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segunda-feira, 30 de abril de 2012

SUSTENTABILIDADE NA RELAÇÃO HUMANA

       
           A relação entre as pessoas está cada vez mais frágil, mais precária, dificultando as relações e isso pode ser atribuído ao hiato que existe entre o verdadeiro eu e o eu que as pessoas desenvolveram para atender a demanda da sociedade. Hoje as pessoas estão mais preocupadas em não decepcionar os outros, mas não percebem que para isso, acabam se decepcionando, pois na sabem mais quem são.

            Como é possível estabelecer uma relação ética, sustentável, se perdemos o referencial do nosso eu. Percebe-se que as pessoas procuram ser aquilo que acreditam, no seu imaginário,  que os outros querem que elas sejam.  Descrevem personagens para se comunicarem na internet e com isso cada vez mais vão perdendo a noção da sua essência.

            As pessoas não conseguem mais estabelecer um diálogo ético e esse é um dos sustentáculos das relações. Sem isso, não é possível haver um comprometimento, uma reciprocidade, uma interação, entre as pessoas.

            No entanto o que vemos no mundo moderno, é uma constante disputa, um sentimento de inveja, em que as pessoas querem ocupar o espaço do outro, esquecendo que existe espaço para todos, de brigas, de rancores, raivas e mágoas. Dessa forma, caminhamos para uma crise civilizacional como diz Leonardo Boff. Ainda é tempo de resgatarmos os nossos valores éticos, de nos apropriarmos do nosso eu, de curarmo-nos dessa doença que toma conta da sociedade e de nos tornamos pessoas mais humanas, mais integras e mais felizes.

           


domingo, 29 de abril de 2012

SUPERFICIALIDADE DAS RELAÇÕES

         
         Confesso que fico chocada e até mesmo triste ao ver a forma como as relações humanas vêem sendo conduzidas. Parece que as pessoas não têm mais tempo para se dedicar ao outro, para ouvi-lo, para sentarem e tabularem um diálogo. Preferem se comunicar pela internet, falarem pelo MSN, facebook, sites de relacionamento, onde cada um cria o seu personagem e fala o que quiser.

            Poder trocar emails ou falar com pessoas de todos os continentes, como hoje é possível, pois a internet nos favorece, é algo muito bom, mas ao mesmo tempo isso contribui para que as relações se tornem cada vez mais superficiais e distantes.

            As pessoas passaram a ser seres descartáveis, ou seja, não agradou por qualquer motivo, “cai-se fora” e não se dá a mínima satisfação. Verifica-se isso muito nos relacionamentos afetivos, nos casamentos ou união estáveis. A primeira dificuldade que aparece é motivo para separação, pois ninguém mais sabe tolerar os limites do outro e a intransigência passou a ser algo muito presente na vida do humano.

            Infelizmente o que se percebe hoje nas relações é uma frieza, um jogo de interesses, uma insensatez, mostrando o adoecimento das pessoas. Algumas querem manter o controle e o domínio sobre as outras, impondo suas ideias, opiniões e caso isso não seja aceito, tratam logo de descartar. Projetam suas frustrações para o outro e querem que esse aceite, pois assim conseguem ter a sensação de alivio.

            Na realidade, o que se percebe é que as pessoas perderam seus referenciais, pois não conseguem mais olhar para dentro de si e ver quem realmente são. Quais são as suas necessidades enquanto humano preferem acreditar, que as respostas para os seus anseios, encontrarão no externo. Esqueceram que o humano precisa se relacionar com os outros de forma saudável, sentindo-se amado e querido, podendo retribuir o carinho e atenção que recebe do outro. Para que isso aconteça, é necessário apenas deixarem a superficialidade de lado, sendo mais autênticas e humanas, aceitando-se como realmente são, sem precisarem criar simulacros para encarar o outro, a fim de serem aceitos.

            Apesar de superficialidade prevalecer nas relações, ainda se encontra pessoas que nos convidam a pensar, por meio da grandeza de sua alma. Outro dia ao falar com uma pessoa, que pouco conheço, mas que ao finalizar o diálogo deixou transparecer sua riqueza de humano ao dizer: “já que somos mortais, que o amor nos salve”. Realmente, precisamos deixar o amor agir mais nas nossas relações, não o amor carnal, mas o amor ágape, para nos tornarmos seres mais humanos.

           

           

sexta-feira, 27 de abril de 2012

MONOFOBIA

O texto postado hoje é da colega e amiga Simone Lemos, que é uma estudiosa da monofobia. Você sabe do que estou falando?
        
Faz muito tempo que eu estudo e escrevo sobre internet e as relações virtuais. Considero essa ferramenta importante e sem dúvida tem ajudado as pessoas em vários as aspectos, por exemplo:

1) Reduziu distâncias;

2) Agilizou as transações comerciais,

3) Trouxe informações e notícias em tempo real;

4) Proporcionou a criação de redes de relacionamentos;

5) Deu oportunidade para que as pessoas saíssem do anonimato, entre outros.

Não vou entrar no mérito das questões negativas sobre o uso indevido da internet.

Como informação, a internet teve sua origem embrionária em plena guerra fria como arma militar norte-americana de informação. A idéia consistia em interligar todos as centrais de computadores dos postos de comando estratégicos americanos, precavendo-se, pois, de uma suposta agressão russa. Sendo atacado um desses pontos estratégicos, os demais poderiam continuar funcionando, auxiliando e fornecendo informações a outros centros bélicos.

Mas será que alguém poderia imaginar que essa evolução tecnológica poderia desencadear uma doença?

Pois é… estou falando da Monofobia. Mas o que isso?

