Tenho me questionado
muito sobre o mundo que estamos vivendo e esse questionamento é reforçado ao
ver os crimes bárbaros que estão sendo cometidos. A semana passada escrevi
sobre a menina de 15 anos que queria extorquir dinheiro de um empresário, pois
assusta ver que uma adolescente já está apresentando um transtorno de conduta
grave e que isso provavelmente acabará se transformando num transtorno de
personalidade anti-social. Ontem é noticiado um crime que choca qualquer pessoa,
a esposa mata e esquarteja o marido, por ter um ciúme patológico.
Ao tomar conhecimento desses fatos, não consigo ficar sem
questionar que mundo é esse, pois as pessoas demonstram por meio de seu
comportamento, o quanto estão adoecidas. Não é possível conceber que por causa
de uma discussão, de uma agressão a esposa resolva matar o marido e não
bastando, o esquarteja e coloca as partes de seu corpo em malas e solta em um determinado
lugar. Obviamente que não foi a primeira discussão e a primeira agressão física
que ela sofreu, dá para entender que talvez estivesse cansada de ser
agredida, mas não justifica esse comportamento.
A mulher tem que denunciar a violência, deve buscar ajuda
psicológica e jurídica, não deve permanecer do lado do agressor, mesmo que a
violência seja verbal, pois isso é uma questão de auto-estima, de amor próprio.
A violência não pode ser permitida em nenhum tipo de relacionamento, não é só
no casamento, mas entre amigos, empregado/empregador, colegas, vizinhos, etc.
O comportamento dessa mulher retrata um quadro de
psicopatia que pensamos que só existem em livros, mas infelizmente nos
defrontamos com ele na realidade.
Não se tem como não pensar frente a uma notícia dessas,
como não questionar o comportamento das pessoas, pois isso demonstra que,
quanto mais o homem se afasta da sua essência, mais adoecido ele fica. Perde o
referencial de humano e acaba agindo de forma instintiva, impulsiva.
O homem precisa retornar a sua essência de forma urgente,
tornando-se mais humano, mais tolerante, aceitando as pessoas com as suas
diferenças, respeitando enquanto pessoa, valorizando a vida e não se deixando
levar por esse mundo de faz de conta que grande parte da nossa sociedade optou
por viver. Caso contrário, corremos o risco de continuarmos nos defrontando com
casos como esse ou piores ainda. Não podemos apenas ler ou escutar uma notícia
dessas e não darmos importância, porque afinal não foi na nossa família, mas
devemos lembrar que amanhã poderá ser. Sabemos que o ser humano está sempre nos
surpreendendo e às vezes da onde menos esperamos é que temos as maiores
surpresas.
Pensar sobre o nosso comportamento e sobre as nossas
relações é fundamental, para que mantenhamos relações saudáveis e façamos a
diferença na vida do outro.
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