Total de visualizações de página

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O DISTANCIAMENTO DOS PAIS EM RELAÇÃO AOS FILHOS

        Serei breve em minhas colocações, apesar desse assunto ser bastante amplo. Percebe-se na fala das crianças e adolescentes o desconforto causado pelo distanciamento de seus pais. Sentem-se preteridos, por não se interessarem por suas coisas.

        A queixa é que os pais não sentam para conversar, saber o que fizeram, não perguntam com quem andam, quando lhe contam alguma coisa, eles acabam por tornarem pública, não respeitando a privacidade do filho. Isso faz com que se afastem de seus pais e aí passam a ser percebidos como seres que se isolam no seu quarto, que não compartilham do convívio familiar, ou seja, se tornam o problema da família. Alguns pais atribuem esse comportamento no caso dos adolescentes, como algo normal da idade, mas não se dão contam do seu comportamento em relação ao filho.

       Algumas crianças ou adolescentes tentam chamar atenção dos seus progenitores, não tendo um bom desempenho na escola. Quando isso acontece, os pais são os primeiros a reclamarem. Outros buscam o mundo da droga lícita ou ilícita sem se dar conta, do problema que estão buscando para si. Tem ainda aqueles que apresentam problemas de conduta na escola, para que seus pais sejam convidados a comparecer, porque muitas vezes, não vão nem para pegar o resultado de avaliações. Tudo isso justificado pela falta de tempo.
 
      É importante que alguns pais se dêem conta de que o filho preciso de carinho, de atenção, de amor, de limite, de orientação e que isso pode ser demonstrado por meio do interesse que mostra pelas coisas que seu filho faz, perguntando-lhe como foi o dia, olhando os cadernos dos filhos, sabendo com quem ele anda, recebendo seus amigos em casa, levando-os as festas e buscando-os, perguntando como foi à festa. Respeitando a privacidade do filho, escutando e não comentando o que o filho falou, não traçando comparações entre os irmãos, pois são singulares, não fazendo diferenças entre os filhos. Geralmente os pais afirmam que não fazem diferença, no entanto, percebe-se nitidamente que ela existe, mas que os pais não se dão conta disso, por ser algo inconsciente.

   Se os pais forem mais presentes na vida de seus filhos, teremos menos crianças e adolescentes frequentando nossos consultórios.





Nenhum comentário:

Postar um comentário