30 de janeiro, na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, que contou com a participação de 1200 atletas. Esta foi à primeira vez na história do atletismo que foi permitido a participação de atletas das quatro áreas de deficiência (motora, visual, paralisia cerebral e a área intelectual), num campeonato mundial. Esses atletas passaram por treinos diários, a fim de poder participar do Mundial de Atletismo. Participaram de Campeonatos Nacionais, Europeus e Internacionais no período de 2009 e 2010. Mostraram, com isso, a perseverança, a dedicação, o entusiasmo que toma conta da vida de cada um deles, dando-lhes condições e garra para enfrentarem os desafios propostos. As limitações físicas e mentais não os impossibilitaram de realizarem seus sonhos.

        Entretanto, quantas são as pessoas que acreditam não serem capazes de realizar seus sonhos? Geralmente são pessoas que não se percebem merecedoras das coisas, não estão dispostos a enfrentar as dificuldades e os tropeços que todo novo desafio nos coloca no caminho. Que preferem não abrir mão da mesmice em que vivem, deixando evidenciada, a existência de um ganho secundário, nesse seu modo de funcionar. Preferem não sair da sua zona de conforto, porque não acreditam no seu potencial, carregam consigo um sentimento de menos valia,  achando que não são  capazes de fazer algo novo, pelo medo de errar. Esquecem que só erra aquele que faz. Muitas vezes, criticam aquele que está aberto a conhecer coisas novas e diferentes, por este ter um diferencial, não estar disposto a ter uma visão monocular sobre as coisas do mundo e da vida.

      Nesses casos, é muito comum as pessoas dizerem, que não querem se expor e não gostam de errar. A leitura que faço, quando ouço isso, é da dificuldade que a pessoa tem de lidar com as suas limitações, com as suas falhas. Percebo a presença de um sentimento de onipotência bastante forte, de um superego extremamente rígido, que não lhe permite flexibilizar. Penso que talvez, esta seja uma boa forma que as pessoas encontram para justificar o não fazer. Não temos como esquecer que somos humanos, portanto, passíveis de erro. Não podemos sofrer por isso, basta que analisemos onde erramos e reiniciarmos com mais atenção, dedicação, empenho e principalmente com uma grande vontade de ser um vencedor.

      Só você pode escolher como quer que as pessoas lhe percebam: como um vencedor ou como um perdedor. A única pessoa responsável por esta escolha é você. Se escolher ser um vencedor, vá à luta, tendo muito claro que as dificuldades surgirão e que poderá tropeçar e cair inúmeras vezes, mas é levantar e ir de novo. Não use os tropeços como uma desculpa para justificar a sua desistência, mas como uma mola propulsora para continuar tentando atingir o seu objetivo.

      Toda vez que buscar uma justificativa para não correr atrás de seus ideais, lembre-se desses atletas que disputaram o Mundial de Atletismo IPC e os tome como exemplo, sendo um atleta da sua vida. Se não conseguir tê-los como exemplo, reflita sobre essa necessidade que  você tem, de se dar limites. Não é porque você foi sempre assim, que terá que morrer assim. Podemos mudar a nossa história a todo instante, basta querermos.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

CUIDADO COM A PUBLICIDADE SUBLIMINAR

    
       Como sou muito procurada por aquelas pessoas que adoram atender os apelos das campanhas publicitárias e depois não sabem como vão pagar, sugiro que fiquem sempre muito atentas, para não entrarem nas armadilhas da publicidade.

       Os apelos feitos pela mídia nos meios de comunicação, as vitrines de lojas, as propagandas nos supermercados são muito fortes, fazendo com que as pessoas consumam mais do que o seu orçamento permite.

       Outro dia, chamei a atenção de uma amiga, na propaganda que tem numa rede de supermercado, que diz: “divirta-se no verão”. Qual a mensagem subliminar que está nesta propaganda? Divirta-se no verão, compre tudo o que lhe dá prazer; verão não é tempo de frustração, compre as coisas que você gosta. A pessoa caminhando pelos corredores do supermercado, lendo essa mensagen, vai automaticamente colocando no carrinho tudo aquilo que gosta. Total, o cartão só virá no próximo mês. Atenção! O próximo mês chega muito rápido e com ele a fatura, que poderá trazer o estresse junto.

      É importante que estejamos atentos a publicidade subliminar, muito presente nos tempos atuais. Trata-se de mensagens inconscientes que os publicitários nos enviam, com o objetivo de atrair o cliente para o produto. Eles de forma muito sutil criam necessidades para a pessoa, que devido à quantidade de informações que lhe são dadas no decorrer do dia, acabam fugindo do controle do consciente, de forma que quando esta se der conta, ela já atendeu os apelos da mídia.

