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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FELIZ 2012


           É muito gratificante encerrar um ano, sabendo que mais de 5.000 pessoas dedicaram algum tempo para lerem o que escrevi. Sei que poderia ter postado mais, mas acabei me envolvendo com várias atividades profissionais que absorveram o meu tempo.
          Desejo para todos que me seguem ou acessam esse blog, que o ano de 2012 seja de muita saúde, paz, realizações e sucesso.
           Voltarei a postar a partir do dia 3 de janeiro.
           Obrigada a todos que visitaram o meu blog e até o próximo ano, se Deus quiser.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL

                
             Que esse Natal seja um Natal diferente em sua vida, que a paz, o amor, a alegria seja os ingredientes principais de sua ceia. Que você não se esqueça de saudar, a meia-noite, o aniversariante, pois nos últimos tempos Ele tem sido esquecido e trocado por inúmeros presentes.
            Desejo para aqueles que acreditam em Cristo, que Ele se faça presente em suas vidas. Que convidem para que Ele habite o coração de cada um, proporcionando a alegria de viver.
            Para os que não são cristãos, desejo um Natal de paz. Que possam viver com alegria essa data.
            Feliz Natal a todos que são meus seguidores ou que visitaram o meu blog nesse ano.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

ESPERA-SE QUE...

        
             As pessoas não estourem seus orçamentos, se endividando e passando o ano de 2012 no sufoco, por não ter planejado seus gastos. Compre aquilo que for necessário e que couber no seu orçamento. Evite comprar a crédito, procure iniciar o ano sem dívidas.
                Nesse final de ano as pessoas estejam mais conscientes e que deixem seus carros em casa, ao saírem para as festas de confraternização com amigos e parentes. Que a imprensa não precise noticiar um alto índice de acidentes e de mortes nas estradas. Planeje sua viagem, saia com tempo, não tenha pressa de chegar, o importante é chegar com vida no seu local de destino.
                Ao queimarem os fogos de artifício, façam com segurança e com cuidado, lembrando que isso não é uma tarefa para criança, mesma que ela queira. O adulto não deve mexer em fogos de artifício, se já estiver sobre efeito do álcool, pois a percepção e os reflexos ficam alterados.
                Se tiver ingerido álcool, não vá banhar-se no mar. O álcool em algumas pessoas dá a sensação de liberdade, fazendo com que perca a noção de perigo.
                Lembre-se que podemos comemorar o Natal e o Ano Novo, sem fazer exageros. As pessoas podem se divertir de “cara limpa”, sem precisar ingerir qualquer tipo de droga (licita ou ilícita). Pode beber, mas de forma moderada, evitando o excesso. Está certo que às vezes é necessário extravasar, mas não é necessário colocar sua vida em risco. O importante é poder brindar vários finais de ano e não apenas esse.
                Viva intensamente as festas de final de ano, mas de forma consciente e responsável.

