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quinta-feira, 31 de maio de 2012

LIDERANÇA

             
O ser humano é por natureza um elemento que necessita viver em sociedade e precisa de comunicação por ser esta uma necessidade intrínseca do homem. O século XX foi marcado por grandes tragédias e avanços da humanidade e, especificamente, a última década, anos 90, marcou o advento e crescimento em escala quase exponencial da Internet. Ela tem sido responsável pelo redesenho de como as organizações atuam assim como mudança de hábito.

Os líderes precisam ter a consciência que as pessoas que trabalham na empresa são seres humanos dotados de personalidade própria, profundamente diferente entre si, com uma história particular e diferenciada, são possuidores de conhecimentos, habilidades, destrezas e capacidades indispensáveis à adequada gestão dos recursos organizacionais. São essas pessoas que devem ser vistas pela organização de forma positiva e conseqüentemente, por suas lideranças como uma fonte de impulso próprio que dinamiza a organização e não como agentes passivos, inerentes e estáticos.

Os colaboradores são parceiros e fazem um investimento na empresa com esforço, dedicação, responsabilidade, comprometimento, na expectativa de colher retorno desses investimentos, como: salário, incentivos financeiros, crescimento profissional, carreira. Mas para que tudo isso seja possível e explorado é preciso que o papel do líder esteja claro e possa, se for o caso, desenvolver habilidades. É preciso vontade própria!

Não existe uma boa liderança se não houver comunicação e isso deve ser entendido como uma forma de passar uma mensagem clara e compreendida, tendo a certeza que o colaborador tenha entendido. Inclusive é imprescindível que saiba ouvir, isso com certeza quando bem feito pode ajudá-lo a desenvolver a empatia. Não só nas organizações, mas na vida pessoal um dos exercícios mais difíceis é ser empático. O discurso de alguns é que são capazes de exercer essa característica com facilidade, mas sem dúvida se colocar no lugar do outro é uma tarefa difícil e desafiadora.

O líder deve também saber argumentar sem forçar ou obrigar o funcionário, deve ser justo sem beneficiar somente algumas pessoas. Necessita usar o feedback para motivar os colaboradores.

Outro aspecto que considero muito importante é saber lidar com os conflitos, diferente do que muitos pensam o conflito quando administrado leva às mudanças significativas, pois a organização deixa seu estado de monotonia para transformar problemas em soluções. Além disso, deve possuir condições de manter relacionamentos interpessoais sólidos e confiáveis, ou seja, a liderança deve passar confiança para seus funcionários. Essas características contribuem para que o líder saiba trabalhar em equipe e se perceba como um educador.

Com a globalização é primordial que cada um possa conhecer seu papel dentro da organização e o líder deve não só selecionar as pessoas, mas desenvolve-las. Para isso, muitas vezes, não poderá ter medo de correr riscos, muito pelo contrário deve partir para a ação. Hoje não se admite que a liderança seja boa somente na parte técnica, o mercado exige muito mais que isso. Esse mercado está conscientizando as organizações a terem líderes capazes de ver o que não é visto, ouvir o que não foi dito e perceber o que os colaboradores pensam.

A tarefa pode ser um grande desafio, mas não é impossível. Eu sempre acreditei que esse era o caminho, talvez pela minha formação em Psicologia. Na minha opinião, o líder deve ter competências que sejam vistas pelos colaboradores como fundamentais para o crescimento delas. Devem confiança e acreditar que a união, dedicação e organização fazem a força de um grupo e que estão sendo liderados por um verdadeiro líder e não um chefe.

                                                         Texto de Simone Lemos

terça-feira, 29 de maio de 2012

A indústria por trás do Assédio Moral

              
O que muito freqüentemente está acontecendo, principalmente por ser uma questão polêmica, são as ações de alguns oportunistas de utilizar a expressão ‘assédio moral’ para obter um retorno financeiro.
Parte das empresas a adoção de medidas que possam identificar atitudes que caracterizem Assédio Moral e prevenir essa prática no ambiente de trabalho.
Segundo levantamento feito a pedido da Folha pelo Tribunal Superior do Trabalho, em 2009 foram catalogados 434 processos que envolviam assédio moral, 66% a mais do que no ano anterior. Pesquisadores da Fundacentro, ligados ao Ministério do Trabalho, afirmam que o assunto tem sido mais discutido nos últimos três anos, contribuindo para o aumento do número de denúncias.
Sob o ponto de vista econômico seu custo é elevado, pois propicia que os trabalhos realizados sejam desperdiçados, a marca de produtos e serviços sejam afetados, a produtividade seja prejudicada e o nome empresarial seja atingido.
O responsável pelo dito assédio moral poderá pagar um valor muito elevado a título de indenização pelos prejuízos morais e materiais que o assediado sofrer.
Pesquisadores da Inglaterra calcularam que um terço de todo estresse reportado é devido a situações de assédio moral, sendo os custos diretos de situações de estresse $ 4,5 bilhões de libras-esterlinas por ano.
O mais sensato para essa questão seria trabalhar a prevenção. As empresas poderiam pensar em ações internas que ajudassem no esclarecimento e como isso afeta o desenvolvimento emocional e financeiro da organização.

                                                                              Texto de Simone Lemos

segunda-feira, 28 de maio de 2012

INTERNET COMO UM MEIO DE TRAIÇÃO

           
            Penso que a internet surgiu com o objetivo de facilitar os meios de comunicação, oferecendo uma maior agilidade para a divulgação de notícias, permitindo que as pessoas se comuniquem independente do país em que estiverem. Oportuniza as pessoas criarem sua rede de amigos. Só que infelizmente nem todos  tem maturidade suficiente para isso e acabam se perdendo.

            É incrível o número de casais que buscam ajuda terapêutica em função de seus (as) parceiros (as) estarem tendo casos amorosos pela internet. Muitas vezes, chegam decididos (as) a se separarem, por não aceitarem a traição, enquanto que os cônjuges não têm essa percepção, visto que, na maioria das vezes, o contato é só virtual.

