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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

PARA PENSAR...

          "Jamais reter ou calar para si mesmo algo que pode ser pensado contra os seus pensamentos! Prometa-o para si mesmo! Isso é parte da primeira retidão do pensamento. A cada dia você também deve conduzir sua campanha contra si mesmo. Uma vitória é uma trincheira conquistada não são mais assunto seu, só a verdade é - mas também sua derrota não é mais assunto seu"!

                                                                                                                               Nietzche
                                                                                                                   

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

VAIDADE

            
            Quem de nós não tem um pouco de vaidade, que não gosta de ser reconhecido, de se sentir importante, de ser valorizado. Todos nós precisamos disso. Não acredito quando alguém diz que não se importa com isso, visto que esses sentimentos fazem parte das necessidades do ser humano, ou seja, que lhe reconheçam e lhe valorizem.
            O importante é saber dosar essa necessidade, a fim de que não venha causar transtornos nos relacionamentos. Existem pessoas, que qualquer cargo que lhe derem, é o suficiente  para  inflarem o peito e sairem pisoteando todos que estão ao seu redor, demonstrando a dificuldade que têm de lidar com o poder. Esquecem que assim como o poder pode levá-los a uma ampla ascensão profissional, pode rapidamente derrotá-las.
            Um ego vaidoso pode causar sérios prejuízos na vida das pessoas, sem que essas se dêem conta, pois a vaidade é tanta que acabam por não perceberem. Verifica-se muito isso dentro das empresas, quando um funcionário recebe uma promoção para um cargo de chefia. Aquela pessoa simpática, brincalhona, acolhedora, prestativa, solidária que todos os colegas admiravam, some e dá lugar para outra que passa a tratá-los de forma agressiva, impaciente, dando ordens, cobrando resultados, não os escutando, por se considerar o dono da verdade.
            Ao desenvolver esse comportamento, começa a ser rechaçado pelos colegas que de forma inconsciente, e às vezes até consciente, acabam por boicotar o seu trabalho. Obviamente que os resultados começam a não serem os esperados e a cobrança de seus superiores acaba vindo. Nessa ocasião, projeta para sua equipe a culpa de os resultados não serem bons, não conseguindo perceber que a sua alteração de comportamento está influenciando diretamente no desempenho da mesma. Isso acontece, porque a vaidade é tanta, que não lhe permite ver que deixou de ser aquela pessoa carismática de antes, para ser o chefe durão, inacessível, intolerante, agressivo, que ninguém merece ter.
            Isso ocorre porque na maioria das vezes as pessoas têm sede de poder, precisam se afirmar, procurando mostrar o que muitas vezes não são, mas que pensam que são. Esse tipo de comportamento independe de profissão, crença, situação econômica e financeira. Vai muito da história de vida de cada pessoa, do caráter, dos sentimentos que carrega consigo, entre tantas outras coisas.
            O importante é reconhecer essa vaidade e analisar os motivos que lhe levam a precisar dela, a fim de poder se libertar, tornando-se uma pessoa mais agradável e mais humana.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

AVALIE O SEU DIA

        
           A correria do dia-a-dia leva as pessoas a agirem de forma mecanicista, não dando espaço para que reflitam sobre suas atitudes e comportamentos. Favorece para que o ser humano se torne cada vez mais egocêntrico, não conseguindo perceber o outro como seu irmão, pois visa apenas satisfazer as suas vontades.
            Esse tipo de atitude faz com que as pessoas se tornem mais rígidas, insensíveis e até mesmo desumanas. Percebo isso como algo assustador, porque estamos vendo todos os dias os veículos de comunicação noticiar cenas de violência absurdas e que por vezes são tratadas de forma banal.
            Daí a importância de poder parar no final de cada dia e tirar uns cinco minutos para avaliar suas atitudes, ver o que você fez, se cumpriu os compromissos que havia se programado a fazer, quais foram suas ações e reações para com as outras pessoas. Essa ainda é a melhor maneira que temos de avaliar o quanto precisamos, enquanto pessoas, melhorar para crescermos.
            Parar, analisar e reconhecer nossas falhas é fundamental para que possamos fazer as mudanças internas, que precisamos a fim de nos tornarmos pessoas melhores. Faz-se necessário ter claro a serviço de que viemos a esse mundo. Por isso, costumo dizer que as pessoas deveriam fazer o seu planejamento estratégico assim como as empresas fazem. Saber qual a sua missão, os seus valores e objetivos. Em que momento de vida está e para onde quer caminhar. O que precisa fazer para atingir o seu foco. Para ter uma motivação para viver, é importante ter metas e objetivos traçados, caso contrário a vida se torna algo insípido.
            Sempre é tempo de mudar e de melhorar. O ser humano é o único ser que pode mudar a sua história a qualquer momento, basta queirar.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

