Em virtude de ser
questionada porque as pessoas que trabalham com educação financeira são contra o
consumismo, creio que é importante clarificar que isso não é uma verdade.
Quando se fala em educação financeira, não se está dizendo que as pessoas não
devam consumir, mas que o façam de forma consciente.
Afinal, o que é comprar de forma consciente? É saber que
o valor que está gastando ou a dívida que está contraindo, cabe no orçamento. Que
não precisará lançar mão do limite do cheque especial e muito menos de um
financiamento pessoal, para quitar seus compromissos.
Comprar consciente é avaliar a necessidade da compra,
verificando se é o melhor momento para fazê-la e questionar a real utilidade do
que está sendo comprado. A compra não deve ser feita por impulso, por isso,
quando se empolgar com algo que viu em uma vitrine não compre na hora. Espere
para comprar no dia seguinte, vá para casa e avalia se realmente precisa
comprar. Provavelmente não voltará no dia seguinte para comprar, pois perceberá
que a empolgação passou.
A educação financeira visa ensinar as pessoas a gastarem
dentro da sua realidade financeira, reservando sempre 10% do seu rendimento
para investir. Procura mostrar quanto dinheiro as pessoas jogam fora, comprando
coisas que não usam. A quantidade de
juros que pagam para bancos, financeiras, operadoras de cartão de crédito,
agiotas, etc.
Existem pessoas que antes de receberem seu dinheiro já
deram um destino para ele. Depois passam o resto do mês se queixando e
reclamando do salário. Ficam desmotivadas para trabalhar, pois acreditam que
trabalham, só para pagar contas. Esquecem que isso ocorre, porque não se
planejam financeiramente.
Portanto, a educação financeira visa ensinar estratégias
para que as pessoas utilizem o seu dinheiro corretamente, a fim de evitar o
endividamento.
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