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domingo, 18 de dezembro de 2011

TER FILHOS DE FORMA CONSCIENTES

          
A maternidade ainda é algo que algumas mulheres precisam para se sentirem plenas enquanto mulher. Outras, em pleno século XXI, ainda acreditam que por meio da gravidez conseguirão manter o seu casamento. Enquanto que existem aquelas, que engravidam por descuido, não usam nenhum método anticonceptivo, só que ao saberem que estão grávidas, se desesperam e acabam por rejeitar a criança durante o período gestacional, não pensando na representação que isso terá na vida psíquica desse ser.
Esquecem que a maternidade não é algo tão simples como parece, pois filho é para toda vida. Portanto, até para engravidar ou adotar uma criança é necessário um planejamento, não apenas financeiro, pois a chegada de uma criança onera o orçamento familiar, mas principalmente um planejamento emocional. O casal precisa desejar o filho, estar estruturado emocionalmente, viver uma relação equilibrada e ter consciência da responsabilidade que vai ter com aquele ser que irá gerar ou adotar.
            Infelizmente o ideal nem sempre acontece, basta andarmos pelas ruas que vemos cenas de pais com filhos que nos assustam. Isso sem falar naqueles pais que deixam seus filhos perambulando nas ruas, que são negligentes ou que os agridem  física e/ou psicologicamente.
            Muitas vezes, os filhos são responsabilizados pelo insucesso do casamento dos pais, sendo isso verbalizado a eles. Os pais não se dão conta da maldade que estão cometendo com esses, pois projetam para eles toda a frustração que vivem por uma relação que não está dando ou não deu certo. É óbvio que a chegada de um filho vai mudar toda a rotina do casal, que num primeiro momento a mulher se volta mais para a criança, deixando por vezes o marido de lado.
            Filho exige do casal equilíbrio, doação, paciência, tolerância, saber lidar com a frustração, compaixão, saber dar limites, dizer não quando necessário, passar valores, educar, entre tantas outras coisas. Daí a necessidade de pensar bem antes de a mulher engravidar, de verificar se estão preparados para serem pais, se estão dispostos a abrir mão de algumas coisas que lhes dava prazer, em prol de seu (a) filho (a).
            É triste vermos crianças precisarem estar freqüentando nossos consultórios, porque os pais não estão preparados para lidar com elas. E o mais grave, é que os pais geralmente se percebem isentos da responsabilidade do sofrimento psíquico dos filhos. Pais bem centrados, com um bom equilíbrio emocional, que desejaram os filhos, que transmitem a eles o amor que sentem, dificilmente precisam levá-los para nos visitar.             O casal não precisa de um filho para se afirmar como homem e mulher. O que precisam é se conhecerem e saber o que realmente desejam para suas vidas.
A maternidade precisa ser consciente, por isso a importância de a mulher pensar antes de ter um filho de produção independente. O pai desenvolve um papel importante na vida do filho. Por mais que os tempos evoluam, continuamos sabendo e sustentando que pai e mãe são duas figuras primordiais na vida de qualquer ser. Portanto, avalie bem se você tem condições de ter um filho, se é o momento ou se o quer apenas para satisfazer um desejo. Lembre-se que filho não é aquele brinquedo que você desejava muito, mas que depois que ganhava, com o tempo começava a se desinteressar e acabava por deixar de lado. Uma criança exige no mínimo, amor, cuidado, respeito, carinho, atenção, tempo, disponibilidade, dedicação, educação, por isso não saia fazendo filho por aí, sem ter a certeza que é isso o que você quer. Assim, talvez não teremos tantas crianças e adolescentes problemáticos, como temos hoje.

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