Como não pensar e não
escrever sobre essa figura tão importante na vida de todos nós. Sem o pai não existiríamos,
pois afinal a mulher precisa do espermatozóide do homem para poder conceber seu
filho. Só que não são todos os homens que conseguem assumir o seu papel de pai
de forma real. Alguns, negam seus filhos, abandonam, abusam das suas filhas,
lhes agridem, enquanto outros superprotegem, acalentam, orientam, cuidam e
mostram o melhor caminho a ser seguido.
Nem sempre o pai vai atender a demanda do filho, que o vê
como seu ídolo, como seu herói. Quando o filho percebe que o pai é um ser
finito, que tem muitos pontos falhos, que mente, que tem várias virtudes, mas
também muitos defeitos, se decepciona e aí pode ser o início dos conflitos
entre pai e filho. Porque o filho quer que o seu pai seja aquele ser que ele
idealizou e não aceita o pai real, sofre por isso, por não ter conhecimento e
não saber lidar com a díade pai real/pai idealizado que carregamos dentro de
nós até a nossa finitude.
Independente da maneira que o nosso pai funcione ou
funcionou, ele sempre é o nosso referencial. Percebe-se isso, com muita
clareza, quando se trabalha com crianças que foram negligenciadas, abusada
sexualmente e vitimas de maus tratos, mas que mesmo assim trazem o pai como
referencia, assumindo a culpa do acontecido, para justificar a atitude do pai.
Também, nas mulheres que buscam no seu companheiro a figura do pai real ou
idealizado.
O pai que carregamos dentro de nós é o pai primordial, ou seja, é o que
desempenha o papel de guia, de protetor, é aquela figura forte, generosa, acolhedora,
pois ele é o primeiro estranho que conhecemos ao sair do ventre da mãe, mas que
ajudou na nossa constituição como ser. Esse é o nosso pai idealizado, mas que
na vida real nem sempre é assim, muitos são os modelos negativos que vemos de
pai.
Se pararmos para analisar, o pai é uma imago que trazemos
no plano subjetivo; é a imagem da relação que estabelecemos com o pai e com
tudo o que significa pai.
O importante nesse dia, não é só abraçar e cumprimentar
os pais, mas conscientizá-los de suas responsabilidades, deveres, que tem para
com os seus filhos, pois são os modelos que os filhos irão copiar.
A todos os pais o meu abraço e para aqueles pais que já
não estão mais no nosso convívio, como o meu, as minhas orações.
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