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quarta-feira, 28 de novembro de 2012
DESCULPEM
Aos visitantes desse blog as minhas desculpas, mas não tenho conseguido postar, pois a correria, esta semana, está grande. A próxima postagem será feita no sábado.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
LEMBRANDO
No próximo dia 29 (quinta-feira) às 19h 30m estarei realizando palestra sobre "O Quanto as Questões Emocionais Influenciam em Nossa Vida Financeira", na Av. Cristóvão Colombo, 686 prédio 2. As pessoas deverão levar 1kg de alimento não perecível que será doado para Creche Piu-Piu.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
POR QUE COMIGO NÃO FUNCIONA?
Essa pergunta é muito
comum no setting terapêutico e também
quando atuo como coaching e percebo
que algumas pessoas sofrem com isso, por se sentirem incapazes de fazer o
processo de mudança.
Claro que não se trata de um processo fácil. Demanda tempo,
paciência e principalmente vontade de mudar. O grande problema que existe é entre
o discurso e o autoboicote. As pessoas dizem que na segunda-feira, dia
internacional de iniciar a dieta, vão começar o regime, porque o verão está aí
e precisam perder peso, só que continuam comendo. Referem que não aguentam mais
trabalhar para pagar conta, que querem sair dessa situação, mas não param de
gastar.
Esse comportamento demonstra a dificuldade que as pessoas
têm de se libertar do sofrimento, buscando um novo padrão de funcionamento para
suas vidas. Muitas verbalizam que não conseguem mudar, que até se esforçam. A
partir do momento que a própria pessoa coloca limites para si, não conseguirá
fazer nada. O não conseguir é estar fechada para enfrentar os desafios. Até vou
um pouco mais longe, é se fechar para vida é não querer livrar-se, muitas
vezes, da mediocridade em que vive, pelo medo que tem de alçar vôo e se
permitir viver uma vida melhor. Não cabe entrar aqui no mérito da questão, mas
é óbvio que existem ganhos secundários nesse tipo de comportamento.
Daí a importância de se avaliar o quanto realmente a
pessoa está disposta a investir (internamente) no seu processo de mudança, pois
caso contrário, nem a terapia e nem o coaching
irão funcionar.
sábado, 24 de novembro de 2012
O QUE NOS LEVA A COMPRAR POR IMPULSO?
Não podemos negar que
comprar é uma coisa prazerosa, por nos levar a ter a sensação de poder, de
autonomia, de superioridade, etc, e também pode ser uma das maneiras que
encontramos para quebrar a rotina. Só que existem pessoas que vivem quebrando a
rotina, lotando seus guarda-roupas com peças que nem lembram mais que tem, com
sapatos que nunca usaram, chegando às vezes, a comprar número menor do que seu
pé, só porque gostaram do modelo, acumulam em suas bibliotecas livros
e filmes que nunca leram ou assistiram, na dispensas da casa armazenam
alimentos que já estão com a data vencida. Adoram comprar pela internet, pois
tudo é “muito baratinho” e por isso adquirem eletrônicos, viagens,
eletrodomésticos, móveis, quando não acordam resolvidas a comprar ou trocar de
carro.
Essa é a forma fácil que as pessoas encontram de
desperdiçar o seu dinheiro, de contrair dividas, de criar uma série de
problemas, sem falar que diminuem o seu poder de compra.
A impulsividade impossibilita a pessoa de pensar e
analisar se realmente deve ou não gastar o seu dinheiro daquela maneira, sem priorizá-lo
para coisas importantes e que lhe oportunize um estilo de vida que lhe trará
como consequência a qualidade de vida.
Mas tem como controlar a impulsividade sem medicação?
Sim, se a pessoa conscientizar-se que tem problema em administrar suas finanças
e estiver disposta a passar por um processo de reeducação financeira. Nesse
processo de reeducação, o primeiro passo a ser seguido é eliminar todos os
gastos supérfluos, replanejar o seu orçamento e não se deixar levar pelo
principio do prazer e se achar merecedora de tudo. Outro ponto a ser observado
é ter objetivos claros do que quer para sua vida e saber que não poderá obter
tudo ao mesmo tempo, que as conquistas devem ser gradativas. O terceiro ponto a
ser destacado é que a pessoa precisa adquirir o hábito de ter um tempo para se
dedicar a organizar e planejar sua vida e não levá-la de qualquer jeito.
Considero esses três pontos como os principais para quem quer mudar a sua
maneira de lidar com o dinheiro.
