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sexta-feira, 1 de junho de 2012

JOVEM DE 15 ANOS TENTA EXTORQUIR DINHEIRO DE EMPRESÁRIO EM SÃO PAULO

      
           Confesso que manchetes como essa me deixam assustada e ao mesmo tempo me gera uma inquietação por querer saber, onde estão os pais dessa menina, que não viram a atitude da filha.

           Talvez algumas pessoas pensem, “já vem à psicóloga querendo culpar os pais”. Até pode ser isso, mas cada vez mais os meios de comunicação alertam as famílias para que vejam com quem seus filhos estão teclando. Saber com quem o seu filho tecla, até pode parecer uma invasão de privacidade, mas é muito menos sofrido e  invasivo, do que vê-lo detido  numa casa de correção.

            O comportamento dessa menina se trata de um transtorno de conduta grave. A reação da mesma, frente aos policiais, que referiram que ela não demonstrou qualquer preocupação, leva-nos a pensar no desenvolvimento de um transtorno de personalidade antisocial.

            Aí vem aquele velho questionamento, qual será o modelo de valores e de ética que os pais estão passando para essa filha? Por outro lado, sabe-se que, muitas vezes, os pais com a preocupação de oferecer aos filhos um ensino de boa qualidade, os colocam em escolas que não condizem com o seu padrão social e a criança acaba por se sentir inferiorizada. O que parece, segundo informações da própria menina, ter acontecido com ela. Como as colegas usavam tênis e roupa de marca, ela resolveu extorquir um empresário, exigindo que ele depositasse R$ 100.000,00 (cem mil reais), em sua conta. Caso não fizesse o depósito, ele iria ver o que aconteceria com a filha dele. Acreditava que dessa forma, ou seja, tendo dinheiro , conseguiria acompanhar o padrão das colegas, porém não pensou nas consequências de seus atos, por não ter crítica sobre o que estava fazendo.

            Claro que não podemos ser ingênuos e acharmos que ela agiu assim, por sentir-se frustrada, visto não ter condições de acompanhar o padrão das colegas. Essa não deve ser a primeira vez que demonstrou uma alteração de conduta, no entanto, percebe-se, hoje, que as pessoas não estão muito preocupadas com isso. Vejo pais acharem graça das atitudes do filho, tentando justificar as mesmas, dizendo que os outros também fazem e acabam tratando muitas atitudes dos filhos, de forma banalizada.

            Penso que isso que aconteceu com essa menina, precisa não só ser divulgado, mas seria interessante que os meios de comunicação convidassem profissionais para falar sobre esse assunto, levando os pais a pensarem sobre os valores que estão passando para os filhos. Ver se não estão colocando o dinheiro acima dos valores éticos e morais.  Verificando qual o exemplo que estão passando para eles e como está a sua conduta. Sei da correria de muitos pais, que precisam trabalhar para poder dar conta dos compromissos familiares, mas é necessário que parem um pouco e olhem para os filhos. Vejam o que eles estão fazendo, com quem estão se relacionando, não só na internet, mas pessoalmente.

            É preferível que os filhos vejam os pais como “caretas”, não permissivos, do que eles terem que visitá-los numa casa de detenção, numa clínica psiquiátrica ou até mesmo enterrá-los, pois dependendo do caminho que o filho resolve seguir, esse pode não ter volta.




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