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domingo, 1 de junho de 2014

Pensar

         Tem chamado atenção a dificuldade que as pessoas têm de pensar. Sei que todo mundo pensa, porém não refletem sobre o que estão pensando e por isto, a dificuldade de muitos em abstrair o que está escrito nas entre linhas de algum texto ou o que está por trás do que as pessoas estão dizendo.

            Isto mostra-nos que a forma de pensar das pessoas está muito concreta, por não trabalhar o ir e vir do pensamento, procurando fazer associações, analisando o que estão pensando, o que originou este pensamento, quais as ideias que se combinaram para que desenvolvesse o que está pensando.

            É comum ouvirmos que a correria do dia-a-dia não nos permite pensar, porém, sabemos que isto não passa de uma bela desculpa. O que está presente na realidade é a falta de hábito de pensar. As pessoas costumam fazer tudo no automático, sem avaliarem ou questionarem o que estão fazendo e por que estão fazendo.

            Pensar nos convida a refletir sobre nós mesmos e o quão difícil é fazer isto. Olharmos para dentro de nós e nos defrontarmos com o nosso lado sombra que tanto procuramos esconder, isto é assustador. Porém, faz-se necessário para que possamos crescer enquanto pessoa.

            Temos o hábito de pensar, julgar e até mesmo resolver o problema dos outros por ser mais fácil, ao passo em que muitas vezes, o nosso problema é bem maior do que o do vizinho, mas como não nos permitimos parar e pensar sobre o momento que estamos vivendo, não nos damos conta do movimento que estamos fazendo.

            Pensar pode doer um pouco, mas é uma dor gostosa, porque nos permite ver e compreender muito das nossas ações e reações em relação à vida e aos outros. Pense, analise, mas cuidado para não pensar de mais e pensar bobagem. Lembre-se, pense sobre você e sobre a sua vida e não naquilo que os outros poderão estar pensando.


sábado, 24 de maio de 2014

Pense e analise antes de postar na rede social

Muita gente não se preocupa com o que está postando na rede social, não dão a mínima importância. Provavelmente, porque não sabem que hoje, a maioria das empresas, quando vai recrutar um funcionário, olha e avalia o que ele posta nas redes sociais. Sem falar, que algumas pessoas não se preocupam com a imagem que estão passando, só que isto pesa muito em um processo de seleção e também dependendo do que é postado, pode se fazer uma breve análise do perfil da pessoa.
Imagine você olhar algumas redes sociais e lá nas fotos do indivíduo, se for homem ele está sem camisa e se for mulher a foto da praia ou da piscina de biquíni. Alguns de vocês podem estar pensando, que mal tem nisso? Nenhum, só que quem vê isto, pode pensar que se trata de alguém narcisista, que cultua o corpo acima de qualquer coisa, de um exibicionista que quer se mostrar, de alguém com uma autoestima tão baixa que acredita que a forma de chamar a atenção dos outros é mostrando o seu corpo ou que quer chamar a atenção de uma pessoa do sexo oposto e pode ser interpretado, até mesmo, como uma vulgaridade.
Esta colocação pode parecer careta da minha parte, mas como escuto muitas pessoas e circulo em vários ambientes, isto é algo que vem sendo muito comentado e discutido. Tem pessoas que não passam no processo de seleção de uma empresa, principalmente se for multinacional, por essa questão de colocarem fotos de biquini, alcoolizadas em uma festa ou sempre com um copo de bebida de álcool na mão.
Se isto está certo ou errado, se é careta ou não, não me cabe julgar, mas penso que sempre é bom preservarmos a nossa imagem. Vamos combinar, nesta questão de foto que, às vezes, tem umas barangas que colocam foto de biquíni na praia que é a perfeita poluição visual, mas acreditam que estão agradando.
Pense antes de postar qualquer coisa, pois é comum vermos pessoas colocando post que expresse algo que esteja vivendo no momento ou que queira dar um recado para alguém. Se a intenção é dar um recado, pegue o telefone, ligue e fale o que tem vontade ou mande um email, mas não se exponha nas redes sociais, pois o único prejudicado pode ser você mesmo.


Este texto encontra-se postado no site http://anissis.com.br

Ninguém muda ninguém

http://youtu.be/vquE_azUAdM

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Transtorno Bipolar



Não gosto muito de escrever sobre patologias, mas como nos últimos dias algumas pessoas me pediram para escrever sobre este transtorno, resolvi acolher a solicitação. Não se entusiasmem, pois darei, apenas, algumas pinceladas sobre o mesmo.
O transtorno bipolar tem como característica as variações de humor que são mais evidentes, graves, duradouras e normalmente mais desestabilizadoras do que os altos e baixos diários que temos em nossas vidas.
Cada pessoa acometida deste transtorno tem uma maneira diferente de vivenciar a doença, pois vai depender dos sintomas que apresenta, da frequência com que eles surgem e como isto afeta a sua vida. Drogas e o uso abusivo de álcool podem ser fontes para desencadear o sofrimento do indivíduo, que convivem com este transtorno.
Geralmente, a doença tem início na adolescência ou por volta dos vinte anos, mas pode ocorrer mais tarde ou mais cedo, na infância e os episódios da doença podem ser de mania, hipomania ou misto em algum momento da vida, diferenciando-se em termos de gravidade e se caracteriza por uma série de sintomas ao longo de um período específico.
Considero importante salientar, que nem sempre uma flutuação do humor significa bipolaridade, como as pessoas costumam se rotular ou rotular os outros. Tenho por hábito dizer que diagnóstico quem pode fazer são apenas os profissionais da saúde mental, ou seja, psicólogos ou psiquiatras.
No nosso dia-a-dia, teremos momentos bons e ruins e a variação do humor, nestes casos, será apenas uma resposta aos altos e baixos que a vida nos oferece e também pode ser que a pessoa tenha levantado com o pé esquerdo.
O importante é sabermos que a bipolaridade se trata de uma doença séria, que tem uma pré-disposição genética e que exige um tratamento constante. Deixe esta avaliação para os especialistas da saúde mental fazerem, não a façam.

domingo, 11 de maio de 2014

Transformar emoção em sentimento

          Vocês já viram em vários momentos que coloco que lidar com as emoções não é algo tão simples como pensamos. O primeiro passo é reconhecê-las na medida em que vão surgindo no decorrer do dia e como fazer isto? É estar atento as suas reações de forma sincera,  tomando consciência das emoções que você tem frente às situações.