O sentimento de ser merecedora não está só associado aos
sentimentos de menos valia, de inferioridade, de ansiedade, de tristeza, de
angústia, como por muitos anos pensamos. Hoje se sabe que existem áreas do
nosso cérebro que atuam no nosso comportamento quando o assunto é dinheiro e
isso vem sendo comprovado pelas pesquisas realizadas pelo pessoal da
neurociência e do neuromarketing.
Antes de se endividar, de buscar culpados ou de achar
justificativas para o comprar impulsivo, é interessante pensar e até discutir com
os familiares quais são os seus sonhos e as estratégias que poderão usar para
realizá-los, sem se endividar.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
GOSTARIA DE NÃO COMENTAR, MAS NÃO DÁ
Em função da demanda de consultório e organizando palestra, não consegui
nesses dois últimos dias, preparar um texto para postar. Porém, não poderia
deixar de fazer um breve comentário sobre os emails que recebi hoje, referente à
cena de ontem no programa “Sessão de Terapia”, em que um paciente agride o
psicólogo, batendo-lhe no rosto.
Eu não me sinto a vontade para comentar esse programa,
porque raríssimas são as vezes que assisto Tv, no entanto, de tanto os pacientes
me questionarem sobre a série, vi duas vezes e foi o suficiente para não querer
ver mais.
Não vi o episódio de ontem, mas na minha caminhada
profissional nunca fui agredida fisicamente por paciente. Claro que já tive
paciente que se alterou, aumentando o tom de voz, que verbalmente me agrediu,
mas nada mais. Geralmente, isso faz parte do sintoma que o paciente apresenta e
que bom que ele manifesta na consulta, pois assim poderá ser trabalhado
O que me chama atenção nos comentários que ouço de
novelas e dos programas de televisão é o quanto a violência, a agressividade, o
uso de álcool e droga é incentivado, sem falar que ensinam nos filmes como se
comete um crime, se assalta um banco, etc. Os próprios noticiários ao darem a
notícia, contam a riqueza de detalhes de como foi cometido o delito, mostrando inclusive
como fazer. A notícia tem que se dada, mas talvez de forma mais filtrada, pois
a sensação que fico é que estamos caminhando para uma imprensa marrom, onde o
sensacionalismo precisa fazer-se presente para que haja um aumento na audiência
e uma maior vendagem de jornal.
Então, escrever uma série sem uma cena de violência, não
teria graça. Até porque o público acredita que as novelas e alguns programas
retratam a vida real. Mas fico pensando o espaço que a violência ocupa no
inconsciente e na vida dos autores de novelas, séries, etc...
Agora, é bom ficarmos atentos para não começarmos apanhar
dos pacientes, ou talvez, seja interessante começarmos atender com capacete, como medida de precaução, pois diz o
ditado que o seguro morreu de velho.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
HELP!!! O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM AS PESSOAS?
Confesso que a cada dia
me preocupo mais com o comportamento que as pessoas vêm apresentando. Tento
entender, mas não é fácil, é complicado ter que aceitar que o ser humano está,
cada vez mais, se tornando individualista, preocupando-se só com as coisas que
lhe interessam e lhe dão prazer e o outro é como se não existisse.
Isso que estou falando é fácil observar, basta ir a um
cinema, teatro, restaurante, missa, velório, ou seja, nos lugares mais
diversos, que não demorará muito para um celular tocar. Geralmente quando as
pessoas estão nesses locais e o celular toca, elas não o encontram e enquanto
procuram, os demais que estão a sua volta tem que conviver com o barulho. Ao
encontrarem, falam como se estivessem em casa, ou seja, em altos brados. Esse
comportamento pode ser compreendido como um mix, onde teremos primeiramente a
falta de educação, de bons costumes, com pitadas de egoísmo, questões egóicas,
ansiedade, exibicionismo, etc.
Outro ponto que tem me chamado muito a atenção é o quanto
as pessoas se comprometem e prometem coisas que não conseguirão cumprir. Não
pensam que ao agirem dessa forma, estão “queimando o seu filme”, perdendo a
credibilidade junto aos outros e pior, adquirindo a fama de “papudo”. Ao lhe
ser mostrado isso, dizem: “não estou nem aí”. Não se dão conta que nessa fala,
que acreditam que é para o outro, estão dizendo: “não estou preocupada com a
minha imagem”.
O comprometimento consigo, com o outro e até mesmo com a
sociedade é algo que parece pertencer a um passado longínquo. Algumas pessoas
preferem viver no anonimato, não querem se incomodar, nem assumir a
responsabilidade de nada, até mesmo quando se sentem importunadas, mas
acreditam que o outro precisa parar, quando necessitam serem escutadas, não
interessando se está importunando ou não. A primeira coisa que dizem é: “não
vou me envolver, o problema não é meu, não quero me incomodar, cada um no seu
quadro. É interessante observar a forma como verbalizam isso, estufam o peito e
falam com uma imponência fantástica, como se estivessem dizendo algo brilhante.