DEPRESSÃO PÓS-FÉRIAS

           
           Algumas pessoas perguntam se realmente existe depressão pós-férias, sim existe e segundo pesquisas 23% dos brasileiros são acometidos desse tipo de depressão.
            Geralmente a causa apontada para essa depressão é o retorno ao trabalho, o que denota o descontentamento, a falta de motivação, de perspectiva em sua vida profissional. Se essa realmente for a causa de sua depressão é importante avaliar se não está na hora de se lançar no mercado de trabalho e procurar novas atividades. Sabe-se que não se trata de uma decisão fácil de ser tomada, em função de todo um contexto de vida, mas por vezes é necessário avaliar e tomar algumas atitudes, a fim de evitar maiores problemas para sua saúde física e mental.
            As questões profissionais não são excludentes, a depressão também pode estar relacionada a questões de relacionamento ou doenças familiares, mas isso não é quase citado. Sabe-se, que algumas pessoas que apresentam dificuldades de relacionamento em casa, quando saem de férias, têm uma postura totalmente diferente. Entretanto, quando terminada as férias, assumem o comportamento que costuma desenvolver no decorrer do ano, gerando situações de conflitos no ambiente familiar.
            Nos casos de depressão pós-férias, as queixas mais comuns de se ouvir são: dores musculares, dor de cabeça, tristeza, cansaço, angústia e ansiedade. Pesquisas apontam que as pessoas acometidas dessa depressão, 68% afirma fazer uso de medicação e 52% acusam fazer uso de álcool como meio de aliviar o desconforto vivido.
            Outro ponto importante a ser destacados é que os profissionais que mais sofrem de depressão pós-férias são: os que trabalham na área financeira, os da saúde, da informática e os que trabalham fora da sua área de formação.
            Faz-se necessário um tempo para pessoa se adaptar ao retorno das férias, daí a importância de não chegar à véspera do término dessas. É recomendável, quem tem filhos em idade escolar, chegar 72horas antes do início das aulas, a fim de organizar o material e as crianças começarem a entrar numa rotina. Nos casos em que não tem filhos, é aconselhável chegar 48h antes.
            Algumas são as formas de driblar a depressão, provocando um alívio dos sintomas. É indicado que a pessoa faça uma atividade física, um trabalho voluntário, saia com os amigos, planeje as suas férias, delegando tarefas aos outros, a fim de que o seu retorno seja mais tranqüilo. O ideal seria que as pessoas conseguissem fracionar suas férias em três momentos, tirando 10 dias a cada vez, podendo aproveitar melhor esse período de descanso e não tendo tantas dificuldades de se readaptar ao retornar as suas atividades profissionais.
            O mais importante de tudo é identificar o que está gerando essa depressão e buscar uma solução para isso. Se os sintomas perdurarem por mais de três semanas, é indicado buscar ajuda de um profissional.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

PENSAR DÓI...

          Como dizia o saudoso Saramargo, “pensar dói”, porque o pensar acaba por nos fazer enxergar coisas que não queremos, que procuramos negar ou tentamos mudar o formato, procurando dar um colorido, mesmo sabendo que este não existe.

            Muitas vezes, o pensar nos leva a desenvolver um questionamento socrático, buscando os inúmeros “por quês” existentes em nossas vidas, mesmo sabendo que nem sempre encontraremos as respostas que queremos. Quando se entra em um processo de análise, pensar passa a ser a ferramenta fundamental de nossa vida, chegando muitas vezes a nos deixar extenuados.
            Não obstante, o processo de pensar não pode ficar limitado apenas a questão relacionada aos questionamentos pessoais, por ser um processo muito amplo. Precisamos pensar sobre vários aspectos da vida e do mundo, procurando entender o que motiva as questões políticas, econômicas, sócias, científicas, artísticas, religiosas, entre tantas outras, que fazem parte do nosso cotidiano.
            Evitamos pensar sobre as coisas que nos rodeiam ou que nos geram desconforto, pois essas podem nos tirar, por vezes, da inércia ou do mundo fantasioso que escolhemos para viver. Acreditamos que assim, estaremos vivendo melhor. Negar a realidade pode, em um primeiro momento, parecer ser melhor, entretanto, sabemos que isso só desencadeia mais sofrimento, pois não temos como negá-la por toda vida. Chega uma hora em que somos obrigados a nos defrontarmos com ela e se nada sabemos ou pensamos a seu respeito, como encará-la?
            Concordo com Saramargo, pensar dói, porque isso proporciona a oportunidade de escutarmos a voz de nossa alma, que por vezes, nos diz coisas que preferiríamos não ouvir, a fim de não termos que tomar decisões que nos levarão a terminar com o nosso faz de conta.          

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

LEMBRE-SE...


           Antes de reclamar, de queixar-se, de achar que o universo conspira contra você e por isso não consegue desenvolver seus talentos, lembre-se que o único responsável por isso é você mesmo.
            Todos aqueles que acreditam em si e que não ficam presos as suas limitações, mas fazem dessas um desafio para se superarem, se dão bem na vida. Porque acreditam naquilo que gostam e no que fazem e não perdem tempo se questionando ou criando dificuldades para não fazer.
            Isso pode ser comprovado através da história, basta voltar no tempo e vermos que a surdez de Beethoven não o impediu de ser um grande músico; que a instabilidade de Picasso não foi um fator que impediu de desenvolver inúmeras obras de arte; Elvis tinha mania de perseguição, chegando a ser considerado um paranóide, no entanto produziu melodias maravilhosas. Esses são alguns exemplos, entre tantos outros, de pessoas que se destacaram por não terem ficados presos as suas limitações, super valorizando-as.
            O objetivo é mostrar-lhes que cada pessoa tem o seu talento e que esse pode ser direcionado para alguma coisa. Procure descobrir o seu talento, elencar seus pontos fortes, ver como pode transformar os pontos fracos em fortes, se não for possível, aprenda a lidar com eles, faça o seu talento se destacar e brilhar. Não tenha medo de não dar certo, de errar, pois é preferível errar a ficar parado, deixando a vida passar e não fazendo nada para mudar.
            Portanto, lembre-se que você poderá ser uma pessoa bem sucedida, feliz e de bem com a vida ou um fracassado, queixoso, mal-humorado, dependendo da escolha que você fizer. É importante avaliar as suas escolhas e o seu grau de contentamento com a sua vida, pois sempre é tempo de mudar.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

LIMITES QUE VOCÊ SE IMPÕE

         

            Não são poucas as pessoas que justificam o seu não fazer com as mais variadas desculpas, não se dando conta que na realidade o que lhes falta é o desejo de realizar algo. Passam muito tempo planejando o que gostariam de fazer, mas não colocam ação. Obviamente que sem ação nada se concretiza.