      A partir do momento que conseguiu identificar as emoções, faz-se necessário entrar em contato com ela, aceitá-la e tornar-se uno. Não adianta querer resistir ou negá-la, pois ela não vai deixar de existir por causa disto. O que precisa fazer é procurar entender a sua origem, os motivos que o deixaram desconfortável ao percebê-la e aceitá-la. Procure acalmá-la, através do exercício respiratório que irá oxigenar todo o seu corpo e sua mente. Durante o exercício respiratório, enquanto você inspira, agradeça a oportunidade de conviver com esta emoção e ao expirar imagine que você esta se libertando dela, que ela não é mais necessária, neste momento, em sua vida. Soltar, libertar a emoção é a melhor forma de livrar-se dela, de curar-se.

       Porém, use este momento, esta oportunidade para aprofundar e trabalhar esta transformação da emoção em sentimento e libertar-se deles. Para realizar esta transformação, precisará sair do pensamento lógico racional, dando espaço para forma intuitiva ou analógica de pensar.

     Viva este momento sem se preocupar em mensurar as suas emoções e os seus sentimentos, pois eles não são mensuráveis. Escuto muito no consultório as pessoas quererem traçar comparativo na forma de gostar, de desenvolver o seu sentimento pelo outro como se isto fosse possível. Quem assistiu o meu vídeo sobre emoções no youtube, deve lembrar que falei que a forma de gostar de cada pessoa varia, pois está relacionada às questões afetivas vivenciadas em uma fase bem precoce de sua vida. Querer traçar este comparativo é querer sofrer, pois cada um vai desenvolver o sentimento pelo outro da forma que souber.

    Não busque coisas para sofrer, a vida é muito curta e por isto viva suas emoções, seus sentimentos de forma plena, sem medo de expressá-los, porque, talvez, quando quiser expressar já seja tarde e aí sobra apenas o remorso e a culpa, mais uma vez você vai cair no sofrimento.

       Pense como você está vivendo as emoções e os sentimentos de sua vida, não esquecendo que somos movidos por eles. Liberte as emoções e os sentimentos que estão gerando sofrimento e viva com aqueles que lhe dão alegria e prazer.


domingo, 4 de maio de 2014

Por que pensamos?

       Pensamos porque sentimos por meio de nossas lentes sensoriais e mentais, só que nem sempre a nossa percepção é fiel ao que realmente está acontecendo e por isto é que desenvolvemos sentimentos positivos ou emoções negativas. Eles serão os responsáveis pelo nosso estado de humor, daí a importância de questionarmos a nossa percepção, para que não venhamos sofrer desnecessariamente.

       Apesar de vivermos a era da informação, ainda não desenvolvemos o hábito de pensar, de questionar o que estamos sentindo neste exato momento e o que estes sentimentos estão ocasionando em nosso corpo. Como a maioria das pessoas não tem o hábito de desenvolver o pensamento encontram dificuldade de preparar o cérebro e a mente para entenderem esta avalanche de informações que o mundo nos fornece diariamente. Se não temos consciência de nossos sentimentos e emoções, não teremos, também, consciência corporal e assim, não conseguiremos decodificar os sinais que o nosso corpo dá frente a sentimentos e emoções negativas ou destrutivas, como preferirem chamar.

    A dificuldade de viver no real é algo que tem se tornado cada vez mais frequente. Percebe-se que estamos optando por nos deixarmos levar pelas ilusões visuais e sensoriais, pelas cargas culturais e genéticas e pelo inconsciente coletivo. Sem nos darmos conta, que estamos funcionando através do espírito manada, ou seja, não avaliamos o que os outros estão fazendo, fazemos igual, a fim de nos sentirmos  pertencendo ao grupo.

   Esta forma de viver longe do real, nos faz lembrar o mito das cavernas, escrito por Platão (em torno 390 a.C). O filósofo usou este mito, para deslindar o problema que se forma quando pensamos em aparência e realidade. Neste mito, Platão nos fala de uma alegoria pelo favoritismo humano, pela falta de clareza, pelo caminho que evita a mudança e a aceitação do novo, optando por satisfazer-se com a ilusão. Ao escrever este mito, o seu objetivo foi de mostrar que a maioria das pessoas vive com um véu sobre os olhos, o que lhes permite, apenas, a ter uma percepção distorcida de si e do mundo.


  Por vezes, tenho a sensação, apesar de todos os avanços científicos e tecnológicos, que estamos tendo, que ainda vivemos presos ao mito da caverna, porque aceitamos viver em um estado robótico, sem darmos vazão às diversas percepções e inteligências que se encontram latente dentro de nós. Parece que precisamos ficar dentro da caverna, presos as ilusões, as expectativas, as frustrações, ao sofrimento, pelo medo de sermos destruídos ao percebermos que existe um mundo diferente a ser vivido. A partir do momento que tivermos esta consciência e nos livrarmos das amarras que nos colocamos, deixando o nosso cérebro e a nossa mente vitalizada, para que possamos tomar decisões criativas, sem nos deixar levar por fatos ocorridos no passado e por imagens ilusórias da mente, viveremos de forma muito mais saudável. 



Este texto está publicado no site http://anissis.com.br

A HUMANIZAÇÃO DO HUMANO

Frente à violência que toma conta de nossas ruas, a agressividade, a intolerância, a incompreensão, a impaciência, a desvalorização das pessoas com o seu semelhante, os assédios morais, a violência doméstica, o abuso sexual e tantas outras coisas que permeiam o nosso dia-a-dia, fez com que resolvêssemos fazer algo para tentar ajudar as pessoas viverem uma vida mais humana. Afinal, não podemos ver a degradação do humano e ficarmos de braços cruzados, justificando o nosso não fazer em função de  que os outros não fazem.

Por sermos um grupo que acreditamos no humano, Anissis Ramos Consultoria e suas parceiras Andrea, Claudia, Dayse e Janete estarão dando início no próximo dia 12 ao “Projeto A Humanização do Humano”, que visa levar para as escolas, empresas e também criar um espaço para pensarmos como ajudarmos as pessoas a se humanizarem.

Convidamos a todos aqueles que acreditam que podemos viver em uma sociedade mais humana e quiserem participar deste projeto para nossa primeira reunião, no próximo dia 12 de maio, às 19h, na Rua Cel. André Belo, 566 sala 208. Pedimos que as pessoas interessadas entrem em contato pelos emails ramosanissis@gmail.com; anissis@cpovo.net e também pelo facebook. Dependendo do número de pessoas, talvez tenhamos que trocar o local.

