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domingo, 4 de maio de 2014

Por que pensamos?

       Pensamos porque sentimos por meio de nossas lentes sensoriais e mentais, só que nem sempre a nossa percepção é fiel ao que realmente está acontecendo e por isto é que desenvolvemos sentimentos positivos ou emoções negativas. Eles serão os responsáveis pelo nosso estado de humor, daí a importância de questionarmos a nossa percepção, para que não venhamos sofrer desnecessariamente.

       Apesar de vivermos a era da informação, ainda não desenvolvemos o hábito de pensar, de questionar o que estamos sentindo neste exato momento e o que estes sentimentos estão ocasionando em nosso corpo. Como a maioria das pessoas não tem o hábito de desenvolver o pensamento encontram dificuldade de preparar o cérebro e a mente para entenderem esta avalanche de informações que o mundo nos fornece diariamente. Se não temos consciência de nossos sentimentos e emoções, não teremos, também, consciência corporal e assim, não conseguiremos decodificar os sinais que o nosso corpo dá frente a sentimentos e emoções negativas ou destrutivas, como preferirem chamar.

    A dificuldade de viver no real é algo que tem se tornado cada vez mais frequente. Percebe-se que estamos optando por nos deixarmos levar pelas ilusões visuais e sensoriais, pelas cargas culturais e genéticas e pelo inconsciente coletivo. Sem nos darmos conta, que estamos funcionando através do espírito manada, ou seja, não avaliamos o que os outros estão fazendo, fazemos igual, a fim de nos sentirmos  pertencendo ao grupo.

   Esta forma de viver longe do real, nos faz lembrar o mito das cavernas, escrito por Platão (em torno 390 a.C). O filósofo usou este mito, para deslindar o problema que se forma quando pensamos em aparência e realidade. Neste mito, Platão nos fala de uma alegoria pelo favoritismo humano, pela falta de clareza, pelo caminho que evita a mudança e a aceitação do novo, optando por satisfazer-se com a ilusão. Ao escrever este mito, o seu objetivo foi de mostrar que a maioria das pessoas vive com um véu sobre os olhos, o que lhes permite, apenas, a ter uma percepção distorcida de si e do mundo.


  Por vezes, tenho a sensação, apesar de todos os avanços científicos e tecnológicos, que estamos tendo, que ainda vivemos presos ao mito da caverna, porque aceitamos viver em um estado robótico, sem darmos vazão às diversas percepções e inteligências que se encontram latente dentro de nós. Parece que precisamos ficar dentro da caverna, presos as ilusões, as expectativas, as frustrações, ao sofrimento, pelo medo de sermos destruídos ao percebermos que existe um mundo diferente a ser vivido. A partir do momento que tivermos esta consciência e nos livrarmos das amarras que nos colocamos, deixando o nosso cérebro e a nossa mente vitalizada, para que possamos tomar decisões criativas, sem nos deixar levar por fatos ocorridos no passado e por imagens ilusórias da mente, viveremos de forma muito mais saudável. 



Este texto está publicado no site http://anissis.com.br

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