            Muitas vezes as pessoas não conseguem perceber os limites que se dão, dificultando sua própria vida, vivendo frustradas, descontentes com o mundo porque não conseguem sair da mesmice em que vivem. Temem expor seus talentos, por não acreditarem neles ou não conhecê-los. Não exploram o potencial que carregam dentro de si, por não saberem como fazer. Acreditam que os outros sempre são melhores e assim vivem a vida, sem fazer nada para ir ao encontro daquilo que almejam. Desconhecem seus valores e propósitos e por isso não se libertam das amarras que criam para não vencer e que essas estão atreladas as crenças que desenvolveram no decorrer da vida.
            Acreditam que aquela velha frase “você é do tamanho de seu sonho”, não passa de mais uma frase usada nos livros de auto-ajuda, não compreendendo que os seus sonhos podem atingir a estatura máxima que a pessoa pode enxergar, desprezando todos os “se” que podem existir e que lhe aprisionam, como: “se eu mudasse de emprego, talvez fosse mais feliz”; “se eu tivesse filho, provavelmente não me sentiria tão sozinha”; “se eu tivesse uma condição financeira melhor, eu me separaria”.
            A pessoa que vive no “se” não conhece ou não consegue usar as ferramentas que carrega dentro de si, por isso não se liberta. Para conseguir se libertar e fazer o processo de mudança que almeja, em primeiro lugar a pessoa precisa estar consciente que realmente é isso que quer para sua vida. Depois é definir o que precisa mudar, saber em que momento se encontra e aonde quer chegar, a fim de criar estratégias que lhe permitam atingir seus objetivos. Mesmo que encontre dificuldades, não desista, transforme-as em desafios, em oportunidades de crescimento e siga em frente, até chegar ao seu objetivo.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CRISE

            É interessante observar, as pessoas se queixam da falta de dinheiro, dos seus conflitos afetivos e pessoais, do descontentamento com a sua atividade profissional, mas quando chega essa época do ano, parece que sofrem de uma “amnésia coletiva”, se é que isso existe, pois tudo o que querem é aproveitar o feriado, descansar, curtir o carnaval, beber, se reunir com os amigos. Amanhã quando chegar à hora de arrumar as malas ou mochilas para retornarem e retomar suas atividades, tendo que  enfrentar a realidade, entram em crise novamente.
            O que chama atenção é que as pessoas esperam que as coisas mudem de forma mágica, sem terem o trabalho de fazer algo diferente. Reclamar e não fazer nada para mudar, não adianta. Penso que essa seja uma forma de se auto punir ou uma tentativa de chamar atenção dos outros, colocando-se na condição de coitado.
            Os momentos de crise, de conflitos não devem ser vistos e interpretados como períodos ruins, pois são nessas horas que surgem novas idéias, que muitas pessoas deslancham e conseguem definir seus objetivos, traçando estratégias para alcançá-los.
            A crise deve ser compreendida como um desafio, pois é a grande oportunidade que a pessoa tem de se superar, sem se deixar ser superada. O grande problema da crise é que a pessoa a percebe como uma demonstração de fracasso, de incompetência e acaba se encolhendo frente a ela. Essa atitude sim pode ser interpretada como uma crise.
            O importante é ter claro que não existe problema sem solução. A crise vem para que a pessoa deixe a sua imaginação florescer, indo ao encontro de soluções. A partir do momento que a crise for vista como um desafio, como uma grande oportunidade oferecida pela vida, a fim de quebrar a rotina, obrigando a pessoa a sair da sua zona de conforto, ela se perceberá uma vitoriosa. Não terá medo de comentar sobre a crise que está vivenciando, conseguirá compartilhar com as pessoas do seu círculo de relações, sem ficar constrangida, pois saberá que toda vez que fala sobre a crise, está promovendo-a, ao passo que, se simplesmente calar, estará correndo o risco de entrar num conformismo e por vezes até desenvolvendo um quadro depressivo, provocado pela dor da angústia que carrega consigo.
            Portanto, a única fórmula mágica existente para resolver a crise é enfrentá-la, vivendo-a da melhor forma possível, não se acovardando frente a ela, para não correr o risco de se dar por vencida, visto não ter tido forças e garra para lutar contra ela. A opção de como viver uma crise é de cada um, o que não pode acontecer é responsabilizar os outros pelas suas escolhas.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

CARNAVAL

          
          Chega esse período do ano, as pessoas se esquecem de seus compromissos, o país para, para que possam brincar o carnaval. No entanto, se fizermos uma inquiete e perguntarmos qual o significado do carnaval, obteremos como resposta que se trata de uma festa pagã, não muito mais do que isso. Outros dizem que é o período que aproveitam para descansar, estar com a família, beber e por aí ficam, não sabendo explicar qual a origem do carnaval.

            O carnaval teve sua origem na Grécia, por volta dos anos 600 a 520 a.C., período em que os gregos aproveitavam para prestar homenagem a seus deuses, por meio de cultos, a fim de agradecer a fertilidade do solo e da produção. A partir do ano de 590 d.C, a Igreja católica adotou essa festa, regida pelo calendário do ano lunar no cristianismo da Idade Média, passando esse período a ser assinalado pelo “a deus a carne”, que tem sua etiologia no latim “carne vale”, por isso então carnaval. Nesse período não é necessário abstinência da carne e muito menos dos prazeres da carne.

            O carnaval se dá nos três dias que antecede a quaresma e essa inicia na quarta-feira de cinzas, momento que para os cristãos católicos é o período de abstenção da carne e de seus prazeres, momento de jejum e de se preparar para a chegada da Páscoa, onde é vivido a morte e a ressureição de Cristo

            Na idade média, o carnaval era o período de muitos festejos populares, onde as pessoas brincavam nas ruas, conforme os costumes de cada cidade. No século XIX, por meio da sociedade vitoriana, é que surgem as fantasias e os desfiles, sendo que a cidade de Paris foi quem exportou o carnaval para outras cidades e países.  

