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sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Uso de Instrumentos de Avaliação Psicológica na Área Forense

      O texto postado hoje é contribuição da colega Simone Lemos.
   
      A busca por profissionais da área da Psicologia para auxiliar e dar subsídios ao Juiz vem crescendo gradativamente. Esse texto tem por objetivo esclarecer os leitores desse blog e mostrar a importância dos instrumentos de avaliação psicológica na área forense, no caso específico a Justiça do Trabalho.

      Na avaliação psicológica, os testes são instrumentos objetivos e padronizados de investigação do comportamento, que informam sobre a organização normal dos comportamentos desencadeados pelos testes (por figuras, sons, formas espaciais, etc.), ou de suas perturbações em condições patológicas.

     Em nenhum momento se pretende reduzir o sujeito a um número. Por isso o uso dos testes deve estar sempre inserido em um psicodiagnóstico.

    O psicólogo deve avaliar quantitativamente os comportamentos e respostas do sujeito, integrando estes dados com a avaliação qualitativa.


   O resultado de uma avaliação psicológica deve ser interpretado como uma estimativa de desempenho do examinando sob um dado conjunto de circunstâncias.


    Os testes devem ser vistos como uma fonte de dados que podem incrementar a validade de outras informações que foram colhidas na história do periciado ou por outra fonte. A recomendação do uso de mais de um teste para medir a mesma variável ajuda a aumentar os níveis de probabilidade.


   Existem testes que permitem a diferenciação de características estruturais e reacionais.


   Indicadores inequívocos não existem nem na testagem, nem em uma avaliação clínica. Os indicadores devem ser vistos em conjunto e exigem por parte do psicólogo um raciocínio clínico para integrá-los.


   Os testes psicológicos devem ser considerados uma fonte rica de informações sobre a possibilidade da presença de distorções intencionais nas informações prestadas.


    Ainda que nenhum teste possa, de forma inequívoca, identificar uma simulação, um conjunto planejado de instrumentos pode propiciar dados que terão um papel crítico no momento da decisão sobre a presença ou não de tal fenômeno (Ackerman, 1999).

    O preparo técnico do psicólogo é de extrema importância. A técnica deve ultrapassar a simples aplicação e o levantamento das provas psicológicas, para compreendê-las em sua dinâmica e premissas básicas, possibilitando identificar distorções e incongruências nas respostas emitidas.

    O psicólogo perito deve ter experiência quanto aos quadros clínicos que avalia, conhecendo o perfil típico dos mesmos nos testes que utiliza.

    Os métodos e as técnicas utilizadas por psicólogos devem sempre estar inseridos em um processo mais amplo e integrados de investigação: acompanhados de uma entrevista, observação de conduta e nunca usar um único teste.

     Por fim, o Perito Psicólogo é um profissional preparado para contribuir com os Juizes e Advogados nos processos judiciais e utiliza os testes psicológicos como ferramenta confiável e essencial para obtenção de um laudo mais conclusivo.

Simone Lemes é sócia na empresa CLM Perícias, Psicóloga, possui sólida experiência em Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas, especialista em Psiquiatria Forense, Saúde Mental e Lei pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Assistente Técnica de empresas em processos de danos morais, danos psíquicos, doenças ocupacionais na área psicológica, Psicoterapeuta, especialista em Psicologia Clínica, foi membro da Associação Brasileira de Psicologia Jurídica (2009/2011), Professora convidada do curso de Psiquiatria Forense, Saúde Mental e Lei – UFCSPA, na disciplina de Elaboração e Interpretação de Laudos Judiciais, Coordenadora e Colunista da Revista Planeta Empreendedor Magazine Online e TV planeta Empreendedor e Consultora do Instituto Nacional de Comunicação e Relacionamento- INCRE.

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