Não percebem que estão assinando o seu atestado de desumanização, pois seus
valores não lhe permitem mais ver o outro e muito menos se preocupar com ele.
Querer que se preocupem com a sociedade é utopia.
O humano está vivendo uma vida de superficialidade,
preocupando-se apenas com o status, com
a estética, com o belo e deixando a ética de lado. Dessa forma, fica com a sua
percepção prejudicada, não conseguindo ver que esse comportamento está
interferindo na sua dignidade enquanto pessoa humana.
Isso não só me preocupa, mas me convida a pensar até quando
as pessoas irão viver assim, como se estivessem ocas por dentro. Precisamos
resgatar a essência do ser humano, dando-lhe credibilidade, mostrando-lhe que
ele é muito mais do que acredita ser. A partir do momento que conseguirmos esse
resgate, teremos pessoas mais tranquilas, felizes, de bem com a vida, pois
descobrirão que a felicidade que tanto correram atrás está dentro delas,
esperando apenas para ser conhecida e/ou reconhecida.
domingo, 18 de novembro de 2012
PALESTRA
“O QUANTO AS QUESTÕES EMOCIONAIS INFLUENCIAM EM
NOSSA VIDA FINANCEIRA”
Palestrante: Psicóloga Anissis Moura Ramos –
CRP07/11.688
Data: 29/11/2012.
Horário: 19h.30m.
Local: Instituto Nacional de Comunicação e
Relacionamento – INCRE.
Endereço: Av. Cristovão Colombo, 686 prédio 2 (em
frente ao Shopping Total) Bairro: Floresta.
Ingresso: 1 Kg de Alimento não perecível que será
doado para Creche Piu-Piu.
Telefone Para Contato: (51) 9987.7258 c/ a Psic.
Anissis
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sábado, 17 de novembro de 2012
RENOVAÇÃO DO EU
Quem já não escutou
alguém dizer: ”eu sou assim e vou morrer assim”. Confesso que cada vez que ouço
isso, fico chocada, pois percebo o total desconhecimento da pessoa em relação ao
seu eu.
Todos nós somos seres mutáveis e que estamos renovando a
todo instante. O eu que acordou hoje pela manhã, não é o mesmo eu que irá
deitar à noite. Isso não deve ser novidade para ninguém, pois Heráclito,
filósofo grego, por volta de 535 a 475 a.C, já afirmava que tudo é movimento e
que nada pode permanecer estático e por isso, referia que “não podemos nunca
entrar no mesmo rio, pois como as águas, nós mesmos já somos outros”.
O homem está em constante mutação, apesar de ter
dificuldade, muitas vezes, de perceber. Não aceitar que estamos renovando o
nosso eu a todo o momento, demonstra a necessidade que o indivíduo tem de se manter
distante dele, na maioria das vezes, por temê-lo.
Tendo o eu a capacidade de mudar, ele provocará mudança
em alguns aspectos de nossa personalidade, permitindo-nos expressá-las por meio
do nosso comportamento. Para que esse processo ocorra, faz-se necessário
prestar atenção em si e analisar e entender a maneira como o seu eu
funciona, a partir daí, os insigths surgirão e provocará mudanças na estrutura
inconsciente. A essas mudanças é que podemos chamar de renovação do eu.
Para obter êxito nessa caminhada, a pessoa tem que estar
aberta às mudanças, soltando as amarras que seguram o seu eu e se permitir
viver essa experiência, sem se preocupar com que irá perceber ao se defrontar
com ele.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
PENSANDO O TEMPO
É impressionante o
quanto as pessoas desperdiçam o seu tempo, levando sua vida desatentamente,
pois não se dão conta que o tempo é importante em nossa vida. Perdem horas
fazendo coisas inúteis, que não acrescentam nada em sua vida, por não conseguirem
pensar ou compreender a importância do tempo.
Mas será que o tempo é tão importante assim em nossa
vida? Penso que sim, pois a nossa vida é feito de tempo. Começa que somos seres
finitos e, portanto, temos um tempo de vida, que felizmente não sabemos quando
irá terminar a única certeza que temos, é que terminará.
O que não nos damos conta é que a nossa vida é uma
sequência de tempo e se não soubermos gerenciá-lo, desperdiçando-o, estaremos
subtraindo de nossa vida os minutos que não foram aproveitados.
