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domingo, 31 de março de 2013

Confira no Acerto de Contas

http://wp.clicrbs.com.br/acertodecontas/2013/03/31/dica-da-semana-livro-por-que-me-endivido/?topo=52%2C1%2C1%2C%2C171%2Ce171#.UVhrsn97sZg.email

PÁSCOA

     
         Quando se fala em Páscoa, logo as pessoas associam a chocolate e isso não falta nas lojas e nos supermercados, nessa época. Assim, como também não faltam pessoas para comprá-los. Agora se perguntarmos a essas pessoas o real significado da Páscoa, corremos o risco de deixá-las numa situação, diria, no mínimo constrangedora.

            A etiologia da palavra Páscoa vem do hebraico e deriva da palavra pesah, que significa passar por cima, relevar, passar sobre. Não é possível falar sobre Páscoa sem nos reportarmos a Páscoa judaica que é a festa mais importante do calendário deles, em que é comemorada a libertação da escravidão do Egito, onde Moisés comanda o povo pelo Mar vermelho e deserto de Sinai.

            A passagem do Mar vermelho ficou como um marco na história do povo hebreu e foi lembrada como Páscoa, sendo comemorado com um rito todo particular. Todos os anos, na primavera, na noite de lua cheia os hebreus celebravam a Páscoa, com o sacrifício do cordeiro, com pães ázimos, seguindo a ordem de Moisés. Ficavam em vigília para lembrar a vigília libertadora da saída do Egito.

            Essa celebração também ganhou uma dimensão futura, pois a libertação do Egito era símbolo da libertação do povo e de toda a escravidão. Seria a nova Páscoa que representa o marco final de uma situação de pecado e o começo de uma nova era.

            Jesus Cristo ao oferecer seu corpo e sangue assume o duplo sentido da Páscoa judaica, ou seja, o sentido da libertação e da aliança. Instituiu a nova Páscoa; a páscoa da libertação total do mal, do pecado e da morte, numa aliança de amor com Deus e com a humanidade.

            Portanto, hoje ao celebrarmos a Páscoa, estamos celebrando a concretização histórica da promessa divina de libertação plena e eterna de todo tipo de mal que assola o ser humano, visto Cristo ter sido e ser a vítima desse sacrifício e a realização dessas promessas.

            Precisamos reavivar na memória das pessoas e ensinar para as crianças e jovens o real significado da Páscoa, mostrando-lhes que não se limita a ovos de chocolate, mas que o seu significado é de uma festa muito maior, pois se trata da ressurreição do Crucificado.

            Desejo a todos uma santa e abençoada Páscoa.

sexta-feira, 29 de março de 2013

EGOS INFLADOS

       
          Os egos inflados estão presentes em todas as situações, chegando a algumas delas serem engraçadas, pois as pessoas não se dão conta da dissociação que existe entre a sua fala e o seu comportamento. Normalmente, essas pessoas procuram vender a idéia de humildade, de simplicidade, no entanto, são prepotentes, arrogantes e nada os atinge.

            Nessa época do ano, é interessante observar o comportamento dos fiéis que desenvolvem alguma atividade nas cerimônias religiosas. Mesmo sendo falado nas homilias, por quarenta dias, a necessidade de nos convertermos, de nos tornarmos mais humanos, mais simples, de sermos mais humildes, de deixarmos o ego de lado, nada disso é escutado pelos egos inflados, agem como se fossem a figura mais importante desse momento, sendo capazes, de até mesmo, esquecer do Crucificado.

            Isso me faz questionar o que essas pessoas fazem ao irem à missa toda a semana ou todos os dias, se nada muda na sua maneira de funcionar. O mesmo eu questiono com alguns pacientes, quando me dizem, eu sou assim e não vou mudar, então, por que está fazendo terapia?

            Culto religioso, terapia nos convidam a refletir sobre o que ouvimos ou que falamos a fim de poder lapidar o nosso ego.  Claro que isso não se dá de um dia para o outro, é um processo de transformação que ocorre de forma lenta, naquelas pessoas que realmente sabem a serviço de que estão ali. Agora aqueles que vão para fazer o social, para dar satisfação aos outros, esses vão passar a vida inteira indo a cultos religiosos ou visitando vários consultórios de terapeutas e não conseguirão mudar, até porque esse não é o propósito.

            Trabalhar ou conviver com egos grandiosos não é nada fácil, já que o juízo crítico fica prejudicado, pois não conseguem se perceber dessa forma. São pessoas pobres de espírito, que valorizam o externo, vivem, muitas vezes, uma vida de aparência, de faz de conta.

            Penso que muitos desses egos inflados escondem um complexo de inferioridade muito forte, um sentimento de desvalorização, em que a pessoa precisa se apegar a qualquer oportunidade para se fazer notar e aliviar esses sentimentos desagradáveis que lhe geram sofrimento.

            Acredito que no meio religioso isso é muito comum, pois as pessoas buscam por meio da sua religião, fazer algo que possa lhe ajudar e ajudar alguém. A intenção é boa, só que na metade do caminho elas esquecem o real propósito e se envaidecem com as funções que assumem e passam a agir de uma maneira que vai à contramão do que os evangelhos nos ensinam.

            Ego inflado é desagradável em qualquer situação, mas infelizmente é o que mais temos em nossa sociedade, atualmente. O negócio é saber lidar com eles, a fim de não nos estressarmos, pois se formos dar muita importância, só iremos reforçá-los. O melhor é sair de perto e deixá-los “brilhar”, porque na realidade eles são vítimas deles mesmos e precisamos entender que essa é a forma que encontram para se sentirem alguém.

           

 

terça-feira, 26 de março de 2013

CUIDADO! TRISTEZA NÃO É DEPRESSÃO

    
            Chama a atenção o quanto as pessoas sentem a necessidade de se diagnosticarem, só que não tem conhecimento para isso e acabam transformando um sentimento comum da vida, como a tristeza, em patologia.

