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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SER ESCRAVO DE ALGO É SAUDÁVEL?

         
            Recebi um email com esse questionamento, em função do título da postagem de ontem. Vou ser bem sucinta, pois me parece que não foi entendido que o “ser escravo”, não pode ser interpretado ao pé da letra. Precisa-se verificar qual o significado real dessa expressão, no contexto em que está inserido.

            Ser escravo de bons hábitos significa, no contexto em que se encontra, procurar desenvolver hábitos saudáveis, que permitam as pessoas exercitarem mais o seu cérebro, buscando atividades que façam tanto o hemisfério direito quanto o esquerdo trabalharem, que se comunique, que exercitem a sua memória, que pensem e discutam sobre as suas ideologias. Que desenvolvam hábitos saudáveis para sua saúde física e mental.

            É um convite para que as pessoas pensem de que hábitos estão sendo escravas? Será que eles estão contribuindo para a recomposição dos neurônios? Essa resposta é pessoal e deve ser respeitada a escolha de cada um.

           

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

SEJA ESCRAVO DE BONS HÁBITOS

      
          

            Sem percebermos vamos desenvolvendo na nossa rotina hábitos que acabam prejudicando nossa saúde física e mental. Agimos de forma automática, valendo-nos das rotinas cognitivas, que nos permitem resolver problemas complexos frente ao reconhecimento instantâneo de padrões que nos são familiares, sem precisar fazer nenhum esforço.
            Em função das facilidades oferecidas pela tecnologia, as pessoas cada vez exercitam menos o seu pensar, buscam respostas prontas para suas dúvidas no Google. O hábito de ler foi deixado de lado por muitos e com isso, cada vez menos, exercitam o seu cérebro. Percebe-se o quanto as pessoas estão se tornando repetitivas em suas falas e esquecidas.
            O cérebro precisa ser exercitado, assim como o nosso corpo, para que a musculatura não atrofie. É a famosa lei do uso e do desuso. Se não colocarmos a nossa memória a funcionar, se não exercitarmos o cérebro, existe a chance de demenciarmos. Por isso, a importância de desenvolvermos bons hábitos e até mesmo nos tornarmos escravos deles.
            Procurar aprender uma coisa nova a cada dia, de preferência assuntos que não dominamos. Quebrar a rotina, não fazer o mesmo caminho todos os dias, pois precisamos trabalhar os dois lados do cérebro (hemisfério direito e esquerdo), ler livros que não são da nossa área profissional, evitar freqüentar sempre os mesmos lugares, buscar lugares novos, coisas diferentes são formas de ativar os dois hemisférios do cérebro. Agindo assim, perceberemos com o tempo, que a nossa capacidade de aprendizagem está melhor, isso se dá em função das novas conexões neuronais que se formaram.
            Portanto, vamos procurar desenvolver bons hábitos, para tanto, precisamos nos conscientizar que devemos deixar o comodismo de lado, que precisamos abrir mão do sedentarismo, que não devemos ficar muitas horas na internet ou em frente à televisão. O interessante é trocar esses hábitos, por uma caminhada ou corrida no parque, curtir a natureza, disponibilizar um tempo para si, evitar o cigarro e o uso de álcool, pois o nosso cérebro agradecerá.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

NEUROPLASTICIDADE

       
Cada vez mais estudos estão sendo realizados na área da neurociência, permitindo-nos a rever alguns conceitos que tínhamos em relação ao funcionamento do cérebro. Durante muitos anos, estudamos que os neurônios eram as únicas células de nosso corpo que não se regeneravam. Felizmente, o avanço da ciência mostra-nos que isso não é verdade.

Podemos definir a neuroplasticidade como a atividade de moldar a mente, o cérebro, por meio de atividade cognitiva. No momento que exercitamos o cérebro, estamos contribuindo para que novos neurônios se desenvolvam, sendo, que esses, ficarão nas zonas que mais utilizamos.

É normal, na medida em que envelhecemos haver uma degeneração no cérebro, principalmente no hemisfério direito que está mais relacionado às questões de aprendizagem, enquanto o hemisfério esquerdo é responsável por colocar em ação as tarefas aprendidas e consolidadas.

Os grandes pesquisadores dessa área afirmam que ter uma vida mental intensa, só propicia um bem estar cognitivo. Cabe lembrar que não basta apenas você ler ou fazer palavras cruzadas, mas é necessário que você comente com as pessoas as informações que você adquiriu. Que não passe os seus dias parados em frente a uma televisão, porque só fica recebendo informações, sem ter a necessidade de exercitar o pensar, de usar a memória. Somado a isso, é fundamental que faça atividade física, em função da estimulação dos neurotransmissores e hormônios que o exercício físico nos propicia.

Exercitar a memória é fundamental para a produção de novos neurônios. A neuroplasticidade está aí para ajudar-nos a conservar a nossa saúde mental, evitando a senilidade e a demência, mas claro que vai depender do esforço de cada um.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O TERAPEUTA

    
Pois fica decretado
a partir de hoje
que terapeuta é gente também.

Sofre, chora
ama, sente
e às vezes precisa falar.

O olhar atento,
o ouvido aberto,
escutando a tristeza do outro,
quando às vezes a tristeza
maior está dentro do seu peito.

Quanto a mim,
Fico triste, fico alegre
e sinto raiva também.

Sou de carne e osso
e quero que você saiba isto
de mim.

E agora,
que já sabe que sou gente,
quer falar de você para mim?
 
