Em atenção a dois
emails que recebi ontem, como de costume, resolvi responder via postagem, pois
pode ser o questionamento de outras pessoas.
As duas pessoas que me enviaram email me questionavam o
que a Psicologia tem a ver com a questão financeira. Outras pessoas já me
perguntaram isso e até ficam surpresas quando falo que ministro curso na área
de Educação Financeira. Compreendo perfeitamente esses questionamentos, pois
parece ser duas coisas tão diferentes, tão distantes, só que na realidade não
são. Porque a psicologia estuda tudo que se refere ao comportamento humano, portanto,
endividamento das pessoas também cabe a nós estudarmos.
Quando as pessoas lidam com o dinheiro, elas não estão
apenas lidando com a espécie, com a moeda, mas com todos os significados que
existem no símbolo dinheiro. Não recordo de quem ouvi essa frase, mas tomo a
liberdade de repeti-la: “sempre que falamos em dinheiro, não estamos na
realidade falando em dinheiro, mas até em dinheiro (moeda)”.
O gastar de forma desmedida, impulsiva ou compulsiva, o endividar-se
retrata uma série de fatores que estão desacomodados no interior das pessoas e
que deveriam ser trabalhados. A psicologia econômica visa trabalhar esses
pontos, mas infelizmente no Brasil ela é muito pouco reconhecida e divulgada.
Ousaria, até em dizer, que ela é ignorada por alguns psicólogos. A fonte que
tenho de referência da Psicologia Econômica no Brasil, é da Psicanalista Dra.
Vera Ferreira, que desenvolve um belo trabalho em São Paulo, com quem tive o
prazer de fazer o curso de Introdução a Psicologia Econômica.
É função do psicólogo ajudar as pessoas a não entrarem
ou saírem do endividamento em que se encontram, por não se tratar apenas de um
endividamento financeiro, mas também de um endividamento afetivo. O humano é
movido pelas suas emoções e por isso, precisa compreendê-las a fim de conseguir
viver uma vida mais tranquila, mais verdadeira consigo mesmo.
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