Hoje foi publicado no Jornal do Comércio o resultado de uma
pesquisa realizada pela Proteste Associação do Consumidor, nas cidades de São
Paulo e Rio de Janeiro, mostrando que 42% da renda familiar, estão comprometidas
com dívidas. Esse índice é atribuído ao aumento do poder aquisitivo das classes
C e D, que ao perceberem que poderiam tornar muitos sonhos realidade, extrapolaram
o orçamento familiar.
Trata-se de
um índice bastante elevado e preocupante, pois as pessoas acabam se deixando
levar pelo impulso, pelo deslumbramento e pelas facilidades que estão lhe sendo
oferecidas em termos de crédito, não tendo o cuidado de verificar se realmente cabem
no seu orçamento, os compromissos financeiros que estão assumindo. Esse índice
retrata o despreparo das pessoas, quando o assunto é finanças.
Deixam-se
levar pelo desejo, pelo entusiasmo, pela empolgação, procurando obter uma satisfação
prazerosa de imediato, esquecendo que esse prazer pode durar pouco, se
transformando em preocupação. Esquecem da sua realidade, acreditam que
conseguirão dar um jeito na hora em que as contas começarem a vencer,
demonstrando a sua onipotência.
Todo o
desgaste que as pessoas que estão endividadas têm, poderia ser evitado, se
desenvolvessem o hábito de planejar seus gastos. Não se deixando levar pelo princípio
do prazer, mas procurando viver dentro do princípio da realidade, apesar desse,
nem sempre ser muito agradável.
O resultado
das pesquisas realizadas a fim de mostrarem o índice de endividamento da
população, nos evidencia a necessidade que existe de ser implantado um projeto
de Educação Financeira nas escolas, nas empresas, no comércio, nas instituições
financeiras, a fim de evitar que cada vez mais pessoas entrem para o grupo de
endividados, pois sabe-se o efeito dominó que isso tem.
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