            Claro que se trata de uma traição, mesmo sendo virtual, mas o primeiro passo é procurar entender o motivo que levou a pessoa a agir dessa maneira. Sugiro, nesses casos, que antes de pensar numa separação, verifique-se com o casal o que estás acontecendo na sua relação, pois isso é um indicativo que o casamento não vai bem.

            É importante poder escutar os dois, lembrando sempre que quando uma relação não vai bem a responsabilidade é dos dois, não existe um único culpado. O interessante é tentar resgatar a relação, pois preservar a família é fundamental, já que essa é a nossa base.

            A internet deve ser usada de forma consciente, madura, entretanto, não é o que temos visto. As pessoas passaram a ter uma necessidade de relatar o que estão fazendo, de colocar fotos nas redes sociais, sem se darem conta do risco que estão se expondo. Falam de suas intimidades, com pessoas que nem sabe quem realmente são.

            Não podemos fazer da internet um instrumento para separar pessoas, destruir famílias, pelo contrário, devemos usá-la como meio para agregá-las, na nossa rede de amigos ou colegas.

domingo, 27 de maio de 2012

O DIREITO DE ESCOLHA

        
            Todos nós temos a opção de escolher o tipo de vida que queremos viver, a real o aquela que criamos em nosso imaginário e resolvemos assumi-la como se fosse verdadeira. Geralmente quando se opta pela segunda opção, esquece do preço que isso acarretará em sua vida. Por vezes, a pessoa cria uma vida tão fantasiosa, que passa a viver tensa, ansiosa, preocupada que os outros possam descobrir que nada daquilo é verdadeiro.
            Outras vezes, desenvolve comportamento totalmente inadequado, apropriando-se de coisas e valores que não lhe pertence e quando percebe que está por ser descoberto, fica totalmente desesperado. Esse desespero gerado pelo medo acaba levando a desenvolver algum tipo de patologia clínica, podendo ser essa responsável pelo seu óbito.
            Tenho batido frequentemente, na importância de sermos autênticos, verdadeiros, evitando funcionar pelo inconsciente coletivo, mas privilegiando o inconsciente pessoal. Não fazendo as coisas porque os outros fazem, mas respeitando a sua vontade, a sua verdade.
            Quanto mais autêntica e sincera a pessoa for consigo, mais chance de estabelecer relações saudáveis com as outras pessoas, sem precisar simulacros para ser aceito. Consequentemente viverá com maior serenidade, tranqüilidade e não sofrerá com as cobranças feitas pelas outras pessoas, pois terá a clareza que não precisa atender as exigências feitas pelos outros, pois não são sua e sim dos outros.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

PARA REFLETIR

       Para iniciar o dia refletindo sobre qual o tipo de vida que optamos por viver.

       " Temos todos duas vidas: a verdadeira, que é a que sonhamos na infância, e a que   continuamos        sonhando, adultos num substrato de névoa; a falsa, que é a que vivemos em convivência com os outros, que é a prática, a útil, aquela em que acabam por nos meter no caixão".

                                                                                 Álvaro de Campos/Fernando Pessoa

quarta-feira, 23 de maio de 2012

REDUÇÃO DE IPI PARA AUTOMÓVEIS

        
          Esta semana foi anunciada a redução do IPI para automóveis, deixando o custo dos mesmos mais acessíveis, que  somada a baixa  de juros, facilita as pessoas a adquirirem algo que antes parecia, para alguns,  impossível de ter.  Isso faz parte do plano econômico do governo federal, que visa favorecer não só os consumidores, mas também os empresários.

            Só que isso pode desencadear no futuro, o aumento do nível de endividamento das pessoas, visto passar uma mensagem subliminar de que estando agora os juros mais baixos, o IPI reduzido, a realização dos seus sonho   se torna mais fácil. Por isso, a necessidade de ficar muito atento, pois essa mensagem atua direto em algumas áreas do cérebro, que junto com a dopamina, dão uma sensação de satisfação, acelerando o desejo de compra no indivíduo.

            Claro que a intenção do governo é boa, só que as pessoas precisam ter a clareza, se é ou não, o seu momento de comprar um carro.  Infelizmente não são todos que fazem essa avaliação e depois acabam se frustrando quando não conseguem pagar, chegando a ter que vender, devolver para empresa, em casos mais extremos, deixar fazer a  busca e apreensão do veículo. Essas situações estão relacionadas as crenças que as pessoas carregam no inconsciente de que não são merecedores, capazes de ter um carro. O comportamento de comprar sem avaliar o seu planejamento financeiro é a forma que encontram para reforçar a sua crença.

            Por isso, a importância de pensarmos sobre o nosso funcionamento, porque desenvolvemos determinados comportamentos e a representação e consequência que esses têm em nossa vida. Se você dedicar um tempo para olhar para o seu interior, deixando as coisas do externo de lado, entendendo os motivos que o levam a tomar atitudes que depois lhe causam sofrimento, lhe fazem perder noite de sonos, conseguirá não cair com tanta frequência nas armadilhas do inconsciente.

            Portanto, não se deixe levar pela empolgação. Faça antes um mapeamento da sua situação financeira e depois tome a decisão que lhe for mais favorável.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

NÃO SOBRA PARA ECONOMIZAR

                
          A queixa de muitas pessoas é que o seu orçamento está tão justo que não sobra para economizar. Pelo contrário, às vezes sobra conta e falta dinheiro, dizem algumas pessoas.

            Obviamente que isso acontece porque não há um planejamento financeiro, as pessoas compram, acreditando numa fórmula mágica para pagar. Não adquiriram o hábito de reservar 10% do seu ganho para investir, mesmo que seja numa caderneta de poupança. Gastam muitas vezes, antes de ganhar.