No dia do Psicólogo, nada melhor do que esse poema do Cyro Martins, para nos convidar a refletir, enquanto terapeutas, o quanto estamos nos permitindo a ser gente. Parabéns aos amigos e colegas psicólogos.

domingo, 26 de agosto de 2012

LIDANDO COM O INADEQUADO

         
           


            Faz poucos dias que escrevi sobre o chato e o inadequado e por incrível que pareça, na semana que abordo esse assunto, tenho que vivenciar uma situação com um inadequado. O que confirmou o quanto essas pessoas são desagradáveis, inoportunas, agem de forma soberba, mas ao mesmo tempo, procuram vender a ideia de que são humildes.
            Fui até uma farmácia perto do meu consultório e lá fui abordada por um senhor que me cumprimentou educadamente. Bastou eu retribuir o cumprimento para que a criatura deixasse que a inadequação tomasse conta do seu comportamento. Começou a traçar vários elogios a minha pessoa, como se fosse um velho conhecido, mas na realidade era a primeira vez que me via. Como viu que isso não estava causando o efeito que esperava, resolveu me convidar para tomar uma “cerva”. Como agradeci e não aceitei o convite, resolveu pedir o meu telefone de forma insistente, o que respondi que não daria. Claro que nessas alturas eu já estava morrendo de vergonha dos funcionários da farmácia e extremamente incomodada, mas procurava manter a classe.
            Para compensar, o funcionário que me atendia, procurando ser o mais eficiente possível, se esmerava em procurar os produtos que eu queria, dando tempo para o inadequado atuar. Felizmente, a pessoa que o atendia, vendo a situação, foi logo agilizando o atendimento, para que ele fosse embora, me deixando mais à vontade. Tão logo a sua demanda foi atendida e tendo que ir embora sem êxito, não satisfeito com toda a minha indiferença a sua fala, resolveu vir apertar a minha mão, traçar mais meia dúzia de elogios, dar um beijo de comadre e para finazilar, na tentativa de ver se eu mudava de ideia,  disse que ali ele era o fulano, mas na rua era procurador do estado. Como se isso fosse fazer alguma diferença na minha postura em relação a ele. Pelo contrário, o meu ar de desprezo foi maior.
            Infelizmente o meu rosto fala por mim, e a cara que fiz quando disse isso, o deixo incomodado. Fazendo com que ficasse me olhando, louco de vontade de dizer mais alguma coisa, mas como lhe dei as costas, só lhe restava ir embora.
Confesso que no lugar dele, não teria revelado o seu cargo, pois isso só atestou a sua falta de crítica, a sua onipotência, a sua pobreza enquanto pessoa, a sua empáfia, entre tantas outras coisas que não vale a pena ficar enumerando aqui. Sem falar, que o seu comportamento não estava de acordo com o seu cargo, afinal ele não sabia quem eu era.
Essa situação só comprovou que o inadequado está presente em todas as classes sociais, culturais e econômicas e que infelizmente, às vezes somos obrigados a nos defrontar com essas criaturas, até mesmo quando as desconhecemos.
Creio que apesar da minha postura em relação ao seu comportamento, deixar claro que ele estava sendo inconveniente, mesmo assim, não conseguiu compreender isso, mantendo a sua insistência até o final. Fiquei pensando o quanto a inadequação é capaz de expor as pessoas, pois a atitude desse senhor para comigo, foi de um moleque, de um conquistador barato e não de um procurador do estado, como fez questão de dizer ser.


sábado, 25 de agosto de 2012

TENTANDO ENTENDER...

       
É incrível, mas às vezes, cruzamos com pessoas em nosso caminho que tem a necessidade constante de desfazer o que é do outro ou o que outro faz.

            Percebe-se a dificuldade que tem de traçar um elogio para alguém, de dar um feedback positivo, de fazer um comentário que possa agregar algum valor na vida da pessoa. Ao contrário, a satisfação está em apontar os erros, em criticar, fazendo comentários totalmente deselegantes.

            Geralmente, são pessoas que não saem da mesmice, não são capazes de ousar, referem não gostar de se expor, são inseguras, carregam consigo vários medos. Sentimentos que as tornam pessoas amarguradas, invejosas, frustradas, ciumentas, rancorosas, ranzinzas, em suma, pessoas pesadas e de difícil conviver.

            Um dos agravantes que percebo nelas é que têm uma percepção distorcida de si, demonstrando um senso crítico prejudicado em relação a sua pessoa. Sofrem com isso, se deprimem, mas na maioria das vezes, são as que mais resistem em buscar ajuda. Apresentam dificuldade de lidar com a verdade, preferindo negá-la. Ofendem-se        quando alguém lhes diz algo a seu respeito, que procura esconder ou fazer que não existe.

            O desfazer no outro pode ser a maneira que encontra para se sentir superior, para se auto-afirmar, para tentar melhorar a sua auto-estima. Melhorar sua auto-estima? Sim, pois se acredita que o outro é  pior do que ela, percebe-se como bom, capaz, superior.

            Na realidade, são pessoas que tem um sofrimento psíquico intenso, que não conseguem acreditar na possibilidade de viver a felicidade, pois acham que essa não existe. Conseguem ver problema em tudo e não vão à busca da solução, pois a satisfação está em reclamar e projetar para o outro os seus sentimentos. São pessoas que vivem em círculos, reclamando, não conseguem dar um basta e tentar fazer diferente

            Sabe-se que nesses casos, a mudança só ocorre, se a pessoa reconhecer que vive uma situação de conflito, que a maneira como está funcionando não é saudável. Caso contrário, tudo continuará igual.

 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O ENDIVIDAMENTO PODE SER VISTO COMO UMA DOENÇA?

      
            Hoje recebi um email com esse questionamento, que achei interessante. Sinal que as pessoas já estão começando a pensar sobre o assunto.

            Em alguns casos, o endividamento pode ser considerado uma doença, mas não se pode generalizar. Sempre que vamos analisar uma situação, tem que se verificar todo o contexto em que ela está inserida, para poder identificar o seu ponto de origem. Por isso, não dá para sair afirmando que se endividar é uma doença.

            O que pode se afirmar, é que existem questões emocionais importantes por trás do endividamento e que precisam ser analisadas. A partir do momento que a pessoa entende a causa do comprar impulsivo, consegue iniciar o processo de mudança do seu comportamento em relação a isso.

            Já faz algum tempo, que existem grupos para compradores compulsivos anônimos, o que significa que esses são percebidos como pessoas adoecidas, que precisam de ajuda e para isso, deve manter alguns propósitos. Considero o mais importante, o de “não comprar nas próximas 24 horas”. Acredito que os resultados desses grupos são tão positivos, quanto o AA para os alcoolistas.

