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quinta-feira, 27 de março de 2014

Não Consigo...

É muito comum dizermos isto frente algumas situações que se apresentam em nossa vida e não avaliamos a sua representação e muito menos a serviço de que está esta nossa fala.

O não conseguir está a serviço de alimentar a crença que muitas vezes carregamos de que não somos capazes, entretanto, não nos damos conta que se trata de um pensamento disfuncional que nos limitará, fazendo com que venhamos a desenvolver um comportamento que confirme a nossa crença.

Mas o que é crença e como se forma? São entendimentos fundamentais e profundos que as pessoas carregam consigo e normalmente não os articulam nem para si. Geralmente, se constroem a partir de falas que vamos internalizando como verdades e não as questionamos. Elas podem se formar por falas feitas no início da vida ou no decorrer dela e isto faz com que a pessoa desenvolva uma percepção distorcida das situações ou de si mesma, podendo gerar um sofrimento profundo, pois a pessoa passa a acreditar que não é capaz, que não é merecedor, que não tem condições, fortalecendo os seus sentimentos de menos valia.

O grande problema é que não temos, na maioria das vezes, o hábito de questionar se aquilo que nos foi dito é verdadeiro ou não, porque na realidade não nos conhecemos. Por isto, damos um poder para o que as pessoas dizem a nosso respeito, assumindo, por vezes, como se fosse uma verdade absoluta. Não questionamos se a pessoa que está dizendo que não somos capazes, que somos limitados, incompetentes, que fazemos tudo errado, não usa esta fala como meio de se autoafirmar, ou seja, precisa desvalorizar o outro para se sentir importante.

Daí a importância de questionarmos os nossos pensamentos, o nosso comportamento, a fala e o comportamento dos outros em relação a nós, porque as crenças nos levam a desenvolver pensamentos disfuncionais, que ao não serem questionados, fazem com que tenhamos um comportamento que venha reforçá-las. Por tanto, ao dizermos que não conseguimos fazer algo e não questionamos o que comprova que isto é verdadeiro, ao tentar fazer não conseguiremos, principalmente, se for alguma mudança na nossa forma de funcionar, porque precisamos reforçar a crença de que não somos capazes.

Libertar-se disto é possível, se tivermos claro que não precisamos e não queremos mais conviver com esta forma de pensar e funcionar que carregamos, por muitos anos, visto só servir para gerar sofrimento e impedir que sejamos felizes.

Como libertar-se disto? Por meio da terapia cognitiva-comportamental. Pode ser inclusive uma psicoterapia breve focal, de dezesseis encontros, para que a pessoa aprenda a utilizar as ferramentas necessárias para libertar-se deste sofrimento.



Este texto está postado no site http://anissis.com.br, visite-o.

            

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