            Hoje em dia, ninguém mais fica triste ou cansado, as pessoas ficam deprimidas ou estressadas. Nem sempre a tristeza vai revelar um quadro de depressão, a pessoa pode estar triste por uma situação do ciclo vital, como por exemplo, perda de emprego, divórcio, término de um namoro, doença familiar, etc. Isso não quer dizer que ela está deprimida, pois são situações que realmente deixam a pessoa triste, preocupada, por alguns dias. Inclusive, ela precisa viver essa tristeza, para poder elaborá-la.

            Já a depressão é uma patologia e como tal, tem que contemplar alguns critérios para ser diagnosticada. A pessoa com depressão precisa apresentar cinco, de um com junto de sintomas, que perdurem no mínimo duas semanas. Dentre esse conjunto de sintomas, um é obrigatório, que é o estado deprimido ou falta de motivação para as tarefas diárias.

            Os sintomas característicos de uma depressão são: sentir-se deprimido a maior parte do tempo; anedônia (interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina); sensação de inutilidade ou culpa excessiva; dificuldade de concentração (habilidade frequentemente diminuída para pensar e concentrar-se); fadiga ou perda de energia; distúrbio do sono (insônia ou hipersonia quase que diariamente); problema psicomotor (agitação ou retardo motor); perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar; ideias recorrente de morte ou suicídio.

            Mesmo sabendo de todos esses critérios, que estão disponíveis na internet, a pessoa precisa passar pela avaliação do profissional, pois não é incomum o paciente chegar dizendo que apresenta vários sintomas e na medida em que a consulta vai se desenvolvendo, percebe-se que ele se ajustou ao quadro de depressão, por uma motivação interna.

            É interessante observar que ter um rótulo para algumas pessoas é algo fantástico, então, o de bipolaridade está em alta. Isso porque não sabem que se trata de uma patologia séria, que requer um acompanhamento psiquiátrico e psicológico.

            Quando vejo as pessoas verbalizarem seus diagnósticos, fico com a sensação de que precisam disso para chamar atenção, pois se tiverem o rótulo de depressiva, com certeza os outros poderão ficar mais sensibilizados ou penalizados com o seu estado emocional e lhe darão mais atenção. Agora se disser que está triste, poderá levar um “tapinha” nas costas e escutar “isso logo vai passar, é só uma questão de dias”, o que não irá preencher as suas carências afetivas.

            O rótulo só tem serventia para o profissional, a fim de poder saber o que está tratando, caso contrario, ele serve para que tenhamos ganhos secundários. Por isso não se prenda a rótulos, não faça da tristeza uma depressão, do cansaço um stress, pois esses são patologias e não são sintomas isolados que irá classificá-los.

            Permita-se ficar triste, cansado, chateado, ser o que você é sem se dar rótulos, pois viver esses sentimentos, em algumas situações, é o mais saudável que temos a fazer.

 

 

 

domingo, 24 de março de 2013

O QUE CAUSA O ASSASSINATO DA ALMA?

      
            Penso ser importante clarificar que a expressão “assassinato da alma” é usada como uma forma dramática de assinalar vivências esmagadoras reais que acontecem no desenvolvimento de uma criança. Reporta-se a uma determinada categoria de experiências traumáticas, como a superestimulação repetida e crônica, interpondo com privação emocional que são resolutamente infligidas por outro indivíduo.
            Na infância, a privação emocional somada aos maus tratos desencadeia efeitos profundos e duradouros, causando prejuízos e mudanças estruturais que irão interferir nos aspectos emocionais e intelectuais, modificando as fantasias primitivas que estimulam o comportamento humano.
            É impossível querer desvincular o assassinato da alma a desumanidade do humano para com o humano. Pode-se dizer que se trata de um crime, onde o humano vale-se do seu poder sobre o outro para aniquilar sua individualidade, sua dignidade, sua capacidade de sentir alegria, amor, felicidade, raiva, ódio, pois o priva de usar sua capacidade de pensar racionalmente, de usar sua mente, deixando-o apático frente às situações, provocando a destruição total ou parcial do aparelho psíquico que está em desenvolvimento ou desenvolvido, pois o assassinato da alma pode ocorrer também na idade adulta, claro que quanto mais cedo ocorrer o trauma, maiores são os prejuízos.
            Infelizmente, nos tempos atuais, identifica-se o assassinato da alma na vida adulta, em função das relações estabelecidas e isso pode ser identificado, com freqüência, junto às vítimas de violência doméstica. Essas, na maioria das vezes, são tão massacradas que não conseguem registrar o que o agressor lhes disse ou fez e acabam se sentido culpadas por terem levado o malfeitor agir daquela forma. Esse bloqueio do não registro da agressão é fundamental para o assassinato da alma.
           O mesmo se dá com crianças vítimas de maus tratos, na maioria das vezes, causados pelos próprios genitores. Elas têm a necessidade de romper com a dor que sentem ao sofrerem a agressão, pois precisarão se voltar a eles. Sendo assim, utilizam-se do mecanismo de negação, a fim de enxergar aquele pai ou mãe como bom, pois é dessa forma que conseguirão lidar com os sentimentos aterrorizadores de raiva e ódio que tem por eles. Temem que esses sentimentos possam vir a destruí-los.
Manter a imagem de pais maus não só contribui para aniquilação da sua identidade, mas também para destruição dos sentimentos do ego e por isso, a necessidade de transformar o registro dos pais maus em um registro de pais bons. É dessa forma, que ocorre uma cisão na mente da criança, a fim de poder sobreviver, mantendo em algum canto da mente a ilusão de que todo o mau sofrido, em algum momento, poderá se transformar em amor, alimentando a ilusão de pais bons e continentes.
            As pessoas que provocam o assassinato da alma nos outros, provavelmente foram maltratadas na sua infância, mantendo esse registro vivo em seu inconsciente, levando-os a repetir em suas relações. Essa repetição se dá pela identificação existente entre o agressor e a antiga vítima, que estão relacionadas ao processo de cisão que a criança faz, para proteger sua estrutura psíquica, do jeito que consegue.

sexta-feira, 22 de março de 2013

NA ÂNSIA DE GANHAR MAIS DINHEIRO

       
          Percebe-se que as pessoas estão sempre em busca de ganhar mais, reclamando que o dinheiro que tem não dá para cobrir suas despesas, ter os seus momentos de lazer, de adquirirem o que desejam ou precisam e por isso acabam se endividando.