            

terça-feira, 29 de abril de 2014

Precisamos de um recall humano

Recall, palavra inglesa, muito utilizada pelas fábricas de automóveis e traduzida significa lembrança, rememorar, recordar, etc. E estudando, observando e ouvindo as notícias diárias do comportamento humano, penso que talvez estejamos precisando fazer um recall com o ser humano, a fim de lembrá-lo, primeiramente, da sua essência humana, dos valores, dos princípios éticos e morais que parecem terem sido esquecidos.
Quando me reporto que precisamos lembrar as pessoas da sua essência humana, estou me referindo a sua maneira de agir consigo e com os outros. Percebe-se, não só frente às cenas de violência que preenchem o nosso dia-a-dia, mas a falta de paciência, de tolerância, de compreensão, de compaixão, de doação, de olhar para com o outro. Sem falar que muitas pessoas se autoagridem fazendo coisas que não gostam e não querem, apenas para contentar os outros.
É assustador ver o egocentrismo das pessoas, onde o ego fala mais alto e cada um está preocupado apenas com os seus interesses, em ostentar, muitas vezes, aquilo que não são e que não tem, a fim de se sentirem reconhecidos e valorizados. O interessante de se observar é que muitas destas pessoas vendem a imagem da humildade, sem perceber a dissociação existente entre a fala e o comportamento.
Creio que vivemos uma época em que precisamos lembrar as pessoas, por meio de atitudes, a importância de não concentrarmos o olhar apenas para os nossos problemas, que existem situações piores que a nossa. Que possamos olhar para o outro não como alguém que está disputando um espaço com a gente, mas como o irmão que também tem direito a um espaço. Fazer com que a generosidade, a tolerância, a paciência, a compreensão, o amor ao próximo, a boa educação, a ética, a moral, a empatia façam parte do nosso cotidiano. Que as palavrinhas mágicas; com licença, obrigada, desculpe, por favor, se tornem um hábito dentro de nossas casas, se estendendo para as nossas relações.
Pode ser um tanto utópico estas minhas colocações, mas quero acreditar que se conseguirmos fazer um recall no ser humano, viveremos com menos violência, com menos agressividade. Que o humano não precisará correr tanto atrás de algo que nem ele sabe o que é para ser feliz, pois no momento que conseguir olhar para si e se der conta que tudo que busca no externo encontra-se dentro dele, conseguirá não só harmonizar-se consigo, mas com os outros também.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Não exija do outro

     Quantas são às vezes que exigimos que o outro perceba as situações da mesma forma que nós ou nos dê algo, que não tem condições de nos dar. Damo-nos o direito de ficarmos brabo com ele, por causa disso. Quando, na realidade, deveríamos ficar brabos conosco, por não termos a sensibilidade de compreender que cada pessoa percebe as situações da sua maneira, com base nas suas experiências de vida. Que ninguém dará aquilo que não recebeu e por isto, não temos como exigir que alguém nos dê algo que nos julgamos merecedores.

    Precisamos ter claro que não existe apenas a nossa realidade, a nossa percepção frente a um fato, mas várias, e que precisamos respeitar a visão, o entendimento das outras pessoas. Saber que todos os pensamentos que surgem a partir da nossa percepção, do nosso entendimento, são cheios de emoção, que tem uma origem psíquica e que desconhecemos esta origem, na maioria das vezes.

     Temos que saber lidar com as diferenças, aceitar o tempo de cada um, respeitar suas crenças, mesmo que não concordemos, pois estas estão relacionadas com a história de vida daquela pessoa. Que assim como nós somos movidos pelas nossas emoções, o outro também é movido pelas dele. Afinal, as emoções surgiram, no homem, muito antes do que a razão e ainda hoje, apesar de acharmos que não, ela prevalece em nossas vidas.

    O que precisamos é deixar de nos comportamos de forma infantil e pararmos de exigir que os outros façam a nossa vontade. Eles não têm nenhuma obrigação de fazer isso. Ao invés de ficarmos exigindo do outro algo que não pode fazer ou até mesmo não queira fazer, temos é que expandir o nosso universo mental, para que novas ideias caibam em nossa mente, para que saibamos respeitar a maneira de ser de cada pessoa e aceitá-la do seu jeito, porque assim, conseguiremos viver melhor não só com os outros, mas com a gente mesmo.




 Este texto está publicado no site:http://anissis.com.br


quinta-feira, 17 de abril de 2014

EMOÇÕES

http://youtu.be/HsB_N7sZgNk

PÁSCOA DO INAMEX

Agradecemos a todos os que colaboraram com a campanha de Páscoa do INAMEX. Estamos contentes, pois recebemos muitas doações de mantimentos, material de limpeza, higiene e guloseimas. Agradecemos, também, ao síndico e moradores do Cond. Edif. Plaza de Las Torres que aderiram a nossa campanha.
O Grupo do Sarau deseja a todos uma feliz Páscoa, com muita saúde, paz e amor. Que o Ressuscitado abençoe a cada um de vocês que disponibilizou um pouco do seu tempo para se preocupar com o seu irmão.
Valeu! Muito obrigada!

domingo, 13 de abril de 2014

Tomar decisão

Como é difícil, para algumas pessoas, quando precisam tomar uma decisão. Não sabem qual o caminho a seguir, o que fazer. Ficam com medo de tomar uma decisão errada e passam muito tempo pensando e quando decidem, ainda ficam com medo de não terem tomado a melhor decisão. Enquanto, que para outros, a tomada de decisão é uma coisa muito fácil, quase um passe de mágica.

A melhor decisão é aquela que nos leva a solucionar o problema que nos aflige, a fim de que ele deixe de nos incomodar. Isto pode ser feito de forma impulsiva, quando queremos uma decisão imediata, se não a encontramos, optamos por uma “mandracaria”, uma mágica, por um faz de conta e acabamos criando uma realidade alternativa, que nos dará a sensação de estarmos livres do problema. Em outras ocasiões, conseguimos agir de forma diferente, colocando o pé no chão, encarando a realidade, pensando o tempo que for necessário para encontrar a melhor solução para o problema. Esta é a maneira mais adequada das nossas funções mentais, emocionais e intelectuais, só que não acontece com tanta frequência, porque nos deixamos levar, na maioria das vezes, pelo princípio do prazer, abrindo mão do princípio da realidade.

