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terça-feira, 24 de abril de 2012

ENTENDO O CONSUMISMO POR MEIO DO NEUROMARKETING

             
           Quantas vezes nos defrontamos com marcas diversas do produto que queremos comprar e levamos algum tempo para definir qual levar. Até que acabamos optando por uma determinada marca. O que será que nos leva decidir por uma marca em detrimento a outra? Outras vezes criticamos determinado produto, mas depois de um tempo, acabamos adquirindo, por quê? Será que isso se dá, por que apenas resolvemos mudar de opinião?

            Para responder essas perguntas, o pessoal do marketing juntou-se aos neurologistas que juntos resolveram estudar, por meio de exames de imagem, o que acontece em nosso cérebro nessas ocasiões, fazendo com que o indivíduo decida por determinada marca ou resolva comprar determinado produto, até mesmo quando não pensava em comprar. A esse estudo é atribuído o nome de neuromarketing, que permite mostrar a lógica do consumo das pessoas.

            O que tem sido observado neste rastreamento cerebral é que as nossas emoções exercem uma grande influência sobre as decisões que tomamos. E por isso, que a neuroeconomia se interessou em verificar como o cérebro toma decisões financeiras. Por meio do exame de Imagem por Ressonância Magnética Funcional (IRMF) está sendo possível verificar que emoções como generosidade, ganância, medo, bem estar afetam as decisões econômicas, já que a maior parte do nosso cérebro se dá por processos automáticos e não por pensamentos conscientes.

            Muitas são as vezes que nos pegamos imitando o comportamento de outras pessoas, sem percebermos. Somos capazes de sentirmos as dores que elas referem sentir; fazemos caretas, como elas fazem ao experimentarem algo amargo, compramos produtos parecidos, mesmo que disséssemos que não iriamos comprar. Isso não acontece  apenas por uma questão de empatia, mas segundo pesquisas, esse comportamento se dá em função dos neurônios-espelho que são capazes de subjugarem o pensamento racional, fazendo com que inconscientemente imitemos o comportamento apresentado por essas pessoas.

            Sendo assim, os neurônios-espelho também são responsáveis pelo nosso consumo, pois ao vermos as outras pessoas consumindo, acabamos por fazer o mesmo. Essa pode ser uma das causas de termos um índice de endividamento tão alto, pois o conceito de imitação favorece para que compremos.

            Ás vezes saímos de casa sem nenhuma intenção de comprar, mas ao chegarmos a casa, estamos cheios de sacola. Porque você viu na vitrine de uma loja algo que até não achava muito necessário, mas de tanto ver os outros terem, passou a sentir a necessidade de ter e por isso, resolveu comprar.

            Segundo os estudiosos, os neurônios-espelho não funcionam sozinhos. Mas com a dopamina, que é uma substância química cerebral que está relacionada ao prazer. Por se tratar de uma substância viciante, podemos atribuir a ela, também o ato de comprar, visto que as decisões de compra são motivadas em parte pelos seus efeitos sedutores. Isso explica aqueles questionamentos que fazemos, quando saímos da euforia da compra, se algum dia usaremos aquilo que compramos.

            Portanto, é importantíssimo estar muito vigil ao seu comportamento na hora de comprar. Consumir não se resume apenas a um ato de impulsividade, pois hoje, a neurociência e a neuroeconomia nos mostram que existem outros fatores que explicam o nosso desejo de consumir.

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