 

 

 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O QUE FAZER COM AS PESSOAS CHATAS E INCONVENIENTES?

     
          Nada mais desagradável do que conviver com aquela pessoa que pensa que está agradando, mas que ninguém a tolera pela sua chatice, pelas suas constantes reclamações da vida, pelo seu olhar destruidor em relação ao outro, pela sua inconveniência. Precisa estar sempre desvalorizando o outro, como forma de se sentir importante, sem perceber que está atestando o seu sentimento de inferioridade.

            O chato e/ou inconveniente tem a sua percepção prejudicada, pois não consegue ver que as pessoas procuram se afastar quando ele se aproxima. Ao contar uma história, as pessoas não lhe dão muita atenção ou quando envia email, não recebe retorno. Apesar de que nessa questão de email, criou-se uma cultura de as pessoas não responderem, mesmo quando não se trata do chato, deixando margem para ser interpretado como falta de educação ou onipotência.

            A pessoa chata ou inconveniente acaba passando pelo processo de seleção natural, pois o grupo social acaba excluindo. Em um evento, ninguém quer sentar ao seu lado, no trabalho os colegas não querem desenvolver tarefas juntas, nas reuniões familiares acaba ficando isolado, muitas vezes na frente da televisão.

            Será que isolar, rejeitar ou traçar comentários com os outros sobre o chato o deixará menos chato ou menos inconveniente? Obviamente que não, pois se ele não tiver um feedback  construtivo por parte das pessoas, continuará mantendo o mesmo comportamento. Pode-se perceber que o seu senso crítico é prejudicado.

            Por isso, a importância quando temos um amigo, colega ou familiar chato ou inconveniente de mostrar-lhe que não está tendo a melhor conduta junto às pessoas. Assim estaremos ajudando-o a repensar o seu comportamento e desenvolvimento pessoal e até mesmo profissional.

            Daí a importância de estarmos sempre observando o nosso comportamento, as nossas atitudes, vendo como as pessoas se comportam quando chegamos, claro que sem se tornar paranóide, a fim de procurarmos melhorar a nossa postura para com os outros e não sermos aquela pessoa chata e inconveniente, que é tolerado pelo grupo, muitas vezes, por falta de opção.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Foco

        
             

               

            Estudando ontem um material que precisava, me deparei com essa famosa frase do Sêneca: “se o homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável”. Vi que ela vai ao encontro do que penso e aqueles que estão acostumados a ler o meu blog, do que escrevo.
Parece tão óbvio essa colocação de Sêneca, no entanto, percebe-se que a maneira como as pessoas estão conduzindo suas vidas, faz com que não encontrem ventos favoráveis, pois não sabem o que querem para si.
Saber gerenciar sua vida, definindo objetivos a serem alcançados, traçando metas, tendo foco, pensando em estratégias para atingi-los, faz com que as pessoas obtenham bons resultados nas suas satisfações pessoais e profissionais. Só que para isso, faz-se necessário parar e pensar. Pensar parece estar difícil para uma grande maioria, pois vivem na correria e com isso, queixam-se que não são felizes, reclamam das faltas de oportunidades, lamentam suas frustrações, choram os seus fracassos, vivem no mundo da projeção e da racionalização, buscando justificativas para suas atitudes, mas nada fazem para mudar.
Sem definir “o porto que chegar” e qual o caminho a ser percorrido, ficará difícil ser bem sucedido na vida, tanto pessoal como profissional. Agora, a escolha é livre e cada um sabe o que é melhor para si, não cabe julgar, mas pode-se convidar as pessoas a refletirem sobre o que estão fazendo consigo.

domingo, 19 de agosto de 2012

MUITA CALMA NESSA HORA

    
          Respondendo ao email da senhora, que aqui vou chamar de Julia, sobre o que fazer quando as contas bancárias e os cartões de crédito estão todos estourados, o dinheiro que recebe é pouco em função dos empréstimos consignados que tem em seu contracheque e as empresas de cobrança não param de ligar.

            Nessa hora é preciso ter muita calma, não se deixando levar pelas emoções, como fez na hora de contrair as dívidas. Agora é o momento de deixar a razão entrar em ação.

            O primeiro passo é fazer uma planilha colocando todas as suas contas, não se esquecendo de colocar quantas parcelas tem. Crie uma planilha para o controle de gastos diários, para saber onde está indo o seu dinheiro. Aqui é o problema, pois as pessoas não gostam, “esquecem”, acham chato anotar tudo o que gastam, mas é a única maneira de identificar os gastos supérfluos. Costumo dizer que essa planilha é o nosso superego externo, que tem a função de frear nossos impulsos.

            De posse dessas duas planilhas, verifique todas as despesas que podem ser cortadas como, TV a cabo, assinatura de jornal e revista, diminuir as idas ao salão de beleza, procurar atividades de lazer gratuitas, entre tantos outras.

            Evite renegociar dívidas de bancos, financeiras e administradoras de cartão, pois isso irá aumentar o valor da sua dívida. Você estará pagando juros compostos, ou seja, juro sobre juro. Veja as contas de maior valor e inicie o seu acerto financeiro por essas, pagando mensalmente, sem pegar dinheiro emprestado. Não importa que demore mais tempo para pagar ou para sair do cadastro de inadimplentes. Às vezes é bom a pessoa ficar inadimplente, pois assim não tem como contrair novas dívidas.

            Adquira o hábito de fazer pesquisa de preço quando precisar comprar alguma coisa. Procure comprar à vista e peça desconto, não tenha vergonha de fazer isso. Compre o estritamente necessário e lembrando-se de fazer aquelas perguntas básicas: estou precisando comprar isso agora? Qual a utilidade disso para mim? É o momento de eu comprar? Tenho dinheiro para comprar?

