É muito comum dizermos
isto frente algumas situações que se apresentam em nossa vida e não avaliamos a
sua representação e muito menos a serviço de que está esta nossa fala.
O não conseguir está a serviço de alimentar a crença que
muitas vezes carregamos de que não somos capazes, entretanto, não nos damos
conta que se trata de um pensamento disfuncional que nos limitará, fazendo com
que venhamos a desenvolver um comportamento que confirme a nossa crença.
Mas o que é crença e como se forma? São entendimentos
fundamentais e profundos que as pessoas carregam consigo e normalmente não os
articulam nem para si. Geralmente, se constroem a partir de falas que vamos
internalizando como verdades e não as questionamos. Elas podem se formar por
falas feitas no início da vida ou no decorrer dela e isto faz com que a pessoa
desenvolva uma percepção distorcida das situações ou de si mesma, podendo gerar
um sofrimento profundo, pois a pessoa passa a acreditar que não é capaz, que
não é merecedor, que não tem condições, fortalecendo os seus sentimentos de
menos valia.
O grande problema é que não temos, na maioria das vezes,
o hábito de questionar se aquilo que nos foi dito é verdadeiro ou não, porque
na realidade não nos conhecemos. Por isto, damos um poder para o que as pessoas
dizem a nosso respeito, assumindo, por vezes, como se fosse uma verdade
absoluta. Não questionamos se a pessoa que está dizendo que não somos capazes,
que somos limitados, incompetentes, que fazemos tudo errado, não usa esta fala
como meio de se autoafirmar, ou seja, precisa desvalorizar o outro para se
sentir importante.
Daí a importância de questionarmos os nossos pensamentos,
o nosso comportamento, a fala e o comportamento dos outros em relação a nós,
porque as crenças nos levam a desenvolver pensamentos disfuncionais, que ao não
serem questionados, fazem com que tenhamos um comportamento que venha reforçá-las.
Por tanto, ao dizermos que não conseguimos fazer algo e não questionamos o que
comprova que isto é verdadeiro, ao tentar fazer não conseguiremos,
principalmente, se for alguma mudança na nossa forma de funcionar, porque
precisamos reforçar a crença de que não somos capazes.
Libertar-se disto é possível, se tivermos claro que não
precisamos e não queremos mais conviver com esta forma de pensar e funcionar
que carregamos, por muitos anos, visto só servir para gerar sofrimento e
impedir que sejamos felizes.
Como libertar-se disto? Por meio da terapia
cognitiva-comportamental. Pode ser inclusive uma psicoterapia breve focal, de
dezesseis encontros, para que a pessoa aprenda a utilizar as ferramentas
necessárias para libertar-se deste sofrimento.
Este texto está postado no site http://anissis.com.br, visite-o.
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