Monofobia, em geral, é o medo  de ficar incomunicavel, sozinho.  A possibilidade de ficar sem conexão deixa o individuo extremamente irritado, pois precisa estar o tempo todo conectado em suas redes sociais. Pode parecer estranho mais muito pessoas sofrem desse mal, e nos dias de hoje cresce o número de pessoas que sentem-se assim. Isso não acontece somente com a internet, existem pessoas que ao sair para trabalhar e percebem que estão sem o celular voltam para a casa para pegá-lo, mesmo que estejam atrasados.

Aproximadamente 22% dos franceses admitem ser “impossível” ficar por mais de um dia sem celular, segundo uma pesquisa realizada em março pela empresa Mingle com 1.500 utilizadores. Esta porcentagem chega a 34% entre os jovens de 15-19 anos.

Entre as pessoas consultadas 29% afirmaram que conseguem ficar sem o telefone por mais de 24 horas, “mas dificilmente”, contra 49% que acreditam conseguir “sem problema”.

E você? Como está encarando essa tecnologia?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

CAUTELA

           
            Nos últimos dias, um dos assuntos que tem se mantido em pauta nos veículos de comunicação é a baixa dos juros e a portabilidade das dívidas. Muitas pessoas chegam a associar a portabilidade das dívidas ao anúncio da redução dos juros, por não saberem que isso é possível desde 2006, só que os bancos não têm muito interesse em divulgar.

            O anúncio da redução de juros lotou as agências bancárias, fazendo até com que algumas abrissem antes do horário para atender os clientes. Isso preocupa, porque se as pessoas não estiverem muito atentas as negociações que irão fazer, poderão acabar entrando em algumas arapucas bancárias. Para evitar que isso aconteça, é muito importante ter cautela e não agir na empolgação, querendo logo se livrar da divida. Se informe, não fique constrangido em fazer perguntas, em pedir várias opções de pagamento, achando que o seu gerente lhe considerá um chato. É um direito seu ser cauteloso com as suas finanças. Sendo assim, peça ao seu gerente lhe dê impresso o valor da negociação. Não feche na hora, leve para casa, analise com calma, consulte seus familiares ou se tiver dúvida, busque a orientação de alguém que entende do assunto e possa lhe ajudar. Pense o quanto irá reduzir o valor da sua dívida. Pois se o número de parcelas for muito longo, periga você acabar trocando seis por meia dúzia. Lembre-se, ainda, que o gerente do banco não é seu amigo, ele visa os interesses da Instituição em que trabalha ou até mesmo o dele, pois em alguns bancos, os gerentes ganham uma comissão em cima do valor que lhe empresta. Enquanto você empobrece, ele enriquece.

            Outra coisa a ser observada é se ao fazer a renegociação da dívida, não estão lhe empurrando nenhum outro tipo de produto bancário, como seguro, título de capitalização, previdência privada, etc. São bastante comuns as vendas casadas na hora de lhe ofertarem um crédito, apesar de ferir totalmente o código de defesa do consumidor. Seja firme e diga não, nesse momento você não está em condições de adquirir mais um compromisso financeiro. O gerente do banco não pode lhe negar crédito, porque não comprou um produto bancário. Se você está negociando uma dívida é porque não tem dinheiro, portanto, não é a hora de assumir mais nenhum compromisso financeiro

Cabe destacar que você não precisa sair correndo para renegociar as dividas, pois a tendência é reduzir um pouco mais os juros, portanto vá com calma.

            Um terceiro ponto a ser  salientado é o anuncio de que com a redução dos juros, as pessoas poderão realizar seus sonhos, comprando eletrodomésticos, móveis, aparelhos tecnológicos por preços mais acessíveis. Isso gera um desejo no indivíduo de comprar, motivando-o ir as compras. Quem não leu o meu artigo postado sobre a influência do neuromarketing na hora de consumir, sugiro que leia, para entender que isso que os bancos e algumas lojas fazem é uma jogada de marketing.

            Antes de pensar em comprar, de aproveitar que os juros estão baixos, analise se é o momento. Verifique na sua planilha de contas a pagar e na de crédito, se você tem condições de ter mais um compromisso financeiro. Não faça conta de cabeça, pois essas são sempre a seu favor, mas na prática não funciona. Tenha cautela, Não entre nessa de que pode realizar seus sonhos só porque o juro baixou, pois quando se der conta, vai estar endividado novamente.


quarta-feira, 25 de abril de 2012

CURSOS

Informo que no dias 8 e 9 de junho próximo estarei ministrando o Curso Básico de Educação Financeira.

No dia 18 de junho ministrarei o Curso Básico de Marketing de Serviços para Profissionais da Saúde

Para obter maiores informações, acesse o link abaixo.

http://www.incre.com.br

O AUTODESCONHECIMENTO

          
            Muito tem me chamado a atenção, a falta de conhecimento que as pessoas têm de si, nos dias de hoje. São excelentes para apontar as falhas dos outros, sem perceberem que essas, muitas vezes, são também suas. Isso demonstra o ego grandioso dessas pessoas, que se consideram perfeitas, capazes de apontar os “defeitos” alheios.

            Isso se dá em função do autodesconhecimento, que contribui para favorecer o excesso. Incentivando a superestimação de si mesmo, fazendo com que se sinta merecedor de todas as coisas, desde que essas não sejam críticas, pois não as tolera, afinal se enxerga quase como um deus, quando não ele.

            Essa forma de funcionar demonstra o olhar míope que a pessoa tem em relação a si, por não se autoconhecer. É comum as pessoas terem medo de olhar para dentro de si, de entrar em contato com o seu inconsciente e mergulhar nele, para encontrar respostas que busca no externo, mas que não acha, por estarem dentro dela. O autoconhecimento permite que o indivíduo se torne mais centrado, lidando com maior equilíbrio frente aos seus entusiasmos e ambições. Não se deixando levar pela empolgação do momento, que muitas vezes, o conduz para uma situação que acaba por lhe prejudicar.

