Quem de nós não tem um pouco de
vaidade, que não gosta de ser reconhecido, de se sentir importante, de ser
valorizado. Todos nós precisamos disso. Não acredito quando alguém diz que não
se importa com isso, visto que esses sentimentos fazem parte das necessidades
do ser humano, ou seja, que lhe reconheçam e lhe valorizem.
O importante é saber dosar essa necessidade, a fim de que
não venha causar transtornos nos relacionamentos. Existem pessoas, que qualquer
cargo que lhe derem, é o suficiente para inflarem o peito e sairem pisoteando todos
que estão ao seu redor, demonstrando a dificuldade que têm de lidar com o
poder. Esquecem que assim como o poder pode levá-los a uma ampla ascensão profissional,
pode rapidamente derrotá-las.
Um ego vaidoso pode causar sérios prejuízos na vida das
pessoas, sem que essas se dêem conta, pois a vaidade é tanta que acabam por não
perceberem. Verifica-se muito isso dentro das empresas, quando um funcionário
recebe uma promoção para um cargo de chefia. Aquela pessoa simpática,
brincalhona, acolhedora, prestativa, solidária que todos os colegas admiravam,
some e dá lugar para outra que passa a tratá-los de forma agressiva,
impaciente, dando ordens, cobrando resultados, não os escutando, por se
considerar o dono da verdade.
Ao desenvolver esse comportamento, começa a ser rechaçado
pelos colegas que de forma inconsciente, e às vezes até consciente, acabam por
boicotar o seu trabalho. Obviamente que os resultados começam a não serem os
esperados e a cobrança de seus superiores acaba vindo. Nessa ocasião, projeta
para sua equipe a culpa de os resultados não serem bons, não conseguindo perceber
que a sua alteração de comportamento está influenciando diretamente no
desempenho da mesma. Isso acontece, porque a vaidade é tanta, que não lhe
permite ver que deixou de ser aquela pessoa carismática de antes, para ser o
chefe durão, inacessível, intolerante, agressivo, que ninguém merece ter.
Isso ocorre porque na maioria das vezes as pessoas têm sede
de poder, precisam se afirmar, procurando mostrar o que muitas vezes não são,
mas que pensam que são. Esse tipo de comportamento independe de profissão,
crença, situação econômica e financeira. Vai muito da história de vida de cada
pessoa, do caráter, dos sentimentos que carrega consigo, entre tantas outras
coisas.
O importante é reconhecer essa vaidade e analisar os
motivos que lhe levam a precisar dela, a fim de poder se libertar, tornando-se
uma pessoa mais agradável e mais humana.
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