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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

VIOLÊNCIA URBANA

  Normalmente quando falávamos em  violência urbana, associávamos as cidades da perififeria, onde  a fraca presença do poder público, propicia a instalação dos crimes.  Isso estaria associado as precárias condições da infra-estrutura destas cidades. No entanto, essa realidade atingiu as cidades que tem uma boa infra-estrutura, desfazendo-nos então esta associação.

  Outro ponto que sempre apontamos como causa da violência é a pobreza, no entanto, vemos em aqui no Brasil, algumas cidades do nordeste em que o índice de pobreza é alto e  a criminalidade é baixa. Isso comprova o nosso preconceito e a nossa necessidade de agredirmos essas pessoas que vivem oprimidas, mas que muitas vezes são mais honestas do que pessoas com poder aquisitivo elevado.

 A impessoalidade nas relações também é apontada pelos especialistas como a causa da violência. Na realidade ela não só é a causa, mas o efeito também. A falta de estruturação familiar, de afeto, do olhar para criança pode ser o fator desencadeante da violência nas crianças e adolescentes. Entretanto essa desestruturação pode estar relacionado ao fato de um dos pais ter sido vítima de uma violência, como ser assassinado ou ser um dependente químico.

 É importante que tenhamos claro que nem sempre a desestruturação familiar se dá por falta da presença de um dos pais, mas pelo funcionamento disfuncional das famílias. Por exemplo, a permissividade dos pais para com os filhos, deixando-os fazer tudo que querem ou dando-lhes tudo que pedem pode ser uma das causas. As crianças hoje não sofrem frustrações, pois não escutam não e isso é prejudicial, pois quando tem que conviver com as frustrações que a vida lhes oferece, não sabem como lidar. O não é importante na vida da criança, pois ele a leva a pensar e entender os motivos pelo qual não conseguiu obter o que desejava.

 Essa dificuldade de lidar com as frustrações é que levam muitos jovens para o mundo das drogas e daí é um passo para deliquência, mas enquanto tivermos a mentalidade de que essa realidade não acontece em nossa casa, só nas dos outros, não conseguiremos inibir o aumento da violência urbana. É necessário que as famílias revejam os seus valores, a forma como estão educando seus filhos e lembrem antes de terem filhos que este são para sempre, que precisam ser orientados, educados, passado valores éticos e morais e acima de tudo dar exemplos. Os pais são os heróis de seus filhos e são os modelos de identificação e por isso, a importância de ter uma conduta adequada.

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