            A máxima de Sócrates, “conheça-te a ti mesmo”, mostra-nos o caminho para a libertação, pois nos permite conhecer a perfeita objetividade de tudo o que se passa na experiência subjetiva do humano. No mundo moderno, entretanto, as pessoas preferem ignorar essa máxima, vivendo uma vida de projeção, dando asas ao seu imaginário, que lhe permite construir um falso self, enquanto o seu verdadeiro eu, mantém-se adormecido.

terça-feira, 24 de abril de 2012

ENTENDO O CONSUMISMO POR MEIO DO NEUROMARKETING

             
           Quantas vezes nos defrontamos com marcas diversas do produto que queremos comprar e levamos algum tempo para definir qual levar. Até que acabamos optando por uma determinada marca. O que será que nos leva decidir por uma marca em detrimento a outra? Outras vezes criticamos determinado produto, mas depois de um tempo, acabamos adquirindo, por quê? Será que isso se dá, por que apenas resolvemos mudar de opinião?

            Para responder essas perguntas, o pessoal do marketing juntou-se aos neurologistas que juntos resolveram estudar, por meio de exames de imagem, o que acontece em nosso cérebro nessas ocasiões, fazendo com que o indivíduo decida por determinada marca ou resolva comprar determinado produto, até mesmo quando não pensava em comprar. A esse estudo é atribuído o nome de neuromarketing, que permite mostrar a lógica do consumo das pessoas.

            O que tem sido observado neste rastreamento cerebral é que as nossas emoções exercem uma grande influência sobre as decisões que tomamos. E por isso, que a neuroeconomia se interessou em verificar como o cérebro toma decisões financeiras. Por meio do exame de Imagem por Ressonância Magnética Funcional (IRMF) está sendo possível verificar que emoções como generosidade, ganância, medo, bem estar afetam as decisões econômicas, já que a maior parte do nosso cérebro se dá por processos automáticos e não por pensamentos conscientes.

            Muitas são as vezes que nos pegamos imitando o comportamento de outras pessoas, sem percebermos. Somos capazes de sentirmos as dores que elas referem sentir; fazemos caretas, como elas fazem ao experimentarem algo amargo, compramos produtos parecidos, mesmo que disséssemos que não iriamos comprar. Isso não acontece  apenas por uma questão de empatia, mas segundo pesquisas, esse comportamento se dá em função dos neurônios-espelho que são capazes de subjugarem o pensamento racional, fazendo com que inconscientemente imitemos o comportamento apresentado por essas pessoas.

            Sendo assim, os neurônios-espelho também são responsáveis pelo nosso consumo, pois ao vermos as outras pessoas consumindo, acabamos por fazer o mesmo. Essa pode ser uma das causas de termos um índice de endividamento tão alto, pois o conceito de imitação favorece para que compremos.

            Ás vezes saímos de casa sem nenhuma intenção de comprar, mas ao chegarmos a casa, estamos cheios de sacola. Porque você viu na vitrine de uma loja algo que até não achava muito necessário, mas de tanto ver os outros terem, passou a sentir a necessidade de ter e por isso, resolveu comprar.

            Segundo os estudiosos, os neurônios-espelho não funcionam sozinhos. Mas com a dopamina, que é uma substância química cerebral que está relacionada ao prazer. Por se tratar de uma substância viciante, podemos atribuir a ela, também o ato de comprar, visto que as decisões de compra são motivadas em parte pelos seus efeitos sedutores. Isso explica aqueles questionamentos que fazemos, quando saímos da euforia da compra, se algum dia usaremos aquilo que compramos.

            Portanto, é importantíssimo estar muito vigil ao seu comportamento na hora de comprar. Consumir não se resume apenas a um ato de impulsividade, pois hoje, a neurociência e a neuroeconomia nos mostram que existem outros fatores que explicam o nosso desejo de consumir.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

ESTILO DE VIDA OU QUALIDADE DE VIDA?

     
       Muito se ouve falar sobre qualidade de vida, eu mesma, muitas vezes, menciono em meus textos, a importância de termos qualidade de vida. No entanto, outro dia, conversando com uma pessoa, ela me fez esse questionamento que ora lhes faço: o que é importante, o estilo ou a qualidade de vida? Claro que é o estilo, pois a qualidade é uma conseqüência do estilo.

            Quando se fala em estilo de vida, estamos nos reportando á estratificação da sociedade, expresso através do comportamento, de hábitos ou forma de vida adaptada ao seu dia-a-dia. Nesse processo, incluem-se também as relações familiares, profissionais e recreativas.

            Manter um estilo de vida saudável é importante, porque assim, evitamos o risco de nos envolvermos com doenças crônicas.  Para se manter um estilo de vida saudável, faz-se necessário pensar em termos de saúde preventiva. Isso inclui cuidar da alimentação, a fim de evitar a obesidade, manter atividade física, fazer um check-up anual, para não contribuir com a super lotação das emergências nos hospitais, ter momentos de lazer, exercitar o cérebro, para manter a memória ativada, procurar enfrentar as intempéries sem se estressar, levando a vida de forma mais “light”.

            Quanto mais cedo se desenvolve hábitos saudáveis, melhor. Esses devem ser mantidos por toda vida, até mesmo na idade madura. Nessa fase é comum as pessoas apresentarem vários problemas, por não se exercitarem mais, ficar muito sentado, não se envolverem com algumas tarefas para preencherem o tempo. É fundamental desmistificar a crença de que pessoas de mais idade têm limitações, pois essas, na maioria das vezes, são impostas por elas mesmas. Sabe-se que algumas pessoas com a idade vão apresentar limitações, mas isso está associado ao estilo de vida que escolheu para si. Não podemos fazer dessas limitações, uma regra para todas as pessoas que vão avançando na idade. As limitações nas pessoas de mais idade podem estar também associadas a questões emocionais e psicológicas.

            Quem desenvolve no decorrer da vida, um estilo de vida saudável, só pode desfrutar de qualidade de vida, independente da faixa etária em que se encontra.

