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terça-feira, 14 de agosto de 2012

SE PERMITIR...

      
             Penso que todos nós nos permitimos viver tanto situações boas ou más, tudo vai depender do momento que estamos vivendo, do papel que estamos assumindo, da maneira como nos percebemos, das crenças que carregamos dentro de nós.

            Existem pessoas que não conseguem se perceber merecedoras de coisas boas, por acreditarem que são um “objeto” ruim. Por isso, vivem se colocando em situações que lhe geram sofrimento, pois não conseguem dizer “não” ou dar limites aos outros. Algumas se autodestroem fazendo uso abusivo de álcool, cigarro e/ou drogas ilícitas. Outras se auto-agridem por meio de dividas, pois gastam mais do que podem e depois se deprimem, desencadeiam algum transtorno de ansiedade e nos casos mais extremos, as tentativas de suicídio. Sem esquecer aqueles que dirigem após ingerirem bebida alcoólica, excedendo a velocidade, colocando a sua vida e a dos outros em risco. Também podemos pensar naquelas pessoas que não param em emprego nenhum, nas que são negligentes com a sua saúde e em tantas outras que se colocam em situações similares.

            Aceitam o papel que a família, os colegas, a chefia, os amigos dão, submetendo-se por vezes a situações bastante constrangedoras, mas acreditam que merecem passar por elas. O interessante que quando são questionadas sobre essa crença, não conseguem explicar e por isso atribuem para o destino, para o karma, para o universo, a responsabilidade por viverem essas situações. Dificilmente conseguem ter a clareza que se trata de uma escolha delas. Há aquelas, que em pleno século XXI, acreditam que se trata de um castigo de Deus, demonstrando o seu total desconhecimento em relação a Ele.

            Os outros fazem aquilo que a pessoa permite. Não é incomum vermos nas relações interpessoais agressões verbais, no entanto, a pessoa agredida se coloca na condição de vitima e justifica o seu aceitar, dizendo que não gosta de se incomodar. Confesso que quando escuto isso, fico muito desconfortável, pois a pessoa não precisa se incomodar basta dizer: “não permito que fales comigo assim”, “não autorizo te dirigires a mim dessa forma” ou “não vou permitir que me trates com essa falta de respeito”, entre tantas outras maneiras de falar.

            Só que para dizer isso, precisa tomar uma atitude, se posicionar e principalmente se gostar e se respeitar, caso contrário, se permitirá viver na condição que os outros determinarem que ela deva viver.




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