 Na hora de tomar uma decisão a primeira coisa a fazer é perceber com calma o que está acontecendo a nossa volta e listar todas as opções que temos e com quais alternativas podemos contar e manter estas informações em nível de consciência. Observar e analisar cada ponto da situação e comparar com situações passadas, a fim de verificar se o que estamos percebendo é verdadeiro ou se é algo criado pela nossa cabeça, “uma viagem” ou se são todos aqueles pensamentos disfuncionais que tanto nos atrapalham no dia-a-dia. Aqui é importante salientar que, muitas vezes, abrimos mão do conhecimento prejudicando a escolha da decisão adequada, por barrarmos, visto não ser do nosso agrado. Temos a tendência de ignorar aquilo que nos desagrada, mesmo quando temos claro que seria o melhor, tendo a falsa ideia de que desta forma, estamos evitando o sofrimento.

Se optarmos por ficar só com as alternativas que nos agradam, acabamos repetindo caminhos, seguindo por estradas batidas, fazendo sempre as mesmas coisas, optando sempre pelas mesmas escolhas e com isto, corremos o risco de tomar decisões erradas, de darmos muitos foras em nossas vidas.


Daí a importância de não ter medo de ousar, de analisar com calma e clareza as alternativas que tem frente à situação que se apresenta, pois com certeza, existe mais de uma opção a ser seguida. É importante fazer associações com situações semelhantes já vivenciadas, ver as decisões que tomou nestas situações e os resultados que obteve, para que possa fazer diferente e sair do marasmo em que se encontra, muitas vezes.



Este texto está postado no site http://anissis.com.br, não deixe de dar uma passadinha por lá.

Emoções X Decisões Econômicas

http://youtu.be/0jjljomJ2SA

quinta-feira, 10 de abril de 2014

PÁSCOA DO INSTITUTO DE AMPARO AO EXCEPCIONAL – INAMEX

Agradeço a solidariedade de todos aqueles que estão colaborando com a Páscoa destas pessoas especiais que estão no INAMEX. Aproveito para lembrar que estaremos recebendo doações até o próximo dia 16 e no dia 17 estaremos fazendo a entrega. Quem quiser nos acompanhar, entre em contato.

Psicoterapia Breve

Muitos são os questionamentos, por parte dos pacientes, sobre a psicoterapia breve, no que se refere a sua eficiência e eficácia, por isto resolvi abordar este tema de forma sucinta.
Este tipo de terapia apresenta um bom resultado, principalmente, quando se trabalha um foco específico. Vem tendo uma boa aceitação, em função de ter um tempo de duração menor (16 a 20 encontros), um custo mais acessível, permitindo que o paciente se programe financeiramente para investir no seu tratamento. A pessoa termina o tratamento com condições de identificar suas emoções, seus sentimentos e conhecendo algumas técnicas que poderá aplicar quando se fizer necessário e que irão aliviar o seu sofrimento.
Esta técnica teve sua origem nos Estados Unidos e Europa para contemplar as demandas dos planos de saúde, visto as seguradoras exigirem que os tratamentos psicoterápicos não fossem tão longos.
Os fatores que favorecem o sucesso da técnica são a presença de um problema específico, a capacidade de expressar os seus sentimentos e de interagir com o terapeuta, estar disposto em avaliar realmente o seu problema, conseguir reconhecer que seus sintomas são de origem psicológica, ter vontade de se conhecer, estar aberto a novas ideias e ter a clareza que todo este processo irá lhe causar alguns desconfortos e sofrimento, necessários para o seu crescimento. Como em todo tratamento, quanto mais motivada à pessoa estiver para o processo terapêutico, melhor o resultado.
É interessante observar a motivação do paciente que contrata este tipo de terapia, pois ele sabe no momento da contratação a data do término e o quanto terá que se empenhar para obter os resultados desejados. Nesta técnica, o terapeuta interage de forma ativa com o paciente, a sua indicação são para os casos de depressão leve, distimia, fobia social, fobia específica, transtorno de ansiedade generalizado, síndrome do pânico, distúrbio de ajustamento, estresse pós-traumático. Não tem indicação para síndromes orgânicas, esquizofrenia, retardo mental, transtorno de humor bipolar e alguns transtornos de personalidade.


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domingo, 6 de abril de 2014

NÃO FIQUE FORA DESTA, PARTICIPE! PÁSCOA DO INSTITUTO DE AMPARO AO EXCEPCIONAL – INAMEX

Apesar das reformulações que estão sendo feitas no projeto “Sarau Cultural”, o grupo do Sarau continua colaborando com esta Instituição. O INAMEX abriga 45 pessoas especiais e não tem apoio de nenhuma Instituição governamental. Por isto, convidamos aqueles que quiserem colaborar com a Páscoa destas pessoas, doando Balas, Pirulito, Chocolates, agradecemos. Estaremos recebendo as doações até o dia 16 de abril. 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Autonomia X Adolescente