            Alguns buscam maneiras de ganharem mais, procurando aplicações e negócios que possam lhe dar uma maior lucratividade num curto espaço de tempo. Qual a surpresa, quando se dão conta que perderam o que tinham, pela ânsia de ganhar mais. A ânsia somada a ganância e ao pensamento mágico de que existe milagres na matemática financeira, contribuem para que se deixem levar por propostas encantadores feitas por especialistas em se apropriar do dinheiro alheio.

             Tudo isso, pode ser melhor compreendido no link abaixo, da Revista Exame, em que Andre Massaro escreve sobre “A Equação da Picaretagem”. Vale à pena ler.

 http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/voce-e-o-dinheiro/2013/03/20/a-equacao-da-picaretagem/

quinta-feira, 21 de março de 2013

   
 
04
Abr
Lançamento do livro Por que me endivido?, de Anissis Moura Ramos, Hermano Mota e Berardino Priante, Editora Nelpa
Praia de Belas Shopping Horário: 19:00
Nesta obra, perguntas como a do título são analisadas com muita objetividade e clareza. Os autores esclarecem de forma prática as questões psicológicas, econômicas e sociais do comportamento consumista e revelam os enigmas do nosso inconsciente para entendermos o que está por trás de um pequeno ato de compra




 
     

quarta-feira, 20 de março de 2013

O DESCOMPROMETIMENTO DO HUMANO

     
 

            Ontem assistindo a missa do Papa, fiquei pensando, mal ele assumiu e as redes sociais e a mídia em geral já se encarregaram de trazer vários aspectos negativos a seu respeito. Obviamente, que isso está associado à pressão que a Igreja católica sofre e as críticas feitas pelo povo e por outros interesses que não cabem aqui serem discutidos.

            O que me chama atenção é que muitas dessas críticas são feitas por pessoas que não tem propriedade para fazê-las, pois não conhecem  a fundo a Igreja católica, quando muito foram batizados, fizeram a primeira comunhão e nunca mais apareceram. O mesmo se dá em relação às pessoas com quem convivemos. Muitas vezes, o humano traça comentários, levanta falsas “verdades”, sente a necessidade de apontar os pontos negativos dos outros, não conseguindo traçar um elogio a eles e estabelece uma relação de rivalidade que só ele sabe dessa relação. E o que será que o leva a fazer isso?

            Vários são os motivos que podem ser apontados, um deles é a inveja e diria que é a inveja que os psicanalistas chamam de kleiniana, ou seja, não é apenas ser o que o outro é ou tem, mas querer destruí-lo para que não possa mais ser ou ter algo. Geralmente as pessoas que são invejosas não aceitam que são e ficam muito brabas quando lhe é apontado isso. Percebem a inveja como algo horrível e acreditam que esse sentimento elas não tem, demonstrando a sua total onipotência, pois essa negação mostra o seu desconhecimento dos sentimentos que são inatos do humano; a inveja, a raiva, o ódio, o ciúme e a maldade.

            A necessidade de desvalorizar o outro se dá pela forma negativa que se vê. Com isso, precisa projetar para as outras pessoas a percepção que tem de si, pois é a maneira que encontra de aliviar o seu sentimento de inferioridade. Dando vazão também, a sua maldade e adquirindo a sensação de alivio do peso que essa lhe causa.

            Outro ponto que leva o humano apontar os pontos negativos das pessoas que se destacam é a pobreza de conhecimento que toma conta de muitas pessoas, devido à falta de leitura e de cultura. Escutam algo ou lêem e não buscam verificar a veracidade daquela informação, acreditando em tudo o que a imprensa noticia e por isso, saem repetindo como papagaio, o que escutaram ou leram. Não conseguem fazer uma boa crítica, filtrar e avaliar as notícias dadas pelos veículos de comunicação, que muitas vezes chegam de forma destorcida. Infelizmente, não podemos mais acreditar piamente no que a imprensa noticia, pois estamos caminhando para uma imprensa marrom.

            O humano não consegue, às vezes, fazer essa filtragem porque o conteúdo trazido pela mídia é o que precisa para satisfazer a sua necessidade interna de expandir a sua maldade e de destruir o outro, de uma forma não agressiva, pois afinal, não é ele que está falando, mas a mídia que está dizendo. Isso não é só com as pessoas públicas, nas nossas relações também acontecem. Quem não conhece ou não tem aquele “amigo” que fica pescando algum furo que damos ou algum momento que nos expomos um pouco mais para depois poder sair falando?

            Eu tenho vários, mas não me incomodo, pois os vejo como uma oportunidade de estar sempre me policiando, me avaliando para não ficar igual a eles.

            Devemos ter o cuidado de avaliar o que lemos, o que falamos, o que escutamos, antes de sair repetindo. Não só por causa do outro, para protegê-lo, mas principalmente por nós, pois aquilo que falamos e a forma como agimos mostra quem realmente somos. Não é o nosso discurso pomposo, que diz quem somos, mas sim as nossas atitudes.     