            Adquira o hábito de comprar com dinheiro. Evite pagar com o cartão de débito, pois poderá gastar mais, visto não estar vendo o dinheiro sair da sua carteira. Carregue notas inteiras na sua carteira, porque se você tem uma nota de R$ 100,00 ou de R$ 50,00, fica com pena de trocá-la para comprar qualquer bobagem. Agora, se você tem 10 notas de R$10,00 ou de R$5,00 na carteira, periga ao retornar para casa não ter mais nenhuma, porque afinal era só R$ 10,00 ou R$ 5,00 mesmo.

            Evite fazer empréstimo consignado, pois você perde o controle do seu salário. Tem sido muito comum, principalmente quando se trata de funcionário público, na hora que recebem o contracheque não terem nada para receber. Aí bate o desespero, as pessoas pegam dinheiro emprestado para pagar as contas básicas do mês e cada vez se endividam mais.

            Não existe mágica quando o assunto é finanças. O que você tem que ter claro é que as suas despesas nunca podem ultrapassar a sua receita. Outro ponto a ser observado é procurar entender a serviço de que está o seu endividamento. A raiz de todo o endividamento financeiro tem sua base no endividamento afetivo e no tipo de relação que as pessoas estabelecem com o dinheiro.

           

sábado, 18 de agosto de 2012

VIVER UM ETERNO FAZ DE CONTA

      


            Negar a realidade é algo que tem se tornado muito comum na vida das pessoas, pois não conseguem lidar com a frustração e preferem fazer de conta que as coisas não aconteceram ou não existiram.

            Existem pessoas que passam a vida inteira fazendo isso e na maioria das vezes sofrendo, pois no fundo sabem que não é aquilo que tentam parecer que são. Vivem em cima de um ideal de ego, sem nada fazer para que esse ideal se torne realidade, por não terem coragem de conhecer o seu verdadeiro eu.

            Encontrar-se consigo mesmo não é uma tarefa fácil, pelo contrário, é árdua, gera sofrimento, mas faz com que encontremos respostas para muito dos nossos questionamentos.  Só que esse não é o propósito das pessoas, elas buscam no externo resposta para as coisas que lhe angustiam, querendo, na maioria das vezes, as famosas “receitas de bolo”, ou seja, que digamos o que elas têm que fazer para resolver as suas questões. Assim, isentam-se da responsabilidade de suas escolhas, pois se não deu certo, foi porque seguiu a orientação do outro. O grave de tudo isso, é que acreditam que estão buscando ajuda ou se tratando, não conseguindo perceber que na realidade só estão fazendo de conta que buscam ajuda.

            Nos dias de hoje, observa-se que as pessoas estão vivendo um eterno faz de conta, procurando manter um status que não é o seu e pagando um preço muito alto por isso. Procuram preencher o seu tempo o máximo possível, pois assim, não correm o risco de serem importunadas por pensamentos que lhe tragam para sua realidade. Com isso, sofrem, são infelizes, mas não conseguem abrir mão do mundo idealizado em que vivem. Projetam a sua infelicidade para os outros, não conseguindo perceber que a única pessoa responsável pela sua felicidade é ela própria.

            E aí fica o meu questionamento, quais são os ganhos que as pessoas pensam ter nessa vida de faz de conta?      As respostas poderão ser as mais variadas, vai depender da história de cada um.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

EM ATENÇÃO...

        
          Em atenção a dois emails que recebi ontem, como de costume, resolvi responder via postagem, pois pode ser o questionamento de outras pessoas.

            As duas pessoas que me enviaram email me questionavam o que a Psicologia tem a ver com a questão financeira. Outras pessoas já me perguntaram isso e até ficam surpresas quando falo que ministro curso na área de Educação Financeira. Compreendo perfeitamente esses questionamentos, pois parece ser duas coisas tão diferentes, tão distantes, só que na realidade não são. Porque a psicologia estuda tudo que se refere ao comportamento humano, portanto, endividamento das pessoas também cabe a nós estudarmos.

            Quando as pessoas lidam com o dinheiro, elas não estão apenas lidando com a espécie, com a moeda, mas com todos os significados que existem no símbolo dinheiro. Não recordo de quem ouvi essa frase, mas tomo a liberdade de repeti-la: “sempre que falamos em dinheiro, não estamos na realidade falando em dinheiro, mas até em dinheiro (moeda)”.

            O gastar de forma desmedida, impulsiva ou compulsiva, o endividar-se retrata uma série de fatores que estão desacomodados no interior das pessoas e que deveriam ser trabalhados. A psicologia econômica visa trabalhar esses pontos, mas infelizmente no Brasil ela é muito pouco reconhecida e divulgada. Ousaria, até em dizer, que ela é ignorada por alguns psicólogos. A fonte que tenho de referência da Psicologia Econômica no Brasil, é da Psicanalista Dra. Vera Ferreira, que desenvolve um belo trabalho em São Paulo, com quem tive o prazer de fazer o curso de Introdução a Psicologia Econômica.

            É função do psicólogo ajudar as pessoas a não entrarem ou saírem do endividamento em que se encontram, por não se tratar apenas de um endividamento financeiro, mas também de um endividamento afetivo. O humano é movido pelas suas emoções e por isso, precisa compreendê-las a fim de conseguir viver uma vida mais tranquila, mais verdadeira consigo mesmo.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

PREOCUPANTE

       
          Hoje foi publicado no Jornal do Comércio o resultado de uma pesquisa realizada pela Proteste Associação do Consumidor, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, mostrando que 42% da renda familiar, estão comprometidas com dívidas. Esse índice é atribuído ao aumento do poder aquisitivo das classes C e D, que ao perceberem que poderiam tornar muitos sonhos realidade, extrapolaram o orçamento familiar.

            Trata-se de um índice bastante elevado e preocupante, pois as pessoas acabam se deixando levar pelo impulso, pelo deslumbramento e pelas facilidades que estão lhe sendo oferecidas em termos de crédito, não tendo o cuidado de verificar se realmente cabem no seu orçamento, os compromissos financeiros que estão assumindo. Esse índice retrata o despreparo das pessoas, quando o assunto é finanças.

