O ser humano é por natureza um
elemento que necessita viver em sociedade e precisa de comunicação por ser esta
uma necessidade intrínseca do homem. O século XX foi marcado por grandes
tragédias e avanços da humanidade e, especificamente, a última década, anos 90,
marcou o advento e crescimento em escala quase exponencial da Internet. Ela tem
sido responsável pelo redesenho de como as organizações atuam assim como
mudança de hábito.
Os líderes precisam ter a
consciência que as pessoas que trabalham na empresa são seres humanos dotados
de personalidade própria, profundamente diferente entre si, com uma história
particular e diferenciada, são possuidores de conhecimentos, habilidades,
destrezas e capacidades indispensáveis à adequada gestão dos recursos
organizacionais. São essas pessoas que devem ser vistas pela organização de
forma positiva e conseqüentemente, por suas lideranças como uma fonte de
impulso próprio que dinamiza a organização e não como agentes passivos, inerentes
e estáticos.
Os colaboradores são parceiros e
fazem um investimento na empresa com esforço, dedicação, responsabilidade,
comprometimento, na expectativa de colher retorno desses investimentos, como:
salário, incentivos financeiros, crescimento profissional, carreira. Mas para
que tudo isso seja possível e explorado é preciso que o papel do líder esteja
claro e possa, se for o caso, desenvolver habilidades. É preciso vontade
própria!
Não existe uma boa liderança se
não houver comunicação e isso deve ser entendido como uma forma de passar uma
mensagem clara e compreendida, tendo a certeza que o colaborador tenha
entendido. Inclusive é imprescindível que saiba ouvir, isso com certeza quando
bem feito pode ajudá-lo a desenvolver a empatia. Não só nas organizações, mas
na vida pessoal um dos exercícios mais difíceis é ser empático. O discurso de
alguns é que são capazes de exercer essa característica com facilidade, mas sem
dúvida se colocar no lugar do outro é uma tarefa difícil e desafiadora.
O líder deve também saber
argumentar sem forçar ou obrigar o funcionário, deve ser justo sem beneficiar
somente algumas pessoas. Necessita usar o feedback para motivar os
colaboradores.
Outro aspecto que considero muito
importante é saber lidar com os conflitos, diferente do que muitos pensam o
conflito quando administrado leva às mudanças significativas, pois a
organização deixa seu estado de monotonia para transformar problemas em
soluções. Além disso, deve possuir condições de manter relacionamentos
interpessoais sólidos e confiáveis, ou seja, a liderança deve passar confiança
para seus funcionários. Essas características contribuem para que o líder saiba
trabalhar em equipe e se perceba como um educador.
Com a globalização é primordial
que cada um possa conhecer seu papel dentro da organização e o líder deve não
só selecionar as pessoas, mas desenvolve-las. Para isso, muitas vezes, não
poderá ter medo de correr riscos, muito pelo contrário deve partir para a ação.
Hoje não se admite que a liderança seja boa somente na parte técnica, o mercado
exige muito mais que isso. Esse mercado está conscientizando as organizações a
terem líderes capazes de ver o que não é visto, ouvir o que não foi dito e
perceber o que os colaboradores pensam.
A tarefa pode ser um grande
desafio, mas não é impossível. Eu sempre acreditei que esse era o caminho,
talvez pela minha formação em Psicologia. Na minha opinião, o líder deve ter
competências que sejam vistas pelos colaboradores como fundamentais para o
crescimento delas. Devem confiança e acreditar que a união, dedicação e
organização fazem a força de um grupo e que estão sendo liderados por um
verdadeiro líder e não um chefe.
Texto de Simone Lemos