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terça-feira, 29 de abril de 2014

Precisamos de um recall humano

Recall, palavra inglesa, muito utilizada pelas fábricas de automóveis e traduzida significa lembrança, rememorar, recordar, etc. E estudando, observando e ouvindo as notícias diárias do comportamento humano, penso que talvez estejamos precisando fazer um recall com o ser humano, a fim de lembrá-lo, primeiramente, da sua essência humana, dos valores, dos princípios éticos e morais que parecem terem sido esquecidos.
Quando me reporto que precisamos lembrar as pessoas da sua essência humana, estou me referindo a sua maneira de agir consigo e com os outros. Percebe-se, não só frente às cenas de violência que preenchem o nosso dia-a-dia, mas a falta de paciência, de tolerância, de compreensão, de compaixão, de doação, de olhar para com o outro. Sem falar que muitas pessoas se autoagridem fazendo coisas que não gostam e não querem, apenas para contentar os outros.
É assustador ver o egocentrismo das pessoas, onde o ego fala mais alto e cada um está preocupado apenas com os seus interesses, em ostentar, muitas vezes, aquilo que não são e que não tem, a fim de se sentirem reconhecidos e valorizados. O interessante de se observar é que muitas destas pessoas vendem a imagem da humildade, sem perceber a dissociação existente entre a fala e o comportamento.
Creio que vivemos uma época em que precisamos lembrar as pessoas, por meio de atitudes, a importância de não concentrarmos o olhar apenas para os nossos problemas, que existem situações piores que a nossa. Que possamos olhar para o outro não como alguém que está disputando um espaço com a gente, mas como o irmão que também tem direito a um espaço. Fazer com que a generosidade, a tolerância, a paciência, a compreensão, o amor ao próximo, a boa educação, a ética, a moral, a empatia façam parte do nosso cotidiano. Que as palavrinhas mágicas; com licença, obrigada, desculpe, por favor, se tornem um hábito dentro de nossas casas, se estendendo para as nossas relações.
Pode ser um tanto utópico estas minhas colocações, mas quero acreditar que se conseguirmos fazer um recall no ser humano, viveremos com menos violência, com menos agressividade. Que o humano não precisará correr tanto atrás de algo que nem ele sabe o que é para ser feliz, pois no momento que conseguir olhar para si e se der conta que tudo que busca no externo encontra-se dentro dele, conseguirá não só harmonizar-se consigo, mas com os outros também.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Não exija do outro

     Quantas são às vezes que exigimos que o outro perceba as situações da mesma forma que nós ou nos dê algo, que não tem condições de nos dar. Damo-nos o direito de ficarmos brabo com ele, por causa disso. Quando, na realidade, deveríamos ficar brabos conosco, por não termos a sensibilidade de compreender que cada pessoa percebe as situações da sua maneira, com base nas suas experiências de vida. Que ninguém dará aquilo que não recebeu e por isto, não temos como exigir que alguém nos dê algo que nos julgamos merecedores.

    Precisamos ter claro que não existe apenas a nossa realidade, a nossa percepção frente a um fato, mas várias, e que precisamos respeitar a visão, o entendimento das outras pessoas. Saber que todos os pensamentos que surgem a partir da nossa percepção, do nosso entendimento, são cheios de emoção, que tem uma origem psíquica e que desconhecemos esta origem, na maioria das vezes.

     Temos que saber lidar com as diferenças, aceitar o tempo de cada um, respeitar suas crenças, mesmo que não concordemos, pois estas estão relacionadas com a história de vida daquela pessoa. Que assim como nós somos movidos pelas nossas emoções, o outro também é movido pelas dele. Afinal, as emoções surgiram, no homem, muito antes do que a razão e ainda hoje, apesar de acharmos que não, ela prevalece em nossas vidas.

    O que precisamos é deixar de nos comportamos de forma infantil e pararmos de exigir que os outros façam a nossa vontade. Eles não têm nenhuma obrigação de fazer isso. Ao invés de ficarmos exigindo do outro algo que não pode fazer ou até mesmo não queira fazer, temos é que expandir o nosso universo mental, para que novas ideias caibam em nossa mente, para que saibamos respeitar a maneira de ser de cada pessoa e aceitá-la do seu jeito, porque assim, conseguiremos viver melhor não só com os outros, mas com a gente mesmo.




