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domingo, 17 de outubro de 2010

TEMPO PARA REFLETIR

         Em virtude de ter ficado uma semana sem puder digitar, tive tempo suficiente para ficar refletindo sobre as atitudes do ser humano, aonde me incluo. A correria do dia-a-dia faz com que tomemos atitudes impensadas. Listamos uma série de tarefas a fazer no final de semana, ligamos o piloto automático para cumpri-las o mais rápido possível, pois se sobrar tempo dá para colocar mais alguma coisa em nossa lista. Isso foi o que aconteceu comigo. Tentando cumprir uma longa agenda de tarefas que tinha estipulado para fazer no final da semana passada, na correria, não tive tempo de pensar e prestar atenção em uma das muitas tarefas que tinha para cumprir e isso resultou em quatro pontos no dedo indicador da mão direita. O que me  impossibilitou de cumprir a longa lista que tinha estipulado para o final de semana, porque o acidente ocorreu na primeira tarefa. Que frustração! Como isso foi acontecer comigo? Belo pensamento narcísico! Por que não comigo?

     Como creio que nada acontece por um acaso, vejo que o meu inconsciente deve ter ficado desconfortável com a minha relação de tarefas, afinal ele ainda deveria estar num ritimo de férias, enquanto eu já estava plugada em 220 e por isso, achou por bem, me desacelerar.

     Não fazia sentido toda a correria, o mundo não ia acabar, não era o último final de semana do mundo, nada era urgente e portanto poderia se feito com calma  Não tinha nenhum prazo para cumpri. Por que eu precisava correr tanto?  Já que a minha consciência não conseguiu me dar o limite,  o meu inconsciente resolveu me frear, pois  afinal fazia uma semana que tinha voltado de umas férias maravilhosas em Portugal, não tinha sentido ficar enlouquecida.  Como o nosso inconsciente tem uma sabedoria invejável, tratou de me desacelerar e me fazer pensar. Além de pensar, de compreender a mensagem que ele havia me dado, pude aproveitar para treinar a mão esquerda, prestar atenção e avaliar o comportamento humano. Assim como eu, muitas são as pessoas que tem o mesmo funcionamento. E por que será que precisamos fazer isso? Será que é para mostrar que somos pessoas ocupadas, que temos uma agenda cheia ou para fugir de algo?

         Várias são as respostas que podemos encontrar nestes questionamentos. Não importa qual o viés que pegaremos, o que importa é que precisamos estar mais atentos com o nosso ser, com as nossas atitudes, com o nosso querer, com o nosso pensar. Pois assim, viveremos mais plenaente, sem muitos conflitos, evitando as dores físicas e as da alma,que penso serem piores que as físicas.

          Quando estamos limitados por uma situação ficamos mais atentos e por isso essa semana que passou percebi quantas situações difíceis existem neste mundo e o quanto eu sou feliz, porque afinal, a minha dor com certeza daqui a uns dias será esquecida, mas a de muitas pessoas mesmo que amenizem, ficarão com marcas bem mais profundas do que a que terei no dedo. Porque são famílias que tem seus filhos no mundo das drogas, e que acabam se matando por este motivo. Chefes de família que não encontram empregos; pessoas que buscam encontrar um parceiro na noite, desenvolvendo um comportamento  promíscuo, por ter medo da solidão. Pessoas se matando no trânsito, porque acreditam ser "super homens" e que podem beber, dirigir e abusar da velocidade. Será que precisamos que o nosso inconsciente nos dê o limite? Ou precisamos viver uma situação trágica para refletir sobre o nosso comportamento?  Será que as pessoas percebem isso como uma forma de ser feliz?

          Gostaria que ao iniciarmos mais uma semana, pudessemos aproveitar para iniciá-la refletindo sobre nossas ações, prestando atenção nos sinais que o nosso corpo está nos dando e buscando entendê-los, avaliando nossas atitudes, porque é isso que irá favorecer a nossa qualidade de vida e ajudará a evitar sofrimentos.

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