            Juntar dinheiro não tem mistério, assim como as pessoas pensam em comprar algo e de forma impulsiva compram, o mesmo deve ser feito com a aplicação. Se a pessoa aprender a reservar 10% de tudo o que ganha e colocar numa poupança, começará a ver o seu dinheiro crescer. Na medida em que isso acontece, é natural desenvolver o desejo de economizar.

            O importante para se juntar dinheiro é ter um objetivo, seja uma viagem, a compra de um imóvel ou de um carro e até mesmo para garantir um futuro tranqüilo. Nesse caso, o ideal é que a pessoa faça uma previdência privada. Quanto mais cedo iniciar o seu investimento em previdência privada, melhor.

            Experimente a reservar 10% do seu ganho para você, esse deve ser o primeiro pagamento a ser feito. Depois de um tempo, verá que economizar não é tão difícil como você pensa.

NÃO SE DEIXAR CONTAMINAR

          
          Precisamos estar atentos para não nos deixarmos contaminar pelo potencial de intransigência, pelas reclamações e pelo mau-humor dos outros. Pois corremos o risco de sermos contaminados, sem até mesmo percebermos e nos tornarmos pessoas tão pesadas quanto essas.

            Quantas são as vezes que depois de falarmos com alguém, nos sentimos desconfortáveis e não sabemos o motivo. A razão é que o nosso inconsciente captou o desconforto do outro. No processo terapêutico chama-se isso de transferência, só que ao nos darmos conta, tratamos de devolver para o paciente, de forma trabalhada, esse conteúdo que é dele, ao que damos o nome de contratransferência.

            No nosso dia-a-dia, ao percebermos que uma pessoa começa a reclamar muito, se queixar, ou está mal-humorada, o ideal é sairmos de perto, para não nos deixarmos contaminar. Costumo dizer que a pessoa mal-humorada ou queixosa, não só contamina, mas também nos infecta. Quando vemos, qualquer coisa é o suficiente para estarmos agindo igual.

            Não podemos permitir que o humor do outro nos influencie e nos tire do eixo. Como diz a gurizada, “cada um no seu quadrado”. Podemos e devemos escutar as outras pessoas, suas queixas, mas tem limite. O problema, na maioria das vezes, é que quando apresentamos alguma solução, elas não aceitam, porque  o objetivo não é esse, visto que a reclamação é a forma que encontram para estabelecer uma conversa. Não sei se vocês repararam, mas tem me chamado atenção o fato de as pessoas não mais conseguirem tabular um diálogo, pois a única coisa que sabem fazer é se queixar.

            Isso preocupa, pois é sinal de quanto o ser humano está adoecido e não  percebe.


domingo, 20 de maio de 2012

O SILÊNCIO

             
             O silêncio para algumas pessoas é algo tão difícil, por terem a necessidade de estarem sempre falando, não dando a palavra a outro, pois tem a dificuldade de escutar.

            Varias vezes precisamos silenciar para poder escutar o que o nosso inconsciente tem a dizer, para prestar atenção nos sinais que o nosso corpo dá e para escutar o que a vida nos fala. Só que isso se torna algo muito difícil para quem tem dificuldade de lidar com o silêncio.

            Às vezes, faz-se necessário silenciar frente à fala ou atitude do outro, para evitar entrar na frequência desse, ou melhor, tem pessoas que procuram por meio de sua fala desarmonizar o outro, por estar desarmonizado. Ataca-o com palavras, projetando-lhe todas as suas frustrações, raivas e desafetos.  Nesse momento é importante não entrar na sua freqüência.  Nessa hora, o silêncio é o nosso grande aliado. Não importa o que o outro vai pensar, o importante é nos mantermos em equilíbrio.

            Quando damos espaço para o nosso inconsciente falar e procuramos entender o que ele quer nos dizer por meio de insigths e  sonhos, passamos a compreender melhor o nosso funcionamento. Não sofremos tanto com as fantasias que criamos em nosso imaginário.

            Aprendemos a entender os sinais que o nosso corpo dá passando a respeitá-lo. Não o obrigando a dar conta, daquilo que não tem condições de aguentar. Para termos essa consciência, é necessário parar, silenciar e prestar atenção na fala de nosso corpo.

            Agora, o silêncio para muitos é algo sofrível, assustador, porque temem entrar em contato consigo, pelo medo de descobrirem alguém que ainda não conhecem, por viverem uma vida de superficialidade. Só que uma hora, o contato consigo se torna obrigatório e aí não temos como não nos encararmos e vermos quem realmente somos, o que fazemos com a nossa vida, o quanto, ás vezes, nos maltratamos. O bom de tudo isso é que sempre é tempo para mudarmos, basta silenciarmos, escutarmos a voz do inconsciente, da vida e do corpo, para fazermos diferente e nos tornarmos pessoas melhores, mais felizes, alegres e mais leves.

           

           

quinta-feira, 17 de maio de 2012

As novas manias da internet: Planking, Owling e Horsemaning

           
Todos os dias surgem novas sensações na internet, três delas estão relacionadas as fotos tiradas pelos internautas e isso vem dando o que falar. Uma dessas manias é chamada de Planking. Trata-se de uma nova brincadeira em que as pessoas tiram fotos deitadas (como uma prancha) em lugares inusitados. O objetivo é tirar a foto, compartilhar a mesma e ver quem obtém o melhor desempenho.

As outras novidades são Owling e Horsemanig que seguem a mesma linha. Na brincadeira do Owling as fotos devem ser feitas com os sujeitos posando como uma coruja, e no Horsemaning são utilizadas duas pessoas para parecer que uma delas foi decapitada (veja algumas fotos abaixo).

Tudo isso vem fazendo muito sucesso, mas se pensarmos no comportamento das pessoas, pode-se inferir que a internet tornou-se um grande facilitador para que as pessoas possam aparecer e por pouco tempo, conseguem sair do anonimato.

