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quinta-feira, 2 de junho de 2011

PAI OU GENITOR?


    Quando falamos em pai, todos nós sabemos do que estamos falando, pois se cria automaticamente a imagem do pai em nossa mente. Apesar de essa palavra ter o seu significado conhecido universalmente, cada pessoa terá a sua representação de pai, a partir do referencial que teve ou tem de pai.

    Algumas pessoas quando questionadas o que significa pai, irão dizer que o pai é o seu ídolo, que é uma pessoa generosa, carinhosa, correta, que lhe fez ou faz todas as suas vontades. Outros dirão que é aquele que impõe regras, que é o provedor da casa, que dá o limite. Tem aquele que irá dizer que o pai dá tudo o que ele pede, mas que não se envolve muito, porque não tem tempo. E ainda teremos aqueles que nem conhecem os seus pais.

   Então podemos ver que apesar de todos nós termos um pai, nem sempre o significado dessa palavra será o mesmo para todos, até porque, existem aqueles que não merecem ser chamados de pai, mas sim de genitores.

   Entendo por pai aquele que dá o seu nome ao filho, que é provedor, cuidador, que educa, que dá estudo, que mostra a realidade da vida, que dá afeto, que se preocupa com o filho e que dispõe de tempo para dedicar a ele. Agora temos aquele que recebe o título de pai, mas na realidade é apenas o genitor, que não se preocupa com o sustento do filho, muito menos em dar instrução, que não se envolve na educação. Na realidade, não está nem aí para o filho.

    Tem aqueles que se dizem pai e são capazes de agredir seus filhos física e verbalmente, acreditando que desta forma exercem o seu papel de pai. Outros conseguem abusar sexualmente de suas filhas, chegando a engravidá-las e mesmo assim se dizem pai. Isso parece irreal, mas é uma realidade bastante dura que vemos acontecer na nossa sociedade.

    Parece que o papel do pai foi se perdendo na nossa sociedade, pois um menino de 13/14 anos hoje, já é pai. E o que ele sabe e entende por pai? Qual a responsabilidade que tem para assumir esse papel? Outros nem conhecem seus filhos, às vezes, porque a mulher resolveu ter uma produção independente ou porque não querem assumir.

   Tenho a sensação que as pessoas esqueceram que o pai é uma figura importante no desenvolvimento psíquico da criança, que é um dos seus modelos de identificação. Que ele representa a segurança, a lei, o protetor, o guia. Ele é o herói que o filho carrega consigo e que na medida em que vai se desenvolvendo consegue perceber que o seu herói também é falho e finito, mas que mesmo assim, continuará acreditando que ele é um herói.

   Daí a importância do homem quando assume o papel de pai, procurar cumprir esse papel da melhor maneira possível. Dando ao filho exemplos positivos, cuidando, ensinando princípios e valores, preparando-o para vida. Podendo corresponder, parcialmente, à expectativa que o filho tem em relação a ele.

   Tudo o que um filho idealiza em relação ao pai é que ele seja carinhoso, que demonstre o seu amor, que o escute, que se faça presente na sua vida, que disponha de um tempo para ele. Parece ser coisas tão simples, teoricamente, mas na prática, isso tem se tornado muito difícil, porque esses desejos dos filhos passaram a ser vistos como algo de um pai idealizado.

    Lembre-se que você não precisa ser autoritário com o seu filho para que ele lhe reconheça como pai. Você só precisa ser pai, no sentido pleno da palavra e da função, para não correr o risco de seu filho vê-lo apenas como um genitor.













2 comentários:

  1. Me vejo em muitos pais que descreveste, mas não me vejo em nenhum momento um genitor. Isso já me dá um alívio, pois talvez seja mesmo esses vários pais que tu descreve.
    Sempre tentando me reconstruir em um novo pai.

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  2. Verdade há diferença sim,os pais em geral gostam mais dos filhos preguiçoso,mentiroso, grosseiros,traduzindo gostam mais daqueles que dão trabalho,e que não são nem um pouco amorosos.

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