            Deixam-se levar pelo desejo, pelo entusiasmo, pela empolgação, procurando obter uma satisfação prazerosa de imediato, esquecendo que esse prazer pode durar pouco, se transformando em preocupação. Esquecem da sua realidade, acreditam que conseguirão dar um jeito na hora em que as contas começarem a vencer, demonstrando a sua onipotência.

            Todo o desgaste que as pessoas que estão endividadas têm, poderia ser evitado, se desenvolvessem o hábito de planejar seus gastos. Não se deixando levar pelo princípio do prazer, mas procurando viver dentro do princípio da realidade, apesar desse, nem sempre ser muito agradável.

            O resultado das pesquisas realizadas a fim de mostrarem o índice de endividamento da população, nos evidencia a necessidade que existe de ser implantado um projeto de Educação Financeira nas escolas, nas empresas, no comércio, nas instituições financeiras, a fim de evitar que cada vez mais pessoas entrem para o grupo de endividados, pois sabe-se o efeito dominó que isso tem.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

SE PERMITIR...

      
             Penso que todos nós nos permitimos viver tanto situações boas ou más, tudo vai depender do momento que estamos vivendo, do papel que estamos assumindo, da maneira como nos percebemos, das crenças que carregamos dentro de nós.

            Existem pessoas que não conseguem se perceber merecedoras de coisas boas, por acreditarem que são um “objeto” ruim. Por isso, vivem se colocando em situações que lhe geram sofrimento, pois não conseguem dizer “não” ou dar limites aos outros. Algumas se autodestroem fazendo uso abusivo de álcool, cigarro e/ou drogas ilícitas. Outras se auto-agridem por meio de dividas, pois gastam mais do que podem e depois se deprimem, desencadeiam algum transtorno de ansiedade e nos casos mais extremos, as tentativas de suicídio. Sem esquecer aqueles que dirigem após ingerirem bebida alcoólica, excedendo a velocidade, colocando a sua vida e a dos outros em risco. Também podemos pensar naquelas pessoas que não param em emprego nenhum, nas que são negligentes com a sua saúde e em tantas outras que se colocam em situações similares.

            Aceitam o papel que a família, os colegas, a chefia, os amigos dão, submetendo-se por vezes a situações bastante constrangedoras, mas acreditam que merecem passar por elas. O interessante que quando são questionadas sobre essa crença, não conseguem explicar e por isso atribuem para o destino, para o karma, para o universo, a responsabilidade por viverem essas situações. Dificilmente conseguem ter a clareza que se trata de uma escolha delas. Há aquelas, que em pleno século XXI, acreditam que se trata de um castigo de Deus, demonstrando o seu total desconhecimento em relação a Ele.

            Os outros fazem aquilo que a pessoa permite. Não é incomum vermos nas relações interpessoais agressões verbais, no entanto, a pessoa agredida se coloca na condição de vitima e justifica o seu aceitar, dizendo que não gosta de se incomodar. Confesso que quando escuto isso, fico muito desconfortável, pois a pessoa não precisa se incomodar basta dizer: “não permito que fales comigo assim”, “não autorizo te dirigires a mim dessa forma” ou “não vou permitir que me trates com essa falta de respeito”, entre tantas outras maneiras de falar.

            Só que para dizer isso, precisa tomar uma atitude, se posicionar e principalmente se gostar e se respeitar, caso contrário, se permitirá viver na condição que os outros determinarem que ela deva viver.




segunda-feira, 13 de agosto de 2012

DEIXA A VIDA ME LEVAR

      
            Não pense que vou falar do samba do Zeca Pagodinho, mas da forma como algumas pessoas levam suas vidas. Hoje, iniciei o dia com a ligação de uma pessoa amiga, que estava muito decepcionada com a vida, com as pessoas e com o trabalho. Quando tive um espaço para falar, perguntei o que estava fazendo para mudar toda essa situação e a resposta que tive é o título dessa postagem: “deixo a vida me levar”.

            Fica difícil as coisas acontecerem em nossa vida, se tivermos esse tipo de pensamento, pois se nada fizermos nada acontece, obviamente. Claro que o não fazer, precisa ser avaliado, pois muitas vezes as pessoas não fazem porque estão passando por um quadro de depressão e não tem energia para realizar as coisas.

            Agora, quando o não fazer é um estilo de vida, precisa ser revisto. Não adianta ficar lamentando que nada dá certo, se você não assumir o comando de sua vida, de forma responsável. Quem costuma ler as minhas postagens, já deve estar careca de saber que somos responsáveis pelas coisas boas e ruins que acontecem em nossas vidas. Não adianta ficar projetando para o universo ou para as pessoas, as coisas erradas que lhe acontecem. A responsabilidade é sua, a projeção é o seu lado pueril agindo.

            As reações dos outros para conosco se dá a partir daquilo que permitimos que eles façam.  O medo de dizer não ao outro ou de expressar suas ideias,  que nem sempre vão estar de acordo com a dele, é que podem acabar por prejudicar a relação. Isso ocorre porque a pessoa teme que o outro possa se sentir agredido e acabar se afastando. Até pode acontecer, mas aí tem que se avaliar se valia à pena manter essa relação. Por outro lado, pode ser uma fantasia da pessoa que teme e uma necessidade de viver dessa forma. Claro que isso não é tão simples assim, mas não vou aprofundar aqui, pois esse não é o propósito.

            O importante é que tenhamos claro que “deixar a vida nos levar” é bom para o Zeca Pagodinho ganhar dinheiro, mas para quem quer ser bem sucedido, quer ter uma vida de realizações e plenitude, isso não serve. Terá que aprender a administrar sua vida, talvez, para algumas pessoas, não seja uma das tarefas mais fáceis e agradáveis, mas é necessária. Aproveite que hoje é segunda-feira, dia de iniciar vários propósitos e reveja a forma que está levando a vida. Se estiver boa, beleza. Caso contrário, pense o que precisa fazer para mudar.

domingo, 12 de agosto de 2012

PAI

     
           Como não pensar e não escrever sobre essa figura tão importante na vida de todos nós. Sem o pai não existiríamos, pois afinal a mulher precisa do espermatozóide do homem para poder conceber seu filho. Só que não são todos os homens que conseguem assumir o seu papel de pai de forma real. Alguns, negam seus filhos, abandonam, abusam das suas filhas, lhes agridem, enquanto outros superprotegem, acalentam, orientam, cuidam e mostram o melhor caminho a ser seguido.