            Atualmente, as pessoas deixaram de lado as características originais do carnaval, perdendo as brincadeiras saudáveis que havia nas ruas,  nos salões, nos blocos, passando a ser, para muitos,  a festa da do alcoolismo, das drogas ilícitas e do sexo.

            Nas cidades grandes, o carnaval acontece de forma organizada, com desfiles luxuosos, onde as pessoas gastam fortunas para adquirirem sua fantasia, a fim de poder se divertir algumas horas e aqueles que não podem acabam ficando privados de se divertirem.

            Esse é um período em que as pessoas procuram extravasar, esquecendo as preocupações, buscando viver intensamente essa festa, indo atrás dos prazeres da vida.  Gastam,  às vezes, o que  não tem para gastar. Tomam atitudes que depois se arrependem , por pagarem um preço alto, no decorrer do ano, pelos atos impensados e impulsivos que tiveram nesse período.


            O carnaval pode e deve ser vivido de forma saudável, podendo satisfazer a todos, porém de forma consciente, porque logo a quarta-feira de cinzas chega e as pessoas precisam retomar suas vidas. Espera-se que todos possam reiniciar suas atividades de forma tranquila,  sem maiores preocupações em função das extravagâncias que fizeram no carnaval.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A ARTE DE CONVIVER CONSIGO MESMO

       Conseguir viver consigo mesmo parece ser algo muito natural, no entanto, sabe-se que as pessoas tem dificuldade disso. Precisam sempre estar na companhia de alguém, para se sentirem bem ou para atender a demanda da sociedade, com medo de ser excluída. Com isso, acabam por se distanciar de si, perdendo por vezes o seu próprio referencial, pois começam a copiar o modelo de seus ídolos.

       Isso ocorre em função da necessidade que o homem tem, hoje, de negar a sua realidade, passando a acreditar no mundo fantasioso que cria para si e que passa a vivê-lo como se realidade fosse. Esse tipo de comportamento faz com que acabe por desenvolver um sentimento de culpa, que se torna sofrimento diário, por ser muito ansiogênico.

      Saber conviver consigo mesmo é uma arte, porque a pessoa precisa aprender a escutar a voz do seu eu interior, questionar e compreender os sinais que o seu corpo e a vida lhe dão, sabendo interpretá-los. Nada na vida é por um acaso, tudo que acontece está a serviço de alguma coisa, sendo necessário identificar a causa. A partir do momento que se consegue ter esse entendimento, a pessoa passa a ter prazer de sua própria companhia, conseguindo curtir-se e aprendendo a desfrutar as coisas da vida, sem depender da companhia do outro.

     Isso não significa que o homem tenha que viver isolado, até porque não nasceu para isso, mas sim para viver em sociedade, mas de forma saudável.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A FACILIDADE DE ROTULAR

            
            É incrível como cada vez mais necessitamos rotular os outros. Isso só demonstra a dificuldade que temos de nos olhar e ao mesmo tempo a nossa onipotência, pois nos julgamos suficientemente capazes de definirmos o outro, sem mesmo convivermos muito com ele ou nem convivermos. Julgamos pela aparência, sem tentar compreender o que está por trás dessa aparência.

            Enquanto acreditamos que temos essa capacidade e nos apropriamos dela, não percebemos que depositamos no outro aquilo que é nosso. É aquela velha história da projeção, o outro sempre é o problema, enquanto eu funciono com equilíbrio e sensatez.

            Rotulamos o pobre, a prostituta, o drogado, o assaltante, o morador de rua, o homossexual, esquecendo que por trás de cada ser existe uma história e que na maioria das vezes, essas pessoas são o produto dessa história. Mas não são esses apenas os rotulados. Também esta na nossa mira os políticos, os magistrados, os promotores, os médicos, os psicólogos, o profissional da saúde em geral, os bem sucedidos, os ricos. Encontramos, para cada um, rótulos diferentes.

            Penso que essa necessidade que o humano tem de rotular, está muito atrelada a sua neurose, a qual procura negá-la, pois percebe o mundo como algo muito agressivo, pesado demais para dar conta e por isso não suporta viver a sua realidade, mentindo para si mesmo e colocando no outro algo que na maioria das vezes é seu.

            Rótulos não servem para nada, a não ser para satisfazer e gerar prazer em quem o dá. Ao percebermos a dificuldade do outro, ao invés de rotular, quem sabe procura-se ajudá-lo, convidando-o a pensar sobre a forma que teria para melhorar a sua situação ou a sua maneira de funcionar.

            A facilidade de rotular para muitos é algo fantástico de observar, principalmente quando se trata de dar diagnósticos na área da saúde mental. Fico chocada com isso, pois levamos no mínimo oito encontros para fechar a hipótese diagnóstica, quando não for criança, ao passo que as pessoas sentam em nossa frente e nos dão o diagnóstico. Fico com pena dos médicos, pois assim como nós, são tachados de insensíveis, frios, entre tantos outros predicados, por lidarem com a doença do outro sem sofrer.  Penso, como as pessoas sabem o sentimento que vivemos. É a famosa leitura de sentimentos, que os onipotentes conseguem fazer, mas se observarmos vemos a dificuldade que essas pessoas tem de lidar e cuidar dos seus doentes.

            Portanto, antes de rotular qualquer pessoa, seria interessante que déssemos uma parada e uma analisada em nós, para vermos se realmente temos condições de rotular alguém.



           



                       

domingo, 12 de fevereiro de 2012

AS DESACOMODAÇÕES CAUSADAS PELO INCONSCIENTES


É incrível, por mais que tentemos nos enganar e evitemos enxergar as coisas que estão a nossa frente, chega uma hora que o velho inconsciente diz chega e nos obriga a sair da zona de conforto que nos colocamos, levando-nos a ver e pensar sobre a forma como estamos gerenciando nossa vida.