O anonimato contribui para uma falsa sensação de segurança. Apesar das fotos estranhas, existe um publico muito maior vendo e analisando suas performances e isso traz uma impressão de poder, prazer e vitória. Seria muito difícil sentir o mesmo se tal atitude fosse tomada num local aonde possível críticas viriam imediatamente, por exemplo, no próprio bairro.

A interação virtual se torna prejudicial quando a pessoa não consegue mais estabelecer um contato com o mundo real. A Internet permite às pessoas exercitar traços ocultos ou reprimidos de suas personalidades, exibindo on-line uma personalidade diferente da experiência do cotidiano. Se isso acontece não podemos considerar como algo positivo.

Fazer parte de um grupo é fundamental na vida de uma pessoa e a internet vem facilitando contatos com mais agilidade. Um aspecto importante está no sentimento de solidão e introversão, estes são fatores importantes para que as pessoas procurem uma exposição maior. Muitas vezes, o medo de se expor, de confiar, nos outros, está fazendo com que pessoas se fechem em conchas, evitando falar de seus problemas, suas incertezas e seus receios. É nesse momento que encontram na vida virtual a salvação para suas angústias.

                                                                                   Texto de Simone Lemos

quarta-feira, 16 de maio de 2012

INCRÍVEL

      
           É incrível! Frequentemente os veículos de comunicação têm noticiado o aumento no índice de inadimplência nos financiamentos para compra de carros. Ao mesmo tempo, noticiam que algumas instituições bancárias já estão anunciando a baixa de juro nos financiamentos para compra de carro zero. Parece ser coisa de louco, mas não é. A sensação que fico é que o objetivo dessas informações, que parecem se desencontradas, mas não são, estão a serviço de confundir o leitor.

            Se não estamos atentos a essas notícias, não conseguimos perceber a publicidade subliminar que existe nessa constante fala de redução de juros, feita por alguns bancos.

            Não é segredo para ninguém que os sonhos dos brasileiros são, comprar carro e casa. Quem não quer realizar o seu sonho, quanto mais, se o governo está incentivando a instituições bancárias a reduzirem os juros. Essa é a grande oportunidade de adquirir o seu carro zero, só que é necessário ter claro que ao comprar um carro, você não está assumindo apenas a prestação do financiamento. É impossível ter carro hoje sem seguro, pois o índice de roubo é muito alto e também tem muito carro importado circulando, se der uma zebra de bater, tem que ter seguro.  Além do seguro, você terá o IPVA para pagar e carro do ano o imposto é alto, tem a manutenção, o combustível, a garagem e a lavagem.

            Por isso, não dá para se empolgar com os anúncios das revendas e financeiras e sair comprando carro, sem antes verificar se todas essas despesas cabem no seu orçamento.

            Preocupa essa constante fala sobre a redução de juros, pois isso poderá ter um efeito rebote e as pessoas acabarem se endividando mais, por acharem que não vale à pena colocar na poupança, por estar rendendo pouco e saírem a gastar. Cuidado! Porque depois o preço que pagam é muito alto, visto precisarem buscar ajuda dos profissionais da saúde para suportar a depressão que surge, quando se dão conta do rombo que fizeram no orçamento.

           


CUIDE DO SEU DINHEIRO

          
            Cuidado com o grande interesse dos bancos em atender seus clientes, chegando inclusive abrirem aos sábados, para que esses possam negociar suas dívidas ou fazer novos financiamentos.

            Essa constante publicidade, feita em cima da redução de juros, acaba por causar interferências em nosso cérebro, influenciando as nossas emoções e levando-nos a tomar decisões precipitadas. Por isso, a importância de não tomar nenhuma decisão sem ter muito claro a negociação que está fazendo, o tempo de duração dessa negociação e principalmente se cabe dentro do seu orçamento ou se precisará daqui uns meses renegociar a dívida.

            É comum agirmos de forma impulsiva, tomar decisões precipitadas, mas quando o assunto envolve dinheiro é necessário termos um cuidado maior, para que não tenhamos surpresas futuras em nossa vida financeira. Gastar é algo importante para a economia do país, no entanto, precisamos saber gastar. Por isso, quando se fala em gastar com sabedoria, significa que precisamos aprender a comprar mais com menos, ou seja, precisamos adquirir mais por um custo menor. Para tanto, faz-se necessário que sejam feitas as pesquisas de preço, principalmente nessa época em que os preços estão subindo, sem nenhum alarde.

            Cada um de nós sabe o quanto custa ganhar seu dinheiro, por isso deve pensar melhor quando for gastá-lo. Não é comprando exageradamente, que irá preencher o vazio, que muitas vezes, toma conta do seu ser, esse é outro assunto, que mais tarde abordaremos.

           

           

terça-feira, 15 de maio de 2012

OLHAR PARA SI

      
           Fala-se tanto em qualidade de vida, em uma vida saudável, da importância de manter uma atividade física, mas para contrastar tudo isso, pesquisas mostram o aumento do uso de drogas entre os jovens,  crescimento da AIDS na terceira idade, o aumento de pessoas depressivas, etc. Nunca se teve um índice tão alto de pessoas afastadas de suas atividades laborais, por motivo de doenças.

            Isso nos convida a pensar o que está acontecendo. Percebe-se uma insatisfação nas pessoas, uma angústia que não conseguem explicar. Um desejo de mudar, mas não sabem o que, a necessidade de preencher um vazio, que não sabem a origem. Preenchem todo o seu tempo, não deixando espaço para família, amigos ou lazer, pois precisam conquistar algo, mas o que? Sofrem de insônia, mas não compreendem porque o sono não vem e acabam optando por utilizar as “fórmulas mágicas”, enriquecendo os laboratórios e criando dependência das mesmas  para conseguirem dormir.

