Quantas vezes nos
defrontamos com marcas diversas do produto que queremos comprar e levamos algum
tempo para definir qual levar. Até que acabamos optando por uma determinada
marca. O que será que nos leva decidir por uma marca em detrimento a outra?
Outras vezes criticamos determinado produto, mas depois de um tempo, acabamos
adquirindo, por quê? Será que isso se dá, por que apenas resolvemos mudar de
opinião?
Para responder essas perguntas, o pessoal do marketing
juntou-se aos neurologistas que juntos resolveram estudar, por meio de exames
de imagem, o que acontece em nosso cérebro nessas ocasiões, fazendo com que o
indivíduo decida por determinada marca ou resolva comprar determinado produto,
até mesmo quando não pensava em comprar. A esse estudo é atribuído o nome de
neuromarketing, que permite mostrar a lógica do consumo das pessoas.
O que tem sido observado neste rastreamento cerebral é
que as nossas emoções exercem uma grande influência sobre as decisões que
tomamos. E por isso, que a neuroeconomia se interessou em verificar como o
cérebro toma decisões financeiras. Por meio do exame de Imagem por Ressonância
Magnética Funcional (IRMF) está sendo possível verificar que emoções como
generosidade, ganância, medo, bem estar afetam as decisões econômicas, já que a
maior parte do nosso cérebro se dá por processos automáticos e não por
pensamentos conscientes.
Muitas são as vezes que nos pegamos imitando o
comportamento de outras pessoas, sem percebermos. Somos capazes de sentirmos as dores que elas referem
sentir; fazemos caretas, como elas fazem ao experimentarem algo amargo,
compramos produtos parecidos, mesmo que disséssemos que não iriamos comprar.
Isso não acontece apenas por uma questão
de empatia, mas segundo pesquisas, esse comportamento se dá em função dos
neurônios-espelho que são capazes de subjugarem o pensamento racional, fazendo
com que inconscientemente imitemos o comportamento apresentado por essas
pessoas.
Sendo assim, os neurônios-espelho também são responsáveis
pelo nosso consumo, pois ao vermos as outras pessoas consumindo, acabamos por
fazer o mesmo. Essa pode ser uma das causas de termos um índice de
endividamento tão alto, pois o conceito de imitação favorece para que
compremos.
Ás vezes saímos de casa sem nenhuma intenção de comprar,
mas ao chegarmos a casa, estamos cheios de sacola. Porque você viu na vitrine
de uma loja algo que até não achava muito necessário, mas de tanto ver os
outros terem, passou a sentir a necessidade de ter e por isso, resolveu
comprar.
Segundo os estudiosos, os neurônios-espelho não funcionam
sozinhos. Mas com a dopamina, que é uma substância química cerebral que está
relacionada ao prazer. Por se tratar de uma substância viciante, podemos
atribuir a ela, também o ato de comprar, visto que as decisões de compra são
motivadas em parte pelos seus efeitos sedutores. Isso explica aqueles
questionamentos que fazemos, quando saímos da euforia da compra, se algum dia
usaremos aquilo que compramos.
Portanto, é importantíssimo estar muito vigil ao seu
comportamento na hora de comprar. Consumir não se resume apenas a um ato de
impulsividade, pois hoje, a neurociência e a neuroeconomia nos mostram que
existem outros fatores que explicam o nosso desejo de consumir.
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