Sempre que faço essa colocação, tem aquele que pergunta
se estou dizendo que tem que estar sempre produzindo, que não pode parar. Não,
pois não somos uma máquina, mas até mesmo nas nossas horas de descanso devemos
saber aproveitar o tempo, fazendo coisas que somem em nossa vida, como uma boa
leitura, uma boa música, um bom filme, um passeio em meio à natureza, etc.
A grande dificuldade que as pessoas têm em relação ao tempo,
se dá em função de ele ser imperceptível e isso faz com que elas o desprezem e
o desperdicem. O interessante nesses casos é que não percebem que quando nos
falta tempo não tem como ir ao banco fazer um empréstimo, como se faz quando
falta dinheiro.
É comum ouvirmos que tempo é dinheiro, mesmo assim, muita
gente o coloca fora. Se vemos uma pessoa jogando dinheiro
fora, logo iremos dizer que está em surto psicótico e vamos tratar de juntá-lo,
porém, quando alguém joga fora o seu tempo, ninguém o chama de maluco e nem sai
juntando-o, até porque é impossível agarrar o tempo.
Portanto, é saudável avaliarmos como estamos gerenciando
o nosso tempo e ver qual a melhor maneira de usá-lo, a fim de não desperdiçarmos
com coisas inúteis.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
NÃO PROMETA O QUE NÃO PODE CUMPRIR
Hoje caminhando no
parque, assisti uma cena que me fez pensar. Uma senhora prometeu algo para o
filho, de quatro ou cinco anos, e não cumpriu. O menino no meio de choro e grito dizia: “é
sempre assim, tu promete as coisas e nunca faz, se tu não vai fazer por que
promete”?
A fala dessa criança retrata o funcionamento não apenas
da mãe dela, mas de muitos pais que não se dão conta de quanto é importante
cumprirem aquilo que dizem que vão fazer. Caso contrário, acabam perdendo a
credibilidade junto aos filhos.
Não é incomum ver pais prometendo coisas para os filhos,
a fim de que esses façam o que eles querem. Ao terem os seus objetivos
atingidos, acabam não dando ou fazendo o que haviam prometido e isso provoca
uma frustração muito grande no filho, fazendo com que se sinta enganado, usado
e o pior, que passe a ter uma imagem negativa dos genitores. A representação
psíquica que isso tem na vida dos filhos é bastante significativa.
Sendo assim, quando os pais ameaçarem de tirar algo do
filho, pois não está tendo um bom aproveitamento na escola ou não está com um
comportamento adequado, cumpra. Se prometer algo, dê, assim estará ensinando
para o filho que a palavra tem valor, que somos responsáveis pelas coisas que
dizemos e fazemos, dessa forma, estarão ajudando na construção do caráter do
filho.
Os filhos reproduzem os comportamentos que aprenderam com
os seus pais e com o meio em que estão inseridos no desenvolvimento da sua
personalidade, e esses terão forte influência na sua vida adulta.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
PALESTRA
No próximo dia 29,
estarei realizando a palestra “O quanto as questões emocionais influenciam na
sua vida financeira”. Esse evento será feito em parceria com o Instituto
Nacional de Comunicação e Relacionamento – INCRE e será realizada em sua sede.
Maiores detalhes divulgarei em breve. Quem tiver interesse, abra um espaço em
sua agenda, nesse dia, às 19h 30m.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
A ERA DA DIVERSÃO
Tem horas que tenho a
nítida impressão de que estamos vivendo na era da diversão, em que a
responsabilidade, o comprometimento, os valores pessoais, a seriedade foram
esquecidos e tudo o que as pessoas querem é gozar a vida.
Enquanto está se divertindo, o homem esquece quem ele é. Não
se lembra de suas responsabilidades, nega as suas mazelas, busca por meio do
divertimento encontrar a felicidade, já que a vê tão distante de si, por negar
a sua realidade e o seu eu. Evita ficar só por não se conhecer e teme esse
encontro consigo, com medo de se decepcionar com o que poderá ver, com isso,
faz do divertimento o seu maior aliado.