            Tudo isso demonstra o quanto o discurso está dissociado do comportamento. Na realidade o que precisa ser feito é poder parar e analisar o que está impulsionando-o a funcionar desse jeito. Entender a razão que não o permite conceder um tempo para si mesmo. Verificar se a correria em que se loca não é uma bela maneira que encontra para não pensar sobre a sua vida, seus problemas.

            Evitar usar as drogas lícitas e ilícitas como forma de aliviar o seu sofrimento psíquico, enfrentando as dores da alma, procurando entendê-las, para poder elaborar. Para isso, é preciso escutar e estar atento aos sinais que o corpo dá. É prestar atenção nos seus sentimentos e questioná-los, é entrar em contato consigo mesmo e assumir o seu verdadeiro eu, se necessário, lapidando-o.

           


segunda-feira, 14 de maio de 2012

A NECESSIDADE DE RESGATAR O CONTATO HUMANO

           
            Cada vez se nota mais a necessidade de resgatar o contato humano, pois o distanciamento que está existindo entre as pessoas é algo preocupante.  Na maioria das vezes, este é justificado pela falta de tempo, pela facilidade de comunicação oferecida pela internet, pela correria do dia-a-dia. Mas será que realmente este é o motivo ou trata-se apenas de justificativas inconscientes?

            Penso que se perdeu com o avanço dos tempos e com a demanda imposta pelo mundo moderno, a preocupação e o olhar para com o outro. O nível de tolerância das pessoas está muito baixo, o nível de onipotência muito alto, a intransigência, a impaciência, o individualismo parece ter tomado conta do ser humano. Com isso, as pessoas preferem se manterem  afastadas, se comunicando pela internet, trocando torpedos, falando no celular, pois dessa forma não precisam se envolver com os sentimentos do outro.

            Só que a sensação que tenho em alguns momentos, é que esqueceram que o humano é provido de algo que as máquinas não têm condições de ofertar, que são: sentimentos, afetos, emoções, capacidade de acolher, de escutar, de se sensibilizar com a dor do outro, de ser complacente, entre tantas outras coisas. É isso que precisamos resgatar, porque o outro é imprescindível em nossa vida. Afinal, só existimos porque o outro existe e por isso precisamos cuidá-lo e não nos perdermos dele, para que não fiquemos sem referencial de ser.

           

domingo, 13 de maio de 2012

MÃE

     
          Uma palavra tão pequena, mas de um significado vasto e difícil de definir, pois se corre o risco de esquecer alguma de suas definições. Até porque não temos como pensar ou falar em mãe, sem nos reportarmos ao conceito da grande Mãe que tem sua origem na história das religiões, onde as suas manifestações são as mais diversas, por assumir incalculáveis características como: a própria mãe, a avó, a madrasta, a sogra e em nível mais transcendental a deusa, a mãe de Deus, a Virgem.

            A mãe representa aquela figura que está sempre disposta a acolher seus filhos, de amá-los de forma incondicional, de perdoá-los, de ajudá-los quantas vezes se fizerem necessário. É aquela imagem que mesmo quando não está presente é louvada e cantada em todos os tempos, em todas as línguas, independente do continente em que nos encontrarmos, pois provoca-nos recordações emocionantes e inesquecíveis na idade adulta.

            Mãe representa a raiz de tudo e de toda transformação, que provoca o regresso ao lar, o descanso, o fundamento originário, silencioso, de todo início e fim. Ela é aquele ser que guarda o segredo de cada filho e que tem a capacidade de reconhecer as suas necessidades, mesmo quando este não verbaliza.

            Apesar de todos os dias serem seus, nesse em especial, que é comemorado o seu dia não pode se deixar de homenageá-la, pois afinal, a mãe representa a nossa estrutura psíquica, que se mantém fixa, de modo eterno e quase inalterável durante toda nossa vida.
            A todas as mães meus cumprimentos nesse dia e para aquelas que já não estão mais no nosso convívio, como a minha, a minha oração.

sábado, 12 de maio de 2012

ESVAZIAMENTO DE IDEIAS

         
            São tantas as informações que recebemos de forma tão veloz, no decorrer do dia, que acabamos ficando com a sensação de que nada sabemos e que não temos assunto para falar.
            A rapidez com que as informações chegam até nós e circulam é algo fascinante e isso se dá em função dos novos sistemas de tecnologia. A internet pode ser considerada responsável pelos mais diversos tipo de informações, entretanto, se precisa verificar a confiabilidade das mesmas.
            O objetivo da informação é se proliferar na sociedade e dessa forma, vai passando a fazer parte do dia-a-dia das pessoas. Principalmente se ela despertar interesse em quem a recebe.
            Esse processo dinâmico que envolve as informações poderá despertar, em algumas pessoas, uma sensação de esvaziamento de ideias, visto a quantidade que recebem diariamente. Quando pensam em assimilá-las, elas já estão desatualizadas e consequentemente  são bombardeadas por outras, que acabam se contrapondo as anteriores. Isso reforça a sensação de nada saber, de alienação e até mesmo de impotência, pois quando se pensa em algo, já se trato de passado e está na hora de buscar uma informação mais atualizada.
             