           




domingo, 22 de abril de 2012

CONVIVENDO COM QUEM NÃO GOSTAMOS

       
           Muitas são as vezes que precisamos conviver com algumas pessoas com as quais não simpatizamos muito ou até mesmo não gostamos, por motivos variados. Nessas situações, precisamos ter claro que alimentar as diferenças, a raiva, as mágoas, os rancores, só acabam por nos prejudicar, tornando cada vez mais intolerável e insustentável a situação.

            Sendo assim, o melhor que temos a fazer é assumirmos a situação de que temos que conviver com pessoas que não gostamos, evitando alimentar críticas, comentários desnecessários, ironias, procurando ter uma postura ética, um comportamento urbanizado, a fim de evitar atritos.

            Outro ponto a ser observado nesses casos, é evitar assuntos polêmicos, discussões, não impor o seu ponto de vista, não aprofundar assuntos que possam desencadear conflitos, avaliar se vale à pena responder as provocações que muitas vezes surgem. Quando se percebe que a outra pessoa está tentando nos tirar do sério, não podemos entrar na freqüência dela, pois caso isso aconteça, estaremos dando-lhe poder para nos tirar do eixo.

            O recomendável nessas situações é nos protegermos, nos defendermos tentando esvaziar a agressão externa e refletindo quais os reais motivos que nos levam a não gostar da pessoa. Dessa forma, teremos como identificar se os motivos que desencadeiam o não gostar é nosso ou dela, porque podemos estar depositando o nosso lado sombrio nessa pessoa, sendo ela apenas um depositário de nossas projeções.

sábado, 21 de abril de 2012

CAUTELA COM A REDUÇÃO DE JUROS

       
           Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice de famílias que se encontra endividadas ou com contas em atraso está crescendo. O índice do mês de abril, apontas 23% , apresentando um aumento em relação ao mês de fevereiro que foi de 21,8%.

            Isso demonstra que as pessoas estão com contas altas, não conseguindo se livrar das mesmas. Em geral são contas do cartão de crédito, cheques pré-datado, carnês, financiamento do carro, seguro, crédito pessoal. Muitos na ânsia de resolver essas pendências apelam para novos financiamentos, principalmente agora que os bancos públicos e privados estão anunciando uma redução de juros.

            Quando se está com contas em atraso ou endividado é um grande risco pegar dinheiro emprestado, mesmo que o juro seja baixo. Alguns bancos oferecem para seus clientes a possibilidade de renegociar a dívida e a pessoa no desespero acaba aceitando. Não se dando conta que está pagando juros compostos e que isso só contribuirá para que se endivide mais.

            O melhor negócio é não se endividar ou não deixar as contas atrasarem, mas existem situações que isso foge do nosso controle, como por exemplo, quando surge uma doença, um acidente, uma morte. Situação que a pessoa não espera e que não tem como deixar de atender. Esses casos não são os mais comuns, quando se trata de endividamento. Em geral as pessoas compram na ânsia de adquirirem logo o objeto que desejam, sem analisar se podem ou não gastar. A maioria utiliza-se do cartão de crédito, não lembrando que dentro de 30 dias estará chegando à fatura e que precisará pagar.

            Alguns optam pelo pagamento rotativo do cartão de crédito, principalmente quando o dinheiro falta, mas essa é a uma das piores alternativas, pois o juro do cartão é muito alto e começa a avolumar o valor da dívida.

            É importante não se deixar levar pelo anúncio de baixa dos juros e sair tomando dinheiro nos bancos para pagar as pendências.  Isso poderá, dependendo da situação financeira, ser um agravante. O ideal é tentar gerenciar as contas, mesmo as que estão em atraso, sem precisar fazer novas contas.



           


quinta-feira, 19 de abril de 2012

DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL

 Atendendo as sugestões de algumas pessoas e aproveitando a boa vontade da colega Simone Lemos, estou postando o seu texto, Diagnóstico Empresarial, que nos clarifica de forma sucinta qual a finalidade desses em uma empresa.

A preocupação das empresas com um mercado competitivo, independente do ramo, gerou mudanças de comportamento em relação ao direcionamento do processo gerencial. Algumas empresas por falta de tempo não conseguem resolver os problemas que surgem no decorrer do caminho. Isso não deixa de gerar frustração e conseqüentemente, reflete nas atitudes das pessoas.

Quando isso acontece uma forma de resolver os problemas é a contratação de profissionais especializados para que possam diagnosticar os pontos fracos do processo como um todo. A partir daí entra em questão o planejamento com o intuito de criar soluções para os problemas existentes. Vale mencionar que serão avaliados os aspectos positivos e reforçados como um fator de sucesso na organização. Para que esse trabalho de diagnóstico tenha êxito é evidentemente que será necessário o engajamento de todos (funcionários, gestores e diretoria).
Minha experiência mostra que antes de qualquer ação, o trabalho deve ser explicado para todos os funcionários, pois é essencial que não desperte sentimentos de ansiedade, medo e desconfiança. Se todos entenderem que fazem parte da engrenagem, mais chance terão de obter êxito no objetivo final. 
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O elemento humano ainda continua sendo um fator de extrema importância. Sem isso a empresa não tem como sobreviver. De nada adianta investir em maquinários se as pessoas não estão motivadas e interessadas nas mudanças.

Antes de cobrar seu funcionário pense em como está à saúde de sua empresa! Que tal tratá-la como prioridade?




terça-feira, 17 de abril de 2012

A perícia psicológica como instrumento de proteção às empresas em processos judiciais

        
Novamente estamos contando com a colaboração da Psicóloga Simone Lemos, que nos fala de algo tão importante para as empresas, que é a perícia psicológica. Hoje é bastante comum as mesmas serem condenadas a pagar valores exorbitantes para funcionários que requerem, via judicial, indenização por danos morais.
O que antes era visto com certa indiferença, hoje se tornou indispensável para solucionar os problemas relacionados aos processos judiciais contra as empresas. A contratação de profissionais especializados, com profundos conhecimentos nas áreas da psicologia e do direito, se tornaram o único caminho seguro para assessorar os gestores de empresas de forma a evitar gastos desnecessários com pagamentos exorbitantes por ações trabalhistas, cíveis ou previdenciárias.