O homem cada vez mais procura negar a sua realidade, por
não saber que no momento em que assentir em aceitá-la, não precisará mais ficar
correndo em busca de respostas que tenta encontrar na diversão para atingir a
felicidade, pois perceberá que essa reside dentro de si.
domingo, 11 de novembro de 2012
O QUE CONTA NA VIDA DAS PESSOAS, HOJE, É A OPINIÃO DO OUTRO
Cada vez mais se
percebe a necessidade que algumas pessoas têm de aparentar algo que não são. Isso está atrelado à
preocupação que tem em relação ao que o outro vai pensar a seu respeito, como será percebido
pelas pessoas e também a necessidade de agradá-las, são fatores que contribuem para o indivíduo se distanciar do seu verdadeiro eu. O status, a aparência, as
redes sociais, a busca por uma pseudo felicidade estão levando as pessoas a
criarem um perfil idealizado, deixando que a fantasia tome conta de suas vidas,
vivendo como se realidade fosse.
A opinião do outro passa a ter muito mais valor em sua
vida do que a sua, chegando a acreditar que esse sempre está em melhor
condição, ao passo que a ele, foi destinado ocupar o pior lugar do mundo,
quando não vê esse lugar como a si mesmo.
O homem atual para sentir-se feliz precisa da estima
alheia e por isso, não mede esforços para gozar dessa estima, chegando muitas
vezes, a se colocar em situação de risco para sentir-se valorizado e estimado
pelo outro. Nesse desejo descontrolado de ser reconhecido, não se dá conta, que,
por vezes, chega ao ponto de se colocar como um ser miserável, para obter o
olhar do outro sobre si. Não tendo nenhuma preocupação de demonstrar a sua
baixa auto-estima, o seu sentimento de inferioridade, de menos valia, de
desrespeito consigo e desvalorização.
No afã de ser estimado pelo outro, acaba deixando o seu
ideal de ego se manifestar, criando o “personagem” que gostaria de ser,
alienando-se do seu eu, passando a ver o “personagem” que criou para si como
verdadeiro. Porém, quando é chamado para realidade e precisa retornar a si,
isso se torna algo insuportável, gerando conflitos e sofrimentos, por ser
difícil ter contato com o seu eu verdadeiro. Aceitar-se é algo que o desagrada,
por ter uma visão de si totalmente negativa. Com isso, teme que as pessoas não
mais o aceitem e isso lhe é muito dolorido, pois não suporta não ser
tolerado ou estimado por outrem.
sábado, 10 de novembro de 2012
O ENDIVIDAMENTO CONTINUA CRESCENDO NO RS
Pesquisa realizada pela
Fecomércio-RS, pontua que o endividamento das famílias cresceu 3,7% entre os
meses de setembro e outubro. Nesse mesmo período, o índice de gaúchos com
dívidas em atraso aumentou de 30% para 35, 5% e houve também um aumento no
índice de pessoas que não conseguem pagar suas pendências, aumentando de 3,2%
para 9,1%.
Mesmo assim, as pessoas que ainda tem crédito continuam
gastando, pois o índice de endividamento no cartão chega a 73,8%. O cartão é o
principal tipo de dívida no Estado, seguido de carnês (53,4%) e cheque especial
(25,4%). O que demonstra que as pessoas não têm maturidade e planejamento
financeiro para usar o cartão de crédito, o cheque especial e também não conseguem
controlar os seus gastos em lojas. Isso convida-nos a pensar o que esse índice
elevado de endividamento está querendo nos mostrar.
Percebe-se que o desejo de ter faz com que as pessoas
ajam de forma infantil, desenvolvendo um pensamento mágico e acreditando que de
alguma forma conseguirá dinheiro para pagar o que está comprando, mesmo sabendo
que o seu orçamento está hiper estourado. Preocupam-se apenas em obter o prazer
imediato, esquecendo as consequências que o seu ato impensado de comprar irá
ocasionar.
É comum receber no consultório pacientes se queixando da
sua situação financeira, mas na medida em que vão falando, percebo que só podem
estar com problemas, pois o seu rendimento mensal não comporta que paguem tudo
o que tentam pagar. A vida de aparência os satisfaz, pois se julgam importantes
ao mostrar para os outros um padrão que não é o seu, acreditando que convencem
as pessoas do seu status. O que não sabem é que não precisam falar muito para
deixarem escapar algumas palavras chaves, que mostra o quanto estão mal
financeiramente.
Outro fator responsável pelo endividamento é a compra da
casa própria. Muitas pessoas resolveram que não queriam mais pagar aluguel,
pois pagar aluguel é botar dinheiro fora, com isso, buscaram a realização do
seu sonho, ou seja, ter a casa própria. Com as facilidades oferecidas pelo
governo, se atiraram de cabeça, só que agora estão com dificuldade não só para
pagar a casa própria, como também, as demais contas. Se esse quadro não mudar, provavelmente,
nos próximos anos, teremos uma bolha financeira “pintando” por aí, pois as
pessoas não terão recursos para pagar o financiamento da casa própria, o
financiamento do carro, que compraram porque o IPI era zero e os sonhos que
acreditavam ter realizado, acabarão se tornando pesadelo.
