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segunda-feira, 21 de maio de 2012

NÃO SE DEIXAR CONTAMINAR

          
          Precisamos estar atentos para não nos deixarmos contaminar pelo potencial de intransigência, pelas reclamações e pelo mau-humor dos outros. Pois corremos o risco de sermos contaminados, sem até mesmo percebermos e nos tornarmos pessoas tão pesadas quanto essas.

            Quantas são as vezes que depois de falarmos com alguém, nos sentimos desconfortáveis e não sabemos o motivo. A razão é que o nosso inconsciente captou o desconforto do outro. No processo terapêutico chama-se isso de transferência, só que ao nos darmos conta, tratamos de devolver para o paciente, de forma trabalhada, esse conteúdo que é dele, ao que damos o nome de contratransferência.

            No nosso dia-a-dia, ao percebermos que uma pessoa começa a reclamar muito, se queixar, ou está mal-humorada, o ideal é sairmos de perto, para não nos deixarmos contaminar. Costumo dizer que a pessoa mal-humorada ou queixosa, não só contamina, mas também nos infecta. Quando vemos, qualquer coisa é o suficiente para estarmos agindo igual.

            Não podemos permitir que o humor do outro nos influencie e nos tire do eixo. Como diz a gurizada, “cada um no seu quadrado”. Podemos e devemos escutar as outras pessoas, suas queixas, mas tem limite. O problema, na maioria das vezes, é que quando apresentamos alguma solução, elas não aceitam, porque  o objetivo não é esse, visto que a reclamação é a forma que encontram para estabelecer uma conversa. Não sei se vocês repararam, mas tem me chamado atenção o fato de as pessoas não mais conseguirem tabular um diálogo, pois a única coisa que sabem fazer é se queixar.

            Isso preocupa, pois é sinal de quanto o ser humano está adoecido e não  percebe.


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