Os profissionais dessa área auxiliam na preparação de quesitos, orientam na elaboração de contestações e impugnações com base na documentação existente no processo judicial e, ainda, elaboram laudo técnico indispensável para embasar os argumentos dos procuradores das empresas. Também os profissionais da área contábil podem contribuir com a investigação, análise e cálculos no momento em que os processos envolvem as questões monetárias. No mercado hoje existem empresas especializadas nessa área específica da perícia, que envolve os processos por dano moral e psíquico e, nesse caso, os peritos psicólogos são os profissionais indicados para atuar como assistentes técnicos junto à assessoria jurídica das empresas.

Observa-se atualmente uma verdadeira indústria de reclamações trabalhistas alegando danos morais causados no ambiente de trabalho. Os reclamantes frequentemente são mal orientados e acabam fazendo pedidos que extrapolam seus direitos. Da mesma forma as grandes empresas ainda hoje não contam em suas assessorias jurídicas com profissionais dessa área específica. As empresas de perícias podem acompanhar os empregadores examinando e propondo os melhores caminhos a seguir.

Outro aspecto importante é a prevenção, que procura evitar a prática de determinadas irregularidades, muitas vezes desconhecidas pelos empregadores. Essa prevenção pode ser feita através de palestras, treinamentos e por assessorias contratadas, temporariamente, para acompanhar o processo de gestão de pessoal.

Simone Lemes é sócia na empresa CLM Perícias, Psicóloga, possui sólida experiência em Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas, especialista em Psiquiatria Forense, Saúde Mental e Lei pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Assistente Técnica de empresas em processos de danos morais, danos psíquicos, doenças ocupacionais na área psicológica, Psicoterapeuta, especialista em Psicologia Clínica, foi membro da Associação Brasileira de Psicologia Jurídica (2009/2011), Professora convidada do curso de Psiquiatria Forense, Saúde Mental e Lei – UFCSPA, na disciplina de Elaboração e Interpretação de Laudos Judiciais, Coordenadora e Colunista da Revista Planeta Empreendedor Magazine Online e TV planeta Empreendedor e Consultora do Instituto Nacional de Comunicação e Relacionamento- INCRE.






CRÉDITO CONSIGNADO PARA APOSENTADOS E PENSIONISTAS

        
           É preocupante quando se lê que aposentados e pensionistas tomaram R$ 2.969 Bilhões em crédito consignado, com desconto em benefício, no mês de fevereiro. Isso representa um aumento de 29,73% sobre o mesmo período de 2011, mas se comparado esse aumento com o mês de janeiro desse ano, foi menor, de 2,38%, segundo informações do próprio INSS.

            Sabe-se que muitas vezes essas pessoas acabam fazendo empréstimos não para seu uso, mas para ajudar filhos, netos que não tem condições de pegarem dinheiro junto às instituições financeiras, por já estarem endividados ou não terem como comprovar renda.

            Essa facilidade ofertada pelos bancos e financeiras aos aposentados e pensionistas, está sendo a causa de endividamento desse grupo de pessoas, que já deveriam estar vivendo uma vida mais tranqüila, sem preocupações financeiras.

            Claro que não podemos responsabilizar somente os familiares dessas pessoas, porque alguns já têm um histórico. Passaram a vida toda endividados, por não conseguirem se organizar financeiramente.

            O crédito consignado é algo comum na vida dos funcionários públicos, independente da instância, que pela facilidade de tomarem dinheiro dos bancos e serem descontados em folha, lhes dá a sensação de que não terão que pagar posteriormente. Só que muitas vezes quando recebem o contracheque levam um susto, pois o valor líquido a ser recebido é muito pequeno. Com isso, são obrigados a fazer nova tomada de dinheiro, para poder quitar seus compromissos. Assim vão se endividando cada vez mais.

            Quando se aposentam, continuam repetindo o mesmo comportamento que tiveram a vida toda. Outras pessoas, não tinham esse hábito, mas se tornam compradoras compulsivas porque ao assumirem a condição de pensionistas, sentem o gosto de lidar com o dinheiro, coisa que não tiveram durante a sua vida conjugal, pois o marido é quem controlava as finanças do casal. Na condição de administradoras, acabam se deslumbrando e achando que o dinheiro que ganham dá para tudo, só que não é bem assim.

            Agora, o que tenho visto muito em consultório são pessoas que ao ficarem viúvas, passaram a receber uma boa pensão, mas que estão totalmente endividadas, porque os familiares acreditam que esse dinheiro também tem que ser gasto por eles. Como algumas mães têm dificuldade de dizer não para os filhos, acabam ajudando-os e ficando por vezes, sem dinheiro até mesmo para comprar seus remédios, pois esses precisam pagar a prestação do carro, viajar, frequentar bons restaurantes.

            Penso que essa medida do governo que visa “facilitar” a vida de pensionistas e aposentados, está criando um problema de difícil solução para esse grupo de pessoas, que muitas vezes ao irem receber sua aposentadoria, nada tem a receber, como já foi mostrado pelos meios de comunicação. O agravante é que a maioria não tem como conseguir dinheiro para se manter e acabam adoecendo e, por vez, até se suicidando

            Talvez se faça necessário criar critérios mais rigorosos para emprestar dinheiro a essas pessoas, pois na realidade, quem está sendo favorecido nessa situação são os banqueiros.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

PROJEÇÃO

          
            A projeção é um mecanismo de defesa de origem muita arcaica, porém muito presente na vida das pessoas nos dias de hoje. Se observarmos, as pessoas projetam a responsabilidade dos seus atos, sempre para o outro.