Não são poucas as vezes que reclamamos de situações, que nós mesmos escolhemos, mas que parece que não conseguimos nos livrar delas. Passamos grande parte de nossa vida, repetindo experiências que vivenciamos no início da vida com nossos pais, que não gostávamos e criticávamos, mas que fazemos exatamente igual. O pior é que, muitas vezes, nem nos damos conta, porque não temos o hábito de pensarmos sobre a forma como conduzimos a nossa vida. Não prestamos atenção nas coisas que nos acontecem. Não questionamos o que nos levou a viver a situação de desconforto em que nos encontramos. Evitamos falar, pensar, questionar, pois assim fazemos de conta que está tudo bem. Tentamos negar o nosso segredo interior, procurando escondê-lo, para não corrermos o risco de alguém descobri-lo. Com isso, acabamos nos distanciando de nossa essência e nos tornando um ser externo, superficial.

           Algumas pessoas optam por viverem a sua vida toda assim, escondidos de si mesmos, por temerem saber quem realmente são. Preocupam-se, muito com o belo, com a estética, com o externo. Vivem na superfície, com isso, não conseguem entender os sinais que o inconsciente lhes oferece, deixando escapar a oportunidade que lhe está sendo ofertada, de mudar, de rever suas escolhas, de fazer diferente. 
            Outros conseguem pensar e compreender o que o inconsciente está querendo lhe mostrar, quando lhe oferece uma situação desconfortável em determinado momento de sua vida. Nada na vida é por um acaso, tudo vem a serviço de algo, portanto, quando alguma coisa acontece em nossa vida, que nos desconforta, precisamos compreender, por mais difícil ou dolorido que seja, a serviço de que está.

            Este momento é de grande valia, pois nos propicia a oportunidade de mudarmos, de nos livrarmos daquilo que nos queixamos por longo tempo, de dar um basta nas coisas que não queremos, mas que até então tolerávamos. De avaliarmos se estamos sendo bons e honestos com nós mesmos, ou vivemos preocupados em ser bom e honesto para com os outros. De pararmos de nos sabotar e encarar as coisas como são e fazer escolhas que nos favoreçam.

            É importante que volta e meia o inconsciente nos desacomode, nos levando a romper paradigmas e permitindo que façamos escolhas mais saudáveis para nossas vidas.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A DIFERENÇA QUE OS PAIS FAZEM ENTRE O FILHO ADOTADO E O BIOLÓGICO

      
              Adotar uma criança é um gesto muito nobre, um ato de amor e de solidariedade, afinal está acolhendo um ser que foi abandonado numa fase de sua vida, em que não tem condições de se defender dos atos inconseqüentes dos adultos.

                Hoje são bastante comuns, casais que se separam e reconstrói sua vida conjugal, terem que conviver com os filhos do cônjuge, não deixando de ser uma forma de adoção. Aceitam e tratam com todo o carinho, até o momento em que resolvem ter um filho. Quando a criança nasce, a atenção se volta toda para ela, esquecendo que existem outras crianças na casa. Justificam o fato por o bebê necessitar de mais atenção e cobram, muitas vezes até exigindo, que a criança abra mão de seu espaço, para dar atenção ao bebê.

                Os pais não percebem a mudança e a diferença que começam a fazer entre os filhos, ficando essa evidenciada para as outras pessoas. Chamam atenção, discriminam, por vezes até batem, desvalorizam e ridicularizam a criança, passando a nítida sensação de que estão loucos para se livrarem.

                Não é incomum, nos casos de adoções, os adotantes verbalizarem o seu arrependimento e em situações mais extremas, chegarem a devolver a criança para a Instituição em que se encontrava. Não se preocupando com a representação que isso terá na vida psíquica da criança.

                Os prejuízos psíquicos também se dão, por meio do comportamento diferenciado que os pais desenvolvem com os filhos adotados, não lhes dando atenção, fazendo-lhes críticas na frente dos outros, expondo a criança, não valorizando suas atitudes. Alguns fazem questão de apontar os pontos fracos da criança adotada, de falar de suas dificuldades na frente dos outros, enquanto aproveita para enaltecer as virtudes do filho(a) biológico.

                Quando isso ocorre, todos aqueles méritos que os pais adotantes adquiriram por ocasião da adoção, vão por água abaixo, porque demonstram o seu egoísmo e a sua falta de humanidade. A criança adotada, que muitas vezes, é adotada porque a mulher não consegue engravidar, mesmo fazendo fertilização, não tem culpa de eles terem conseguido ter um filho biológico e por isso não pode ser deixado de lado.

                A criança adotada não pode ser tratada como um brinquedo ou algo transitório, enquanto o casal não consegue ter um filho. Ela é um ser, que na maioria das vezes, foi rejeitada no ventre materno, outras vezes, é vitima de violência doméstica e ou sexual e por isso levada para uma casa de passagem ou já passou pelo trauma da separação dos pais.

                Por isso, antes de adotar ou de ir viver com alguém que já tem filho, é necessário avaliar se está preparado para aceitar e lidar com essa criança. Se não irá fazer dela a sua lata de lixo, onde depositará todas as suas frustrações, raivas, ressentimentos e mágoas, quando tiver um filho biológico. Por isso, é importante antes de tomar essa decisão, pensar se está preparado para ser pai ou mãe de uma criança que não é sua. Às vezes pensa-se que sim, até o momento em que nasce o filho biológico. A partir de então, o filho adotado passa a ser uma peça descartável e desvalorizada em sua vida, que deverá crescer e tomar seu rumo o mais rápido possível.

                Adotar só é um ato de amor quando existe claramente a consciência do que está fazendo, da responsabilidade que está assumindo e principalmente quando recebe a criança como se seu filho fosse, sem fazer nenhum tipo de discriminação. Independente de ter ou não filhos biológicos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ECONOMIZAR É NECESSÁRIO

          
             A etiologia da palavra economia vem do latim oeconomia  e do grego oikonomia, que significa “administração de uma casa”, de oikos “casa” e nomein que  é “gerenciar , colocar em ordem”. Portanto, quando falamos que é necessário economizar, falamos em colocar em ordem os nossos gastos, as nossas finanças.