            Nem sempre o pai vai atender a demanda do filho, que o vê como seu ídolo, como seu herói. Quando o filho percebe que o pai é um ser finito, que tem muitos pontos falhos, que mente, que tem várias virtudes, mas também muitos defeitos, se decepciona e aí pode ser o início dos conflitos entre pai e filho. Porque o filho quer que o seu pai seja aquele ser que ele idealizou e não aceita o pai real, sofre por isso, por não ter conhecimento e não saber lidar com a díade pai real/pai idealizado que carregamos dentro de nós até a nossa finitude.

            Independente da maneira que o nosso pai funcione ou funcionou, ele sempre é o nosso referencial. Percebe-se isso, com muita clareza, quando se trabalha com crianças que foram negligenciadas, abusada sexualmente e vitimas de maus tratos, mas que mesmo assim trazem o pai como referencia, assumindo a culpa do acontecido, para justificar a atitude do pai. Também, nas mulheres que buscam no seu companheiro a figura do pai real ou idealizado.

O pai que carregamos dentro de nós é o pai primordial, ou seja, é o que desempenha o papel de guia, de protetor, é aquela figura forte, generosa, acolhedora, pois ele é o primeiro estranho que conhecemos ao sair do ventre da mãe, mas que ajudou na nossa constituição como ser. Esse é o nosso pai idealizado, mas que na vida real nem sempre é assim, muitos são os modelos negativos que vemos de pai.

            Se pararmos para analisar, o pai é uma imago que trazemos no plano subjetivo; é a imagem da relação que estabelecemos com o pai e com tudo o que significa pai.

            O importante nesse dia, não é só abraçar e cumprimentar os pais, mas conscientizá-los de suas responsabilidades, deveres, que tem para com os seus filhos, pois são os modelos que os filhos irão copiar.

            A todos os pais o meu abraço e para aqueles pais que já não estão mais no nosso convívio, como o meu, as minhas orações.

sábado, 11 de agosto de 2012

SE USASSEM A INTELIGÊNCIA DE FORMA PRODUTIVA

         
              A cada dia que passa os especialistas em aplicarem golpes estão aprimorando as técnicas para se locupletarem, ludibriando as estratégias que as pessoas usam para se prevenirem deles.

            Confesso que admiro a capacidade dessas pessoas, o nível de inteligência, porque não é qualquer um que consegue criar os recursos que eles criam, no entanto, lamento que não aproveitem a sua inteligência e a sua criatividade para coisas que possam beneficiar a sociedade. Claro que o uso inadequado de seu potencial faz parte do quadro da patologia que acomete essas pessoas. São pessoas que devido às falhas existentes no inicio de suas vidas, acrescidas das vivencias do meio em que está inserido e do seu temperamento, acabaram por desenvolver um transtorno de personalidade grave.

            O grande problema que vejo é que isso vem aumentando em nossa sociedade. Não temos mais segurança, pois eles conseguem descobrirem as nossas senhas, burlarem as chaves de segurança que os bancos oferecem, acessarem as informações cadastrais, pois compram listas de clientes de lojas, de administradoras de cartão, etc.

            Aí fico me questionando, até quando vamos ficar a mercê dessas criaturas? Será que essas pessoas vão continuar aprontando e se mantendo impunes? E a resposta que me parece mais real é “sim”, pois a desonestidade é algo que está muito enraizado no nosso país. Vários são os exemplos que temos, basta acessar os meios de comunicação.


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

AS QUEIXAS

 
Existem pessoas que estão sempre se queixando da vida, de alguém ou de alguma coisa. Parece que se alimentam disso. Pode se pensar que talvez isso se dê pela pobreza de assuntos ou como uma forma de chamar atenção, esperando que os outros se sensibilizem e fiquem com pena delas.

            Não conseguem olhar para sua volta e ver quantas pessoas talvez estejam em pior situação. Para elas, isso não importa, pois tudo o que conseguem é olhar para o seu umbigo. Dessa forma, acabam afastando as pessoas do seu convívio, pois nem sempre elas estão dispostas a escutá-las. Reclamam que estão sozinhas, mas não para analisar o que as deixam sós.

            Claro que todos nós temos algumas queixas a fazer, mas isso não pode ser a pauta de todos os diálogos, pois um “bate-papo” que é para ser um momento de prazer, de satisfação, de descontração, acaba se tornando algo extremamente enfadonho.  O pior é quando ainda resolvem fazer um paralelo entre a sua realidade com a da novela, aí é de sair correndo. Outro dia, escutei uma pessoa dizer que as brigas que acontecem na novela retratam a realidade das pessoas. Fico a pensar, como será que as pessoas estão vivendo?

            Percebo que  muitas pessoas já não sabem mais viver sem brigas e discussões, pois esse é o ele que lhes une. Parece um paradoxo, mas infelizmente é a realidade. Brigam por banalidades, sem se darem conta que a vida é tão curta que não carece de tanto stress, de tantas rusgas e de tantas queixas. Talvez se queixassem menos, conseguissem “viver” mais.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

INTERESSANTE...

     


            Apesar de ver isso diariamente no meu consultório, cada vez acho mais interessante como as pessoas precisam projetar seus conteúdos para os outros. Os pais passam para a escola a responsabilidade de educarem seus filhos. Os filhos por sua vez não assumem nada do que fazem, projetando para o professor, para o colega e para escola.

            Todos os problemas sociais são de responsabilidade do governo, cada cidadão se isenta da sua responsabilidade. Claro que não estamos aqui para salvar o mundo e resolver o problema de todos, mas não custa dar uma mão para o outro. Se cada um fizer a sua parte, poderemos ter uma sociedade melhor.