Tem me chamado a atenção a autonomia que os pais estão dando aos seus filhos adolescentes, denotando o quão ficam confusos no seu papel de pais, quando os filhos chegam à adolescência.
Ao ver o funcionamento dos pais, fico a questionar se estes adolescentes que frequentam nossos consultórios tem maturidade suficiente para terem esta autonomia que os pais estão lhe dando. Penso que não, pois vejo que estes jovens, muitas vezes, buscam na figura do terapeuta, o limite, a orientação, a educação, a atenção que não estão recebendo em casa. Frente atitudes que precisam tomar, ao invés de consultar os pais, acabam ligando para o terapeuta para saberem como agir, mesmo sabendo que este não lhe dirá o que fazer, mas o escutará e lhe ajudará a pensar sobre a decisão a ser tomada.
Os pais não se dão conta que a adolescência é uma fase de amadurecimento. O adolescente está, ainda, em um processo de desenvolvimento da personalidade, em que precisa de orientação frente às experiências que começa a ter da sua própria vida e da vida em comum. Necessita aprender que a sociedade exige o cumprimento de regras, que os seus direitos terminam onde iniciam o do outro e, portanto, eles não podem tudo. Que a vida é feita de escolhas e por isto, a importância de analisá-las bem antes de decidir, pois é necessário ter claro que toda decisão tomada tem os seus bônus, mas também os seus ônus e que o único responsável por ela é quem a tomou.
É normal o adolescente querer ter autonomia em sua vida, mas cabe aos seus genitores mostrar-lhes que autonomia não se ganha e sim se conquista, cabendo ao jovem demostrar por meio de seus atos que é capaz de exercê-la com responsabilidade. Porém, tenho a sensação que isto está sendo esquecido, pois os pais deixam que os adolescentes tomem as suas próprias decisões em relação a suas vidas. Não avaliam a responsabilidade que estão passando para os seus filhos e muito menos se eles estão preparados para isto. Consequentemente, também, não pensam na representação que esta autonomia precoce poderá ter na vida psíquica de seus filhos.
A fase da adolescência ainda exige que os pais tenham a tutela dos filhos, entretanto, a sensação que por vezes tenho é que os pais estão loucos para “despacharem” seus filhos para o mundo, livrando-se da responsabilidade e do compromisso que tem com eles. É comum vermos pais autorizarem bebida alcoólica nas festas dos filhos e justificam dizendo que preferem que os filhos bebam em casa, sobre o seu olhar, do que na rua. Aceitam que os filhos (as) tragam as namoradas (os) para dormirem em sua casa, pois não correm o risco de serem assaltados em motéis. Será que ceder este espaço aos filhos é ser um bom pai? Será que isto é o que realmente o adolescente busca? Será esta a melhor maneira de educar os filhos? Não será isto um ato de negligência com o adolescente? Esta será a melhor forma de demonstrar amor pelo filho?
Muitas poderão ser as respostas, mas o objetivo aqui é convidá-los a pensar sobre o assunto, pois quem sofre com tudo isto é o adolescente que não tem maturidade suficiente, ainda, para saber conduzir sua vida. Eles precisam de orientação, de liberdade vigiada, de atenção, de carinho, de afeto e quando necessário, até um puxãozinho de orelha. Assim, teremos, com certeza, jovens mais saudáveis.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Não Consigo...

É muito comum dizermos isto frente algumas situações que se apresentam em nossa vida e não avaliamos a sua representação e muito menos a serviço de que está esta nossa fala.

O não conseguir está a serviço de alimentar a crença que muitas vezes carregamos de que não somos capazes, entretanto, não nos damos conta que se trata de um pensamento disfuncional que nos limitará, fazendo com que venhamos a desenvolver um comportamento que confirme a nossa crença.

Mas o que é crença e como se forma? São entendimentos fundamentais e profundos que as pessoas carregam consigo e normalmente não os articulam nem para si. Geralmente, se constroem a partir de falas que vamos internalizando como verdades e não as questionamos. Elas podem se formar por falas feitas no início da vida ou no decorrer dela e isto faz com que a pessoa desenvolva uma percepção distorcida das situações ou de si mesma, podendo gerar um sofrimento profundo, pois a pessoa passa a acreditar que não é capaz, que não é merecedor, que não tem condições, fortalecendo os seus sentimentos de menos valia.

O grande problema é que não temos, na maioria das vezes, o hábito de questionar se aquilo que nos foi dito é verdadeiro ou não, porque na realidade não nos conhecemos. Por isto, damos um poder para o que as pessoas dizem a nosso respeito, assumindo, por vezes, como se fosse uma verdade absoluta. Não questionamos se a pessoa que está dizendo que não somos capazes, que somos limitados, incompetentes, que fazemos tudo errado, não usa esta fala como meio de se autoafirmar, ou seja, precisa desvalorizar o outro para se sentir importante.

Daí a importância de questionarmos os nossos pensamentos, o nosso comportamento, a fala e o comportamento dos outros em relação a nós, porque as crenças nos levam a desenvolver pensamentos disfuncionais, que ao não serem questionados, fazem com que tenhamos um comportamento que venha reforçá-las. Por tanto, ao dizermos que não conseguimos fazer algo e não questionamos o que comprova que isto é verdadeiro, ao tentar fazer não conseguiremos, principalmente, se for alguma mudança na nossa forma de funcionar, porque precisamos reforçar a crença de que não somos capazes.

Libertar-se disto é possível, se tivermos claro que não precisamos e não queremos mais conviver com esta forma de pensar e funcionar que carregamos, por muitos anos, visto só servir para gerar sofrimento e impedir que sejamos felizes.

Como libertar-se disto? Por meio da terapia cognitiva-comportamental. Pode ser inclusive uma psicoterapia breve focal, de dezesseis encontros, para que a pessoa aprenda a utilizar as ferramentas necessárias para libertar-se deste sofrimento.



Este texto está postado no site http://anissis.com.br, visite-o.

            

quarta-feira, 19 de março de 2014

Muito riso pouco siso

Quem já não escutou este velho ditado? Confesso que muito escutei isto dos meus pais, porque rir foi sempre uma das coisas que mais fiz e faço na vida. Outro dia até recebi uma mensagem de uma colega de faculdade, onde dizia que sentia saudades das minhas risadas. Foi muito gostoso ler isto e claro que foi motivo para eu rir.
E cada vez mais a ciência mostra-nos os benefícios que o riso e o bom-humor trazem para nossa vida, tornando-nos mais criativos, diminuindo a distância entre o problema e a solução e também entre duas pessoas em uma relação, quebra a resistência aos obstáculos inconscientes, pois ninguém resiste a uma boa risada, nem mesmo eles.
Pesquisas mostram que uma criança ri por dia, em torno de quatrocentos e cinquenta vezes e se observarmos, geralmente, a criança tem uma boa vibração, um bom humor, tem a rápida capacidade de perdoar e de não acumular mágoas. Diferente de nós adultos, que ficamos remoendo algo que nos aconteceu, acumulando mágoas e sofrendo por isto. Sem falar que o riso é uma das ferramentas que o humano tem para ajudar no desenvolvimento do cérebro, na memória, no aprendizado. Ajuda-nos a desenvolver a capacidade de lidar com desafios e até com a gente mesmo, de uma forma mais espirituosa.
O riso faz com que o cérebro funcione de forma mais plena, mais integrada, unindo os dois hemisférios (direito e esquerdo). Conforme colocou um neurocientista, o riso funciona como o para-brisa de um carro no momento da tempestade. Ele não vai conseguir evita-la, mas permite que se chegue a um lugar mais seguro, nos proporciona condições de viabilizarmos oportunidades.
Infelizmente, a convenção existente tanto na sociedade quanto nas famílias é que a pessoa que ri muito não é séria, não se faz respeitar. Acredita-se que para ser um bom profissional tem que ser sério para impor respeito. Na realidade, isto não passa de uma crença, pois a pessoa que consegue rir, até de si mesmo, é bem humorada, não tem nenhum demérito, pelo contrário, consegue perceber a vida de forma mais leve, atrai pessoas para sua volta, tem mais oportunidades, encontra soluções mais rápidas para os problemas, melhora suas relações, pois o riso funciona como um magneto.
O riso permite que percamos a postura, que deixemos a nossa criança se manifestar, termina com a rigidez, nos deixa mais soltos e faz com que nos sintamos melhores. Por isto, a proposta que deixo para vocês é de começarem a exercitar o riso na frente do espelho. Pela manhã, ao se olhar no espelho, dê um sorriso para você, se cumprimente, lhe deseje um bom dia, se abrace e verá que se sentirá melhor. Claro que isto não é algo para ser feito uma única vez e pronto, é um treinamento. Se você não consegue rir, force o riso, até que ele se torne algo natural em sua vida. O importante é não desistir, porque rir faz toda a diferença em nossa vida e na vida do outro.