Pode parecer, para alguns, um olhar pessimista, mas não
precisa muito para se chegar a essa conclusão. O que precisa é as pessoas buscarem
compreender o que as levam consumir tanto, a se endividarem, a chegarem ao
ponto de ficarem com uma situação financeira caótica. A partir desse entendimento,
começa a se tornar possível reverter o quadro financeiro em que se encontram.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
CADA COISA NO SEU TEMPO
Nada em nossa vida
acontece por um acaso, tudo tem o seu tempo e o seu momento certo de acontecer.
Angustiar-se, querer fazer tudo ao mesmo tempo ou acelerar as coisas para que
aconteçam mais rápido é só para sofrer, se estressar e perder tempo, pois elas
irão acontecer no momento certo.
O grande problema que vejo nos dias de hoje é que ninguém
mais sabe esperar, tudo tem que ser para ontem e se não for como querem, já é
motivo de estresse, pois não sabem lidar com a frustração. Sofrem com isso,
criam situações de conflito, sem necessidade, pois basta ter um pouco de
paciência e de tolerância que tudo se resolve.
Até mesmo no momento de crise, precisa-se saber o momento
certo de agir, para não piorar a situação. Nesses momentos, a nossa maior
aliada é a paciência, pois temos que analisar quais as estratégias que deverão
ser adotadas a fim de reverter à situação. Infelizmente as pessoas esquecem ou
não sabem disso e preferem resolver da maneira delas e acabam se enrolando cada
vez mais.
Na ânsia de acelerar o fim do
problema, as pessoas proferem palavras, sem avaliar o que estão dizendo, e acabam
se prejudicando, perdendo a razão, pela sua agressividade e intolerância.
Frente a qualquer situação ou problema, o importante é saber aceitar e
respeitar o tempo que for necessário para que as coisas se resolvam. Posso
garantir-lhes que não é algo fácil, principalmente para as pessoas ansiosas,
mas não é impossível. Trata-se de uma questão de treino, de exercitar a
paciência, de aprender a lidar com a frustração e de se livrar da angústia que toma
conta da pessoa impulsiva e apressada
terça-feira, 6 de novembro de 2012
EM BUSCA DO SOFRIMENTO
Tenho pensado muito e questionado o que tem levado as pessoas sofrerem
tanto. Percebo isso não apenas no meu consultório, mas nas conversas das
pessoas no salão de beleza, nos restaurantes, nas ruas, nos transportes coletivos,
nas conversas informais com os amigos e conhecidos e confesso que fico, às
vezes, questionando a minha maneira de encarar a vida e de viver, pois não
consigo encontrar esse sofrimento que elas falam e vivem. Não que eu esteja
invejando o sofrimento dos outros, longe disso, mas tento entender para poder
ajudá-las de alguma forma.
Percebo que atualmente as pessoas têm a tendência a supervalorizar as
situações, percebendo-as de forma distorcida na maioria das vezes. Fazem a
leitura dos fatos com base nas suas crenças e por isso, acabam interpretando-os
apenas com a emoção, deixando de lado a razão, que é algo tão necessário quando
nos deparamos com algum problema. Não sabem que a emoção contribui para acionar
os pensamentos disfuncionais e esses fazem com que tenham uma
reação/comportamento que irá reforçar a crença que está inserida há muitos anos
no seu inconsciente, levando-as a acreditar que se trata de uma verdade.
Vejo pessoas que vivem presas a situações passadas, sofrem e se lamentam
por isso, como se algo fosse mudar em sua vida. Não se dão conta que esse
movimento só lhe fortalece o sofrimento, pois nada irá mudar. O que fizemos há
uma hora, não tem mais como ser mudado, portanto, não adianta ficar sofrendo
por isso. Se for algo que precisa ser corrigido, busque alternativas, peça
desculpas se for o caso, pense como fazer diferente, mas não fique paralisado
frente à situação ocorrida.
Existem estudos que apontam que setenta e cinco por cento das pessoas
vivem o ontem, vinte por cento vive o amanhã e apenas cinco por cento vive o
hoje. Viver o ontem ou o amanhã é querer sofrer, precisa-se trabalhar com o que
temos hoje e ver o que tiramos de proveito das coisas que vivemos ontem e
pensarmos no que podemos fazer para não cometermos os erros do passado no
amanhã.
