Ontem o Jornal do
Comércio noticiou que fevereiro foi o quinto mês consecutivo que apresentou um
aumento na procura por crédito, o que nos mostra o comportamento dos
indivíduos, levando-nos a pensar no devedor ativo.
Segundo o indicador da Serasa Experin o apetite dos brasileiros por financiamento registrou um
acréscimo de 6,9% em relação ao mesmo período de 2012. Apesar de no ano passado
os consumidores endividados optarem por pagamento das dívidas contraídas no
período de 2010 e 2011, somada a postura mais conservadora que alguns bancos
tomaram retendo a oferta de crédito, fizeram com que os consumidores evitassem
contrair novas dívidas.
Porém, a recuperação pelo crédito, o baixo nível de
desemprego e as baixas taxas de juros estimulam os devedores ativos a entrarem
novamente em circulação, contraindo novas dívidas.
Existem pessoas que nem bem terminaram de pagar uma conta,
já estão pensando na próxima que irão fazer. Fazem um empréstimo para quitar o
outro e vivem num verdadeiro malabarismo financeiro para conseguir manterem-se
adimplentes. Apesar de sofrem todo um desgaste emocional e de afirmarem que
nunca mais querem passar pela situação de endividamento, não conseguem desenvolver
o hábito de planejamento e organização quando o assunto é dinheiro.
Isso acontece em função de toda a simbologia que está por
trás do dinheiro. As pessoas por desconhecerem o que representa o dinheiro para
si acabam usando-o de forma desordenada, como se necessitassem se livrar logo
dele, por não ser algo bom. O interessante é que essas mesmas pessoas
referem gostar muito de dinheiro e estão sempre em busca dele, demonstrando a
ambivalência do seu sentimento e comportamento em relação a ele. Essas pessoas
conseguirão mudar a sua relação com o dinheiro, a partir do momento que
conseguirem enxergar essa ambivalência e entendendo as causas dela.
Mudar o padrão de funcionamento financeiro não é uma
tarefa fácil, requer organização, disciplina, determinação e coragem para
enfrentar as tentações que surgem a todo o momento em nossa frente, mas não é
impossível, pois se trata de comportamento.
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