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sábado, 21 de maio de 2011

ESTAMOS NO FUNDO POÇO! SOCORRO!!!

        Considerando interessante o que   CHRISTINA e CLÓVIS ROSSI escreveram na Folha de São Paulo, optei por postar, visto ter ficado muito incomodada com a aprovação do MEC deste livro didático, que tem a finalidade de ensinar os alunos a falarem e escreverem errado.

        A atitude irracional e burra do MEC dando aval a um livro "didático" (?) que ensina que os alunos agora podem cometer erros de concordância gramatical - como "os livro ilustrado mais interessante estão emprestado", e mais, os autores ainda dizem que não há problema em dizer "os menino pega o peixe" - presta um tremendo desserviço à Educação brasileira ao cometer esse crime, num total desrespeito ao idioma de nosso país. Agora quem falar errado não vai mais ser corrigido (preguiça dos educadores??), simplesmente será absolvido e consolado na condição de vítima de "preconceito linguístico"!!! Santa Mãe de Deus...Em minha opinião os autores do tal livro/cartilha cometeram um crime linguístico, e o MEC defende, apoia e assina embaixo???!!!

     Com isso o MEC mudou de nome, agora passou a ser o Ministério da Deseducação. NOTA ZERO para o Mec, NOTA ZERO para os autores da cartilha...Eles argumentam que o uso da língua popular, ainda que com erros gramaticais, é válido, e eu discordo totalmente, pois afinal, se as escolas existem para ensinar, o aluno que fala e escreve errado deve ser corrigido e pronto. Acho que essas pessoas não têm amor ao Brasil, não têm amor ao seu idioma, não têm amor à verdadeira educação e cultura de uma nação.

      E outra, não se precisava de um livro que ratificasse o fracasso da educação brasileira. Com esse livro simplesmente os autores estão assumindo a fraqueza dos educadores diante do poder da ignorância...em vez de ensinar e corrigir preferem desistir de seu trabalho? Qual o problema de se corrigir o aluno que fala e escreve errado? O Ensino não existe pra isso? A escola não é mais um ambiente de ensino? Não é esse o papel do educador? No que este país está se transformando? O Ensino Fundamental está a passos largos indo cada vez mais pro buraco, numa decadência total.

      Essa cartilha do MEC é de indignar qualquer pessoa que sabe valorizar a importância da Educação...e o quanto ela é fundamental para o desenvolvimento de qualquer país. Só mesmo aqui no Brasil pra acontecer um fato assim e ainda contar com apoio do próprio ministério da (DES)Educação!

       Desculpem meu desabafo, mas tinha que registrar meu repúdio a essa atitude infeliz do MEC, como também ao argumento dos autores da tal cartilha. Como se já não bastasse a destruição da língua portuguesa pela internet, agora vem isso! Daqui a pouco a língua portuguesa vai virar uma verdadeira torre de babel

       A repercussão desse fato está rendendo muitas críticas, por isso vale a pena ler a coluna de Clóvis Rossi, que transcrevi abaixo, não sem antes de ler a crítica do linguista Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras: "Há uma confusão entre o que se espera da pesquisa de um cientista e a tarefa de um professor. Se o professor diz que o aluno pode continuar falando 'nós vai' porque isso não está errado, então esse é o pior tipo de pedagogia, a da mesmice cultural. Se um indivíduo vai para a escola, é porque busca ascensão social. E isso demanda da escola que lhe ensine novas formas de pensar, agir e falar",


       INGUINORANÇA

      SÃO PAULO - Não, leitor, o título acima não está errado, segundo os padrões educacionais agora adotados pelo mal chamado Ministério de Educação. Você deve ter visto que o MEC deu aval a um livro que se diz didático no qual se ensina que falar "os livro" pode.

      Não pode, não, está errado, é ignorância, pura ignorância, má formação educacional, preguiça do educador em corrigir erros. Afinal, é muito mais difícil ensinar o certo do que aceitar o errado com o qual o aluno chega à escola.

     Em tese, os professores são pagos - mal pagos, é verdade - para ensinar o certo. Mas, se aceitam o errado, como agora avaliza o MEC, o baixo salário está justificado. O professor perde a razão de reclamar porque não está cumprindo o seu papel, não está trabalhando direito e quem não trabalha direito não merece boa paga.

      Os autores do crime linquístico aprovado pelo MEC usam um argumento delinquencial para dar licença para o assassinato da língua: dizem que quem usa "os livro" precisa ficar atento porque "corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico".

      Absurdo total. Não se trata de preconceito linquístico. Trata-se, pura e simplesmente, de respeitar normas que custaram anos de evolução para que as pessoas pudessem se comunicar de uma maneira que umas entendam perfeitamente as outras.

     Os autores do livro criminoso poderiam usar outro exemplo: "Posso matar um desafeto? Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito jurídico".

    Tal como matar alguém viola uma norma, matar o idioma viola outra. Condenar uma e outra violação está longe de ser preconceito. É um critério civilizatório.

    Que professores prefiram a preguiça ao ensino, já é péssimo. Que o MEC os premie, é crime.


                                     (Transcrito do jornal Folha de S. Paulo - edição de domingo, 15 de maio de 2011)


















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