            Acho que é importante pensarmos sobre isso, porque vejo cada vez mais as relações interpessoais muito complicadas, se deteriorando,  em função do descomprometimento que temos com a nossa fala, com as nossas atitudes e com o outro.

domingo, 17 de março de 2013

É IMPORTANTE ACREDITAR NO SONHO

        
            Falava nesse final de semana no curso que ministrei numa cidade do interior do RS, para microempresários, sobre a importância de acreditar no seu sonho, sem se deixar esmorecer quando as dificuldades aparecem. Afinal, elas muitas vezes servem para nos estimular a ir à busca do nosso ideal. Já imaginaram que sem graça seria a vida, se tudo sempre ocorresse de forma perfeita?

            O sonho é o sal da vida, não é errado sonhar, pelo contrário, devemos correr o risco no amor, na arte, nos negócios, pois o comportamento exploratório, o ousar é que nos permitirá viver uma vida diferente da que estamos vivendo. Devemos acreditar nos sonhos, pois acreditar tem força, mas não significa que faz milagres e que se torna critério de verdade.

            O resignado vive de forma amargurada, pois está sempre na retranca, sem esperança, com medo. Com isso, não vai a lugar nenhum. Vive de forma acomodada, levando uma vida insípida, vivendo a morte em vida.

            O importante para levarmos em frente o nosso sonho, é a qualidade que esse tem e o tipo de aposta que estamos fazendo. Precisamos tentar casar a nossa coragem de tornar o sonho realidade, mas com a máxima frieza e distanciamento que conseguirmos, a fim de atacar e rever as nossas convicções, quando o assunto for pensar. Aqui é que mora o perigo, pois é complicado conseguir viver ao mesmo tempo as exigências da entrega e do autocontrole, ou seja, saber que para fazer algo grandioso é preciso ter paixão, entusiasmo, garra e muita vontade, mas não acreditar que tudo isso são critérios de verdade na nossa compreensão do mundo.

            Precisamos acreditar no nosso sonho, ir ao seu encontro, porém, sem nos afastarmos da nossa realidade. É a partir dela que devemos criar caminhos para buscarmos nossos ideais, não podemos ficar presos as nossas crenças, aos nossos pensamentos mágicos, pois esses são envolvidos de emoções e por isso podem ser verdadeiros, falsos ou indecidíveis.

            Precisamos acreditar e  sonhar para deixarmos a vida mais saborosa, porém não devemos abri mão do cuidado que temos que ter, pois se não tivermos clareza do sonho, corremos o risco de nos auto-enganarmos. Daí a importância de estarmos atentos aos caminhos que nos conduzem ao auto-engano, a fim de não percorrê-los, para evitarmos o sofrimento que muitas vezes causamos a nós mesmos.

           

sexta-feira, 15 de março de 2013

Lançamento do livro

DIA MUNDIAL DO CONSUMIDOR

  
             Em 1962, nos Estados Unidos, John Kennedy, institui o dia 15 de março como o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, a fim de dar proteção aos interesses desses. Passado vinte e três anos a Assembléia das Nações Unidas (ONU) adotou os direitos do consumidor e os assumiu como Diretrizes das nações Unidas, o que legitimou e reconheceu internacionalmente essa data.

            O Dia Mundial do Consumidor deve ser entendido no seu mais amplo sentido, ou seja, ele garante os direitos do consumidor, mas não isenta de sua responsabilidade.

            O elevado  índice de endividamento das famílias, bem como o alto índice de inadimplência que temos em nosso país, demonstra que o consumidor não está consumindo de forma consciente, demonstrando que falta-lhe educação financeira. Cabe destacar que educação financeira está atrelada a educação emocional, portanto, o endividamento financeiro é uma conseqüência do endividamento afetivo.

            Ontem recebi um link de uma pesquisa  que foi realizada e que mostra o alto índice de endividamento dos jovens.  Por que será que isto está acontecendo?  Provavelmente isso está ocorrendo, porque aprenderam lá no início de suas vidas que todas as coisas almejadas e pedidas para os pais, eles ganhavam, devido o sentimento de culpa que os pais carregavam por terem que deixá-los nas creches ou  com empregadas, para poderem trabalhar. Os filhos percebendo esse sentimento dos pais aproveitavam para pedirem tudo o que queriam e dessa forma velada é que se estabelece o endividamento afetivo. Sem falar, que estimula  a criança a não tolerar a frustração

            Sabe-se que não só os jovens que estão endividados, se essa mesma pesquisa fosse realizada com pessoas idosas, provavelmente se obteria o mesmo resultado. É impressionante o nível de comprometimento financeiro nas pessoas idosas, até porque, pela facilidade do crédito consignado e dos juros mais baixos, elas são, muitas vezes,  usadas pelos seus familiares que lhes pedem para fazer um empréstimo. Isso é um problema sério, porque vai contra o Estatuto do Idoso.

            Deixo para vocês o link que recebi ontem, da pesquisa realizada com os jovens e que foi publicado num dos jornais de Porto Alegre/RS.

 

quinta-feira, 14 de março de 2013

ÚLTIMAS VAGAS (duas): INSCREVA-SE

     
 

“SARAU CULTURAL”

     Local: Rua Cel. André Belo, 566 sala 208 – Menino Deus – POA

     Início: 25/03/2013

     Horário: 19: 30h às 21h.

     Público: Qualquer pessoa que goste desse tipo de atividade.

     Evento Gratuíto

     Inscrições: devem ser feitas pelo email anissis@cpovo.net

 

quarta-feira, 13 de março de 2013

INTERESSANTE OBSERVAR O MOVIMENTO

          
            Ontem o Jornal do Comércio noticiou que fevereiro foi o quinto mês consecutivo que apresentou um aumento na procura por crédito, o que nos mostra o comportamento dos indivíduos, levando-nos a pensar no devedor ativo.