domingo, 18 de dezembro de 2011

TER FILHOS DE FORMA CONSCIENTES

          
A maternidade ainda é algo que algumas mulheres precisam para se sentirem plenas enquanto mulher. Outras, em pleno século XXI, ainda acreditam que por meio da gravidez conseguirão manter o seu casamento. Enquanto que existem aquelas, que engravidam por descuido, não usam nenhum método anticonceptivo, só que ao saberem que estão grávidas, se desesperam e acabam por rejeitar a criança durante o período gestacional, não pensando na representação que isso terá na vida psíquica desse ser.
Esquecem que a maternidade não é algo tão simples como parece, pois filho é para toda vida. Portanto, até para engravidar ou adotar uma criança é necessário um planejamento, não apenas financeiro, pois a chegada de uma criança onera o orçamento familiar, mas principalmente um planejamento emocional. O casal precisa desejar o filho, estar estruturado emocionalmente, viver uma relação equilibrada e ter consciência da responsabilidade que vai ter com aquele ser que irá gerar ou adotar.
            Infelizmente o ideal nem sempre acontece, basta andarmos pelas ruas que vemos cenas de pais com filhos que nos assustam. Isso sem falar naqueles pais que deixam seus filhos perambulando nas ruas, que são negligentes ou que os agridem  física e/ou psicologicamente.
            Muitas vezes, os filhos são responsabilizados pelo insucesso do casamento dos pais, sendo isso verbalizado a eles. Os pais não se dão conta da maldade que estão cometendo com esses, pois projetam para eles toda a frustração que vivem por uma relação que não está dando ou não deu certo. É óbvio que a chegada de um filho vai mudar toda a rotina do casal, que num primeiro momento a mulher se volta mais para a criança, deixando por vezes o marido de lado.
            Filho exige do casal equilíbrio, doação, paciência, tolerância, saber lidar com a frustração, compaixão, saber dar limites, dizer não quando necessário, passar valores, educar, entre tantas outras coisas. Daí a necessidade de pensar bem antes de a mulher engravidar, de verificar se estão preparados para serem pais, se estão dispostos a abrir mão de algumas coisas que lhes dava prazer, em prol de seu (a) filho (a).
            É triste vermos crianças precisarem estar freqüentando nossos consultórios, porque os pais não estão preparados para lidar com elas. E o mais grave, é que os pais geralmente se percebem isentos da responsabilidade do sofrimento psíquico dos filhos. Pais bem centrados, com um bom equilíbrio emocional, que desejaram os filhos, que transmitem a eles o amor que sentem, dificilmente precisam levá-los para nos visitar.             O casal não precisa de um filho para se afirmar como homem e mulher. O que precisam é se conhecerem e saber o que realmente desejam para suas vidas.
A maternidade precisa ser consciente, por isso a importância de a mulher pensar antes de ter um filho de produção independente. O pai desenvolve um papel importante na vida do filho. Por mais que os tempos evoluam, continuamos sabendo e sustentando que pai e mãe são duas figuras primordiais na vida de qualquer ser. Portanto, avalie bem se você tem condições de ter um filho, se é o momento ou se o quer apenas para satisfazer um desejo. Lembre-se que filho não é aquele brinquedo que você desejava muito, mas que depois que ganhava, com o tempo começava a se desinteressar e acabava por deixar de lado. Uma criança exige no mínimo, amor, cuidado, respeito, carinho, atenção, tempo, disponibilidade, dedicação, educação, por isso não saia fazendo filho por aí, sem ter a certeza que é isso o que você quer. Assim, talvez não teremos tantas crianças e adolescentes problemáticos, como temos hoje.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

LIMPEZA D'ALMA

            Falta apenas duas semanas para encerrar o ano, momento de começarmos a colocar fora todas aquelas coisas que nos incomodaram e que não queremos que nos acompanhe em 2012. Momento de revermos nossos valores, nossos conceitos, nossa postura frente à vida. Rever as tristezas e mágoas que acumulamos no decorrer do ano, de pensarmos sobre as nossas intransigências, de avaliarmos o nosso comportamento, as nossas atitudes e de verificarmos o que realmente queremos manter e o que precisamos mudar ou eliminar de nossas vidas, pois às vezes, insistimos em nos prendermos em coisas que não nos fazem bem, nos deixando desconfortáveis.

            Talvez seja o momento de aprendermos a dizer não para as coisas que não queremos, e, que temos dificuldade de expressar a nossa insatisfação, pois vivemos presos no que o outro pensa a nosso respeito ou tentando agradá-lo. Esquecemos que para isso, antes precisamos nos agradar e que jamais conseguiremos adivinhar pensamentos. O pensar é livre, portanto, o que quiserem pensar sobre a nossa pessoa, não teremos como evitar. O importante é não esquentar a cabeça com isso.
            Não podemos virar o ano e continuarmos perdendo tempo com coisas pequenas que não nos somam nada na vida. É o momento de aprendermos a valorizar não apenas o nosso tempo, mas também as coisas que queremos, as pessoas que nos cercam, seja família, amigos, colegas, funcionários, vizinhos, clientes, pois querendo ou não, eles são a razão de vivermos. Se o outro não existir, também não existiremos.
            Quem sabe agora não é à hora de nos libertarmos das máscaras que muitas vezes usamos, para mostrarmos aos outros que estamos bem, quando na realidade estamos com a nossa alma destruída. Talvez seja o momento de assumirmos quem realmente somos, libertando-nos do eu idealizado que criamos.
            Convido-os para nesse momento pararmos, a fim de  ouvirmos as coisas que o nosso verdadeiro eu tem a dizer, liberando tudo aquilo que faz a nossa alma sofrer, para que possamos nos permitir começar o novo ano com a certeza de que poderemos fazer a diferença, não apenas na nossa vida, mas na  vida do outro. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CONVITE À PENSAR