quinta-feira, 10 de maio de 2012

O Anonimato na internet como facilitador de transgressões e crimes virtuais

          
A Internet permite às pessoas exercitar traços ocultos ou reprimidos de suas personalidades, exibindo on-line uma personalidade diferente da experiência do cotidiano. O espaço virtual possibilita a exposição a diversas situações que podem levar ao crime. A transgressão e o crime virtual são pouco estudados, assim, difícil de serem combatidos pelas autoridades. Realizei uma pesquisa para obtenção do título de Especialista em Psiquiatria Forense, Saúde Menta e Lei com o objetivo de identificar o papel do anonimato na manifestação de comportamentos virtuais inadequados e não experimentados fora do contexto da Internet. Foi utilizado um questionário que continha dados sócio-demográficos descrição de uso da Internet e impacto psicológico da rede na vida. Os resultados encontrados mostraram que a maioria eram mulheres (60%), a idade variou entre 18 e 50 anos e 80% dos internautas que praticaram algum tipo de transgressão apresentavam nível escolar superior. O anonimato, segurança e facilidade de acesso são os principais fatores que levam ao uso da Internet. Dos internautas que participaram da pesquisa, 20% já utilizou o anonimato como facilitador para transgressões e crimes virtuais. Dentre esses, 80% não sentiam culpa, apesar de lesarem outras pessoas e repetiriam esses atos se tivessem oportunidade. A conclusão do trabalho demonstrou que as pessoas consideram a vida real e a internet distintas e por isso as regras do real não valem no virtual, permitindo que no virtual os desejos de violência sejam expostos. Sendo assim, o anonimato contribui para a falsa sensação de segurança. Desta forma, o internauta torna-se vulnerável a transgressão.

                                                                                                      Texto de Simone Lemos

terça-feira, 8 de maio de 2012

CONTINUAR INVESTINDO NA POUPANÇA, AINDA É UM BOM NEGÓCIO

                
           Com o anúncio das últimas mudanças feitas pelo governo na caderneta de poupança, faz com que muitas pessoas fiquem com o pé atrás, achando que não vale à pena investir, pois a rentabilidade é menor. Alguns acreditam que é melhor gastar, comprando aquilo que deseja, do que deixar na poupança.
            Esse raciocínio não é dos melhores, pois por menor que seja o valor do rendimento, sempre rende alguma coisa, enquanto que os bens duráveis adquiridos, muitas vezes, estragam ou vão fora, antes de terminarem de pagar. Outros preferem investir num carro, mas não lembram que carro não é investimento, pois a partir do momento que sai da revenda, já não vale mais o valor que a pessoa pagou. Isso sem falar em todos os outros gastos que acompanham a compra do carro, como: seguro, IPVA, combustível, estacionamento, parquímetro, lavagem, manutenção, etc.
            A poupança ainda é uma boa opção para quem não tem muito capital para investir, pois é isenta de imposto de renda, apesar de ter que declarar.  Existe a possibilidade de saque a qualquer momento e tem uma boa rentabilidade, aproximando-se dos obtidos em investimentos em fundo de renda fixa.
            As pessoas que tinham seu dinheiro aplicado até o dia 04 próximo passado, em que o rendimento era de 6,17%  ao ano, mais TR (Taxa referencial) não sofrerão nenhuma alteração em suas aplicações. As novas regras valerão para quem aplicou a partir do dia 05 desse mês quando os rendimentos serão de 70% da Selic, mais a variação da Taxa referencial (TR), quando a taxa básica chegar a 8,5% ao ano ou menos. Hoje a Selic está em torno de 9%.
            Quem tem caderneta de poupança não precisará fazer nenhum tipo de mudança em sua conta, pois todo o valor aplicado até o dia 4 de maio será corrigido pelo valor antigo e as novas aplicações pelo novo sistema. Tendo que ser considerado que nesse momento, ainda não haverá nenhuma alteração em relação aos rendimentos, visto a Selic estar acima de 8,5% ao ano.
            Sendo assim, o indicado é que as pessoas não se deixem influenciar pela opinião alheia e comece a retirar suas reservas aplicadas na caderneta de poupança, para não se arrepender depois. Sempre é bom ter um valor aplicado, não apenas para garantir o dia de amanhã, mas também para realizar seus sonhos, sem ter que se endividar.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O OUTRO LADO DA INTERNET

      
A violência cresce dia-a-dia em proporções assustadoras e com a globalização o conhecimento desses fatos chega muito rápido até nossas casas. O mundo virtual entrou em nossas vidas fazendo uma revolução na rapidez de informações, auxiliando em pesquisas e facilitando a tomada de decisões. Tudo isso mudou o conceito sobre o apoio da tecnologia em nossas atividades, tal como conectar-nos ao mundo, viajar pelas fronteiras da imaginação e da informação num clicar do mouse.

Nos anos 90, novos caminhos se multiplicaram e, através deles, as relações virtuais entraram de modo inesperado na vida das pessoas. Mas se a internet veio para acrescentar de forma positiva, por outro lado, está sendo utilizada também para a propagação de transgressões, delitos e crimes virtuais. Hoje, com a ajuda da tecnologia, pedófilos distribuem entre si arquivos contendo fotos de menores sendo explorados sexualmente, marcam encontros nas salas de bate-papo omitindo suas verdadeiras identidades e por fim, transforma num caos a vida das pessoas envolvidas.

Para quem se interessa pelo assunto sugiro o filme CONFIAR (2011), do diretor David Schwimmer, que trata justamente desse tema, sem apelação. A sensação de quem assiste os 106 minutos da história é de impotência e uma certeza de não estarmos salvos em nossas casas. Recentemente pesquisando pela internet me deparei com comentários de pessoas que aguardavam a continuação desse filme, pois teriam a oportunidade de vingar à protagonista.

Apesar de a Internet ocupar atualmente um grande espaço na mídia e ter crescido em grande velocidade, os pesquisadores da área de Psicologia, apenas recentemente, começaram a estudar hábitos de conexão, mudanças na vida das pessoas e problemas decorrentes do uso da Internet.

                                                                         Texto de Simone Lemos

CRISE CIVILIZACIONAL

          
            Mesmo que seja difícil de aceitar, vivemos uma crise civilizacional, podendo ser identificada na forma das pessoas se relacionarem, na agressividade, na irritabilidade, na impaciência, na intolerância, na ganância, no egoísmo, demonstrando com isso, o desequilíbrio interno que toma conta de suas vidas.