            Segundo o indicador da Serasa Experin o apetite dos brasileiros por financiamento registrou um acréscimo de 6,9% em relação ao mesmo período de 2012. Apesar de no ano passado os consumidores endividados optarem por pagamento das dívidas contraídas no período de 2010 e 2011, somada a postura mais conservadora que alguns bancos tomaram retendo a oferta de crédito, fizeram com que os consumidores evitassem contrair novas dívidas.

            Porém, a recuperação pelo crédito, o baixo nível de desemprego e as baixas taxas de juros estimulam os devedores ativos a entrarem novamente em circulação, contraindo novas dívidas.

            Existem pessoas que nem bem terminaram de pagar uma conta, já estão pensando na próxima que irão fazer. Fazem um empréstimo para quitar o outro e vivem num verdadeiro malabarismo financeiro para conseguir manterem-se adimplentes. Apesar de sofrem todo um desgaste emocional e de afirmarem que nunca mais querem passar pela situação de endividamento, não conseguem desenvolver o hábito de planejamento e organização quando o assunto é dinheiro.

            Isso acontece em função de toda a simbologia que está por trás do dinheiro. As pessoas por desconhecerem o que representa o dinheiro para si acabam usando-o de forma desordenada, como se necessitassem se livrar logo dele, por não ser   algo bom. O interessante é que essas mesmas pessoas referem gostar muito de dinheiro e estão sempre em busca dele, demonstrando a ambivalência do seu sentimento e comportamento em relação a ele. Essas pessoas conseguirão mudar a sua relação com o dinheiro, a partir do momento que conseguirem enxergar essa ambivalência e entendendo as causas dela.

            Mudar o padrão de funcionamento financeiro não é uma tarefa fácil, requer organização, disciplina, determinação e coragem para enfrentar as tentações que surgem a todo o momento em nossa frente, mas não é impossível, pois se trata de comportamento.

terça-feira, 12 de março de 2013

IDEALIZAÇÃO

    
 

            Passamos grande parte do tempo idealizando as coisas e as pessoas, com isso acabamos deixando de “curtir” a vida e de aproveitar a companhia daqueles que nos rodeiam. Tornamo-nos intransigentes, buscamos a perfeição, ficamos incomodados quando as nossas idealizações não acontecem como queremos. Podendo, muitas vezes, isso ser motivo de desavenças.

            Achamo-nos no direito de cobrar dos outros o comportamento que idealizamos que eles tenham. Queremos, por vezes, transformá-los como se fossem um boneco de argila que podemos aparar as arestas e moldá-lo da forma que julgamos correta.  O resultado disso é que conseguimos afastar as pessoas do nosso convívio, porque se sentem sufocadas e desconfortáveis. Esse é um dos motivos que levam alguns casamentos a se desfazerem, porque um dos cônjuges acaba se sentido tão pressionado, cobrado e até torturado frente às exigências do seu parceiro, que a única solução que encontra é sair da relação. O mesmo ocorre nas amizades, com os colegas de trabalho, enfim, nas relações interpessoais.

            A idealização não tem só aspectos negativos, pode ter aspectos positivos em nossas vidas, por exemplo, quando idealizamos um projeto e vamos à busca de sua realização. A forma como resolvemos usá-la está relacionada à nossa história, as experiências que tivemos lá no início da vida, aos nossos sentimentos e as nossas necessidades psíquicas.

            Hoje se percebe que a idealização está muito presente na vida das pessoas, pois optam por viver o seu ideal de ego, abrindo mão do seu verdadeiro eu.  Na ânsia de atingir seus ideais, vão sufocando a sua essência e perdem o seu referencial, esquecendo, às vezes, a sua real identidade. Transformam-se nos personagens que o seu imaginário julga ser interessante para contemplar as exigências que a sociedade impõe. Com o passar do tempo entram em crises profundas de identidade, devido o conflito que se estabelece entre o eu verdadeiro e o eu idealizado. Esse é um dos motivos que levam as pessoas a visitarem os nossos consultórios. O interessante que mesmo reconhecendo o conflito, questionam por que devem mudar? Deixando evidente, o medo de se afastar do personagem criado, pois não sabe mais quem realmente são.

            Idealizar não é ruim, é como tudo, se soubermos usá-lo de forma adequada as situações, podemos colher bons frutos. 

domingo, 10 de março de 2013

O QUE PRECISO FAZER PARA ENCONTRAR A FELICIDADE?

      
 

            Outro dia tomando um café com uma pessoa, ela me fez exatamente essa pergunta: “o que preciso fazer para encontrar a felicidade”? Na sua fala percebia-se a angustia e o sofrimento e esperava que ao fazer essa pergunta fosse obter uma resposta para o problema que lhe afligia. Obviamente que isso não era possível, porque não existe uma receita pronta para se obter a felicidade. Para isso, no meu entendimento, faz-se necessário, primeiramente, definir o que é felicidade, até porque se trata de um conceito subjetivo e abstrato, variando, portanto, de pessoa para pessoa. O grande problema que vejo é que as pessoas idealizam a felicidade, colocando-a de uma forma quase impossível de alcançá-la, podendo isso estar associado ao fato de não terem definido para si o conceito de felicidade.

            A felicidade não é algo inatingível, pois ela está presente em nossa vida a toda instante, porém não a reconhecemos. Não são necessários grandes eventos, riquezas materiais, acúmulos de títulos, status para se sentir feliz, isso pode ser uma consequência do caminho que trilhamos, mas a felicidade não está só nisso, também a encontramos nas pequenas coisas. Num gesto carinhoso, num sorriso, numa palavra amiga, num “bate-papo” descontraído, na companhia de amigos, colegas, das pessoas que queremos bem, na forma que vivemos a vida, sem complicá-la, no reencontrar pessoas, enfim, em tantas coisas tão simples, que estão muito aquém daquilo que idealizamos como felicidade.

