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quinta-feira, 13 de março de 2014

Em nome do amor, não se deixe manipular (2)

Não tenho por hábito dar continuidade em algum artigo já escrito, mas como este mexeu com várias pessoas; recebi no privado do facebook algumas perguntas, achei por bem fazer “Em nome do amor, não se deixe manipular 2”. Inclusive, me chamou a atenção a informação passada por uma colega, de que atende vários homens que sofrem este tipo de violência, pois não deixa de ser um ato de violência verbal, de suas parceiras. Homens bem sucedidos profissionalmente, inteligentes, cultos, mas que, infelizmente, não sabem lidar com a emoção e com os sentimentos deixando-se manipular pela sua parceira.

Creio que o processo de manipulação se dê forma inconsciente, mas como cada um de nós é responsável pelo seu inconsciente, toda a atitude de desvalorização que alguém toma em relação ao seu parceiro é de total responsabilidade sua.

Como o manipulado tem, na maioria das vezes, uma percepção distorcida de si, ele percebe o manipulador, no caso que vimos no artigo anterior, à esposa, como alguém superior a ele, dotado de mais condições, inclusive intelectual ou financeira e acaba por supervalorizar, idealizar, admirar sua amada, sem se dar conta que está reforçando o sentimento de inferioridade, a perversidade, a necessidade de autoafirmação que ela tem, por meio da sua pessoa. Ela o transforma em seu “bode expiatório”, sem que ele perceba, mesmo sendo inteligente e tendo um bom nível cultural, por estar envolvido emocionalmente.

Temos a tendência de achar que o manipulador é uma pessoa inteligente, mas eu questiono, neste caso. Pois se uma pessoa diz em alto e bom tom que seu parceiro faz tudo errado, que não serve para nada, o desqualifica, o ridiculariza e mesmo assim continua com ele e lhe dá tarefas para fazer, isto, no meu entendimento, é atestar, no mínimo, que ela é pior do que ele, se realmente ele for tudo isto que ela diz. Aqui cabe aquele velho ditado: “diga com que andas que te direi quem és”. Quando isto acontece, dá para se ter uma noção de quem realmente é quem. Pena que o envolvido na história, mesmo sendo o atingido, não consiga ver.

O problema de tudo isto, é que o homem que tem este tipo de relacionamento, geralmente, é aquele que não se percebe merecedor, acredita que veio ao mundo para servir e não para ser servido, sente a necessidade de agradar o outro, para que este o reconheça como bom, por isso, tem dificuldade de romper o vínculo emocional que estabelece com sua parceira, mesmo quando se separa. Como bem colocou a colega, no pequeno debate que estabelecemos no facebook, a parceira consegue tirar-lhe a coragem de tomar uma atitude que lhe permita a possibilidade de viver com alguém que possa valorizá-lo, por reforçar constantemente, os fortes sentimentos de menos valia que seu parceiro carrega. A tendência é que ele ao se separar busque alguém com quem possa repetir a situação, claro que isto se dá em um processo inconsciente.

O que algumas pessoas me perguntaram foi como romper este ciclo, isto só pode se dar a partir do momento que o manipulado toma consciência de tudo isto e busca, por meio de tratamento psicoterápico, trabalhar suas crenças, seus pensamentos disfuncionais para que possa desenvolver outro tipo de comportamento e ir ao encontro da sua felicidade, pois afinal, viemos ao mundo para sermos felizes.

          Creio que ninguém se relaciona para ser infeliz, para massacrar o outro, ou ao menos não deveria ser assim, mas se for, dê um jeito de rever sua posição na relação e avaliar se realmente é uma relação que vale a pena investir ou não.







Este artigo está publicado no site http://anissis.com.br. Visite o site e participe de uma pesquisa que está lhe aguardando.

Um comentário:

  1. Querida! Como estás? Adorei esta reescrita...rs...
    Acho importante abordar as nuances do comportamento humano,principalmente, em se tratando de relações afetivas.
    Algumas pessoas pensam que homens não "sofrem" por amor( o que considero um erro chamar de "amor" algo assim). Contudo, problemas como baixa autoestima, não é exclusividade feminina! Lúcia Helena. Bj.

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