            Todos nós conhecemos a máxima filosófica de que “só existimos porque o outro existe” e felizmente que ele existe. O que seria das pessoas que tem dificuldades de olharem para si e perceberem as suas atitudes, seu comportamento, suas queixas, se não existisse o outro? Quem seria responsável pelas coisas erradas de suas vidas?

            É impressionante o quanto as pessoas estão se apropriando desse mecanismo, o que demonstra a dificuldade que elas têm de mergulharem no seu inconsciente e se conhecerem melhor.         De encontrar respostas que buscam no externo, mas que estão dentro delas. De se desapropriarem das máscaras que utilizam no seu dia-a-dia, a fim de serem verdadeiras, tendo a oportunidade de corrigir as coisas que lhe desagradam. De não precisarem estar sempre correndo, com vários afazeres, para não terem tempo de pensar sobre suas vidas. Seria muito mais saudável se ao invés de buscarem culpados para justificar os seus atos, parassem e refletissem sobre os mesmos.

            A busca por um culpado está associada ao desenvolvimento de  um ego grandioso, que não lhes permite errar, que faz com que se vejam perfeitas. Com essa percepção, só podem valer-se desse mecanismo, a fim de protegerem a sua ferida narcísica.

            Na projeção, o indivíduo exclui de si e localiza no outro, que pode ser uma pessoa ou coisa, os sentimentos, desejos e até mesmo objetos, que desconhece nele. Só que ao identificar no outro esses elementos, que é o seu lado sombra, acaba ficando extremamente irritado, chegando, às vezes, a perder o controle emocional, pelo o outro estar lhe mostrando, quem realmente ele é.

            Esse mecanismo é bastante identificado nas pessoas que apresentam traços paranóides e também muito comum nos supersticiosos, que acreditam que forças ocultas acabam por atrapalhar sua vida e não o seu modo de ser.


domingo, 15 de abril de 2012

AUMENTA A PROCURA POR CRÉDITO PESSOAL

       
           Segundo a Serasa, em março houve um aumento de 20,2% em relação a fevereiro, de pessoas que tomaram dinheiro emprestado. Isso já era esperado, pois retornam das férias sem dinheiro, por gastarem demais nesse período.

            Esse comportamento denota a falta de planejamento das pessoas, que deveriam organizar suas finanças para as férias. Existem pessoas que mesmo sabendo que o orçamento não permite que façam uma viagem, não deixam de fazer. Referem precisar descansar, se julgam merecedoras e acabam, às vezes, por não pagarem algumas contas a fim de curtirem as férias. Com isso, só agravam a sua saúde financeira, que geralmente, já está comprometida.

            Curtir férias, viajar é um direito de todos, porém faz-se necessário se organizar financeiramente para isso. Até porque, é nesse período que vem aquelas contas, que muitas vezes, ficam esquecidas por nós, mas que todo o início de ano se fazem presentes, como o IPVA, o IPTU, as anuidades dos Conselhos.  Para quem tem filhos é a época de comprar uniformes, livros, cadernos, aumentando as despesas. Despesas essas que não entram na planilha de contas a pagar, até porque, na maioria das vezes, essa planilha não existe.

           Não havendo um planejamento, ao retornarem das férias as pessoas precisam tomar dinheiro emprestado para quitar suas contas, na tentativa de regularizar sua vida financeira. Dessa forma, acabam por  contrair mais uma dívida, pagando um juro alto por vários meses. Isso sem falar daqueles que antes de tomarem dinheiro do banco, necessitam renegociar a dívida já existente junto a essa instituição. É assim que as pessoas entram em uma ciranda financeira e depois não conseguem sair.

            Contrair dívidas é algo fácil e rápido de fazer, mas quitá-las não é bem assim, por isso cuidado.









sábado, 14 de abril de 2012

CUIDADO COM A MATEMÁTICA MENTAL NA HORA DE FAZER SUAS CONTAS

         
           É bastante comum vermos pessoas fazendo o seu planejamento financeiro de cabeça, principalmente quando estão endividadas e não querem se defrontar com o estrago que fizeram em sua vida.

            A matemática mental é ótima, pois ela sempre vai a nosso favor. Quando menos esperamos, temos mais dinheiro para gastar, só que quando colocamos os valores no papel e vamos somar na calculadora, na maioria das vezes, a defasagem que existe entre a receita e as despesas é bastante significativa.

            Por isso, não dá para fazer conta de cabeça, quando o assunto é dinheiro. Precisamos visualizar o que estamos pagando, se está na hora de dar uma segurada nos gastos, de planejar suas compras, para não precisar entrar no cheque especial e pagar juros.

            Muita gente usa o cheque especial como se salário fosse, dizem tranquilamente que não tem nenhum problema em pagar juros. Isso pode ser compreendido como uma forma de justificar a sua impulsividade, a dificuldade de lidar com a frustração, que não permite que a pessoa aguarde o melhor momento para adquirir o produto que deseja, sem precisar se endividar e pagar juros.

            Escuto muito as pessoas verbalizarem que não pagam muito juro, só uns R$ 100,00 por mês. Não se dão conta que R$ 100,00 de juros é muito dinheiro, que esse valor que dão para ajudar aumentar a riqueza do banqueiro, poderia colocar em uma aplicação para fazer uma viagem, para trocar o carro, etc. Aqui cabe aquele velho ditado: “é de grão em grão que a galinha enche o papo”. Se a pessoa adquirir o hábito de economizar 10% do nosso ganho, todos os meses, colocando em uma aplicação, no final de um tempo terão condições de realizar seus sonhos, sem precisar pagar juro ou se endividar.

            Gastar é algo prazeroso, que desperta na pessoa uma sensação de poder, só que isso precisa ser feito com cautela, para não transformar esse prazer em sofrimento.