            Vejo as pessoas dizerem que estão em busca da felicidade e fico pensando onde será que elas irão encontrá-la? Será que a felicidade se esconde em algum lugar que precisamos ficar procurando? Qual será o percurso a ser trilhado para encontrá-la? O que as pessoas não sabem ou não acreditam é que a felicidade encontra-se dentro delas, basta olharem para si e perceberem o quanto podem ser felizes, se abrirem mão das lamúrias, da criação de problemas, de sofrimentos, de mágoas, de rancores que criam em seus imaginários e carregam consigo por longos anos.

            Lembro que há alguns anos, por essa época, dei uma entrevista para o “Jornal Hoje” (rede Globo), em função do dia internacional da mulher e a pergunta final da repórter era se me considerava feliz, foi interessante observar sua expressão, quando respondi que sim. O mais interessante foi quando ela refez a pergunta, colocando a seguinte observação: “essa entrevista vai aparecer em rede nacional, vou refazer a pergunta”. Concordei, porque nada tinha a mudar, minha resposta permanecia a mesma.

            Aí deu para perceber o quanto as pessoas não acreditam que possam existir pessoas felizes. Tudo depende de como encaramos a vida e o que definimos por felicidade, a vejo nas coisas mais simples do meu dia-a-dia, no fato de poder sentar num café e ficar “filosofando” sobre felicidade, na minha profissão, no carinho dos amigos e colegas para comigo, na troca de experiência e em tantas outras coisas que acontecem e que acabam me fazendo feliz. Claro que isso está relacionado à minha maneira de encarar a vida, não significando que felicidade seja isso.

            Agora, uma certeza eu tenho, é de que a felicidade não está no externo, nos bens materiais, nem nas pessoas que convivemos, ela está dentro de nós. Talvez para encontrá-la, seja necessário rever nossos valores, abrir mão das nossas exigências em relação aos outros, das nossas intransigências em relação à vida. Porque essas coisas só nos causam sofrimento e nos impede de viver a vida plenamente e de sermos felizes.

sexta-feira, 8 de março de 2013

O DOCE SABOR DE UMA MULHER DESLUMBRANTE


Uma mulher deslumbrante
não é aquela que mais
homens tem a seus pés.

Mas sim aquela que tem
apenas um que a faça
realmente feliz.

Uma mulher formosa não
é a mais jovem.
Nem a mais frágil, nem aquela
que tem a pele mais sedosa ou
o cabelo mais chamativo.

É aquela que com apenas
um sorriso franco e aberto
e um bom conselho pode
alegrar-te a vida.

Uma mulher de valor não,
é aquela que tem mais
títulos ou cargos academicos,

E sim aquela que sacrifica
seus sonhos temporariamente
para fazer felizes os demais.

Uma mulher deslumbrante não
é aquela mais ardente e sim a
que vibra ao fazer amor somente
com o homem que ama.

Uma mulher deslumbrante não
é aquela que se sente adulada
e admirada por sua beleza e
elegancia,

E sim aquela mulher firme
de caráter.
Que pode dizer "Não".

E um Homem...

Um homem deslumbrante
é aquele que valoriza uma
mulher assim...

Que se sente orgulhoso de
tê-la como companheira...

Que sabe acaricia-la como
um músico virtuoso toca
seu amado instrumento...

Que luta a seu lado compartilhando
todas as suas tarefas, desde lavar
pratos e preparar a mesa, até
devolver as massagens e o carinho
que ela te proporcionou antes.

A verdade, companheiros homens
é que as mulheres com mania de
serem "mandonas" não levam
vantagens...

Que tolos temos sido e somos
quando valorizamos um presente
somente pela vistosidade do pacote...

Tolo e mil vezes tolo o homem que
come sobras na rua, tendo um
deslumbrante manjar em casa!

Esse texto é para as mulheres
deslumbrantes para reforçar
sua autoestima e para os homens
para que meditem sobre isto.

Nesse dia, brindo a todas nós mulheres com essa poesia do Gabriel Garcia Marques. Parabéns a todas nós!

quinta-feira, 7 de março de 2013

INTOLERÂNCIA

  
             Incrível, recém o ano começou e as pessoas já estão totalmente intolerantes. Percebe-se em várias situações, por exemplo, no trânsito, estão vendo que o engarrafamento é grande, mas não param de buzinar. No supermercado, as pessoas quase atropelam com o carrinho, porque tem que passarem na frente; nas filas dos restaurantes, dos bancos  e até mesmo nas ruas a intolerância prevalece.

            Tento imaginar o nível de adrenalina dessas pessoas, que não percebem o mal que estão fazendo para sua saúde física e mental. Brigam por qualquer coisa, falam mal, dizem palavrões e o pior, não tem crítica e por isso se julgam certas, donas das situações, colocando-se numa condição de superior. E aí vem o meu velho questionamento, será que realmente pessoas que têm atitudes tão primitivas, que se deixam levar pelo instinto são superiores?

            No meu entendimento não, porque temos a consciência que na condição de humanos, somos todos iguais, apesar de sermos seres singulares. Iguais porque somos movidos por emoções, somos falhos, finitos, temos virtudes e defeitos que são características de qualquer ser humano.

            Se ao invés de ficarmos nos incomodando, supervalorizando e sofrendo com as situações que vivenciamos no dia-a-dia, que nem sempre são as que gostaríamos, procurarmos ver o que tem de bom naquela situação, relaxar e tentar levar a vida mais “ligth”, não sofreremos tanto e o nosso nível de intolerância baixará.

            Muitas vezes escuto os pacientes me dizerem, é difícil não se estressar, ter paciência, suportar os desafios que a vida nos dá, principalmente quando o assunto é relacionamento.  E a resposta que dou é: “tente, não estou dizendo que é fácil, mas é possível”. Só que às vezes, as pessoas colocam uma venda nos olhos porque não querem enxergar que existem outras maneiras de viver e ser feliz. Lutam para não sair da zona de conforto que estão por medo do desconhecido e até mesmo de ter uma vida melhor. Preferem ficar ancoradas numa situação que lhe causa sofrimento, por razões que só o inconsciente conhece.