            Isso não quer dizer que não devemos gastar, claro que devemos e precisamos fazer o dinheiro circular, até porque dinheiro é energia, mas também precisamos reservar uma parte do que ganhamos em alguma aplicação. Guardar dinheiro não quer dizer que tenha que ser apenas para uma situação de doença, como pensavam nossos ancestrais. Pode ser para uma reforma na casa, viagem, compra de um móvel ou imóvel, até para quitar alguma conta quando o nosso orçamento fica mais apertado. Isso vale muito para o profissional liberal, que nesse período de férias, tem a sua receita diminuída, mas suas contas são as mesmas.

            Escuto muito as pessoas dizerem que não conseguem economizar porque não sobra, que pelo contrário, às vezes são obrigadas a lançar mão do cheque especial ou empréstimos. Quando isso acontece tem que parar e verificar para onde está indo o seu dinheiro. Provavelmente você esteja gastando demais, nesse momento é indispensável rever a sua planilha de contas fixas e variáveis. Após fazer a análise dessas, verifique o que pode cortar temporariamente, até ajustar as suas finanças.

            É bastante comum quando propomos isso, as pessoas se colocarem na condição de vítima, dizendo que trabalham tanto e não podem fazer o que lhes dá prazer. Alguns são tão catastróficos ao ponto de dizerem que aí é preferível não viver. Não é para tanto! Basta você saber lidar com o seu dinheiro.

            Adquira o hábito de colocar na sua planilha de contas fixas, um valor a ser aplicado, como se fosse uma conta a pagar. Não importa que seja um valor baixo, o importante é apreender a economizar. No início pode ser difícil, mas depois que for vendo o seu dinheiro aumentar, você pega o gosto e lamenta não ter feito isso antes.

            Essas dicas e muito mais, você terá acesso no livro que estou organizando com outros profissionais, sobre endividamento e se tudo correr bem, até o final desse semestre estaremos publicando. No momento certo, informarei o nome do livro.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

TENHA CUIDADO COM O DINHEIRO ABSTRATO

               
          Dinheiro abstrato?Sim, refiro-me as transações feitas por meio dos cartões, que na maioria das vezes as pessoas não lembram que o cartão de crédito e de débito é dinheiro e saem gastando descontroladamente.

            Para esse tipo de dinheiro, não existe tempo e nem espaço, pode ser usado mesmo quando fazemos compra em outro estado ou pais, por meio da internet, sem ter que sair de casa.

            Essa facilidade, se não utilizada de forma correta, poderá causar um rombo nas finanças de quem utiliza. O cartão de crédito e de débito ao invés de ser um facilitador, poderá se tornar um problema, pois algumas pessoas compram sem lembrar que dentro de trinta dias estará chegando à fatura do cartão e que precisará ter dinheiro para quitar o valor total. Caso pague apenas, o valor mínimo, correrá o risco de entrar numa ciranda financeira, difícil de sair depois.

            Muitas vezes as pessoas compram no cartão de crédito por não ter disponível o valor da compra. Nesse caso, antes de comprar seria interessante pensar se nos próximos trinta dias terá aquele valor para pagar. Só que esse questionamento dificilmente as pessoas fazem, pois o importante, naquele momento, é comprar. No entanto, quando chega à fatura, como foram feitas várias compras ou pagamentos no cartão, muitas vezes sem nenhum tipo de controle, inicia o problema de muitas pessoas.

            A facilidade de pagar com o cartão de débito também tem se tornado um problema para as pessoas que compram de forma impulsiva e ou compulsiva. O cartão permite que a pessoa compre sem ter que pegar dinheiro, tornando o ato de comprar muito bom. Só que se não tiver o hábito de controlar seu saldo bancário, quando for ver, poderá já ter entrado no cheque especial sem se dar conta, pagando um juro desnecessário.

            Antes de passar o cartão, seja de débito ou de crédito, é importante ver qual a disponibilidade que você tem para gastar, pois não existe nenhuma fórmula mágica na hora de pagar as contas.

            Quando você pega dinheiro emprestado (cheque especial, empréstimo, etc...), você está jogando contra você e a favor do banqueiro. Pense nisso antes de sair passando o cartão compulsivamente.


domingo, 5 de fevereiro de 2012

ALGUNS REQUISITOS PARA SER UM PROFISSIONAL DE EXCELÊNCIA

             
           Conforme coloquei na postagem anterior, o mercado hoje busca encontrar profissionais de excelência, os empregadores, não querem mais funcionários bons, porque esses não atendem as suas exigências e muito menos a de seus clientes.