            Educação financeira não é não gastar, mas sim saber como gastar o seu dinheiro. Por isso, evite a matemática mental, faça suas contas no papel.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Uso de Instrumentos de Avaliação Psicológica na Área Forense

      O texto postado hoje é contribuição da colega Simone Lemos.
   
      A busca por profissionais da área da Psicologia para auxiliar e dar subsídios ao Juiz vem crescendo gradativamente. Esse texto tem por objetivo esclarecer os leitores desse blog e mostrar a importância dos instrumentos de avaliação psicológica na área forense, no caso específico a Justiça do Trabalho.

      Na avaliação psicológica, os testes são instrumentos objetivos e padronizados de investigação do comportamento, que informam sobre a organização normal dos comportamentos desencadeados pelos testes (por figuras, sons, formas espaciais, etc.), ou de suas perturbações em condições patológicas.

     Em nenhum momento se pretende reduzir o sujeito a um número. Por isso o uso dos testes deve estar sempre inserido em um psicodiagnóstico.

    O psicólogo deve avaliar quantitativamente os comportamentos e respostas do sujeito, integrando estes dados com a avaliação qualitativa.


   O resultado de uma avaliação psicológica deve ser interpretado como uma estimativa de desempenho do examinando sob um dado conjunto de circunstâncias.


    Os testes devem ser vistos como uma fonte de dados que podem incrementar a validade de outras informações que foram colhidas na história do periciado ou por outra fonte. A recomendação do uso de mais de um teste para medir a mesma variável ajuda a aumentar os níveis de probabilidade.


   Existem testes que permitem a diferenciação de características estruturais e reacionais.


   Indicadores inequívocos não existem nem na testagem, nem em uma avaliação clínica. Os indicadores devem ser vistos em conjunto e exigem por parte do psicólogo um raciocínio clínico para integrá-los.


   Os testes psicológicos devem ser considerados uma fonte rica de informações sobre a possibilidade da presença de distorções intencionais nas informações prestadas.


    Ainda que nenhum teste possa, de forma inequívoca, identificar uma simulação, um conjunto planejado de instrumentos pode propiciar dados que terão um papel crítico no momento da decisão sobre a presença ou não de tal fenômeno (Ackerman, 1999).

    O preparo técnico do psicólogo é de extrema importância. A técnica deve ultrapassar a simples aplicação e o levantamento das provas psicológicas, para compreendê-las em sua dinâmica e premissas básicas, possibilitando identificar distorções e incongruências nas respostas emitidas.

    O psicólogo perito deve ter experiência quanto aos quadros clínicos que avalia, conhecendo o perfil típico dos mesmos nos testes que utiliza.

    Os métodos e as técnicas utilizadas por psicólogos devem sempre estar inseridos em um processo mais amplo e integrados de investigação: acompanhados de uma entrevista, observação de conduta e nunca usar um único teste.

     Por fim, o Perito Psicólogo é um profissional preparado para contribuir com os Juizes e Advogados nos processos judiciais e utiliza os testes psicológicos como ferramenta confiável e essencial para obtenção de um laudo mais conclusivo.

Simone Lemes é sócia na empresa CLM Perícias, Psicóloga, possui sólida experiência em Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas, especialista em Psiquiatria Forense, Saúde Mental e Lei pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Assistente Técnica de empresas em processos de danos morais, danos psíquicos, doenças ocupacionais na área psicológica, Psicoterapeuta, especialista em Psicologia Clínica, foi membro da Associação Brasileira de Psicologia Jurídica (2009/2011), Professora convidada do curso de Psiquiatria Forense, Saúde Mental e Lei – UFCSPA, na disciplina de Elaboração e Interpretação de Laudos Judiciais, Coordenadora e Colunista da Revista Planeta Empreendedor Magazine Online e TV planeta Empreendedor e Consultora do Instituto Nacional de Comunicação e Relacionamento- INCRE.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

COMO CONTROLAR OS GASTOS DIÁRIOS

         
            Hoje recebi, em meu email, um pedido de um dos seguidores do blog, para que eu escrevesse sobre “como uma pessoa pode se organizar para não gastar tanto em um dia”. Confesso que fiquei feliz ao ler o email, pois é por aí que começa o processo de educação financeira, ou seja, o desejo de mudar um comportamento.

            A partir do momento que uma pessoa toma consciência que gasta demais, seja por impulsividade ou compulsividade, e reconhece a necessidade de mudar esse comportamento que, por vezes, acaba lhe prejudicando, já temos um bom sinal. Nesses casos, a primeira coisa a ser feita é o controle diário de seus gastos. Muitos desistem de fazê-lo, pois acham chato, trabalhoso, esquecem de anotar a metade das coisas e por aí vai, mas essa é a melhor maneira de saber onde está indo o dinheiro

            Existem vários modelos de planilhas a serem utilizadas, mas costumo usar uma bem simples, exatamente para que as pessoas não reclamem muito ao preenchê-la.

            Modelo

DATA
GASTO DIÁRIO
VALOR R$
11/04
Transporte (ônibus, lotação, metro, gasolina)
4,20
11/04
Almoço
15,00
11/04
Super
60,00
11/04
Revista
10,00
Total

89,20

                Ao fazer as anotações diárias, a pessoa vai conseguindo perceber os gastos desnecessários que às vezes faz, mas que não se dá conta. A partir dessa visualização, consegue começar a cortar os supérfluos e a planejar melhor os seus gastos. O importante ao fazer essas anotações é que as mesmas sejam feitas na hora em que a pessoa gastou, a fim de evitar esquecimentos. A anotação pode ser feita na agenda ou em uma caderneta e depois passada para planilha. Caso prefira não fazer planilha e usar uma caderneta, também pode. O que interessa é que a pessoa anote tudo que gastou durante o dia. Lembro que esse controle não será para o resto da vida, mas por um período.