 Este texto está publicado no site:http://anissis.com.br


quinta-feira, 17 de abril de 2014

EMOÇÕES

http://youtu.be/HsB_N7sZgNk

PÁSCOA DO INAMEX

Agradecemos a todos os que colaboraram com a campanha de Páscoa do INAMEX. Estamos contentes, pois recebemos muitas doações de mantimentos, material de limpeza, higiene e guloseimas. Agradecemos, também, ao síndico e moradores do Cond. Edif. Plaza de Las Torres que aderiram a nossa campanha.
O Grupo do Sarau deseja a todos uma feliz Páscoa, com muita saúde, paz e amor. Que o Ressuscitado abençoe a cada um de vocês que disponibilizou um pouco do seu tempo para se preocupar com o seu irmão.
Valeu! Muito obrigada!

domingo, 13 de abril de 2014

Tomar decisão

Como é difícil, para algumas pessoas, quando precisam tomar uma decisão. Não sabem qual o caminho a seguir, o que fazer. Ficam com medo de tomar uma decisão errada e passam muito tempo pensando e quando decidem, ainda ficam com medo de não terem tomado a melhor decisão. Enquanto, que para outros, a tomada de decisão é uma coisa muito fácil, quase um passe de mágica.

A melhor decisão é aquela que nos leva a solucionar o problema que nos aflige, a fim de que ele deixe de nos incomodar. Isto pode ser feito de forma impulsiva, quando queremos uma decisão imediata, se não a encontramos, optamos por uma “mandracaria”, uma mágica, por um faz de conta e acabamos criando uma realidade alternativa, que nos dará a sensação de estarmos livres do problema. Em outras ocasiões, conseguimos agir de forma diferente, colocando o pé no chão, encarando a realidade, pensando o tempo que for necessário para encontrar a melhor solução para o problema. Esta é a maneira mais adequada das nossas funções mentais, emocionais e intelectuais, só que não acontece com tanta frequência, porque nos deixamos levar, na maioria das vezes, pelo princípio do prazer, abrindo mão do princípio da realidade.

 Na hora de tomar uma decisão a primeira coisa a fazer é perceber com calma o que está acontecendo a nossa volta e listar todas as opções que temos e com quais alternativas podemos contar e manter estas informações em nível de consciência. Observar e analisar cada ponto da situação e comparar com situações passadas, a fim de verificar se o que estamos percebendo é verdadeiro ou se é algo criado pela nossa cabeça, “uma viagem” ou se são todos aqueles pensamentos disfuncionais que tanto nos atrapalham no dia-a-dia. Aqui é importante salientar que, muitas vezes, abrimos mão do conhecimento prejudicando a escolha da decisão adequada, por barrarmos, visto não ser do nosso agrado. Temos a tendência de ignorar aquilo que nos desagrada, mesmo quando temos claro que seria o melhor, tendo a falsa ideia de que desta forma, estamos evitando o sofrimento.

Se optarmos por ficar só com as alternativas que nos agradam, acabamos repetindo caminhos, seguindo por estradas batidas, fazendo sempre as mesmas coisas, optando sempre pelas mesmas escolhas e com isto, corremos o risco de tomar decisões erradas, de darmos muitos foras em nossas vidas.


Daí a importância de não ter medo de ousar, de analisar com calma e clareza as alternativas que tem frente à situação que se apresenta, pois com certeza, existe mais de uma opção a ser seguida. É importante fazer associações com situações semelhantes já vivenciadas, ver as decisões que tomou nestas situações e os resultados que obteve, para que possa fazer diferente e sair do marasmo em que se encontra, muitas vezes.



Este texto está postado no site http://anissis.com.br, não deixe de dar uma passadinha por lá.

Emoções X Decisões Econômicas

http://youtu.be/0jjljomJ2SA

quinta-feira, 10 de abril de 2014

PÁSCOA DO INSTITUTO DE AMPARO AO EXCEPCIONAL – INAMEX

Agradeço a solidariedade de todos aqueles que estão colaborando com a Páscoa destas pessoas especiais que estão no INAMEX. Aproveito para lembrar que estaremos recebendo doações até o próximo dia 16 e no dia 17 estaremos fazendo a entrega. Quem quiser nos acompanhar, entre em contato.

Psicoterapia Breve

Muitos são os questionamentos, por parte dos pacientes, sobre a psicoterapia breve, no que se refere a sua eficiência e eficácia, por isto resolvi abordar este tema de forma sucinta.
Este tipo de terapia apresenta um bom resultado, principalmente, quando se trabalha um foco específico. Vem tendo uma boa aceitação, em função de ter um tempo de duração menor (16 a 20 encontros), um custo mais acessível, permitindo que o paciente se programe financeiramente para investir no seu tratamento. A pessoa termina o tratamento com condições de identificar suas emoções, seus sentimentos e conhecendo algumas técnicas que poderá aplicar quando se fizer necessário e que irão aliviar o seu sofrimento.
Esta técnica teve sua origem nos Estados Unidos e Europa para contemplar as demandas dos planos de saúde, visto as seguradoras exigirem que os tratamentos psicoterápicos não fossem tão longos.
Os fatores que favorecem o sucesso da técnica são a presença de um problema específico, a capacidade de expressar os seus sentimentos e de interagir com o terapeuta, estar disposto em avaliar realmente o seu problema, conseguir reconhecer que seus sintomas são de origem psicológica, ter vontade de se conhecer, estar aberto a novas ideias e ter a clareza que todo este processo irá lhe causar alguns desconfortos e sofrimento, necessários para o seu crescimento. Como em todo tratamento, quanto mais motivada à pessoa estiver para o processo terapêutico, melhor o resultado.
É interessante observar a motivação do paciente que contrata este tipo de terapia, pois ele sabe no momento da contratação a data do término e o quanto terá que se empenhar para obter os resultados desejados. Nesta técnica, o terapeuta interage de forma ativa com o paciente, a sua indicação são para os casos de depressão leve, distimia, fobia social, fobia específica, transtorno de ansiedade generalizado, síndrome do pânico, distúrbio de ajustamento, estresse pós-traumático. Não tem indicação para síndromes orgânicas, esquizofrenia, retardo mental, transtorno de humor bipolar e alguns transtornos de personalidade.