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quinta-feira, 13 de março de 2014

Em nome do amor, não se deixe manipular (2)

Não tenho por hábito dar continuidade em algum artigo já escrito, mas como este mexeu com várias pessoas; recebi no privado do facebook algumas perguntas, achei por bem fazer “Em nome do amor, não se deixe manipular 2”. Inclusive, me chamou a atenção a informação passada por uma colega, de que atende vários homens que sofrem este tipo de violência, pois não deixa de ser um ato de violência verbal, de suas parceiras. Homens bem sucedidos profissionalmente, inteligentes, cultos, mas que, infelizmente, não sabem lidar com a emoção e com os sentimentos deixando-se manipular pela sua parceira.

Creio que o processo de manipulação se dê forma inconsciente, mas como cada um de nós é responsável pelo seu inconsciente, toda a atitude de desvalorização que alguém toma em relação ao seu parceiro é de total responsabilidade sua.

Como o manipulado tem, na maioria das vezes, uma percepção distorcida de si, ele percebe o manipulador, no caso que vimos no artigo anterior, à esposa, como alguém superior a ele, dotado de mais condições, inclusive intelectual ou financeira e acaba por supervalorizar, idealizar, admirar sua amada, sem se dar conta que está reforçando o sentimento de inferioridade, a perversidade, a necessidade de autoafirmação que ela tem, por meio da sua pessoa. Ela o transforma em seu “bode expiatório”, sem que ele perceba, mesmo sendo inteligente e tendo um bom nível cultural, por estar envolvido emocionalmente.

Temos a tendência de achar que o manipulador é uma pessoa inteligente, mas eu questiono, neste caso. Pois se uma pessoa diz em alto e bom tom que seu parceiro faz tudo errado, que não serve para nada, o desqualifica, o ridiculariza e mesmo assim continua com ele e lhe dá tarefas para fazer, isto, no meu entendimento, é atestar, no mínimo, que ela é pior do que ele, se realmente ele for tudo isto que ela diz. Aqui cabe aquele velho ditado: “diga com que andas que te direi quem és”. Quando isto acontece, dá para se ter uma noção de quem realmente é quem. Pena que o envolvido na história, mesmo sendo o atingido, não consiga ver.

O problema de tudo isto, é que o homem que tem este tipo de relacionamento, geralmente, é aquele que não se percebe merecedor, acredita que veio ao mundo para servir e não para ser servido, sente a necessidade de agradar o outro, para que este o reconheça como bom, por isso, tem dificuldade de romper o vínculo emocional que estabelece com sua parceira, mesmo quando se separa. Como bem colocou a colega, no pequeno debate que estabelecemos no facebook, a parceira consegue tirar-lhe a coragem de tomar uma atitude que lhe permita a possibilidade de viver com alguém que possa valorizá-lo, por reforçar constantemente, os fortes sentimentos de menos valia que seu parceiro carrega. A tendência é que ele ao se separar busque alguém com quem possa repetir a situação, claro que isto se dá em um processo inconsciente.

O que algumas pessoas me perguntaram foi como romper este ciclo, isto só pode se dar a partir do momento que o manipulado toma consciência de tudo isto e busca, por meio de tratamento psicoterápico, trabalhar suas crenças, seus pensamentos disfuncionais para que possa desenvolver outro tipo de comportamento e ir ao encontro da sua felicidade, pois afinal, viemos ao mundo para sermos felizes.

          Creio que ninguém se relaciona para ser infeliz, para massacrar o outro, ou ao menos não deveria ser assim, mas se for, dê um jeito de rever sua posição na relação e avaliar se realmente é uma relação que vale a pena investir ou não.







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domingo, 9 de março de 2014

Em nome do amor, não se deixe manipular

      Por trabalhar direto com pessoas, estou sempre atenta ao comportamento do ser humano e me chama atenção àquelas pessoas que sem perceberem estão sempre se colocando para baixo. Falam mal de si, se desqualificam, acreditam que ninguém olha para elas, se desfazem, não se valorizam e parece que sentem prazer quando encontram pessoas que reforçam esta visão que tem de si. Geralmente, são pessoas tristes, enfadonhas, deprimidas, que alimentam a crença de que não são merecedores de coisas boas, que passam grande parte do seu dia pensando na dor que toma conta de sua alma, por se enxergar tão ruim. Sente-se culpado por tudo e se alguém tentar lhe mostrar que não é bem assim como pensa, na tentativa de aliviar sua culpa, não aceita, justificando com algo ainda pior. São as famosas pessoas que gostam de se chicotear.

     Outro dia, em uma das minhas idas a um café, em um intervalo de consultório, fiquei prestando atenção em um casal que estava sentado a mesa ao meu lado. Como os ânimos estavam meio alterados, dava para escutar a fala dos dois. Ela o desqualificava o tempo todo, tudo o que ele fazia e dizia era errado, mas ao mesmo tempo, dava-lhe várias tarefas para ele fazer, inclusive tarefas domésticas, pois ela não podia, afinal, disse não ter nascido para fazer serviços domésticos. Aqui já comecei a me interessar mais, pois sua fala mostrou que se tratava, provavelmente, de uma emergente e com no mínimo um belo complexo de inferioridade.

     Na medida em que o assunto foi se desenvolvendo, fui ficando animada com a conversa do casal, fui prestando atenção e tomando vários cafés, pois resolvi que não sairia dali sem ver o desfecho da história. Que feio, mas estava aproveitando para estudar o case e torcendo para que se desse rápido o desfecho, pois tinha que voltar para o consultório.