     Tem outro comercial que me chamou atenção, este é de um banco: “esta época do ano, não é para você se preocupar, fale conosco”. A pessoa que está louca para aproveitar as coisas boas do verão, que precisa pagar todos os impostos que chegam neste período, precisa comprar o material escolar dos filhos, acaba caindo nessa chamada. Porque não teve o cuidado de se planejar, fazendo uma reserva que  cubra os seus compromissos e permita viajar. Por isso, acaba atendendo essa chamada do banco, afinal de contas ela "precisa" resolver seu problema ou quem sabe, criar um problema.  Parcela em inúmeras vezes o dinheiro que pegou emprestado, não se dando contam dos juros que está pagando.

     Não caia nesse “papo” dos bancos que os juros são baixos. Juros nunca são bem vindos, pois cada vez que você os paga, está contribuindo para que o banqueiro fique mais rico e você com menos dinheiro. Pegar dinheiro emprestado, mesmo que seja do cheque especial, pode ser o começo de uma ciranda financeira, da qual você terá dificuldade de sair.

     Por isso, fiquem atentos as propagandas, não se deixe levar pelas chamadas da mídia, sem antes verificar se você pode atender essa demanda. Assim você estará evitando sofrimentos futuros.





quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A HISTÓRIA DO LIVRO

       Como já tenho fama de ler sobre tudo aquilo que as pessoas não lêem, outro dia, ao iniciar a leitura de um livro de mitologia, encontrei a história do livro. Achei super interessante, pois estou sempre lendo e nunca parei para pensar na sua história. Talvez para muitos, isso se trate de uma cultura inútil, mas como acredito que todo o conhecimento tem uma utilidade em nossa vida, em algum momento, resolvi dividir esse conhecimento, com aqueles que são partidários ao meu modo de pensar. Afinal, quantas são às vezes que nos confortamos ao conhecer a história dos outros e por que não conhecermos a história do nosso amigo fiel e inseparável, que é o livro. Isso com certeza poderá somar na nossa vida.

      Em 1960, a UNESCO considerou o livro como "uma publicação impressa, não periódica, que consta no mínimo 48 páginas, sem contar as capas". É importante que não vejamos o livro apenas como um produto industrial, mas como um meio cultural, que permite a propagação de idéias, de conceitos. Ele é um veículo que transmite informações, podendo ser visto como uma invenção revolucionária do homem.

     Muito antes de o humano pensar quais os materiais que utilizaria para escrever, as bibliotecas da antiguidade já estavam lotadas de textos gravados em tabuinhas de barro cozido. Estes foram os primeiros "livros", que posteriormente foram impressos mecanicamente.

    Com o passar dos tempos, a função do livro foi assumindo vários papéis dentro das diversas sociedades, até chegar a nossa sociedade de consumo, onde é considerado como uma mercadoria cultural. Ele também tem a função de retratar a estrutura intelectual de uma sociedade, pois os assuntos que ele engloba, reflete muitas vezes, o momento histórico e cultural de uma época.

  No final do século XIV, é que os burgueses e comerciantes europeus começaram a vislumbrar o mercado livreiro. Inicialmente, os autores mantinham um contato direto com os seus leitores, por ser um público pequeno que sabia ler. Até o século XV, o livro privilegiava um pequeno grupo de intelectuais. Na medida em que o mercado comercial europeu começou a se reerguer, o saber começou a fazer parte da vida do leigo e consequentemente o número de escritores aumentou. Foi neste período que surgem as primeiras obras escritas em línguas que não fosse o latim e o grego.

      A partir dos séculos XVI e XVII é que começam aparecer às literaturas nacionais, apontando um crescimento intelectual da população letrada dos países europeus. Com o sistema de impressão, criado por Gutenberg, a fabricação de livros na Europa tornou-se mais dinâmica, mostrando que a imprensa havia se tornado uma realidade.

       Neste período, o livro se torna um empreendimento cultural e comercial, fazendo com que os editores comecem a se preocupar com a apresentação e com a redução do preço. Os livros eram impresso, baseados no gosto dos leitores, principalmente obras religiosas, novelas, manuais técnicos, etc. Percebe-se que naquela época, a pesquisa de mercado já existia, claro que não com esse nome, pois não tinham consciência disso.

        Para a frustração dos editores, a porcentagem de leitores não teve uma evolução proporcional com a evolução demográfica mundial. Foi por meio das modificações culturais e econômicas do século XIX, que o livro passou ter a função de divulgar também essas modificações. Nesse período, o conhecimento passou a ser valorizado pelo homem, por acreditar que a sua ascensão social se daria por meio da leitura. Essa crença provocou um aumento no número de leitores, principalmente na Inglaterra e na França.

         Até o fim da Primeira Guerra Mundial (1914/1918), o crescimento de leitores, em diversos países, não era significativo. Após o seu final é que a literatura começa a se expandir, mesmo não sendo algo muito comum entre a população, já que por um longo período, o livro era percebido como um objeto raro, que só os sábios tinham acesso. A população era mais receptiva aos jornais, folhetins e periódicos, pois traziam assuntos da atualidade e tinha um valor acessível.

