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sábado, 12 de fevereiro de 2011

BOM SENSO AO USAR A TECNOLOGIA

       Tenho percebido nos últimos tempos, o quanto as pessoas estão com dificuldade de se desligar dos aparelhos tecnológicos. Se vamos a um restaurante, a um café, a uma reunião de negócios, a uma palestra, encontramos várias pessoas ligadas na tela do note ou netbook, no smartphone, no celular e outros gadgets. Concordo que nem sempre, poderemos nos manter afastados da tecnologia, até mesmo porque ela existe para nos ajudar. Cabe as pessoas terem o bom senso de ver se é o momento de usá-los ou não.

     Não existe algo mais desagradável do que estarmos numa reunião, numa palestra, num cinema, num teatro ou até mesmo num restaurante com alguém, e a pessoa não conseguir parar de responder os torpedos, os emails que chegam. Sem falar, que às vezes, recebem uma ligação e esquecem que você está na sua frente, ficando um bom tempo no telefone. Um princípio básico de educação é informar quem está ligando, que depois ligará, por estar naquele momento ocupado.

      Eu, particularmente, quando vou realizar uma palestra ou coordenar algum trabalho em grupo, peço que as pessoas façam a gentileza de desligar o telefone ou coloquem no silencioso. Sempre pensei que assim, estaria evitando situações desagradáveis e garantindo que não seria interrompida por uma chamada inesperada. Doce ilusão, pois tem pessoas que ao verem que o telefone está vibrando, não conseguem esperar um pouco para atender, levantam-se como se estivessem em casa e interrompem com a famosa frase: “dá licença, mas preciso atender”, ao invés de sair discretamente.

     Quando isso acontece, fico com a sensação que os avanços tecnológicos, estão cada vez mais, contribuindo para que as pessoas se tornem egocêntricas. Passam a viver apenas em função de si, das informações que lhes chegam por esses aparelhos, protegendo-os, permitindo que selecionem aquilo que lhes interessa, evitando ter que contatar com o outro. Esse outro, que muitas vezes, é percebido como seu concorrente,  acionando-lhe os  sentimentos de inferioridade, insegurança, medo, baixa auto-estima, inveja, ciúme, etc.

     Porém, quando não consegue fugir das situações em que se obriga a estar em contato com outro, não perde a oportunidade de lhe mostrar sutilmente, que ele não é importante, por isso, não  tira o olho de todos os aparelhos tecnológicos que o acompanha.

      As pessoas não se dão conta disso, porque se trata de um processo inconsciente e como não estão acostumadas a entrar em contato com o inconsciente, acreditam que não tem nenhum problema. Só que se esquecem de perguntar para o outro como ele se sente, quando é interrompido a todo o momento por informações ou ligações que não param de chegar. Quem recebe tem a sensação de se sentir muito importante, prestigiado, lembrado, valorizado. Agora, a outra pessoa, sente-se desrespeitada, desvalorizada, ficando com a sensação muitas vezes, de que não está agradando.

    Sem sombra de dúvida, a tecnologia é muito importante, desde que seja utilizada com bom senso e de forma adequada. Que as pessoas ao utilizarem, não ultrapassem os limites da boa educação, que não sejam inconvenientes, indelicados com as pessoas que estão na sua volta.





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