Houve-se falar muito na dificuldade que as pessoas encontram na hora de conseguir um emprego, mas isso está muito atrelado ao fato da falta de qualificação dos candidatos. Independente do segmento, as empresas buscam profissionais com uma boa qualificação e isso é o que falta no mercado. É uma minoria que atende essa demanda, que tem uma boa qualificação e que pode ser considerado um profissional de excelência.
O profissional de excelência não basta ser bom naquilo que faz, limitando-se apenas na sua área. Ele precisa ser excelente no que faz, precisa dominar não apenas o que se refere ao seu segmento, mas também procurar conhecer um pouco das áreas afins, para atender a demanda do cliente. Nada mais desagradável do que falar com um profissional que só entende da sua área, que não tem argumentos para discutir qualquer outro assunto, pois não procura se informar. Isso pode causar, dependendo do nível de conhecimento e exigência do cliente, um descontentamento, porque sempre existe aquele cliente que tem necessidade de falar da sua profissão, dos seus negócios.
            Para que um profissional seja de excelência, ele precisa preencher alguns requisitos como:
- Ter um desenvolvimento constante: estar disposto a investir no seu desenvolvimento, procurando se atualizar e aperfeiçoar de forma contínua, caso contrário, o processo de seleção natural se encarregará de excluí-lo do mercado de trabalho. Participar de cursos, congressos, palestras, seminários, mesmo que acha que não vai lhe ajudar muito. Lembre-se que conhecimento não ocupa espaço e não faz mal a ninguém.
- Comprometimento: isso é essencial para que uma pessoa tenha sucesso na sua vida profissional. O profissional precisa ter responsabilidade, estar envolvido com aquilo que faz, estar disponível para atender as solicitações que lhe são feitas, ter boa vontade, interesse em dar o melhor de si, em outras palavras, é vestir a camiseta da empresa.
- Motivação: é bastante comum encontrar pessoas desmotivadas, reclamando do que fazem, trabalhando apenas pelo salário. Consequentemente, seus resultados não serão dos melhores, com isso, aumentará o nível de cobrança por parte da chefia, o que o faz se desmotivar mais, acabando por se tornar um circulo vicioso e estressante para ambos os lados, empregador/empregado. O profissional de excelência precisa estar sempre se automotivando, encontrando dentro de si motivos suficientes para desempenhar sua profissão, aceitar desafios e ir atrás deles. Ter alegria em desenvolver sua atividade, sentir prazer em atender as pessoas, tratando-as com atenção, respeito e carinho.
- Conhecer seus pontos fortes: não basta apenas a pessoa saber quais são os seus pontos fortes, ela precisa também desenvolvê-los. Procurando potencializá-los, trabalhando suas habilidades, desenvolvendo o que tem de melhor em termos de atitudes e comportamento, tentando reverter os pontos fracos em fortes. Para isso é necessário que a pessoa seja flexível, esteja disposta a mudar e principalmente acredite no seu potencial e em si.
-Ser excelente em tudo: como já falei anteriormente, não basta você ser excelente naquilo que faz. Você precisa ser excelente na qualidade, no ensino, no aprendizado, na prestação de serviços, na forma de tratar as pessoas, no conhecimento, pois é esse todo que o tornará um profissional de excelência.
            Aproveite para analisar se você é um profissional de excelência e se não for, veja o que está lhe faltando para isso. As vezes é um pequeno detalhe que falta para a pessoa se tornar um profissional de excelência e ser absorvido pelo mercado de trabalho e isso posso garantir-lhes pela vivência de coaching.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

UM OLHAR HOLISTICO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS


          Já faz alguns anos que no mundo dos negócios começou a se falar sobre a importância de os gestores terem uma visão holística ao administrar sua empresa. A etiologia da palavra holística vem do grego, onde hólos significa todo, portanto, para ter êxito em sua empresa, você precisa olhar e trabalhar o todo. Tarefa que não é nada fácil, pois uma empresa é formada por pessoas (funcionários e clientes) e para atender a demanda desses, precisará rever sua postura, valores, conhecimentos e objetivos.

Sabe-se que a maior dificuldade encontrada pela administração holística é quebrar paradigmas, por ser algo que mexe não apenas com a cultura, mas também com o comportamento. Para que esse tipo de administração seja implantada dentro de uma empresa, faz-se necessário o comprometimento de todo o quadro funcional, pois sem isso o resultado será negativo.

Os objetivos organizacionais e pessoais precisam estar muito bem integrados, a fim de que possa haver uma realização pessoal e profissional. É preciso que o gestor e seu grupo de trabalho tenham claro que nesse processo, não existe células separadas dentro da empresa, mas que todas elas estão fazendo parte de uma estrutura policelular. Sendo assim, toda a equipe precisa saber fazer tudo, não existe espaço para aquele tipo de funcionário que não tem interesse em aprender o serviço do outro. Isso se dá em função de que as empresas que optam por esse tipo de administração, costumam fazer um job rotation (rodízio de funções).

Na realidade, o mercado de trabalho hoje precisa de profissionais que tenham uma visão binocular, ou seja, que não fique limitado apenas para as coisas referentes à sua área. É necessário que procure ampliar o seu olhar, buscando conhecimento em áreas afins. Dessa forma, conseguirá atender e satisfazer melhor as necessidades de sua clientela e de sua equipe. O processo de atualização tem que ser constante, não existe mais espaço para profissionais desatualizados, que ficam presos a suas crenças e acabam por não aceitar as sugestões trazidas pela geração Y e Z. Essa dificuldade apresentada por alguns gestores acaba por atrapalhar o desempenho dos resultados esperados.

            Para estar inserido no mercado de trabalho hoje, principalmente na área de serviços, o profissional precisa ser de excelência. Mas o que é um profissional de excelência?

            O profissional de excelência é aquele que tem visão, sabe e está preocupado com a necessidade de evoluir, está focado em resultados, tem claro que não existe mais espaço para o bom profissional no mercado e por isso precisa se aperfeiçoar constantemente. Tem consciência que precisa ter um bom marketing pessoal, bem como  se vender, passar credibilidade, ter uma boa qualidade de vida, a fim de manter um equilíbrio entre a sua vida pessoal, profissional e espiritual. Dessa forma, conseguirá atingir seus objetivos.













sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CARÁTER HUMANO


             Aqueles que me acompanham, já devem ter percebido que falo muito na necessidade que a pessoa tem de entrar em contato com o seu verdadeiro eu. Isso se dá em função da prática de consultório, aonde observo, cada vez mais, a dificuldade que as pessoas tem de saberem quem realmente são. Chama a atenção as histórias que criam e contam para elas mesmas, como se verdade fosse, acreditando que o terapeuta não se dá conta disso. Quando questionados, se atrapalham, porque não tem elementos que lhes dê sustentabilidade para dar credibilidade ao que contam. O pior é que a maioria acredita que o psicoterapeuta não se dá conta, porque esse, só irá questionar no momento oportuno.

