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sábado, 26 de fevereiro de 2011

AS BARBÁRIES DO HUMANO

       Numa época em que o humano se orgulha dos avanços científicos e tecnológicos que cria a todo o momento, em que já falamos na nanotecnologia, no pós-humano, é lamentável que o comportamento desenvolvido por algumas pessoas, ainda sejam muito primitivo.

       Hoje ao ler e escutar as notícias, fiquei perplexa com o comportamento do cidadão que atropelou mais de 20 ciclistas, na cidade baixa, aqui em Porto Alegre. Eles faziam um movimento, para que as pessoas utilizem a bicicleta como meio de locomoção, diminuindo o número de carros nas ruas. Os mesmos estavam se dirigindo para inauguração de um espaço cultural “Cidade das bicicletas”, quando foram envolvidos por um ato de um homem de quarenta e poucos anos, que resolveu dar vazão a sua deliquência.

       É lamentável, que um grupo de pessoas que cultivam um hábito saudável e que tem o propósito de divulgá-lo, para outras pessoas, seja agredido, só porque ele ficou incomodado por não poder passar. Isso demonstra que esse cidadão não tem condições de ser portador de uma carteira de habilitação e muito menos de dirigir, até mesmo uma bicicleta, porque não consegue controlar seus impulsos, sua agressividade, irritabilidade, em suma, suas emoções.

      Nada justifica um ato selvagem e covarde, como este. O interessante é que esse tipo de gente se mostra muito macho, como o gaúcho gosta de dizer, para tomar atitudes como esta, mas não é macho o suficiente para assumir os seus atos. Depois que atropelou, que não deu assistência, fugiu e abandonou o carro em uma rua, sem se quer se apresentar em uma delegacia e dizer: “fui eu que cometi essa barbárie”. Claro que eu estou querendo demais, de um sujeito desses. Afinal, estou querendo que ele saia da sua sandice e tenha um momento de lucidez.

        Provavelmente, o motivo desse ato deve ser explicado, pelo uso de álcool, droga ou um surto psicótico. Espera-se que seja isso, porque se não será bem mais grave. Esse sujeito deve estar em casa, já tendo contratado um advogado para preparar a sua defesa, aguardando ser intimado, pois não sei se terá a hombridade de se apresentar para o delegado que está acompanhando o caso.

      Atitudes como estas é que mostra o quanto o ser humano está involuindo, mas nega, por acreditar que está no ápice de sua evolução. As pessoas perderam totalmente a noção de valores, de ética, de moral, da crítica. Vergonha, constrangimento são palavras que não fazem mais parte do seu vocabulário.

     Hoje recebi uma ligação, de uma pessoa que não conheço e que me apresentou o problema de sua namorada, que ele foi quem criou, querendo que eu o ajudasse. Já tendo percebido o que ele queria, mas ainda acreditando que eu estava sendo maldosa, o levei a verbalizar como achava que eu poderia ajudá-lo. Fiquei pasma ao ouvi-lo, pois sem nenhum constrangimento, sem na realidade saber quem eu era, pois só haviam passado o meu telefone e o meu nome, me pediu para eu dar ou vender um atestado para justificar as faltas de sua namorada ao trabalho.

       Todo mundo sabe, porque ainda há poucos dias, o Fantástico mostrou um médico psiquiatra, não lembro a cidade, que vendia atestado falso para policiais. Mostrou também que isso , além de ser antiético, é crime. Ao desligar o telefone, fiquei pensando se este rapaz é ingênuo, ignaro, egocêntrico, infantil, a ponto de não se dar conta do que estava fazendo ou se tem algum problema em nível de caráter.

      As pessoas não estão preocupadas se vão violar a outra pessoa com os seus gestos, com a sua fala, o que querem é resolver as suas angústias. O que mostra o quanto o humano se tornou um ser vazio, egocêntrico e narcísico. Acreditam que são os “caras”, mas na realidade o humano está se tornando um bárbaro. O pior é que não tem consciência disso, o que é preocupante e triste.

    É preciso urgente que as pessoas parem e vejam o que estão fazendo não só com as suas vidas, mas com as das outras pessoas. Que sejam responsabilizados ao cometerem um ato como deste cidadão que machucou várias pessoas nesse atropelamento em massa. Que alguém diga a esse jovem, que ele está propondo algo extremamente grave a um profissional. Se tivesse alguém para orientá-lo, teria me poupado de dizer-lhe, que a sua proposta era indecorosa.





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