Penso que todos nós nos
permitimos viver tanto situações boas ou más, tudo vai depender do momento que
estamos vivendo, do papel que estamos assumindo, da maneira como nos percebemos,
das crenças que carregamos dentro de nós.
Existem pessoas que não conseguem se perceber merecedoras
de coisas boas, por acreditarem que são um “objeto” ruim. Por isso, vivem se colocando
em situações que lhe geram sofrimento, pois não conseguem dizer “não” ou dar
limites aos outros. Algumas se autodestroem fazendo uso abusivo de álcool, cigarro
e/ou drogas ilícitas. Outras se auto-agridem por meio de dividas, pois gastam
mais do que podem e depois se deprimem, desencadeiam algum transtorno de ansiedade
e nos casos mais extremos, as tentativas de suicídio. Sem esquecer aqueles que
dirigem após ingerirem bebida alcoólica, excedendo a velocidade, colocando a
sua vida e a dos outros em risco. Também podemos pensar naquelas pessoas que
não param em emprego nenhum, nas que são negligentes com a sua saúde e em
tantas outras que se colocam em situações similares.
Aceitam o papel que a família, os colegas, a chefia, os
amigos dão, submetendo-se por vezes a situações bastante constrangedoras, mas
acreditam que merecem passar por elas. O interessante que quando são
questionadas sobre essa crença, não conseguem explicar e por isso atribuem para
o destino, para o karma, para o
universo, a responsabilidade por viverem essas situações. Dificilmente conseguem
ter a clareza que se trata de uma escolha delas. Há aquelas, que em pleno
século XXI, acreditam que se trata de um castigo de Deus, demonstrando o seu
total desconhecimento em relação a Ele.
Os outros fazem aquilo que a pessoa permite. Não é
incomum vermos nas relações interpessoais agressões verbais, no entanto, a
pessoa agredida se coloca na condição de vitima e justifica o seu aceitar,
dizendo que não gosta de se incomodar. Confesso que quando escuto isso, fico muito
desconfortável, pois a pessoa não precisa se incomodar basta dizer: “não
permito que fales comigo assim”, “não autorizo te dirigires a mim dessa forma”
ou “não vou permitir que me trates com essa falta de respeito”, entre tantas
outras maneiras de falar.
Só que para dizer isso, precisa tomar uma atitude, se
posicionar e principalmente se gostar e se respeitar, caso contrário, se
permitirá viver na condição que os outros determinarem que ela deva viver.
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