Quantas são às vezes que exigimos que o outro perceba as
situações da mesma forma que nós ou nos dê algo, que não tem condições de nos
dar. Damo-nos o direito de ficarmos brabo com ele, por causa disso. Quando, na
realidade, deveríamos ficar brabos conosco, por não termos a sensibilidade de
compreender que cada pessoa percebe as situações da sua maneira, com base nas
suas experiências de vida. Que ninguém dará aquilo que não recebeu e por isto,
não temos como exigir que alguém nos dê algo que nos julgamos merecedores.
Precisamos
ter claro que não existe apenas a nossa realidade, a nossa percepção frente a
um fato, mas várias, e que precisamos respeitar a visão, o entendimento das
outras pessoas. Saber que todos os pensamentos que surgem a partir da nossa
percepção, do nosso entendimento, são cheios de emoção, que tem uma origem
psíquica e que desconhecemos esta origem, na maioria das vezes.
Temos que
saber lidar com as diferenças, aceitar o tempo de cada um, respeitar suas
crenças, mesmo que não concordemos, pois estas estão relacionadas com a
história de vida daquela pessoa. Que assim como nós somos movidos pelas nossas
emoções, o outro também é movido pelas dele. Afinal, as emoções surgiram, no
homem, muito antes do que a razão e ainda hoje, apesar de acharmos que não, ela
prevalece em nossas vidas.
O que
precisamos é deixar de nos comportamos de forma infantil e pararmos de exigir
que os outros façam a nossa vontade. Eles não têm nenhuma obrigação de fazer
isso. Ao invés de ficarmos exigindo do outro algo que não pode fazer ou até
mesmo não queira fazer, temos é que expandir o nosso universo mental, para que
novas ideias caibam em nossa mente, para que saibamos respeitar a maneira de
ser de cada pessoa e aceitá-la do seu jeito, porque assim, conseguiremos viver
melhor não só com os outros, mas com a gente mesmo.
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