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sábado, 13 de novembro de 2010

SÍNDROME DE BOURNOUT

 Resolvi escrever um pouco sobre esta síndrome, que atinge 69% dos brasileiros e que para minha surpresa, é desconhecida ainda , pelos gestores empresariais. Percebi isto, ao dividir a mesa do programa Brasil na Madrugada, na rádio Gaúcha, esta semana, com o diretor da ABRH.

 A síndrome de Bournout está relacionada ao estresse ocupacional. O contato direto e excessivo com o trabalho, propicia a pessoa a desenvolver um comportamento agressivo e irritadiço, com os seus clientes, chefia e colegas. O Bournout foi identificado em 1974, por  Freuderberger, que começou a observar o desgaste no humor e na motivação  dos profissionais da saúde, com os quais trabalhava.

  As pessoas acometidas da Síndrome de Bournout, não precisam ter antecedentes psicopatplógicos. Algumas das  características de personalidade  das pessoas mais propensas a desenvolver esta síndrome são:  nível de exigência muito alto consigo e com os outros; maior dificuldade para lidar com situações difíceis;  excessivamente críticas;  perfeccionistas;  extremamente dedicadas ao trabalho; possuem um idealismo elevado e se mostram comprometidas com o que fazem.

Os fatores que contribuem para o desencadeamento desta síndrome são as longas jornadas de trabalho; uma cobrança excessiva de metas; dificuldade de relacionamento com a chefia e com os colegas; conflito entre trabalho e família; sentimento de desqualificação e de despersonalização.

O funcionário com Síndrome de Bournout começa a  ter uma sensação de fracasso; de esgotamento, de impotência; faz uma avaliação negativa do seu desempenho profissional; apresenta um sentimento de baixa auto-estima. Muitas vezes, acaba por trazer queixas como fadiga crônica; alteração de peso e de sono. Refere dor no peito, taquicardia; dificuldade para respirar; dor de cabeça; na coluna; nas costas; no estômago, entre outros sintomas. Observa-se também algumas alterações comportamentais como: maior consumo de café, cigarro,  bebida alcóolica e remédios; diminui seu rendimento pessoal no trabalho; trata os colegas com cinismo; apresenta um sentimento de onipotância e impotência; tem dificuldade de concentração e uma baixa tolerância à frustração. Estes sintomas podem ser a causa de afastamento de funcionários e daí a importância do gestor ter um olhar mais atento para eles.

 Várias empresas, já oferecem aos seus funcionários, como medida de prevenção,  a ginástica laboral,  momentos de espiritualidade, salas de jogos ou um espaço para ouvir música durante o período de intervalo. Isto se dá, porque estas empresas acreditam que o funcionário com uma boa saúde física e mental tem um melhor desempenho em suas atividades. Em contrapartida, o funcinário se sente valorizado e reconhecido e por isso sente o prazer de dar um bom retorno a empresa.

O importante que as pessoas ao começarem observar que estão apresentando alguns dos sintomas citados anteriormente, busquem a ajuda de um profissional, a fim de evitar  um prejuízo maior em sua saúde física e mental. O tratamento para Síndrome de Bournout é basicamente psicoterápico, mas algumas vezes, pode se fazer necessário o uso de medicação.


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