Criar situações, estabelecer diálogos no seu imaginário, tentar adivinhar
o que o outro está pensando são artifícios usados para alimentar o sofrimento. Aí
cabe pensarmos por que as pessoas precisam disso para viver. Fico com a
sensação que é a forma que encontram de manter a sua mente ocupada, mas podem trocar isso por uma boa leitura, por um trabalho voluntário, por um
esporte, por algo que ocupe a sua mente, libertando-se do sofrimento. Lembre-se
que a maioria das pessoas não gostam de conviver com pessoas que só se lamentam
ou contam desgraças.
Procure ter uma “mens sana in
corpore sano”, ou seja, uma mente sã num corpo são, pois sem sobra de
dúvida, viverá melhor.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
COMPARAR-SE: uma bela forma de sofrer
Esse tema tem me
chamado a atenção nos últimos dias, pois percebo o sofrimento das pessoas, por
acharem que sua vida está uma porcaria, que só fizeram bobagem até o momento, que
não conquistaram nada, que levam uma vida medíocre e por aí vai. Quando questionadas
com base no que chegaram a essa conclusão, escuto: “os meus amigos viajam para
Europa ou Estados Unidos duas vezes por ano, a minha vizinha tem dois ‘carrões’
na garagem, empregada, babá e os filhos estudam em excelentes escolas; o
marido da minha outra amiga é um grande executivo numa empresa e o meu tem que
batalhar para pagar as contas no final do mês”, etc.
Essa é uma bela maneira que as pessoas encontram para
sofrer. Frente a essas situações, costumo usar aquele ditado bem popular “a
grama do vizinho é sempre mais verde do que a nossa”, por que será?
Avaliar e julgar a vida dos outros sem estar inserida no
contexto do dia-a-dia é muito fácil, mas talvez se fizesse parte dessa
realidade, os questionamentos fossem outros e as fantasias que temos em relação
à vida do outro viesse por terra. Avaliar a vida de alguém apenas pela
aparência é um grande erro, pois às vezes dentro de uma vida mais simples
encontra-se muito mais harmonia, equilíbrio e paz do que naquelas famílias que
julgamos “perfeitas” e que são motivos de sofrimento para nós.
Ao invés de ficar se comparando com o outro, a pessoa
precisa parar e analisar os aspectos positivos e negativos de sua vida, ver o
que precisa melhorar e criar alternativas para que essa melhora se concretize.
A comparação não só é uma bela forma de sofrer, de se sentir a última das
criaturas, de inveja, como também de não olhar para si e ver o que realmente está lhe desagradando, o que não a deixa ser feliz. Sendo assim, acredito que ao invés de ficar desfocando o seu olhar
para algo que irá lhe gerar sofrimento, procure entender, primeiramente, qual a
necessidade que tem de fazer isso consigo e depois busque estratégias que lhe
ajudem a alcançar os resultados que almeja.
domingo, 4 de novembro de 2012
A DOENÇA PODE SER UMA OPORTUNIDADE PARA O INDIVÍDUO ENCONTRAR-SE CONSIGO MESMO
Várias são as maneiras
que temos de entrarmos em contato com o nosso eu, no entanto, muitas vezes,
isso só acontece quando nos deparamos com uma doença e somos obrigados a parar
e pensar sobre a nossa vida. É lamentável quando nos valemos disso para podermos
nos olhar, pois muitas são as oportunidades que a vida nos dá, mas preferimos
não vê-las, pois temos que correr em busca de algo, que na maioria das vezes
não sabemos o que é ou para que serve, mas mesmo assim, corremos
desenfreadamente, visto ser essa a demanda que a sociedade nos impõe.
A dor de uma doença nos leva a solidão, permitindo uma
relação entre o indivíduo e o seu ser, levando-o a pensar e questionar sobre
sua finalidade, o seu horizonte, a testar suas forças, os seus impulsos, a reconhecer
seus erros, a aprender a lidar com os fantasmas da alma, a fim de entender o
seu corpo e sua simbologia, que na maioria das vezes não conseguimos
decodificá-la. Se olharmos a doença por esse prisma, podemos vê-la como um
aspecto positivo na vida do indivíduo, pois o conduz para o ensimesmamento. O
indivíduo ao ensimesmar-se consegue abrir os olhos da alma, passando a ver e entender
o que até então lhe estava obscuro. Com isso, consegue, às vezes, ver que o
sofrimento tem a função de fazer progredir a espécie, pois possibilita ver o
que não se vê sem sofrer.