     O rapaz parecia ser uma pessoa boa, mas com sentimento de menos valia muito forte, entre outras coisas. Não conseguia perceber que estava sendo manipulado por uma pessoa com um complexo de inferioridade elevado, a ponto de precisar desqualificar o parceiro, fazendo-o de seu “capacho”, para sentir-se importante. Sabe-se que quando a pessoa está envolvida emocionalmente tem dificuldade de perceber e entender o que está acontecendo em sua vida, por isso, não consegue tomar uma atitude e acaba sofrendo.

     Só existe um manipulador, porque existe alguém que se deixe manipular e isto estava evidente neste casal. Ele aceitava passivamente, tudo o que ela lhe mandava fazer, embora em alguns momentos reagisse.  Na ânsia de mostrar para ela, que ele não era aquela pessoa cheia de defeitos que ela dizia ser, fazia tudo o que ela lhe pedia ou mandava. Com isso, ele reforçava o sentimento de superioridade que ela tinha em relação a ele, pois o tratava como se fosse um Zé Mané e ele aceitava este papel que ela lhe deu.

      Este jovem não conseguia perceber o jogo que ela fazia para que ele se sentisse culpado e fizesse tudo o que ela quisesse. Não conseguia ver os ganhos que ela tinha, cada vez que lhe apontava seus erros e o desqualificava. Obviamente que ele precisa de uma pessoa assim para reforçar a sua crença de não merecedor, de incompetente e outras que deve ter e que precisam ser reforçadas para não correr o risco de livrar-se delas, acabar com a sua relação e ser feliz.

    O pior é que nestes casos, muitas vezes, o casal se separa fisicamente, mas emocionalmente não conseguem se separar e ficam sempre girando um em torno do outro, atendendo as suas demandas e desenvolvendo um processo de retroalimentação de suas crenças.

      O ideal seria que pessoas que tem este tipo de comportamento e de relacionamento buscassem ajuda, para poder romper com este ciclo e poderem perceber quem realmente são sem ter este reforço negativo constante em sua vida. Porque errar, falhar, ter momentos de insucesso, de fraquezas são coisas normais da vida do humano, o que não dá é para ficar convivendo com alguém nos apontando isto como se fosse algo somente nosso, pois a culpa pega e faz um belo estrago.

      Ah! Ia me esquecendo de contar que o rapaz acatou todas as ordens de sua amada e mesmo saindo meio irritado, foram embora bem abraçados. Vá entender!




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quarta-feira, 5 de março de 2014

Liberte-se da preocupação

      Tem pessoas que passam a vida toda preocupadas com alguma coisa, consideram-se preocupadas crônicas e frente as suas preocupações, não conseguem encontrar soluções, até porque, muitas delas são pensamentos disfuncionais que poderão ou não se concretizar, mas a pessoa sofre por acreditar que se eles vierem acontecer, poderá lhe gerar sérios problemas.

       O “se” é o maior aliado da pessoa preocupada, ela pauta muitas coisas na sua vida em cima do “se”, por exemplo: se o trânsito continuar congestionado, vou me atrasar, meu chefe pode não acreditar em mim e poderei até perder o emprego. Não consegue questionar este pensamento e ver que nada comprova que ele seja verdadeiro. Também não consegue apreciar o momento que está vivendo, por aprisionar-se a ele, tornando-o pesado demais.

       Uma boa maneira de libertar-se da preocupação é distanciar-se do tempo e viver o presente. Ao invés de ficar pensando há quanto tempo está parada ali e alimentando os seus pensamentos disfuncionais, tentando controlar a situação, aumentando a sua ansiedade e o seu desconforto interno; colocar-se na condição de mente desinteressada, observadora, que não julga, não pressiona e não fica sofrendo por algo que poderá ou não acontecer, verá o quão mais leve ficará e aquilo que parecia tão horrível, perde esta conotação.

       Desapegue-se do problema e observe o que está na sua volta, preste a atenção no céu, olhe para os carros que estão a sua volta, para as pessoas que estão dentro deles, veja as árvores, assim, qualquer pensamento que estiver lhe importunando será expulso de sua mente e você conseguirá viver o presente sem ansiedade e preocupação.


      Frente a qualquer situação que se sinta dominado pela urgência de que tem que resolver algo neste exato momento, mas não pode, distancie-se desta urgência de querer controlar e modificar o momento, simplesmente comece a prestar atenção nas suas sensações e descreva-as, para si mesma, detalhadamente, concentrando-se nas suas reações e ficando no presente. Desta forma, verá que um novo momento começa, mas também vai passar e na medida em que for prestando atenção em si, não tentando controlar, observar e analisar cada momento perceberá que não mais é um preocupado crônico, como acreditava.



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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Colegas e amigos de Pelotas

Informo que o livro Por que me Endivido? Dicas para entender o endividamento e sair dele, encontra-se à venda na Livraria Vanguarda. Quem não teve acesso a ele e tem interesse, aproveite a oportunidade.

Falando sobre emoções

    Toda comunicação terá êxito se houver sintonia entre o emissor e o receptor, caso contrário, o que poderá ocorrer é um grande desastre. Na comunicação emocional, não é diferente, precisamos ter alguns cuidados como: se o momento é propício, o conteúdo que iremos abordar e a forma como a conversa irá se estabelecer.

    Falar de nossos sentimentos para os outros é algo difícil, porém importante, pois não podemos pautar nossa vida, nossas relações com base no que o outro poderá estar pensando ou achando a nosso respeito. Isto funciona quando somos crianças, mas na vida adulta isto não tem lógica. Portanto, desenvolver o hábito de identificar os sentimentos que nos tomam conta em determinados momentos ou situações e expressá-los, é fundamental para que as relações se deem de forma harmônica.

    Um requisito importante na comunicação emocional é que ela seja feita de forma clara, evitando qualquer ruído, para ser bem recebida. Por isso, quando formos falar de nossos sentimentos, temos que ter calma, aguardar o momento certo, não falar na frente de pessoas que nada tenham a ver com a situação e cuidar a maneira como vai se falar. Tem pessoas que ao falarem dos sentimentos que o outro lhe despertou se inflamam, aumentam o tom de voz, se irritam e por vezes até agridem verbalmente o receptor com a sua maneira de falar, gerando conflitos.

       A única forma de entender o comportamento do outro e de nos fazermos entender é expressando o que estamos sentindo. Quanto tempo perdemos estabelecendo diálogos internos na tentativa de entender o que o outro está pensando ou achando a nosso respeito ou sobre determinada situação. Seria muito mais fácil se lhe perguntássemos o que está passando ou passou pela sua cabeça, pois só assim, teríamos a resposta real, caso contrário, tudo fica na riqueza do nosso imaginário.