            Nas relações interpessoais, cada um busca justificativas para os seus atos e por isso, nunca é responsável por nada, pois o outro é culpado de todos os seus insucessos.

            As pessoas se desenvolvem dentro de uma família, muitas vezes desestruturada, mas que se julgam perfeitas. Quando os problemas começam aparecer e buscam ajuda profissional, esse tem que resolver os estragos feitos pela família, no tempo que eles delimitam, caso contrário, sua capacidade profissional é colocado em dúvida.

            Os culpados pelo alto índice de endividamentos das pessoas e das famílias é o governo, os lojistas, os bancos, que facilitam o crédito. Não são as pessoas que não conhecem o seu limite financeiro e não sabem a hora de parar de gastar.

            Em relação às questões políticas, nem vou comentar, até porque nesse país tudo termina em “pizza”.

            Venho pensando, estudando e tentando entender o que está fazendo com que as pessoas cada vez mais usem o mecanismo da projeção para viver. O que será que está faltando para que possam conscientizar-se, de que elas são as responsáveis pelas coisas que lhes acontece? Até quando vão ficar buscando culpados para justificar seus atos? Será que esqueceram que como cidadãos têm alguns deveres?

            Gostaria de encontrar respostas para esses e tantos outros questionamentos que me faço, mas vejo que está difícil. Mesmo assim, ainda tenho esperança que tenhamos pessoas mais maduras, mais responsáveis, mais comprometidas e que estejam dispostas em contribuírem para que tenhamos um mundo melhor. 

           

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O RESSENTIMENTO PODE SER UMA DAS CAUSAS DO ENDIVIDAMENTO

        


            Apesar de as pessoas não levarem muito a serio seus sentimentos, chegando, ás vezes, até a terem dificuldade de nomeá-los, eles são extremamente importantes em nossas vidas, pois afinal, somos movidos pelas nossas emoções.

            Pessoas ressentidas, rancorosas têm dificuldade em interagir nas relações interpessoais, profissionais e por incrível que parece nas financeiras também. Isso porque, o ressentindo sempre projeta para os outros a responsabilidade do seu sofrimento, pois se coloca como vítima da situação. Não admite que seja uma pessoa vingativa, que não consegue perdoar e muito menos esquecer as coisas que lhe foram ditas ou feitas. Vive se envenenando com esse sentimento e obviamente que sofre por isso.

            Quando o ressentimento chega à esfera financeira, seu comportamento não é muito diferente das relações pessoais. Age igual, ao perceber que está endividado, fica procurando justificativas para a sua situação, claro que o culpado do seu endividamento são outros e não porque se descontrolou financeiramente. Por isso, fica esperando que alguém da família ou pessoas da suas relações (amigos, chefes, colegas) resolva o problema para ele, emprestando-lhe dinheiro, antecipando salário, etc. Enquanto isso, não toma nenhuma atitude, até mesmo porque o ressentimento é o antídoto da ação. Ele precisa ficar na condição de devedor para não perder a sua posição de vítima, que alimenta as suas necessidades psicológicas.

            O ressentido pode se endividar como uma forma de vingança, ou seja, desenvolve a seguinte linha de raciocínio: “já que me fizeram tal coisa, vou comprar tudo o que tenho direito”. Gasta muitas vezes o que não tem ou não pode acreditando que está fazendo um grande mal para o outro, sem perceber que na realidade o único prejudicado é ele mesmo, que terá que pagar a conta. Esse processo se dá em nível de inconsciente e com certeza é bastante sofrido.


domingo, 5 de agosto de 2012

SEXO VIRTUAL

        
           Vivemos em uma época que o virtual está tomando conta de tudo, até mesmo das relações sexuais. Isso não é novidade, mas nunca perdi tempo pensando sobre esse assunto, pois acredito que só demonstra o quanto o ser humano está cada vez mais se desvalorizando. Porém, outro dia, escutava uma pessoa dizer, em sofrimento profundo, que havia descoberto que o seu marido estava fazendo sexo virtual. A partir de então, precisei começar a pensar sobre o assunto.
            Aí veio o meu primeiro questionamento, o que leva uma pessoa fazer sexo virtual, independente do seu estado civil? E até hoje não encontrei uma resposta concreta para isso, se é que existe. Parece-me que é a forma que encontra para dar vazão as suas fantasias sexuais. Mas será que é só isso? Penso que não, para alguns pode ser a forma de quebrar a rotina, mas sabe-se que tem muito mais coisas por trás desse comportamento.
            Segundo um estudioso do assunto, algumas mulheres preferem ter esse tipo de relação, por não conseguirem se soltar na cama. Assim, ficam mais à vontade para viver suas fantasias, sentindo-se mais seguras e também é a forma que encontram para se sentirem desejadas. No meu entendimento, isso só demonstra o nível da sua auto-estima, que parece ser baixíssimo, a sua desvalorização como mulher, que para satisfazer uma necessidade fisiológica, se permite manter uma relação sexual, às vezes, com uma pessoa que conheceu há pouco tempo e não sabe bem que é. As pessoas não se dão conta, que muitas vezes, se relacionam na internet com personagens, pois as pessoas ao preencherem seu perfil e ao falarem sobre si colocam  o seu ideal de ego e não quem realmente são.
            Imagino o quanto frustrante deve ser para pessoa, precisar chegar a esse ponto para obter prazer sexual. Fico com a sensação que nesses casos, o instinto animal do homem é que está prevalecendo, pois se sabe que           principalmente na mulher, o que predomina é o romantismo, mas parece que para algumas mulheres isso ficou no passado. Esse tipo de comportamento leva-nos a pensar num primitivismo, em pessoas mais concretas, não reflexivas, impulsivas, pobres de espírito, que para obterem uma satisfação imediata, se expõem a essa situação.
            Não cabe julgar se as pessoas que desenvolvem esse tipo de comportamento estão certas ou erradas, mas é pertinente pensar o que está levando as pessoas a agirem dessa forma.
            O grande risco dessas pessoas é de se encantarem pelo mundo perfeito do sexo virtual, onde tudo é pleno, e acabarem ficando viciadas nesse tipo de sexo. Existem pessoas que deixam de cumprir suas obrigações para ficarem em frente à internet, em busca do prazer. Quando isso começa a acontecer, cuidado, pois é sinal de que a pessoa está vivendo no mundo da fantasia e perdendo o contato com a realidade.
            Sexo envolve sentimentos, trocas, carinho, respeito, cheiros, cumplicidade, toques e, portanto, isso nada tem a ver com internet. As pessoas precisam é pensarem melhor sobre seu comportamento, sentimentos, desejos, prazeres, a fim de se conhecerem mais e não se exporem a esse tipo de situação, pois pderão sair muito machucadas. Aquelas que se expuserem que ao menos saibam por que estão tendo esse tipo de comportamento.