            Paciência, tolerância, calma, compreensão, generosidade, compaixão são alguns dos sentimentos que precisam estar presentes no nosso dia. Criar o hábito de desenvolver e trabalhar esses sentimentos dentro de si é um desafio difícil, mas depois que conseguem, vêm os resultados que os mesmos oferecem a sua saúde. Aí percebem, o quanto se envenenava, toda vez que se deixavam levar por sentimos como a intolerância.

terça-feira, 5 de março de 2013

VÍDEO SOBRE CAUSAS DO ENDIVIDAMENTO

http://youtu.be/5POzJSdMfQ4

ENXERGAR O OUTRO COMO CONCORRENTE

 
            No mundo dos negócios é interessante observar o quanto algumas pessoas ainda enxergam o seu colega como concorrente e temem perder o seu espaço para ele, chegando, muitas vezes, a desenvolverem pensamentos e sentimentos persecutórios.

            Normalmente esse sentimento se dá nas pessoas inseguras, que não acreditam na sua capacidade e no seu potencial, sentem-se inferiorizadas e em função disso assumem o papel de coitado ou de arrogante. Qualquer um desses dois tipos de comportamento desenvolvido é prejudicial, porque só depõe contra a própria pessoa, visto logo ser percebido pela chefia e pelo grupo.

            O mercado de trabalho está cada vez mais exigente e seletivo. Não basta o profissional ser bom, ele precisa ser ótimo e ter excelência no seu trabalho. Estar capacitado e atualizado dentro da sua área, mas se apropriar também, de conhecimentos de outras áreas, que lhe permita ter uma visão mais ampla do todo. Dessa forma, se sentirá seguro e não precisará ficar criando fantasmas aonde não existe.

            As relações profissionais e até mesmo pessoais muitas vezes se dão de forma truncada, pela disputa de ego que se estabelece. Um quer ser mais do que outro, sentem a necessidade de provarem o quanto são bons e acabam se agredindo mutuamente. Isso não é necessário, pois existe espaço para todo mundo. Se ao invés de olhar o outro como concorrente, vê-lo como uma pessoa que poderá somar nas sua caminhada profissional e até mesmo em sua vida pessoal, com certeza os seus resultados serão melhores.

            O grande problema que percebo hoje nas relações humanas é a falta de tolerância, de paciência, de compreensão e de amor entre as pessoas. A dificuldade de aceitar e lidar com as diferenças acabam atrapalhando os relacionamentos. Aceitar que o outro tem limitações e poder reconhecer as suas é algo um tanto difícil.

            Penso que o grande desafio que enfrentamos a todo o momento é poder reconhecer os nossos defeitos, tentar corrigi-los, ao invés de ficar “pescando” os defeitos das pessoas que estão a nossa volta. Aceitar o desafio de reconhecermos nossos defeitos é terapêutico,  as coisas que nos incomodam no outro, devem ser compreendidas como a oportunidade de nos corrigirmos, pois ele nada mais é do que o nosso espelho. Para tanto, precisamos colocar o ego de lado e aceitar com humildade o nosso lado sombra, a fim de poder trabalhá-lo e nos tornarmos pessoas melhores.


            Não devemos ver o outro como o nosso concorrente, mas sim como a pessoa que nos oportuniza crescer, pois ele pode ser o nosso ideal de ego, motivando-nos a ir ao encontro daquilo que queremos para nossa vida. É importante atentarmos com que lente estamos olhando o nosso colega, o nosso amigo e até mesmos os nossos familiares, para não corrermos o risco de perdermos a oportunidade de nos aprimorarmos enquanto pessoas, pois até mesmo com os erros e defeitos deles apreendemos.

segunda-feira, 4 de março de 2013

LEMBRE-SE

   
            Temos um encontro daqui 30 dias

            Local: Livraria Saraiva – Shopping Praia de Belas

            Horário: 19h

            Espero você lá.

INFORMO

     Nos próximos trinta dias a postagem do blog será a cada dois dias. Conto com a compreensão dos visitantes.

domingo, 3 de março de 2013

EDUCAÇÃO, DESATENÇÃO OU DESVALORIZAÇÃO?

     
 
           Confesso que frente a algumas situações não sei como entender e classificar o comportamento humano, isso que são anos de estudo, mas mesmo assim, a confusão se estabelece.
            Com frequência observo em palestras, aulas ou cursos que ministro que as pessoas estabelecem conversas paralelas enquanto falo, atendem telefone, mandam torpedo. Claro que o tempo nos ensina a lidar com essas situações, mas essas atitudes nos convidam a pensar se estamos ou não conseguindo atender as expectativas de quem nos escuta. Claro que não tenho a pretensão de agradar a todos, por isso, lido com certa naturalidade com essas situações.

            Só que quando estou na condição de ouvinte, vejo que isso também acontece, o que de certa forma me serve de consolo. Esse final de semana participava de uma reunião e enquanto a coordenadora do evento tentava fazer uma escala, uma pessoa do grupo levantou-se e foi bater papo com outra colega, ficando de costas para coordenadora. Fiquei observando a situação e vi que o outro coordenador também observava. Como ele e eu temos uma boa sintonia, vi que o fato não passaria despercebido. Bingo! Não deu outra, no final da reunião ele abordou o assunto de forma muito sutil, mas deu seu recado.

            A sua fala reforçou o meu pensar sobre o que faz as pessoas a terem esse tipo de comportamento. Inicialmente, se pensa numa questão de educação, pois nessas situações, é um princípio básico escutar quem fala, mesmo que não seja do nosso interesse. Penso que seria muito pueril achar que se trata apenas de educação. Por trás desse tipo de comportamento verifica-se uma desvalorização, um desrespeito, uma desatenção para com outro.  Tudo isso, sendo regado pelo “molho” do egoísmo, da impulsividade, da ansiedade, do narcisismo, da onipotência. Provavelmente tenham outros “molhos” para ajudar a “temperar” esse comportamento, mas vou ficar só com esses, pois julgo o suficiente.