       Com os avanços tecnológicos, os teóricos da comunicação de massa chegaram a cogitar a possibilidade de um futuro sem livros. No entanto, isso é algo impossível, para as pessoas que têm o hábito de ler. A mensagem encontrada em um livro é sempre intelectual e pode ser revivida. Apesar de o conteúdo ser algo estático, isso não impossibilita o leitor de ativar os conteúdos ali encontrados, através da assimilação das palavras, da mensagem passada, podendo discuti-las, aceitá-las ou não, transformá-las.

       O século XX trás consigo o aumento da produção e do consumo de livros. Após a Segunda Guerra Mundial (1939/1945), surgem os livros de bolso, que teve uma alta vendagem. Com a grande procura, os preços baixaram e a população passou a ter mais acesso. O interessante é que até 1950, o livro de bolso era visto como um livro para pessoas de baixa renda. Em 1955, surge então, o livro de bolso de "luxo", que continham abundantes coleções, com títulos endereçados a um público mais intelectualizado. A diversificação dos títulos em 1964, já tinha atingido mais de 200 nos Estados Unidos e isso possibilitou também , a diversificação dos pontos de venda.

      É lamentável, que hoje, algumas pessoas vejam o livro como um sinal de status, dando-lhe a função apenas de ocupar um espaço numa prateleira, transformando-o em um objeto de decoração. Esquecem ou não sabem que o livro só tem valor, se ele cumprir a sua função e para isso, é necessário lê-lo.





terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

PROATIVO E REATIVO

        
          Às vezes gosto de ficar mais na minha, observando o movimento das pessoas e como se comportam frente alguma situação. Aquilo que alguns percebem como um problema, o outro tira de letra.

         O reativo funciona no padrão causa/efeito, enquanto o proativo tem poder de persuasão, não cria dificuldades, mantendo o ambiente agradável. Não desenvolve sentimentos persecutórios e não se percebe como um coitado frente às situações. Busca encontrar uma solução que tenha uma representação significativa, ao se defrontar com alguma dificuldade. Quando percebe que errou, assume o seu erro. Já o reativo quando erra, projeta para os outros a culpa. Sempre encontra uma forma de se justificar e na maioria das vezes se coloca na condição de vítima.

       O reativo é aquela pessoa que parece que está carregando o peso do mundo em suas costas, percebe-se como uma pessoa sem sorte. Não se compromete com nada, faz o seu trabalho e acha que já faz muito. No entanto, adora dizer que não tem tempo, nem para si, muito menos para os outros. Desta forma, acaba por sensibilizar as pessoas. Enquanto isso, o proativo trabalha muito, tem sempre tempo para si e para os outros.

      Encarar desafios é um dos prazeres do proativo, pois é uma pessoa comprometida. Aquilo que se propõe a fazer cumpre, apesar, de ás vezes, ter que buscar alternativas. O seu foco é encontrar soluções e não ficar contemplando o problema, reclamando e sofrendo por ele. Em compensação, o reativo até pode se propor a fazer algo, mas se não cumprir, com certeza, encontrará uma "boa" justificativa. Quando lhe é apresentada uma forma diferente da que ele costuma fazer as coisas, diz que não dá certo, porque sempre foi feito do outro jeito. Ele só encontra problema e fica incomodado frente às pessoas que divergem da sua forma de pensar ou que sabem mais do que ele. Nesses casos, trata logo de pontuar o que percebe como defeito na pessoa.

     Obviamente, é bem mais interessante trabalhar e tratar com pessoas proativas. São pessoas que o seu comportamento faz a diferença. Geralmente são bem sucedidas; estão interadas das coisas que estão acontecendo no mundo; conversam sobre diversos assuntos; estão sempre dispostas a colaborar; são capazes de antecipar e prever problemas; desenvolvem atividades diferentes ou atuam de forma diferente; empreendem a ação e mesmo não tendo a certeza do resultado, não desistem; são perseverantes e esforçadas; conseguem resultados perceptíveis, já que estão focadas nos resultados.

      Estudos mostram que a pessoa proativa tem condições de se tornar um líder transformacional, por ter a capacidade de influir em decisões, de defender suas idéias, de se posicionar, mesmo sabendo que poderá sofrer criticas. É importante lembrar, que a proatividade não se refere apenas a vida profissional. Se olharmos a maneira como Covey define a proatividade, veremos que ele considera que a essência da pessoa proativa é a capacidade de liderar sua própria vida. Sendo capaz de decidir como quer reagir frente aos estímulos que recebe, deste mundo competitivo em que vive, assumindo a responsabilidade de fazer com que as coisas aconteçam, decidindo em cada momento o que fazer e como vai fazer, mesmo encontrando alguns entraves.

    Quando falamos em proatividade e reatividade, estamos falando de comportamento. Portanto, é possível mudar, desde que a pessoa queira e busque ajuda para isso. Sempre que falamos em mudança, estamos falando de um processo e isso não ocorre de um dia para o outro, demanda tempo.