sábado, 4 de agosto de 2012

EM QUE MOMENTO IDENTIFICO QUE ESTOU ENDIVIDADO

         
           O título desse artigo se reporta a um email que recebi, onde a pessoa questiona exatamente isso, como identificar se está ou não endividada. Refere não se considerar endividada por estar conseguindo pagar alternadamente suas contas, ou seja, as contas pagas nesse mês não serão as mesmas pagas no próximo.

            Considera-se endividado quando a receita não cobre as despesas. A partir do momento que começa a sobrar conta e faltar mês, como costumo dizer, a pessoa já pode se considerar endividada. O ideal é que a partir desse momento, faça um levantamento de todas as despesas fixas (água, luz, telefone, aluguel, prestação do imóvel,...) e variáveis (cartão de crédito, cheque pré-datado, lojas, etc...), verificando quais podem ser cortadas. Lembrando, que o corte é temporário, que depois poderão tê-las novamente.

            Infelizmente isso não é o que acontece. As pessoas ao verem que mesmo usando o valor do cheque especial não irão conseguir pagar suas contas, apelam para o empréstimo pessoal, isso quando não pegam dinheiro no cartão de crédito. Aí começa o problema, pois acreditam que assim conseguirão quitar suas dívidas, só que na realidade, acabam criando mais uma. No próximo mês, novamente terão dificuldade de cumprir seus compromissos, buscam outro financiamento, entrando para ciranda financeira. Faz um empréstimo para pagar o outro.

            Isso é muito comum acontecer com aquelas pessoas que fazem a “contabilidade mental”, onde todas as contas sempre lhe favorecem, mas na prática complica. O bom é que as pessoas desenvolvam o hábito de controlar suas finanças fazendo uma planilha com as despesas e a(s) receita(s), pois assim evitará entrar no vermelho e se entrar é fácil controlar para sair.

            Agora, o grande negócio é saber lidar com o dinheiro, gastando-o adequadamente para não ter que pagar juros, comprando o que realmente precisa e não se deixando levar pelas mensagens subliminares que a mídia nos oferece. Outro ponto a ser observado, é não se deixar levar pela impulsividade, para não se arrepender e não gastar o que não tem para gastar.

            Quando o assunto é dinheiro, devemos lembrar que cautela e "canja de galinha" não fazem mal para ninguém. Portanto, vá com calma!




quinta-feira, 2 de agosto de 2012

SE OS PAIS SOUBESSEM...

       
            Ah! Se os pais soubessem os prejuízos que causam aos filhos quando não se fazem presentes na vida deles, pensariam melhor não só sobre a sua maneira de agir, mas também se realmente deveriam ter filhos.

            Obviamente que todos devem saber que filho é para toda vida, que exige cuidado, atenção, carinho, dedicação, educação, orientação, respeito, acompanhamento, ou seja, precisa de pais presentes e não de pais periféricos. Pais periféricos são aqueles que estão sempre ocupados e preocupados com uma série de coisas e não tem um tempo para olhar para o filho. É aquele que não consegue sentar e escutar o que o filho tem para falar, que não consegue interagir com ele e na maioria das vezes nem sabe quem são os seus amigos. Não consegue perceber que coloca tudo em primeiro plano, no entanto, o filho que deveria estar nesse lugar é esquecido e deixado de lado.

            Só que esses pais são os primeiros a cobrarem quando o filho apresenta algum problema. Buscam culpados para justificar as atitudes do filho, pois geralmente são pessoas narcísicas que não conseguem aceitar que falharam. Deve ser extremamente difícil para esse tipo de pais, ter que conviver com a dor que eles próprios causaram para eles e para o filho. Ter que reconhecer que não são tão bons como pensam, pois não conseguiram ter um olhar para o seu próprio filho e lhe dar atenção e carinho.

            Por isso, é importante os casais avaliarem se realmente estão preparados para terem um filho ou não. Afinal, as pessoas não têm o direito de colocar um ser humano no mundo para sofrer. O papel de pai e de mãe não é uma tarefa fácil e percebe-se, cada vez mais, que não são todas as pessoas que tem perfil para assumirem esse papel.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

SABER O SEU LIMITE

    
        Todos nós precisamos saber o nosso limite e isso serve para todos os segmentos de nossas vidas, entretanto, nem sempre nos preocupamos em respeitá-lo. Achamos sempre que podemos fazer ou dar um pouco mais e se não agirmos assim, nos sentimos culpados. Obviamente que esse sentimento se apresenta, em função das cobranças que nos fazemos, da presença de um superego muito rígido, da nossa falta de flexibilidade.

            O ideal não é ficarmos testando os nossos limites, mas fazermos as coisas que conseguimos fazer e que realmente nos dispomos a fazer. Não precisamos esperar o nosso corpo sinalizar que precisamos parar ou nos obrigar a parar por meio de uma doença. Essa não é a melhor maneira para se levar a vida, por estar faltando o ponto de equilíbrio.

            Mas qual será o ponto de equilíbrio da vida? Bem, cada um terá que encontrar o seu ponto de equilíbrio, procurando identificar o que quer para si, reconhecendo seus limites e agindo de acordo com a sua vontade, sem se deixar levar pela a opinião alheia.