Quando a doença se apresenta para alguém, precisa-se
verificar qual a sua função na vida daquela pessoa, naquele momento. É bastante
comum as pessoas se revoltarem, resistirem e até mesmo negarem a doença, por
não compreenderem que ela pode estar a serviço do estímulo da virtude e do
autoconhecimento que aquela pessoa precisa ter. A doença, em alguns casos, pode
servir como o anzol do conhecimento, a fim de contribuir para a liberdade do
espírito, permitindo ao homem o autodomínio e a disciplina do coração, que o
levarão a conquistar a grande saúde.
Vimos à doença por outro viés que não estamos acostumados
a ver, por isso, sofremos e nos desesperamos quando ela chega, mas nem sempre a
enfermidade pode ser compreendida como um sofrimento, mas sim como um
estimulante para viver e viver plenamente. A dor de uma doença só pode ser
avaliada por aquele que vive, mas o que não pode ser esquecido é que ela é a
uma das fontes da sabedoria do humano.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
INOVAR É UMA FORMA DE IR AO ENCONTRO DO SUCESSO
Segundo o professor
universitário norte-americano Steven Johnson, que foi uma das atrações do 5º Congresso Internacional de Inovações, criar um bom ambiente de
trabalho, procurar estabelecer relações pessoais e profissionais com pessoas de
diversos segmentos, não desprezar a diversidade cultural e se permitir ouvir e
aceitar algumas ideias, a fim de formar novas, são temperos necessários para o
profissional que busca inovar.
Isso denota que o profissional, o empreendedor precisa
estar atento a demanda do mercado e saber aproveitá-la, colocando sua
criatividade a funcionar. As ideias que vão surgindo devem ser anotadas, para
serem analisadas com calma. O ideal é fazer a hierarquização das mesmas,
partindo da mais importante para menos importante. Discutir essas ideias com
outras pessoas e estar aberto para escutar o que elas têm a dizer, anotando
aquilo que julgar interessante.
A partir daí, ver o que realmente deseja fazer e colocar
em prática. Claro que para isso, a pessoa precisa estar disposta a enfrentar
novos desafios, ter habilidade para saber lidar com as dificuldades, ter claro
que o lucro não será imediato e, portanto, precisa ter uma reserva financeira
que lhe dará tranquilidade.
Inovar no mercado atual é fundamental para o profissional
que pretende crescer e ser bem sucedido. O básico qualquer pessoa faz, o
segredo está em saber usar a diferenciação como estratégia. Agora, sempre que
for inovar não se deixe levar pela impulsividade, pela emoção, analise se é o
momento certo, a melhor maneira de fazer, verifique os riscos e já pense nas
estratégias que precisará usar para ter êxito na sua decisão. A única coisa que não vale é deixar de inovar
por medo, por comodismo, pela ansiedade que aparecerá ao ver que terá que sair da
zona de conforto em que está.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
RESPEITAR O TEMPO DO OUTRO
As pessoas se afligem porque o outro não anda na mesma
velocidade que elas andam, esquecendo que cada um tem o seu tempo. Essa falta
de compreensão ou de tolerância em relação ao tempo do outro é motivo de vários
conflitos familiares e por vezes, até profissional.
Não temos como exigir que as pessoas se acelerem, porque
as consideramos lerdas. Rapidez ou lerdeza é muito subjetivo, depende do olhar
de quem vê e da forma como funciona. Por isso a necessidade de aprendermos a
lidar com o tempo do outro.
É comum as mães reclamarem que os filhos não fazem as
coisas que mandam, na hora que elas querem. E por que eles teriam que fazer na
hora que elas mandam? O que muda na vida de uma pessoa se a louça do almoço for
lavada logo que sai da mesa ou trinta minutos depois, por exemplo? Nada! Só que
tem pessoas que não conseguem tolerar e acabam transformando isso, numa
situação de conflito. Quando esses casos chegam para mim, fico questionando se a
verdadeira causa que gerou o conflito foi a "louça" ou se isso foi apenas o
motivo que a pessoa usou para extravasar sua raiva, o seu desconforto, a sua
frustração.
O mesmo ocorre na vida profissional, tem pessoas que
demandam mais tempo para realizar sua tarefa, mas não dá para julgar sua
competência por esse motivo. Existem pessoas que são mais detalhistas,
perfeccionistas, metódicas e com certeza levarão muito mais tempo para
desempenhar suas funções. Essas pessoas não surgem no nosso caminho por um
acaso, elas têm um papel a cumprir e costumo dizer que é de nos lembrar a
história da “Lebre e da Tartaruga”, convidando-nos a pensar sobre o nosso ritmo,
sobre os resultados que temos obtidos, sobre a qualidade desses resultados, ou
seja, se no final “ganhamos ou perdemos a corrida".
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