          Os que se dedicam à crítica das ações humanas jamais se sentem tão embaraçados como quando procuram agrupar e harmonizar sob uma mesma luz todos os atos dos homens, pois estes se contradizem comumente a tal ponto que não me parecem provir de um mesmo indivíduo. (...) Somos todos constituídos de peças e pedaços juntados de maneira casual e diversa, e cada peça funciona independentemente das demais. Daí ser tão grande a diferença entre nós e nós mesmos quanto entre nós e outrem: "Crede-me, não é coisa fácil conduzir-se como um só homem"(Sêneca)

                                                                                                           Montaigne

domingo, 11 de dezembro de 2011

STRESS DE FINAL DE ANO

            Quando o mês de dezembro chega, com ele vêm as queixas de stress. Tudo o que não foi feito ou resolvido nos onze meses do ano, parece que nesse mês tem que ser feito. As pessoas acreditam que precisam dar conta de todos os convites que surgem, mesmo que não estejam a fim ou que a sua agenda não permita. Isso sem falar das compras que precisam fazer, das viagens que têm que programar, da festa que precisa ser preparada.

Andam com listas enormes para não esquecerem nada do que precisam fazer, reclamam do tempo que passa muito rápido, chegando, por vezes, a se desesperarem. As lojas cheias, o trânsito engarrafado, ruas lotadas com pessoas abarrotadas de sacolas e pacotes, indivíduos impacientes e apressados nas filas dos bancos ilustram o cenário dessa época do ano.
Nada disso seria necessário se as pessoas se programassem durante o ano, procurando não deixar pendências para o mês de dezembro, organizando-se financeiramente para o período de férias, comprando antecipadamente algum presente que queira dar, sem exageros. Combinando com as pessoas, que irá confraternizar o que vão fazer para ceia, evitando o stress da festa. Só que pouca gente age dessa forma, a maioria deixa tudo para a última hora.
Não tem necessidade de o stress ser o protagonista das festas de final de ano, porque Natal não é essa troca desenfreada de presentes, que muitas pessoas fazem. Natal é reflexão, é comemorar o nascimento de Cristo, é o momento de deixá-Lo nascer em nossos corações, para que tenhamos uma vida de mais amor, de mais tolerância, de mais compaixão, de mais solidariedade.
As confraternizações podem ser feitas sem orgias alimentares, sem abusos de bebidas alcoólicas, pois esse não pode ser o propósito dessas festas. A festa de réveillon é o momento de brindarmos o ano que termina, agradecendo a vida e a todas as coisas que conquistamos no decorrer do ano. É hora de confraternizarmos com os familiares e amigos o novo ano que chega, renovando as nossas esperanças.
Portanto, o stress é algo totalmente desnecessário, basta que as pessoas reflitam sobre o comportamento que adotam nesse período do ano, pois são os excessos que as elas fazem que acabam por se traduzirem em sintomas que atingem o físico, o emocional e o comportamental. Pode-se viver intensamente esse período, mas não existe a necessidade do stress.

sábado, 10 de dezembro de 2011

RABUGICES

               Independente da idade, todos nós temos as nossas rabugices e perdemos um monte de tempo e de amigos, por causa delas. Reclamamos de coisas desnecessárias, ficamos brabos por bobagens, supervalorizamos algumas situações, implicamos com coisas que não nos pertencem e na maioria das vezes ao relatarmos os fatos, nos colocamos na condição de vítima. Isso é uma tendência do ser humano, projetar para o externo as coisas que são suas, dessa forma isenta-se da responsabilidade.

