O transtorno obsessivo
compulsivo, mais conhecido por TOC, pode se dizer que é um transtorno
heterogêneo devido a grande diversificação de sintomas. Hoje, é considerado um
transtorno bastante comum, acometendo 1,6 a 2,3% das pessoas ao longo da vida,
ou aproximadamente um em cada 40 a 60 pessoas. No Brasil é provável que exista entre
três a quatro milhões de portadores, porém não diagnosticados, o que faz com
que tenham suas vidas gravemente comprometidas.
O Toc faz parte do grupo dos transtornos de ansiedade e
seus sintomas envolvem alterações de pensamentos como obsessões, ficando com o pensamento
fixo em algo e não conseguindo desvencilhar-se, preocupações excessivas com
doenças, com falhas, pensamentos de conteúdo impróprio ou ruim, causando um
sofrimento psíquico, por vezes intenso. Até porque, uma das características da
pessoa que tem Toc é supervalorizar ou catastrofizar a situação, o que aumenta
o seu sofrimento, levando a desenvolver rituais ou compulsões na tentativa de
aliviar esse desconforto que o angustia.
Os rituais ou compulsões fazem com que a pessoa
desenvolva alterações de comportamento, podendo ser identificado pelas
repetições, evitações, lentidão para realizar tarefas e indecisões. No que
tange a área emocional podem apresentar medo, desconforto, aflição, culpa,
depressão.
O medo e as aflições é que leva a pessoa desenvolver
rituais ou compulsões, na tentativa de se livrar de pensamentos obsessivos que
invadem a sua mente, que são geralmente de conteúdo catastrófico, como por
exemplo, contrair doenças graves, cometer falhas, contaminar-se, etc. Acreditam
que por meio dos rituais ou das compulsões conseguirão neutralizar as situações
ou objetos que lhe representam perigo.
As compulsões mentais não são percebidas pelas demais
pessoas, visto não apresentar nenhum comportamento motor, entretanto, faz com que
a pessoa relembre cenas ou imagens já vivenciadas, repita certas palavras ou
frases, reze, faça listas, conte ou repita números, no intuito de livrar-se do
medo e do desconforto que a perturba, tentando reduzir ou eliminar por completo
as possíveis consequências desastrosas atuais ou futuras.
A redução dos sintomas pode ser obtida por meio das
técnicas usadas na terapia cognitiva comportamental, combinado com o uso de
medicação.
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