Se desde a infância os
pais forem ensinando seus filhos a lidar com o dinheiro, provavelmente quando
chegarem à fase adulta, administrar as finanças não será um problema.
A educação financeira na infância inicia com a mesada,
que deve ser de acordo com a faixa etária da criança e com a condição
financeira da família. Receber mesada é algo que toda criança “curte”, mas o
melhor ainda é saber administrar o seu dinheiro, fazendo com que ele dure até o
próximo mês.
Os pais precisam orientar os filhos sobre os gastos,
incentivando-os a colocar um valor, mesmo que simbólico, na poupança. As
crianças acabam, muitas vezes, copiando o modelo dos pais. Pais muito
gastadores, que compram por impulsividade ou que dão tudo o que os filhos lhes
pedem, acabam por ensinar que o dinheiro pode ser consumido de forma fácil e
rápida.
Outro problema que vemos nos consultórios, são crianças e
adolescentes que já acreditam que dever, pegar dinheiro emprestado ou não pagar
os credores é algo comum, pois o que importa é que eles tenham aquilo que
querem. Isso ocorre em função do funcionamento que percebem em seus pais. Não
temos como esquecer que os pais são os exemplos dos filhos e os seus heróis,
portanto, tudo o que fazem está correto.
Ensinar os filhos a usarem de forma consciente o dinheiro
da mesada, mostrando-lhes que não podem gastar tudo em um primeiro momento só
pelo prazer de gastar, é algo fundamental. Ensiná-los a pensar como gastar o
dinheiro e em que gastar contribui para que aprendam a ver a real necessidade
de comprar algo ou não.
É importante quando o filho termina sua mesada antes do
final do mês e pede dinheiro para os pais, pois precisa comprar algo ou fazer
algum programa com os amigos e não tem mais dinheiro, que se derem o valor
pedido, deixem claro que será descontado de sua mesada, pois estarão dando
apenas um adiantamento.
Cabe aos pais ensinarem aos filhos que o dinheiro deve
ser usado de forma responsável, portanto, não pode comprar tudo o que vê. Incentivar
os filhos a terem um cofrinho para guardar as moedas é interessante. Motivá-los
também a colocar 20% do valor da mesada em uma poupança vai contribuindo para
que adquiram o gosto por economizar.
Dessa forma teremos adultos mais conscientes em relação a
seus gastos, com menos endividamentos e com melhor qualidade de vida.
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