                Reclamar, achar que as coisas não estão boas, não concordar, não ter perspectivas, faz parte da rotina de algumas pessoas. Acreditam que tudo poderia ser melhor, se fosse diferente, porém não fazem nada para mudar. Passam uma vida toda resmungando, se revoltando, agindo de forma agressiva, sem questionar o motivo que as levam ser assim. Depositam a causa de suas rabugices nos outros, que não fazem as coisas como elas querem. Sentem-se preteridas quando as pessoas frustram suas expectativas, esquecendo que a expectativa é sua, que, portanto, ninguém tem obrigação de atendê-la.
                Esse tipo de pessoa sofre muito, pois é vitima de si mesma. Ninguém quer sentar a mesa de um fracassado ou de alguém que está sempre reclamando da vida, pois sabe que só ouvirá lamúrias. São pessoas que geralmente reclamam e fazem sempre as mesmas coisas, vivem em circulo, não saindo do mesmo lugar, ao invés de procurar levar a vida em forma de espiral ascendente. Com isso, afastam as pessoas de perto de si, passando a viverem isoladas, o que reforça essa forma negativa de funcionarem.
                Rabugice é a qualidade do rabugento, do impertinente, do mau humorado, daquela pessoa que está sempre procurando alguma coisa para reclamar, para implicar, para tirar o outro do sério, podendo isso se dar em função do seu descontentamento consigo ou com as escolhas que fez em sua vida. Em alguns casos, o mau humor pode ser sintoma de alguma patologia.
                O importante é que a pessoa saiba que é rabugenta e tente melhorar, procurando pensar antes de reclamar, de implicar, avaliando se realmente é motivo para isso. Uma das formas de mudar esse comportamento é estar atento aos seus pensamentos, analisar as suas atitudes, pedir um feedback aos amigos em relação a sua maneira de ser, solicitar que alguém lhe sinalize quando começar com as suas rabugices. Só assim, conseguirá mudar a sua maneira de viver, procurando manter relações saudáveis e  tendo uma vida mais prazerosa.
               
               
               

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

CUIDAR DO TODO

                Fazendo uma breve reflexão sobre o pensamento de Platão, que postei anteriormente, percebe-se a importância de o humano manter um equilíbrio entre a mente, o corpo e o espírito. Nada adianta cuidar do corpo, principalmente da estética, se a mente e o espírito não estão bem, e vice-versa.

                Cuidar do corpo é bem mais fácil do que cuidar da mente e do espírito, pois basta ir periodicamente ao médico e fazer um check-up para ter um controle de sua saúde ou se manifestar um sintoma, investigar e tratar. Entretanto, quando se refere à mente e ao espírito isso complica, porque as pessoas têm dificuldade de identificar os sintomas ocasionados pelos transtornos mentais, em função do preconceito que existe em relação a estes. Precisamos ter cuidados ao falar em transtornos mentais, pois logo as pessoas associam a loucura, por não saberem que depressão e ansiedade, com todos os seus espectros, fazem parte dos transtornos mentais.
                Muitas vezes não precisa nem existir a presença de um transtorno, basta a pessoa não se conhecer o suficiente, não ter crítica em relação a si, não perceber a sua forma de funcionar, já é motivo suficiente para que haja uma desarmonia não sua mente. Se a parte da saúde mental já é complicada, principalmente no mundo atual, em função dos falsos selfs que circulam em nossa sociedade, imaginem a parte espiritual.
                A vida espiritual para muitas pessoas parece ter sido totalmente esquecida, sendo lembrada, apenas, quando surge uma dificuldade. Outras circulam por várias religiões na ânsia de encontrar respostas rápidas para seus conflitos, quando não encontram, acabam se afastando. Alguns se dizem espiritualistas, apesar de terem dificuldade, às vezes, para explicarem o que é ser espiritualista. A espiritualidade é uma palavra da moda e que muitas pessoas exercitam sem estar vinculada a alguma religião, criando o seu conceito próprio para defini-la. No entanto, sabe-se que a vida espiritual precisa ser tratada e alimentada, a fim de ser o sustentáculo que o humano precisa para enfrentar as intempéries da vida.
                Sendo assim, fica evidenciado o quanto é importante as pessoas cuidarem de si no seu todo, não apenas da aparência física, que hoje está muito em voga, mas do seu interno (mente e espírito), pois são esses que fazem o “ser”, o físico é apenas o revestimento do eu. Não adianta ter uma aparência exemplar, se o eu é feio e sofrido.
               

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PARA REFLETIR


    Para iniciar o dia refletindo, os brindo com esse pensamento de Platão.