                É bastante comum as pessoas resistirem em fazer essas anotações, pelos motivos que já explanei acima, mas o importante é ter claro que esses argumentos estão a serviço de algo, em nível de inconsciente. Algumas pessoas chegam a questionar se isso funciona, pois acreditam que não vai dar certo. Toda mudança de comportamento ocorre a partir da vontade do indivíduo de mudar, para isso, terá que fazer coisas diferentes das habituais. Se a maneira como a pessoa administra o seu dinheiro está lhe deixado cada vez mais endividado, faz-se necessário mudar. Caso contrário, estará sempre devendo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

ENFERMOS EM BUSCA DE AUTONOMIA

    
           Frente a doenças mais graves, percebe-se o desejo do paciente em não perder sua autonomia, mesmo sentindo-se, muitas vezes, impotente frente à patologia que se apresenta.
            Esse desejo deve ser incentivado pelos familiares, amigos e profissionais, a fim de manter o paciente com uma vida ativa, mesmo sabendo que o futuro possa ser incerto, pois assim se está contribuindo para que se sinta útil e importante. Distrair a mente mantendo-se ocupado é uma boa maneira de não ficar pensando sobre a doença. Muitas pessoas agravam o seu estado de saúde por ficarem pensando na  sua doença, pesquisando na internet os sintomas e o que poderá ainda vir a sentir.
            Outro ponto importante é deixar a pessoa falar sobre a doença, pois dessa forma vai elaborando melhor, entretanto, muitas vezes os familiares não a deixam falar, por terem dificuldade de escutar o que a pessoa realmente está sentindo. Isso acaba por fazer o paciente ter que viver sua dor sozinho. Esse comportamento é bastante comum nos casos de pacientes terminais nos hospitais. Quando o médico sai do quarto após visitar o paciente, os familiares saem para conversar com ele e ao retornarem tentam disfarçar, mostrando que está tudo bem, no entanto, o paciente percebe em seus semblantes que as coisas não estão nada bem, mas não se sente à vontade para falar.
            Enquanto o paciente tiver condições de se manter ativo deve-se incentivar, pois assim conseguem desenvolver mecanismos de enfrentamento, que reduzem de forma expressiva a depressão e a ansiedade. Incentiva o paciente a lutar pela própria vida, a enfrentar a doença com mais otimismo e ajudar as pessoas que tem o mesmo problema seu.

terça-feira, 10 de abril de 2012

GASTEI DEMAIS NA PÁSCOA E AGORA?

            É bastante comum nessas datas comemorativas as pessoas ficarem mais sensibilizadas e quererem dar presente para todo mundo, mesmo sabendo que a sua condição financeira não permite. Essa é muitas vezes a forma que encontram de reparar a falta de atenção, de carinho que acabam por não dar para as pessoas que lhe são próximas, em função da correria do dia-a-dia ou até mesmo porque não conseguem, devido a questões emocionais.

            Bem, agora que você percebeu que gastou demais e que vai faltar dinheiro para cumprir os compromissos do mês, é à hora de sentar e olhar a sua planilha de contas e gastos mensais, afim de replanejar seus gastos, já que as contas fixas não têm como deixar de pagá-las. Provavelmente, precisará cortar algumas coisas do gasto mensal, como o supérfluo do supermercado, idas ao cinema ou teatro, comprar algumas revistas a menos, diminuir as idas ao salão de beleza, entre outras coisas que você deverá saber avaliar.
            Quando se fala em cortar o supérfluo geralmente é um problema, pois as pessoas que costumam gastar demais não conseguem identificá-lo, por acreditarem que tudo o que compram é necessário. Por isso, que acabam sempre gastando mais do que podem, pagando juro do cheque especial ou de empréstimos, visto julgarem-se merecedoras de tudo que vêem pela frente. Normalmente são pessoas que não conseguem lidar com a frustração e acabam buscando uma satisfação imediata.
            Nessa hora, esquecem o preço que terão que pagar por essa satisfação imediata. Na realidade só se darão conta disso, quando estão endividadas, entrando, muitas vezes, em desespero e sofrimento psíquico.
           

           






segunda-feira, 9 de abril de 2012

TEMPO DE RENASCER

        
          Estamos de volta, refletindo sobre esse momento pós Páscoa, período em que devemos tentar colocar em prática os propósitos feitos no período da Quaresma. A Páscoa propicia-nos a oportunidade de ficarmos mais reflexivos, de nos voltarmos para dentro de nós e avaliarmos as coisas que estão nos incomodando, que não nos agradam e que gostaríamos de mudar. Para tanto, faz-se necessário que nos livremos de todas as máscaras que carregamos, percebendo-nos quem realmente somos, tomando consciência das arestas que precisamos aparar, do quanto precisamos nos lapidar, a fim de que sejamos pessoas melhores.

            Tornarmo-nos melhor não por causa dos outros, mas por nossa causa, para que possamos viver com mais harmonia, mais tolerância, solidariedade, paciência, compreensão, compaixão, entre tantos outros sentimentos que nos fazem bem. Quando conseguimos nos manter bem, temos condições de fazer as leituras sobre o que a vida nos oferece com mais clareza, sem ficarmos nos lamentando ou assumindo o papel de coitados. Paramos de procurar culpados para os nossos atos, conscientizamos que somos os únicos responsáveis pelas coisas boas e ruins que acontecem em nossas vidas.

            A Páscoa nos propicia essa reflexão, mas na realidade, devemos fazê-la todos os dias, avaliando o nosso comportamento, com o propósito de livrarmo-nos de tudo aquilo que nos faz sofrer, que nos torna infeliz, que nos priva de estabelecer relações saudáveis. O humano tem o privilégio de poder mudar sua história, o seu modo de agir. Em fim, de renascer a cada dia, basta querer.

            Mudar comportamento é uma tarefa árdua, mas às vezes necessária.