É incrível, mas às vezes, cruzamos com pessoas em nosso caminho que tem a
necessidade constante de desfazer o que é do outro ou o que outro faz.
Percebe-se a dificuldade que tem de traçar um elogio para
alguém, de dar um feedback positivo,
de fazer um comentário que possa agregar algum valor na vida da pessoa. Ao
contrário, a satisfação está em apontar os erros, em criticar, fazendo
comentários totalmente deselegantes.
Geralmente, são pessoas que não saem da mesmice, não são
capazes de ousar, referem não gostar de se expor, são inseguras, carregam
consigo vários medos. Sentimentos que as tornam pessoas amarguradas, invejosas,
frustradas, ciumentas, rancorosas, ranzinzas, em suma, pessoas pesadas e de
difícil conviver.
Um dos agravantes que percebo nelas é que têm uma
percepção distorcida de si, demonstrando um senso crítico prejudicado em
relação a sua pessoa. Sofrem com isso, se deprimem, mas na maioria das vezes,
são as que mais resistem em buscar ajuda. Apresentam dificuldade de lidar com a
verdade, preferindo negá-la. Ofendem-se quando
alguém lhes diz algo a seu respeito, que procura esconder ou fazer que não
existe.
O desfazer no outro pode ser a maneira que encontra para
se sentir superior, para se auto-afirmar, para tentar melhorar a sua
auto-estima. Melhorar sua auto-estima? Sim, pois se acredita que o outro é pior do que ela, percebe-se como bom, capaz,
superior.
Na realidade, são pessoas que tem um sofrimento psíquico
intenso, que não conseguem acreditar na possibilidade de viver a felicidade, pois
acham que essa não existe. Conseguem ver problema em tudo e não vão à busca da
solução, pois a satisfação está em reclamar e projetar para o outro os seus
sentimentos. São pessoas que vivem em círculos, reclamando, não conseguem dar
um basta e tentar fazer diferente
Sabe-se que nesses casos, a mudança só ocorre, se a
pessoa reconhecer que vive uma situação de conflito, que a maneira como está
funcionando não é saudável. Caso contrário, tudo continuará igual.
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