    "Da mesma forma que não se pode curar os olhos sem a cabeça ou a cabeça sem o corpo,
    também não se deve curar o corpo sem alma.
    Pois a parte nunca pode ficar boa se o todo não estiver bem".
                                                                                          

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

PENSANDO O MUNDO MODERNO

              Ao conversar com pessoas de diferentes segmentos e de diferentes faixas etária e social, tenho observado o quanto criticam as programações apresentadas nos meios de comunicação, a exposição que as pessoas fazem de suas vidas nas redes sociais, da forma egoísta como as pessoas se relacionam, das conversas vazias que se estabelecem em variados locais.  Percebe-se o descontentamento que isso vem provocando, no entanto, não consigo vislumbrar em suas falas, nenhum movimento para modificar essa situação.

                Vivemos no mundo da tecnologia, da neurociência, que hoje explica todo o funcionamento do humano, da nanotecnologia, do ter, do status. As relações não se estabelecem mais por afinidades, mas pela imagem do “dar-a-ver”. A aparência é o que conta, por isso, as pessoas, cada vez mais, valorizam a estética e esquecem-se da ética.
                A base dos relacionamentos tem sido o interesse. As pessoas se relacionam com as demais, visando obter algo. O ego inflado, o sentimento de onipotência, o narcisismo exagerado, a empáfia, a intolerância, o preconceito, contribuem para que as relações interpessoais sejam superficiais, onde o outro não tem valor nenhum.
                A felicidade está em ter um corpo super malhado ou lipoaspirado, um rosto jovial, mesmo que para isso, precisem esgotar todos os recursos que os cirurgiões plásticos têm. Dessa forma acreditam estar isentos da velhice e da finitude.
                Consumir é o verbo da moda, não importa se a sua situação financeira permite ou não. O que interessa é o que as pessoas pensarão ao seu respeito, por meio da sua aparência. O que é valorizado não é o seu eu, mas aquilo que você mostra ser.
                Infelizmente estamos vivendo numa época de pessoas vazias, tornando-se difícil, por vezes, estabelecer um diálogo, porque os assuntos não evoluem, faltam-lhes argumentos para dar sustentabilidade ao mesmo. Na realidade, essas pessoas não estão interessadas em falar de assuntos mais aprofundados, pois julgam não lhes levar a lugar nenhum. E aí fico a questionar; da forma como estão vivendo, em que lugar pretende chegar?
                Ao refletir sobre esse comportamento que vem se observando na sociedade, lembro-me de uma das colocações de Paulo Freire ao falar da sociedade moderna: “o sujeito se torna um expectador passivo de um mundo de aparências que se impõe como evidência de sua superficialidade social”. E até quando precisaremos assumir esse papel de expectador? Será que iremos esperar a total degradação do humano, para tomarmos uma atitude?
                O mudar, o fazer diferente, depende de cada um.  Aquele que realmente deseja assumir o papel de protagonista de sua vida, não precisa esperar pelos outros, até porque, trata-se de uma mudança interna. Para que isso aconteça, é fundamental que a pessoa olhe para o seu interior, a fim de ver quem realmente é.

domingo, 4 de dezembro de 2011

CAUTELA

          Nesse período do ano é preciso ter muita cautela, quando o assunto é dinheiro. Algumas pessoas se empolgam com as promoções que as lojas fazem e a facilidade de crédito que oferecem. Por outro lado, o governo Federal anuncia a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de eletrodomésticos da chamada linha branca, incentivando que as pessoas aproveitem o décimo terceiro salário, para comprar alguns produtos que desejam adquirir.

