Mais um ano inicia e com ele as
esperanças se renovam ou as decepções se fortalecem. Não temos como negar as
coisas que vivemos no ano anterior, pois afinal, foram experiências de vida que
adquirimos e que faz repensar o futuro. É por meio da elaboração do que vivemos
ontem, que conseguimos caminhar para o amanhã.
Não se pode ficar lamentando
aquilo que não aconteceu no ano anterior, mas que tanto queríamos, já que isso
não leva a lugar nenhum. Precisamos olhar para o ano que terminou e analisar os
motivos que fizeram com que ele fosse bom ou não, o que poderíamos ter feito
diferente e não fizemos. Somente assim, pode-se compreender e aceitar que a maneira
de viver a vida trata-se de uma escolha feita por cada pessoa. Portanto, não
pode ser percebida como um acidente ou uma casualidade, porque cada pessoa é responsável
pela forma que vive.
Quando se fala que a pessoa é
responsável pelas suas escolhas, não quer dizer que ela não poderá se arrepender.
Poderá e terá que conviver com isso. Talvez o ato de se arrepender, seja uma
oportunidade para que ela possa compreender melhor o que está fazendo, o que
fez por vários anos em sua vida, as situações repetidas que vivenciou ou
vivência e consiga dar um basta em tudo isso.
Não é fácil romper com essas
repetições, porque é assumir que: sou eu que procuro e permito ser agredida,
que sou eu que me coloco em situações de submissão, que sou eu que tenho
dificuldade de me relacionar com o chefe, os colegas de trabalho e os
familiares, que sou eu que criei as situações de endividamento, que eu criei o
mundo de fantasias que vivo, que eu me coloco em situações de risco. No
entanto, é importante que se tenha essa consciência, pois só assim se consegue romper
esse ciclo de repetições que vive e buscar novas situações que lhe permitam ver
a vida de outra maneira. Conscientizando-se que não precisa ficar presa a
situações passadas, que lhe geraram sofrimento, que pode ter um novo olhar e
entendimento sobre as coisas que lhe acontecem. Portanto, talvez agora seja o
momento de avaliar ou reavaliar as situações que está repetindo em sua vida e
procurar se livrar delas, mesmo que isso, inicialmente lhe gere sofrimento.
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