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sábado, 25 de fevereiro de 2012

PENSAR DÓI...

          Como dizia o saudoso Saramargo, “pensar dói”, porque o pensar acaba por nos fazer enxergar coisas que não queremos, que procuramos negar ou tentamos mudar o formato, procurando dar um colorido, mesmo sabendo que este não existe.

            Muitas vezes, o pensar nos leva a desenvolver um questionamento socrático, buscando os inúmeros “por quês” existentes em nossas vidas, mesmo sabendo que nem sempre encontraremos as respostas que queremos. Quando se entra em um processo de análise, pensar passa a ser a ferramenta fundamental de nossa vida, chegando muitas vezes a nos deixar extenuados.
            Não obstante, o processo de pensar não pode ficar limitado apenas a questão relacionada aos questionamentos pessoais, por ser um processo muito amplo. Precisamos pensar sobre vários aspectos da vida e do mundo, procurando entender o que motiva as questões políticas, econômicas, sócias, científicas, artísticas, religiosas, entre tantas outras, que fazem parte do nosso cotidiano.
            Evitamos pensar sobre as coisas que nos rodeiam ou que nos geram desconforto, pois essas podem nos tirar, por vezes, da inércia ou do mundo fantasioso que escolhemos para viver. Acreditamos que assim, estaremos vivendo melhor. Negar a realidade pode, em um primeiro momento, parecer ser melhor, entretanto, sabemos que isso só desencadeia mais sofrimento, pois não temos como negá-la por toda vida. Chega uma hora em que somos obrigados a nos defrontarmos com ela e se nada sabemos ou pensamos a seu respeito, como encará-la?
            Concordo com Saramargo, pensar dói, porque isso proporciona a oportunidade de escutarmos a voz de nossa alma, que por vezes, nos diz coisas que preferiríamos não ouvir, a fim de não termos que tomar decisões que nos levarão a terminar com o nosso faz de conta.          

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