            Isso sem falar naqueles que adoram comprar presentes para todos, tornando-se um verdadeiro “Papai Noel”, só esquecem que depois essa satisfação pode se tornar uma dor de cabeça, quando começarem chegar às faturas do cartão de crédito ou começar a entrar em sua conta, os cheques pré-datados.
            É importante lembrar que janeiro chega e não chega sozinho, trás consigo os impostos (IPVA, Imposto Predial), matrículas, material escolar, pagamento das anuidades dos diversos Conselhos Profissionais, etc. Também é um período de férias, em que as pessoas querem viajar, ir para praia, fazer coisas diferentes e para tudo isso é necessário ter um capital a parte no seu orçamento. Caso contrário, correrá o risco de ter problemas financeiros no decorrer do ano, por isso quando se fala em dinheiro, não dá para esquecer a palavra planejamento.
            Daí a importância de antes de fazer compras, de pensar em viajar, de sair gastando descontroladamente, verificar o seu orçamento. Criar uma planilha com todos os seus gastos do mês de janeiro e ver o quanto precisará reservar para as despesas extras que terá nesse mês. Depois de feito isso, veja o que poderá fazer com o dinheiro que sobrou.
            Dar presentes é algo muito gostoso, dá muita satisfação, faz com que nos sintamos bem, importantes. Entretanto, devemos lembrar que não precisamos ficar tristes, deprimidos, nos sentirmos infelizes se o nosso orçamento não nos permitir fazer isso. Afinal, o importante do Natal é a confraternização, é o espírito cristão, que por sinal, anda muito esquecido.
            Vemos que para as crianças, o Natal se resume na festa do “Papai Noel” e isso vem acontecendo para os adultos também. As pessoas esqueceram o verdadeiro significado de Natal. Esse pode ser o motivo, pelo qual nesse período, o índice de depressão e suicídio aumente. Penso que cada vez mais é importante refletirmos sobre o que é o Natal para cada um de nós, e como vivemos esse momento que é tão importante para quem é cristão. Com isso, a pessoa que acredita em Cristo, não necessita entrar nesse processo de correria, de compras, de endividamento, de frustrações e até mesmo de histeria como muitos entram, pois sabem que o Natal é muito mais do que isso.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CRISE DE ONIPOTÊNCIA

                Hoje enquanto almoçava, em um restaurante, me deparei com uma cena que me chamou atenção e que até merece ser comentada. Cena essa, que denominei de  “crise de onipotência”.

                Quando entrei no restaurante, percebi que tinha um senhor, com mais de 50 anos, conversando com a caixa. Logo saiu e não demorou muito retornou. Parou na porta e chamou a funcionária que havia lhe atendido, dizendo que ele não só tinha conseguido as moedas de R$ 1,00 para pagar o paquímetro, como tinha conhecido outro restaurante. Complementou dizendo, que iria mandar um email para o seu chefe. A moça que havia lhe atendido olhava para ele com uma expressão de quem não estava acreditando no que ouvia.
                Quando ele saiu, suas colegas perguntaram o que havia acontecido e ela explicou que ele tinha pedido para trocar R$ 20,00, sendo que teria que ser R$ 5,00 em moedas, porque precisava pagar o paquímetro. Como ela disse que não tinha troco, chegando a lhe mostrar o caixa, ele ficou furioso.
                Enquanto almoçava, analisava o caso. Esse senhor tinha um problema, ou seja, pagar o paquímetro, como não tinha moedas, tentou consegui-las, mas tendo sua tentativa frustrada, ficou muito incomodado, dando vazão a um comportamento primitivo de ataque. Na realidade, ele estava transferindo um problema que era dele, para a caixa do restaurante, que provavelmente não tem carro e paquímetro não lhe é problema, como não é para mim.
                Não conseguindo suportar os sentimentos aflorados, resolveu voltar ao restaurante para jogar sua raiva na pessoa que lhe atendeu, dando a entender que ela não tinha lhe atendido bem, por não ter competência.  Afinal, ela não conseguiu perceber que deus estava ali, e, que provavelmente, deveria ter abandonado o caixa, saindo a procura de troco para ele.  Não bastando, ainda tentou inibi-la, dizendo que iria mandar um email para o seu chefe.
                Sua onipotência era tanta, que não conseguiu perceber que estava se expondo. Sua atitude demonstrou a sua total falta de crítica, o seu descontrole, a sua dificuldade de lidar com um problema, pois quem tem carro é que deve ter as moedas para pagar o paquímetro, a sua falta de habilidade para lidar com a frustração, a sua incoerência, o seu ego inflado, o seu egoísmo, a sua arrogância, a sua falta de humildade, a sua intolerância  e por aí vai.
                Esse tipo de atitude demonstra o adoecimento do ser humano. Hoje se percebe que algumas pessoas têm uma visão totalmente distorcida ao seu respeito, acreditando que os outros estão no mundo para servi-las, que tudo tem que girar em torno delas e quando isso não acontece se julgam no direito de humilhar, quem não atendeu sua expectativa.