              Claro que para o terapeuta, isso é visto como um sintoma e uma peça importante para desenvolver seu trabalho, por isso ele não confronta as informações trazidas inicialmente, a não ser ser que seja algo muito gritante. Percebe-se que muitos sofrem por viverem uma vida de idealizações, outros não ligam para isso e que bom, porque se vissem a sua vida como realmente ela é, poderiam romper com a realidade, passando para o mundo da psicose.

              A mentira passou a ser a verdade de muitos e quando isso acontece é complicado, pois se trata de uma questão de caráter.  Isso me faz lembrar o que José Ortega e Gasset diziam sobre o "Caráter Humano" e que transcrevo abaixo.

             "Examine as pessoas a sua volta e irá(...) ouvi-las falar em termos precisos sobre elas mesmas e seu meio, o que parecerá indicar que elas têm ideias  sobre o assunto.Mas comece a analisar essas ideias e irá descobrir que praticamente não refletem, de forma alguma, a realidade a que se parece referir, e se você aprofundar mais a sua análise, irá descobrir que não há nem mesmo uma tentativa de ajustar as ideias a essas realidade.

           Muito pelo contrário: através dessas teorias, o indivíduo está tentando cortar qualquer visão pessoal da realidade, da sua própria vida. Porque a vida é, no princípio, um caos no qual a pessoa se acha perdida.

           O Indivíduo suspeita que seja assim, mas tem medo de se ver face a face com essa terrível realidade, e tenta cobrir com uma cortina de fantasia, onde tudo está claro. Não o preocupa o fato de suas "ideias" não serem verdadeiras; ele as usa como trincheiras para a defesa de sua existência como espantalhos para espantar a realidade."

           Depois dessas sabias colocações, penso que não preciso escrever mais nada.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

GERAÇÃO BOOMERS E X NAS REDES SOCIAIS

          É incrível, mas as pessoas da geração boomers (nascidos entre 1945 a 1965) e da geração X ( nascidos entre 1966 a 1977), estão muito “ligadas” as redes sociais. Percebo isso como algo saudável, desde que saibam com quem estão se comunicando. Muitas entram nos sites de relacionamento, buscando encontrar uma companhia ou parceiro(a) para se relacionarem, sem se darem conta do risco que correm. Quando alertadas, ficam incomodadas, pois se julgam experientes, suficientes, para saber o que estão fazendo.

         Só que essa experiência que julgam ter, acaba levando-as a viverem situações que nunca haviam experienciado antes, gerando-lhes traumas, estresse pós-traumático e até transtorno de pânico.

        Apesar de os meios de comunicação, volta e meia, estarem mostrando pessoas que foram vítimas de golpes, agressões e até de violência sexual, por indivíduos que conheceram pela internet, não é suficiente para que acreditem que isso poderá acontecer com elas também, pois o sentimento de onipotência e a satisfação que o ego vive, acaba por lhes cegar. Isso está muito vinculado ao fato da necessidade de terem alguém ao seu lado e  não conseguirem conviver com a solidão. Essa dificuldade, segundo Winicott, se dá devido às pessoas não se conhecerem, ou seja, não conseguirem entrar em contato com o seu eu, por temer ver e conhecer quem realmente são, pois correm o risco de ficarem assustadas ao perceberem que tinham uma imagem distorcida sobre a sua pessoa. Daí a necessidade de estar sempre com alguém, até mesmo, para poder projetar para os outros os sentimentos que lhe desagradam e a responsabilidade de seus insucessos.

         Não percebem o risco que existe ao preencher o seu perfil de foma completa, ao colocar fotos suas e de sua família e falar de seus hábitos e rotinas. Agem de uma forma ainda ingênua, pueril ou exibicionista, colocando-se em situações de risco. Isso sem falar, daqueles que optam por dar vazão à fantasia, criando personagens fictícios, fazendo com que a outra pessoa crie toda uma expectativa em relação a ela. Os dois casos são preocupantes, mas o segundo classifico como mais complicado, porque a pessoa fala de quem ela realmente gostaria de ser, talvez sem perceber que o “personagem” criado é ela de forma idealizada. Ao tomar essa atitude que é percebida como uma  brincadeira ou uma forma de se proteger, não pensa nas conseqüências que isso poderá acarretar no outro. Também pode se pensar que essa atitude se trate de um problema de caráter.

         Penso que a internet, as redes sociais podem e devem ser exploradas pelas gerações boomers e X até porque é uma maneira de a pessoa se manter atualizada, ocupada, desde que tenham os devidos cuidados e que não deixem de fazer outras atividades como sair, ir ao cinema ou teatro, ter atividades físicas, encontrar-se com o seu grupo de amigas (os), de ler, de ouvir música entre tantas outras coisas, para ficar na frente do computador se expondo ou falando coisas que nada lhe acrescentam na vida. É necessário estipular um tempo para isso, pois se sabe que a internet, os jogos, as redes sociais são viciantes.










quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MÃES MÁS

             Ao terminar de ler o livro “Sexualidade e Sexo na Juventude”, fui surpreendida com o texto que transcreverei abaixo para reflexão. Como achei interessante, resolvi postar. O título do texto é o que está postado acima.

             “Um dia quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes;

            Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

            Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

            Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono:

            -“Nós pegamos isto ontem e queremos pagar”.

            Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em quinze minutos.

            Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

            Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).

            Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci...Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, quando eles lhes perguntam se a sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:

            “Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...”

            As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos, torradas.

            As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.

            Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (tocava nosso celular de madrugada e “fuçava” nos nossos emails).

            Era quase uma prisão! Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.

            Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.

            Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela “violava as leis do trabalho infantil”. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalhos que achávamos cruéis.

            Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

            Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.

            E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.

            A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.

            Quando todos podiam voltar tarde da noite aos 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 anos para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).

            Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência.

            Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

            FOI TUDO POR CAUSA DELA!

            Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos “PAIS MAUS”, como nossa mãe foi.

            EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE:

            NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!
                                                                                (Autor Desconhecido)