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segunda-feira, 14 de março de 2011

PENSAR A VIDA

         Com todas essas tragédias que estão acontecendo pelo mundo, com as inúmeras mortes que ocorreram no Japão, em função do terremoto, mesmo que não queiramos , somos convidados a pensar sobre a vida. Sempre que falamos de morte, valorizamos a vida.


         Quando recebemos a informação de que já contabilizam 5.000 vítimas entre mortos e desaparecidos, no Japão, nos damos conta de quanto à linha que separa a vida da morte é tênue. Para muitos, isso assusta, outros não querem pensar, mas trata-se de uma realidade que precisa ser encarada, para que num futuro, não fiquemos a lamentar as coisas que gostaríamos de ter dito, de ter feito e não fizemos. Não são poucas às vezes que deixamos dizer algo para as pessoas que queremos bem, por vergonha, por falta de tempo, por achar que não é a hora, esquecendo que talvez amanhã não dê mais tempo. Muitos se esquecem de viver o agora, se preocupando com as coisas que poderão ou não acontecer no futuro, que poderá existir ou não. Outros ficam a se lamentar porque as coisas não acontecem como gostariam. Sentem-se vítimas de todo um sistema e não conseguem perceber o quanto na realidade são felizes. Que poderão viver bem, se fizerem algo diferente do que estão acostumados a fazer.

        Precisamos ter consciência que acidentes, tragédias acontecem a todo o momento, e, que numa dessas, poderá ser com a gente. Situação como essa que está acontecendo no Japão, nos reporta para a realidade de que somos seres finitos e que não temos controle sobre a nossa vida, apesar de muitas vezes dizermos que somos donos dela e que a conduzimos como queremos. Quando acontecem essas catástrofes, vemos que não é bem assim.

       Acharmos que somos imunes em relações às efemeridades da vida, é um pensamento tanto pueril. Temos que nos conscientizarmos que mesmo frente ao nosso sentimento de onipotência e a nossa vontade de controlar tudo, tem situações que fogem ao nosso controle. Não temos como controlar a vida, o tempo, a natureza, no entanto, temos a nossa parcela de responsabilidade sobre o que acontece em relação a eles.

       As enchentes, os terremotos são respostas que o meio ambiente está dando para as agressões sofridas. Precisamos nos conscientizar da necessidade de preservarmos a natureza, de economizar energia, de economizar água, para que não falta para as gerações futuras. Que devemos denunciar quando presenciarmos situações de desmatamento ou de desperdício de energia e água, não cruzando os braços, achando que isso é um problema do governo.

     Não combina mais com o homem do século XXI, a fala de que tudo isso que está acontecendo é castigo de Deus, ou ficar acreditando, nas profecias de que o mundo acabará em 2012. Quando se fala em finais dos tempos nos Textos Sagrados, fala-se no final dos tempos de cada um de nós, da nossa finitude e não do final do mundo.

     Esse momento que o Japão está vivendo, pode servir para que repensemos a nossa forma de encarar a vida e avaliar o que podemos fazer para que o ser humano viva melhor, desfrutando e preservando, todas as coisas boas e belas que o universo tem para oferecer.







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