      Cabe salientar que quando nos permitimos falar com alguém sobre as emoções que ela nos causou, precisamos estar preparados para escutar o que ela tem a dizer a respeito, sem nos tornarmos defensivos, acreditando que podemos dizer o que queremos e que o outro terá que aceitar. Estaremos falando dos nossos sentimentos a partir da nossa percepção, não podemos desprezar a percepção e o entendimento do outro.

     Somente prestando atenção em nossas emoções e falando sobre elas é que vamos nos tornar conhecedores desta área que é tão importante em nossa vida, mas que somos quase analfabetos neste assunto. Somos capazes de passar algumas horas falando de nosso corpo, da nossa saúde física, mas quando o assunto vai para o campo das emoções, balbuciamos algumas palavras e logo damos um jeito de ir saindo à francesa porque, na maioria das vezes, não sabemos o que falar.



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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Sinceridade Emocional

          Apesar de sermos seres emocionais, quando o assunto é emoções parece que a maioria das pessoas tem dificuldade de lidar. Isto se dá, provavelmente, por estar associado a traumas emocionais que vivenciamos como: crise de ansiedade, depressão, feedback negativo, pesadelo, críticas, etc. Por vergonha ou constrangimento, acabamos não falando sobre as emoções que vivemos nestas situações, procuramos negá-las e com isto guardamos mágoas, rancores, raivas e até construímos uma imagem negativa a nosso respeito.

         O ideal seria expressar aquilo que sentimos, pois a sinceridade emocional é muito importante para que consigamos viver em harmonia com a gente mesmo e com os outros. Mas o que fazer para obter a sinceridade emocional? O primeiro passo é abrir o coração que representa simbolicamente as nossas emoções. É permitir dizer o que realmente está sentindo, sem medo de crítica, não esquecendo antes de começar a expressar seus sentimentos, de pedir licença para falar sobre suas emoções.

Para falar de emoções, precisamos conhecer o que estamos sentindo, saber nomear os sentimentos, quantificá-los e por fim, assumirmos a responsabilidade de nossos atos nas relações interpessoais. Quando erramos é necessário reconhecer, pedir desculpas e procurar reparar o erro cometido. Em qualquer relação é fundamental este processo, para que o erro não se repita e estrague a relação, independente do campo que for (familiar, profissional, afetiva, etc.).

Obviamente que conquistar a sinceridade emocional não é uma tarefa muito fácil, mas é bem menos cansativa do que quando bloqueamos a expressão de nossas emoções. Gastamos bem menos energia e nos sentimos melhores, porque liberamos vários sentimentos que só estavam nos fazendo sofrer.

No momento que conseguimos abrir o coração, avaliar o nosso campo emocional e assumir a responsabilidade das nossas emoções, percebemos a transformação que acontece em nossa vida e com isto nos sentimos mais leve.

Não podemos é ficar presos ao orgulho, à vergonha, ao medo, ao constrangimento e não expressarmos aquilo que realmente sentimos. Não devemos nos intimidar ou nos envergonharmos de pedir ou de dar um carinho, achando que o outro possa nos ver como uma pessoa frágil. Não sabemos o que outro pensa, a não ser que perguntemos a ele.


Importante lembrar que o carinho nem sempre precisa ser físico, pode ser verbal, mas temos que estar atentos para ver como vamos expressá-lo, para que não acabe tendo uma conotação negativa.



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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O perigo do diálogo interno

         Conta à história que certa vez um homem viajava de carro por uma estrada pouco movimentada quando o pneu furou. Ao descer do carro para trocá-lo se deu conta que não tinha macaco no seu porta mala. Passando sua irritação, caminhou até uma casa para pedir um macaco emprestado. Enquanto caminhava, ia pensando: se o dono da casa não quiser me emprestar o macaco, pois não sabe quem eu sou...Posso lhe deixar um dinheiro como garantia...quanto será que ele vai querer? Cinquenta reais...não é pouco, vai querer uns cem reais, mas aí já é muito, só que estou precisando, se quiser mais do que cem já é um abuso, porque aí ele vai estar querendo lucrar em cima de mim, da minha falta de sorte, hoje em dia é assim, as pessoas não estão preocupadas com os outros, não confiam e ninguém..esse cara é ganancioso, grosseiro, quem ele pensa que sou, ele vai ver só...

      Caminhava e pensava, na medida em que pensava os sentimentos iam aflorando, sua indignação ia aumentando e a sua ira também. Quando chegou à casa do cidadão, bateu com força na porta e quando o dono da casa abriu tudo o que conseguiu dizer foi: “pegue o seu macaco e enfie naquele lugar”.

        O objetivo desta história é mostrar que muitas são às vezes que agimos como este homem. Somos capazes de estabelecer diálogos internos, que nos levam a ter ações e reações totalmente inesperadas. Este diálogo se diferencia de uma conversa pelo fato de a palavra não circular, a não ser dentro da própria pessoa. O diálogo interno trata-se de um fenômeno psicológico que acaba prejudicando muito as relações, visto  diálogos imaginários se desenvolverem dentro da nossa cabeça, chegando, às vezes, a impedir o diálogo externo, tamanha sua intensidade.

      Eles podem ser a causa de muitas desavenças, pois a pessoa fica tão envolvida nas suas fantasias, pelas conversas que estabelece consigo mesmo, que não consegue ver que tudo aquilo são coisas do seu imaginário e por isso, não consegue escutar o que o outro tem a lhe dizer. Acabamos por confundir as nossas fantasias com a realidade, o que impede de estabelecer uma conversa que gere frutos.

    Tentar conversar com alguém em diálogo interno é como telefonar para alguém, encontrar a linha ocupada e sair falando mesmo assim, nos diz o psiquiatra Simonetti, ou seja, não vai dar em nada.

     Por isso, o recomendável é que antes de sairmos falando, vejamos se alinha não está ocupada, se não há nenhum congestionamento na linha, para que possamos ser escutados, caso contrário, estaremos apenas dando vasão as nossas emoções e não tabulando uma conversa.

   Mesmo quando estabelecemos uma conversa, algumas pessoas encontram dificuldade de escutar, em função do seu nível de ansiedade e também porque correm o risco de terem que rever seus conceitos e quem sabe, até mudar de opinião.



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