Apesar da dificuldade de assumir, existem pessoas que são
bastante preconceituosas, sejam em relação às questões raciais ou em relação à
homossexualidade, a deficientes físicos ou mentais, etc. Isso dificulta a capacidade
de se colocar no lugar do outro, porque ao invés de aprender a lidar com as
divergências, com as adversidades, se coloca na condição de julgador e
moralista.
O difícil para pessoa preconceituosa é ter que aceitar
que ela é tão humana quanto o negro, o homossexual, o deficiente, pois cria uma
caricatura e passa a amar o caricato, se percebendo de forma totalmente
diferente das pessoas que discrimina.
Busca encontrar elementos para justificar a sua maneira
de pensar e agir, acreditando que os seus argumentos são convincentes, sem
perceber que eles não convencem, muitas vezes, nem a ela mesma. Esses preconceitos provavelmente estão relacionados aos valores que lhes foram passados no decorrer do seu
desenvolvimento e que não conseguiram se desvencilhar. Apesar do tempo transcorrido e de sermos seres em constante mutação sentem a necessidade de conservá-los, talvez como uma maneira de manter viva a imagem dos pais dentro de si.
O grande problema que vejo em relação a essas pessoas é
que são rígidas, não conseguindo em nenhum momento flexibilizar e tentar
entender a história do outro, aceitando e lidando com as diferenças. Não
percebem que também são possuidoras de pontos que desagradam os outros, mas que
nem por isso, são discriminadas.
Talvez a forma de tentar vencer os preconceitos é fazendo
o propósito de nas próximas vinte e quatro horas viver sem preconceitos,
renovando esse propósito todos os dias. Isso dá a sensação que é por pouco
tempo e acaba se tornando algo fácil de encarar.
Aceitar o outro como ele é, não querer exigir dele que
seja diferente, respeitá-lo é o
essencial para se estabelecer relações saudáveis, estáveis e duradouras.
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