Vivemos numa sociedade em que as
respostas precisam ser muito rápidas, quase imediatas, com isso, as pessoas
desaprenderam a conviver com qualquer desconforto, principalmente quando esse é
ocasionado pela dor da alma.
O
remédio passou a ser visto como a solução mágica para resolver qualquer
conflito, por levar, muitas vezes, a pessoa sentir uma alegria, um bem-estar
que nunca teve. A grande vantagem que as pessoas vêm no remédio, esta no fato
de não precisarem pensar. Muitos resistem o tratamento psicoterápico, pelo medo
de se defrontar com o seu verdadeiro eu.
Em
alguns casos o uso de medicação se faz necessário, porém é importante que as
pessoas tenham claro que o remédio só alivia o sintoma, a causa verdadeira do
sofrimento psíquico só é tratada por meio de psicoterapia.
Hoje
é bastante comum se verificar em escolas, que um grande número de alunos está
fazendo uso de medicação para o Transtorno de Déficit de Atenção com
Hiperatividade (TDAH). Entretanto, pesquisas nos apontam que o índice de
depressão na infância e na adolescência é superior ao de TDAH,
consequentemente, dependendo da medicação que a criança está usando, não haverá
a resposta esperada.
Refletir
sobre as coisas que lhe incomoda, entender a sua maneira de funcionar, pensar sobre
as suas atitudes em relação aos outros e ao meio em que está inserido, procurar
fazer o processo de mudança, buscando o seu crescimento enquanto pessoa é uma
das melhores formas de resolver o sofrimento psíquico. Claro que isso demanda
tempo, sofrimento, comprometimento, mas não produz nenhum efeito colateral e
não causa dependência.
A
partir do momento que as pessoas se conscientizarem da importância de se
conhecerem e entenderem que são mente, corpo e espírito e que essas três
instâncias precisam viver de forma harmônica, conseguirão se livrar da
medicação, que às vezes é usada como um amuleto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário