Percebe-se na
maioria das vezes, que a causa do sofrimento e dos problemas que as pessoas
apresentam, tem origem na sua cabeça. Ficam horas pensando e imaginando coisas
que na realidade não aconteceram e talvez nem aconteça. Perdem muito tempo
estabelecendo diálogos que talvez nunca se concretizem. Acreditam que são
capazes de saber o que irá lhe acontecer, como se tivesse o poder de prever o
futuro, isso quando não referem saber o que o outro está pensando, como se fosse
capaz de ler os pensamentos.
Em função disso, muitos
são os sentimentos que surgem, desencadeando diversos tipos de emoções, que
podem ir desde a raiva até o mais intenso amor. Ficam decepcionadas, quando se
dão conta, que nada daquilo que imaginaram e sentiram se realizou. Sofrem com
isso, se deprimem, ficam frustradas, mas mesmo assim, continuam repetido todo
esse processo. Isso acontece em função das suas distorções cognitivas, ou seja,
a maneira distorcida como pensam. Por exemplo:
Leitura mental: imagina que sabe o que
a outra pessoa está pensando, sem ter nada que evidencie que isso seja
verdadeiro;
Adivinhação do futuro: prevê o que vai
acontecer, geralmente de forma negativa;
Rotulação: atribui rótulos negativos
sobre a sua pessoa e a dos outros;
Desqualificação dos aspectos positivos: esses
geralmente não têm valor, por serem coisas simples, comuns;
Supergeneralização: baseado num fato
negativo engloba todos os demais;
Personalização: sente-se culpado por
todos os acontecimentos negativos, não conseguindo perceber que alguns
acontecimentos podem ser provocados por terceiros;
Catastrofização: supervaloriza o que
aconteceu ou vai acontecer, crendo que será algo horrível;
Afirmações do tipo “deveria, e se...”: interpreta
os fatos como deveria ser, mas não como são. Costuma fazer uma série de
perguntas do tipo “e se...”, nunca se satisfazendo com as respostas;
Foco no julgamento: aquela pessoa que
se avalia, avalia os outros e os acontecimentos de forma certo/errado,
bom/ruim.
Essas distorções cognitivas,
muitas vezes, são as causas dos conflitos que permeiam as relações
interpessoais, causando-lhes desconforto e estragos desnecessários. Faz com que
a pessoa acabe se isolando, consequentemente, esses pensamentos disfuncionais aumentam.
É importante dizer que as distorções cognitivas não se limitam apenas nessas,
existem várias outras, apenas dei uma pincelada das mais comuns
Agora que você conhece alguns
pensamentos disfuncionais ou distorções cognitivas, como queira chamar, ao se
identificar com alguma delas, procure desfazê-las. Questione se aquilo que está
pensando é verdadeiro ou não. Claro que não se trata de um processo tão simples
e rápido de mudar, visto que essas distorções cognitivas estão presas a algumas
crenças que carrega com você. Para identificar essas crenças, provavelmente precisará buscar ajuda de um profissional da linha cognitva-comportamental.
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