            A discriminação, a desumanização, a desvalorização do ser, parece que passou a ser encarada com naturalidade. As pessoas e as Instituições estão preocupadas apenas com o seu resultado, o resto é totalmente desconsiderado. Essa falta de consideração, esse descuido, essa falta de olhar para o outro, principalmente para o discriminado, o marginalizado é que reforçam a crise civilizacional. Obviamente que esses não são os únicos pontos. Quando falamos em crise civilizacional temos que pensar em termos de macro, ou seja, no mundo todo, visto essa crise não ser um privilégio dos brasileiros e não atingir apenas as relações humanas.

            A violência que toma conta das crianças, das mulheres, dos  idosos, dos desempregados, dos que perderam suas moradias, passando a viver na rua, demonstra a pobreza interna do ser humano, nos tempos atuais. Sendo isso agravado, quando deliquentes resolvem colocar fogo, em pessoas que já se encontram fragilizadas, muitas vezes, sem força para reagir.

            O egoísmo, o narcisismo faz com que as pessoas esqueçam os significados das palavras solidariedade, generosidade, altruísmo. O ser humano aprendeu a viver para si, preocupado apenas em atender as suas necessidades, interagindo com o outro apenas quando lhe convém, caso contrário se fecha no seu mundo, pois tudo que se reporta ao outro não lhe interessa.

            As pessoas se esqueceram de alimentar a sua vida espiritual, afastando-se de suas religiões, porque resolveram se tornar seus próprios deuses. Com isso, o índice de violência, de suicídios, de drogadição, de degradação do ser humano vem crescendo. É lamentável que o homem com toda a sua inteligência e com todo o avanço que a ciência vem tendo nos últimos tempos, não consiga reverter essa situação. Na realidade, a impressão que passam é que não existe interesse em reverter à crise civilizacional que se faz presente no mundo todo.

domingo, 6 de maio de 2012

INVERNO

            Falta pouco para a chegada do inverno, em que os frios aqui no Sul são intensos, deixando muitos dias sombrios, chegando a mudar o humor de algumas pessoas, em função da diminuição de produção da serotonina, já que ela é estimulada quando a pessoa é exposta ao sol ou a uma luz brilhante.  Em função dos dias cinzentos e chuvosos típicos dessa estação, há um estímulo na produção de melatonina, que é o hormônio que regula o sono e que tem a sua produção aumentada no escuro,fazendo com que as pessoas fiquem mais tristes.

            Só que não é desse inverno que me proponho a falar hoje, mas sim do inverno da alma, em que os dias também se tornam sombrios, fazendo com que a vida perca o seu colorido e as noites sejam mais escuras, longas e frias. Nessas ocasiões, são bastante comuns as pessoas não encontrarem solução para os males que lhes afligem, achando que tudo está perdido. Mesmo que sejam convidadas a terem outro olhar para situação que se apresenta, não conseguem enxergar.
            Preferem remoer os sentimentos que lhe geram desconforto, alimentando sua raiva, às vezes, ódio, não conseguindo tolerar as frustrações que carrega dentro de si e nem mesmo perdoar as pessoas que possam ter lhe feito sofrer. Projeta para o externo toda causa de seu sofrimento, sentindo-se injustiçado, reforçando mais a condição de vítima em que muitas vezes se coloca.
            Acaba por ficar anuviado, devido à falta de capacidade de lidar com algumas situações, de perdoar, de tolerar as frustrações, que a própria vida se encarregar de colocar em seu caminho, de aceitar suas limitações e reconhecer seus erros, deixando de lado sua onipotência, o seu orgulho. Procurando olhar mais para o outro, sendo capaz de perceber que existem pessoas com situações muito piores que a sua.
 Se conseguir encarar esse momento de inverno em que está inserido, como uma oportunidade de crescimento e de aperfeiçoamento, com certeza logo se desvencilhará dele.  Esse pode ser o momento sabático de algumas pessoas, em que são obrigados, por vezes, parar e olhar para dentro de si, a fim de reconhecer-se como pessoa, identificando as suas reais necessidades, aproximando-se do seu verdadeiro eu e analisando quais são as suas necessidades de mudança, para que possa se tornar uma pessoa melhor, mais humana, mais amiga, mais tolerante, mais leve  e acima de tudo, mais feliz.

sábado, 5 de maio de 2012

TER OBJETIVOS NA VIDA

         
          Ter objetivos na vida é o tempero necessário para seguir em frente. Aceitar desafios, ousar o novo, tentar o que não foi tentado, pensar o impensável, são maneiras de deixar a zona de conforto em que se encontra.

            Infelizmente não são todas as pessoas que se dispõe a enfrentar desafios, preferem viver sempre a mesma coisa, sem quebrar a rotina, alimentando a desesperança, por temerem não atingir os resultados esperados. Não se dão conta que dessa forma, não chegarão a lugar nenhum.

            Todo o objetivo bem alicerçado pode ser alcançado, para tanto, faz-se necessário ter coragem e convicção para agir e enfrentar as possíveis dificuldades que possam surgir. Além disso, é imprescindível ter claro o que realmente deseja e quais as estratégias que utilizará para alcançar o seu objetivo.

            O grande problema que temos, é que algumas pessoas não têm muita certeza do que realmente querem, por agirem não pelo seu inconsciente pessoal, mas sim, pelo coletivo. Com isso, acabam não sendo honestas consigo mesmo por darem créditos às crendices impostas pelos outros.

            Em função dessa preocupação em seguir a demanda imposta pelas pessoas, acabam afastando-se dos seus verdadeiros sonhos. Consequentemente, alcançar o objetivo que se propõe pode, muitas vezes, se tornar algo enfadonho, que o leva a desistir.