Este texto está postado no site http://anissis.com.br


domingo, 6 de abril de 2014

NÃO FIQUE FORA DESTA, PARTICIPE! PÁSCOA DO INSTITUTO DE AMPARO AO EXCEPCIONAL – INAMEX

Apesar das reformulações que estão sendo feitas no projeto “Sarau Cultural”, o grupo do Sarau continua colaborando com esta Instituição. O INAMEX abriga 45 pessoas especiais e não tem apoio de nenhuma Instituição governamental. Por isto, convidamos aqueles que quiserem colaborar com a Páscoa destas pessoas, doando Balas, Pirulito, Chocolates, agradecemos. Estaremos recebendo as doações até o dia 16 de abril. 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Autonomia X Adolescente

Tem me chamado a atenção a autonomia que os pais estão dando aos seus filhos adolescentes, denotando o quão ficam confusos no seu papel de pais, quando os filhos chegam à adolescência.
Ao ver o funcionamento dos pais, fico a questionar se estes adolescentes que frequentam nossos consultórios tem maturidade suficiente para terem esta autonomia que os pais estão lhe dando. Penso que não, pois vejo que estes jovens, muitas vezes, buscam na figura do terapeuta, o limite, a orientação, a educação, a atenção que não estão recebendo em casa. Frente atitudes que precisam tomar, ao invés de consultar os pais, acabam ligando para o terapeuta para saberem como agir, mesmo sabendo que este não lhe dirá o que fazer, mas o escutará e lhe ajudará a pensar sobre a decisão a ser tomada.
Os pais não se dão conta que a adolescência é uma fase de amadurecimento. O adolescente está, ainda, em um processo de desenvolvimento da personalidade, em que precisa de orientação frente às experiências que começa a ter da sua própria vida e da vida em comum. Necessita aprender que a sociedade exige o cumprimento de regras, que os seus direitos terminam onde iniciam o do outro e, portanto, eles não podem tudo. Que a vida é feita de escolhas e por isto, a importância de analisá-las bem antes de decidir, pois é necessário ter claro que toda decisão tomada tem os seus bônus, mas também os seus ônus e que o único responsável por ela é quem a tomou.
É normal o adolescente querer ter autonomia em sua vida, mas cabe aos seus genitores mostrar-lhes que autonomia não se ganha e sim se conquista, cabendo ao jovem demostrar por meio de seus atos que é capaz de exercê-la com responsabilidade. Porém, tenho a sensação que isto está sendo esquecido, pois os pais deixam que os adolescentes tomem as suas próprias decisões em relação a suas vidas. Não avaliam a responsabilidade que estão passando para os seus filhos e muito menos se eles estão preparados para isto. Consequentemente, também, não pensam na representação que esta autonomia precoce poderá ter na vida psíquica de seus filhos.
A fase da adolescência ainda exige que os pais tenham a tutela dos filhos, entretanto, a sensação que por vezes tenho é que os pais estão loucos para “despacharem” seus filhos para o mundo, livrando-se da responsabilidade e do compromisso que tem com eles. É comum vermos pais autorizarem bebida alcoólica nas festas dos filhos e justificam dizendo que preferem que os filhos bebam em casa, sobre o seu olhar, do que na rua. Aceitam que os filhos (as) tragam as namoradas (os) para dormirem em sua casa, pois não correm o risco de serem assaltados em motéis. Será que ceder este espaço aos filhos é ser um bom pai? Será que isto é o que realmente o adolescente busca? Será esta a melhor maneira de educar os filhos? Não será isto um ato de negligência com o adolescente? Esta será a melhor forma de demonstrar amor pelo filho?
Muitas poderão ser as respostas, mas o objetivo aqui é convidá-los a pensar sobre o assunto, pois quem sofre com tudo isto é o adolescente que não tem maturidade suficiente, ainda, para saber conduzir sua vida. Eles precisam de orientação, de liberdade vigiada, de atenção, de carinho, de afeto e quando necessário, até um puxãozinho de orelha. Assim, teremos, com certeza, jovens mais saudáveis.