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sábado, 29 de outubro de 2011

PREOCUPAÇÃO

      Têm pessoas que passam a vida inteira preocupadas com coisas que imaginam que poderão acontecer, acabam sofrendo por antecipação, porque acreditam que algo de ruim acontecerá. Crêem que os seus pensamentos se concretizarão com certeza, mas com o passar do tempo, percebem que se preocuparam desnecessariamente. Quando questionadas, sempre tem uma explicação, dizendo “e se” acontecer. Parecem ser portadores da síndrome do “e se”.

      A preocupação é uma estratégia que a pessoa utiliza para se adequar a uma realidade, que percebe como incerta, perigosa, fora do seu controle e que lhe acarretará uma série de problemas. A pessoa preocupada vê o mundo como um centro repleto de rejeições e malogros e tem a certeza de que suas previsões não falharão. Não conseguem verificar se a sua preocupação é produtiva ou improdutiva. A preocupação será produtiva quando se defrontar com problema que poderá resolvê-lo imediatamente, exemplo, precisa fazer um exame médico, basta pegar a lista do convênio e verificar qual a clínica que faz. Já a preocupação improdutiva é aquela que está atrelada ao “e se...”, exemplo, e se eu for dar a palestra e as pessoas forem embora?

      A pessoa preocupada sofre porque não consegue ver nada de bom, em tudo colocará “um se não”. Isso faz com que seu nível de ansiedade aumente, desencadeado uma preocupação maior.

      No entanto, o que muitos não sabem, é que essa sua maneira de funcionar esta relacionada a traumas vivenciados na infância; a pais preocupados e superprotetores; a pais invertidos, ou seja, pais que compartilham os problemas com os filhos e esperam que esses lhes tranquilizem; a vínculos inseguros; a pais que não valorizaram as emoções dos filhos.

       Os preocupados funcionam, muitas vezes, como um radar, estão sempre “ligados” a informações ameaçadoras, pois essas alimentam sua ansiedade. Geralmente eles não percebem que estão ansiosos, devido à tensão em que se encontram. Acreditam que por meio da preocupação conseguem amenizar a ansiedade.

       Ao invés de ficar alimentando sua preocupação, aprenda a contestá-la. Lembre-se que você não faz previsão do futuro e muito menos lê pensamentos. Não fique preso aos seus pensamentos disfuncionais, como se fossem verdades absolutas. Ao invés de se preocupar, dê espaço para que suas emoções se manifestem.Na realidade, a preocupação é o meio que a pessoa utiliza para evitar emoções desconfortáveis.

       Algumas pessoas relacionam a preocupação com a responsabilidade. Não percebem que só estão tentando prever os resultados ruins do que poderá acontecer, buscando informações que possam reforçar sua crença ou evitando-as.

      Se ao invés de usarem a preocupação como uma forma de controlar os pensamentos e sentimentos, deixando-os fluir naturalmente, sem precisar controlá-los, com certeza terão uma qualidade de vida bem melhor.

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