            Infelizmente não percebemos que o nosso comportamento, as nossas atitudes falam muito mais do que as palavras que pronunciamos. Porque a nossa fala passa pela censura, mas o comportamento nem sempre. Agimos, muitas vezes, pelo instinto e aí expressamos o que realmente estamos sentindo e acabamos sendo deselegantes, quando talvez não fosse essa a intenção.

            Abordei esse tema, para que possamos pensar sobre as nossas atitudes, o nosso comportamento quando estamos em um grupo, a fim de podermos estabelecer relações mais saudáveis, sem magoar ou melindrar os outros e também não passarmos por pessoas desagradáveis, quando a nossa intenção não é essa. Talvez tenhamos que trabalhar a nossa ansiedade, a nossa impulsividade. Isso não é difícil, pois se trata apenas de uma questão comportamental, de sabermos controlar as nossas emoções a fim de controlar o comando que o nosso cérebro dá por meio do sistema límbico.

 

ÚLTIMAS VAGAS – INSCREVAM-SE

    
“SARAU CULTURAL”

 

      Objetivo: criar espaço para as pessoas, por meio de leitura de textos ou obras literárias,  refletirem sobre o tema proposto.

      Local: Rua Cel. André Belo, 566 sala 208 – Menino Deus – POA

      Início: 25/03/2013

      Horário: 19: 30h às 21h.

      Público: Qualquer pessoa que goste desse tipo de atividade.

      Inscrições: devem ser feitas pelo email anissis@cpovo.net

sábado, 2 de março de 2013

A DIFICULDADE DE ACEITAR CARINHO

      
            Tenho percebido cada vez mais a dificuldade que as pessoas têm de receber e dar carinho, no entanto é algo que nós humanos precisamos, para nos sentirmos amados, valorizados e reconhecidos.

            A dificuldade não está só em receber ou dar carinho, mas de verbalizar o que sente pelo outro, pois desconhece e teme a reação que ele possa ter. Além de se frustrar com isso, cria várias hipóteses, todas negativas, para justificar a sua falta de coragem de expressar o seu afeto. Com isso, acaba se fechando, sofrendo, sentindo-se carente, deprimindo porque não tem as suas necessidades afetivas preenchidas, visto sofrer um bloqueio emocional que não lhe permite se aproximar dos outros como gostaria. Essa dificuldade pode estar associada às experiências vividas com a família no início de sua vida. Às vezes pais muito rígidos, que não conseguiam transmitir afeto ou repreendiam a criança quando ela se mostrava afetiva, sem perceber o prejuízo que causavam na sua vida psíquica.

            Lembro que antigamente, quando alguém elogiava uma criança, os pais logo tratavam de dizer que era uma gentileza, estava dizendo aquilo porque era uma pessoa educada e queria agradar. Sem falar, que aceitar elogio era percebido como falta de modéstia e vaidade. Se a criança na sua inocência tentava se aproximar de alguém e expressar um carinho, era advertida para não ficar incomodando ou se oferecendo. Isso quando não lhe diziam “deixa de ser chata”, “ninguém gosta de uma criança grudenta”, “tu és muito saliente”, etc. Essas falas eram introjetadas no inconsciente da criança, fazendo com que ela se percebesse como um objeto ruim e desenvolvesse a crença de que não era merecedora de dar e nem de receber carinho. Que os elogios dados a sua pessoa nunca eram verdadeiros, afinal quem elogiaria um objeto ruim? Portanto, se tratava apenas de um gesto de generosidade do outro. Aproximar-se de alguém era sinônimo de chatice e expressar o que sentia em termos de afeto tinha uma conotação negativa.  Essas informações passaram a ser vividas como verdades absolutas, por se tratarem de crenças.

As crenças são responsáveis pela formação das distorções cognitivas, levando a pessoa a ter pensamentos automáticos que influenciam diretamente nas respostas emocionais, comportamentais e fisiológicas. Na maioria das vezes, a pessoa não tem consciência desses pensamentos automáticos que, normalmente, são negativos.

            As pessoas que vivem a dificuldade de expressar afeto têm a tendência de se isolarem, ficando dentro do seu casulo, podendo inclusive a vir desenvolver uma fobia social, pois temem as críticas que podem sofrer. Não conseguem associar essas suas dificuldades com as coisas que lhe foram ditas na infância. Acreditam até hoje na fala de seus pais, são capazes de repetirem, sem se dar conta. Não percebem que essa não era uma verdade absoluta, mas sim a verdade deles, da forma como percebiam as coisas a partir das experiências que tiveram no decorrer de sua vida. Sendo assim, não precisam ficar repetindo esse padrão de funcionamento, pois era deles, podem mudar a maneira de pensar, expressar os seus sentimentos, receber e dar carinho e não ficarem desconcertados quando receberem um elogio.

            Claro que essa mudança é um processo a ser construído, a pessoa precisa primeiramente identificar o que a leva ter essa dificuldade, para depois poder começar a fazer o exercício de elogiar as pessoas, verbalizar o que sente por elas, de se permitir tocar no outro, dando-lhe um abraço, fazendo um afago e se deixando tocar. Inicialmente não é fácil, parece ser uma coisa quase impossível, chegando a dar vontade de desistir.  Na medida em que vai se familiarizando, passa a gostar e todos aquelas crenças que lhe levava a ter vários pensamentos disfuncionais vai se desfazendo. A pessoa passa a ver a troca de carinho e de sentimentos como algo natural em sua vida. A partir daí, a única coisa que tem a fazer é se permitir viver essa situação e desfrutar os benefícios que ela lhe oferece.