            Por isso, antes de qualquer coisa, é necessário ter claro quais são os seus objetivos e esses devem ser justificáveis para si. Não obstante, faz-se necessário que a pessoa se conheça, que saiba diferenciar o que é seu do que é do outro, para não se deixar influenciar, a fim de conseguir trilhar o seu caminho, cumprindo os propósitos que estabeleceu para sua vida.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

            
          Em virtude de ser questionada porque as pessoas que trabalham com educação financeira são contra o consumismo, creio que é importante clarificar que isso não é uma verdade. Quando se fala em educação financeira, não se está dizendo que as pessoas não devam consumir, mas que o façam de forma consciente.

            Afinal, o que é comprar de forma consciente? É saber que o valor que está gastando ou a dívida que está contraindo, cabe no orçamento. Que não precisará lançar mão do limite do cheque especial e muito menos de um financiamento pessoal, para quitar seus compromissos.

            Comprar consciente é avaliar a necessidade da compra, verificando se é o melhor momento para fazê-la e questionar a real utilidade do que está sendo comprado. A compra não deve ser feita por impulso, por isso, quando se empolgar com algo que viu em uma vitrine não compre na hora. Espere para comprar no dia seguinte, vá para casa e avalia se realmente precisa comprar. Provavelmente não voltará no dia seguinte para comprar, pois perceberá que a empolgação passou.

            A educação financeira visa ensinar as pessoas a gastarem dentro da sua realidade financeira, reservando sempre 10% do seu rendimento para investir. Procura mostrar quanto dinheiro as pessoas jogam fora, comprando coisas que não usam.  A quantidade de juros que pagam para bancos, financeiras, operadoras de cartão de crédito, agiotas, etc.

            Existem pessoas que antes de receberem seu dinheiro já deram um destino para ele. Depois passam o resto do mês se queixando e reclamando do salário. Ficam desmotivadas para trabalhar, pois acreditam que trabalham, só para pagar contas. Esquecem que isso ocorre, porque não se planejam financeiramente.

            Portanto, a educação financeira visa ensinar estratégias para que as pessoas utilizem o seu dinheiro corretamente, a fim de evitar o endividamento.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

O Anonimato na internet como facilitador de transgressões e crimes virtuais

      
A Internet permite às pessoas exercitar traços ocultos ou reprimidos de suas personalidades, exibindo on-line uma personalidade diferente da experiência do cotidiano. O espaço virtual possibilita a exposição a diversas situações que podem levar ao crime. A transgressão e o crime virtual são pouco estudados e assim, difícil de serem combatidos pelas autoridades. Realizei uma pesquisa para obtenção do título de Especialista em Psiquiatria Forense, Saúde Menta e Lei com o objetivo de identificar o papel do anonimato na manifestação de comportamentos virtuais inadequados e não experimentados fora do contexto da Internet. Foi utilizado um questionário que continha dados sócio-demográficos, descrição de uso da Internet e impacto psicológico da rede na vida. Os resultados encontrados mostrou que a maioria eram mulheres (60%), a idade variou entre 18 e 50 anos e 80% dos internautas que praticaram algum tipo de transgressão apresentavam nível escolar superior. O anonimato, segurança e facilidade de acesso são os principais fatores que levam ao uso da Internet. Dos internautas que participaram da pesquisa, 20% já utilizou o anonimato como facilitador para transgressões e crimes virtuais. Dentre esses, 80% não sentiam culpa, apesar de lesarem outras pessoas e repetiriam esses atos se tivessem oportunidade. A conclusão do trabalho demonstrou que as pessoas consideram a vida real e a internet distintas e por isso as regras do real não valem no virtual, permitindo que no virtual os desejos de violência sejam expostos. Sendo assim, o anonimato contribui para a falsa sensação de segurança. Desta forma, o internauta torna-se vulnerável a transgressão.

                                                         Texto de Simone Lemos

terça-feira, 1 de maio de 2012

A DIFICULDADE DE DIZER NÃO

    
Como dizer não é algo tão difícil para algumas pessoas. Preferem se violentar, fazendo coisas que não gostariam de fazer ou até mesmo de comprar, porque não conseguem dizer não. Esquecem que todas as vezes que dizem sim para alguém, estão dizendo não para elas, mesmo que isso vá contra a sua vontade.

Podemos pegar diversos vieses para tentar entender essa dificuldade, mas vou me limitar apenas a dois. O primeiro, porque foram criadas assim, ouvindo a mãe falar que não pode dizer não para os outros, principalmente para os mais velhos, que deve fazer o que as pessoas pedem, por uma questão de educação. Mesmo na condição de adultas, continuam com essa informação internalizada em seu inconsciente e por isso, sentem a necessidade de continuar dizendo sim, mesmo quando a vontade é dizer não.

Outro ponto a ser observado e que pode estar relacionado ao primeiro é o medo de desagradar os outros, que poderão vir a rejeitá-lo caso não atenda os seus desejos. Isso gera um grande pânico em algumas pessoas, que não percebem que se trata apenas de um pensamento seu, portanto, não significa que seja uma verdade e que isso vá acontecer.

A necessidade de agradar o outro, de satisfazer as suas expectativas, de dar conta das cobranças que lhe é feita, contribui para que acabem se distanciando de si mesmo, pois acreditam de forma pueril que para terem um espaço na sociedade, no grupo de colegas ou amigos, na família precisam atender as exigências que os “outros” lhe impõe, deixando as suas de lado. Só que na realidade, não são os outros que lhe impõe as coisas e que não lhe permite dizer “não”. É a própria pessoa, que pelas suas dificuldades internas, não consegue trabalhar com o “não” e projeta isso para os outros, justificando a sua maneira de funcionar.
Dizer “não” é tão comum e saudável como dizer sim, o que não pode acontecer, é sustentar as crenças enraizadas no inconsciente, deixando-as prevalecer, agredindo-se cada vez que diz sim para o outro, quando o grande desejo é dizer “não”.
           Diga “não” sem medo e verá que as suas crenças não correspondem à realidade. As pessoas até podem estranhar inicialmente, mas depois passam a encarar o “não” com naturalidade.