Consumir é algo importante não apenas para as pessoas que
consomem e para os comerciantes, mas também para o estado e para o país, por provocar
um aquecimento na economia. Só que as pessoas precisam ter claro que antes de
contrair dividas, faz-se necessário verificar se essas cabem no seu orçamento.
Verifica-se
nos últimos meses que o índice de inadimplência tem aumentado. Segundo
informações do Banco Central à imprensa, o índice de inadimplência em janeiro
chegou a 7,6%. Nesse mesmo mês o percentual de famílias gaúchas com contas em
atraso foi de 24,2%, aumentando em fevereiro para 31,1%.
Isso demonstra
a falta de educação financeira das pessoas e até mesmo uma imaturidade, pois
muitas vezes, na ânsia de satisfazer um prazer imediato, por não conseguirem
administrar a frustração do “não ter” ou do “não poder”, acabam criando um
problema para suas vidas.
Algumas
pessoas acreditam ao contraírem a dívida, que através de uma fórmula mágica,
conseguirão quitar seus compromissos, mesmo sabendo que o cheque especial já
passou a fazer parte do seu salário, não sendo o suficiente, em alguns casos, para
terminar o mês. Mesmo assim, não
conseguem parar de gastar.
O que na
maioria das vezes as pessoas não sabem é que essa necessidade de gastar, mesmo quando
não tem condições, está vinculada a questões afetivas. Sem falar nas questões
de neuromarkerting, que muitas empresas utilizam para fazer o consumidor
comprar, assim como, as cobranças feitas pela sociedade.
Para
suportar toda essa demanda e não se deixar envolver é necessário tratar as
questões afetivas e passar por um processo de “educação financeira”. Penso que
esse processo deveria iniciar nas escolas de ensino fundamental estendendo-se
até as universidades. Também poderia ser incentivado nas empresas para que os
seus funcionários aprendam administrar os seus ganhos, pois dessa forma
estariam evitando que eles vivam situações de stress, ocasionados pela falta de dinheiro, que pode refletir nos
resultados da produção do indivíduo, fazendo com que a empresa não atinja seus
objetivos.
Também é
importante que o comércio crie estratégias para evitar o endividamento. As
facilidades oferecidas hoje pelos lojistas acabam por contribuir para que as
pessoas gastem o que não tem, já que não existe uma conscientização das pessoas
em relação a isso.
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