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domingo, 6 de fevereiro de 2011

REFLETINDO A PARTIR DO MUNDIAL DE ATLESTISMO IPC 2011

        Tem coisas na vida que nos levam a pensar. Ouço tanta gente reclamando da vida, criando problema onde não tem, vendo dificuldade e criando empecilhos para fazer qualquer coisa. Geralmente são pessoas saudáveis, sem limitações físicas e mentais. As únicas limitações que têm, são as que eles mesmos criam para si. No entanto, vemos pessoas que talvez tivessem motivo para estar reclamando, mas que estão dispostos a enfrentar desafios e que são imensamente gratos pela vida que tem e pelas oportunidades que lhes são dadas.

        Identificamos isso, no Mundial de Atletismo IPC 2011, que aconteceu no período de 21 a 30 de janeiro, na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, que contou com a participação de 1200 atletas. Esta foi à primeira vez na história do atletismo que foi permitido a participação de atletas das quatro áreas de deficiência (motora, visual, paralisia cerebral e a área intelectual), num campeonato mundial. Esses atletas passaram por treinos diários, a fim de poder participar do Mundial de Atletismo. Participaram de Campeonatos Nacionais, Europeus e Internacionais no período de 2009 e 2010. Mostraram, com isso, a perseverança, a dedicação, o entusiasmo que toma conta da vida de cada um deles, dando-lhes condições e garra para enfrentarem os desafios propostos. As limitações físicas e mentais não os impossibilitaram de realizarem seus sonhos.

        Entretanto, quantas são as pessoas que acreditam não serem capazes de realizar seus sonhos? Geralmente são pessoas que não se percebem merecedoras das coisas, não estão dispostos a enfrentar as dificuldades e os tropeços que todo novo desafio nos coloca no caminho. Que preferem não abrir mão da mesmice em que vivem, deixando evidenciada, a existência de um ganho secundário, nesse seu modo de funcionar. Preferem não sair da sua zona de conforto, porque não acreditam no seu potencial, carregam consigo um sentimento de menos valia,  achando que não são  capazes de fazer algo novo, pelo medo de errar. Esquecem que só erra aquele que faz. Muitas vezes, criticam aquele que está aberto a conhecer coisas novas e diferentes, por este ter um diferencial, não estar disposto a ter uma visão monocular sobre as coisas do mundo e da vida.

      Nesses casos, é muito comum as pessoas dizerem, que não querem se expor e não gostam de errar. A leitura que faço, quando ouço isso, é da dificuldade que a pessoa tem de lidar com as suas limitações, com as suas falhas. Percebo a presença de um sentimento de onipotência bastante forte, de um superego extremamente rígido, que não lhe permite flexibilizar. Penso que talvez, esta seja uma boa forma que as pessoas encontram para justificar o não fazer. Não temos como esquecer que somos humanos, portanto, passíveis de erro. Não podemos sofrer por isso, basta que analisemos onde erramos e reiniciarmos com mais atenção, dedicação, empenho e principalmente com uma grande vontade de ser um vencedor.

      Só você pode escolher como quer que as pessoas lhe percebam: como um vencedor ou como um perdedor. A única pessoa responsável por esta escolha é você. Se escolher ser um vencedor, vá à luta, tendo muito claro que as dificuldades surgirão e que poderá tropeçar e cair inúmeras vezes, mas é levantar e ir de novo. Não use os tropeços como uma desculpa para justificar a sua desistência, mas como uma mola propulsora para continuar tentando atingir o seu objetivo.

      Toda vez que buscar uma justificativa para não correr atrás de seus ideais, lembre-se desses atletas que disputaram o Mundial de Atletismo IPC e os tome como exemplo, sendo um atleta da sua vida. Se não conseguir tê-los como exemplo, reflita sobre essa necessidade que  você tem, de se dar limites. Não é porque você foi sempre assim, que terá que morrer assim. Podemos mudar a nossa história a todo instante, basta querermos.

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